Frei recupera face a Piñera e dá esperança à esquerda
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Frei recupera face a Piñera e dá esperança à esquerda
Frei recupera face a Piñera e dá esperança à esquerda[/color]
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Na primeira volta, ex-presidente ficou a 14% do milionário. Agora, há empate técnico
"Ninguém vote nulo ou em branco, porque essa é a negação da democracia", lançou Eduardo Frei no encerramento da sua campanha para as presidenciais chilenas. Cada voto conta numa altura em que as sondagens revelam que se conseguiu aproximar do milionário Sebastián Piñera, podendo assim impedir aquilo que há um mês parecia certo: o regresso da direita ao poder no Chile, 20 anos após o fim da ditadura de Augusto Pinochet.
A segunda volta das presidenciais, que irá escolher o sucessor da popular Michelle Bachelet, decide-se amanhã. Numa verdadeira guerra entre sondagens, há as que dão uma vantagem de 5% de Piñera em relação a Frei, as que falam de apenas 1,8% (logo um empate técnico) e até as que dão a vitória do candidato da Concertação (no poder) por 2%. Para ajudar à confusão, Frei contou nos últimos dias com dois apoios importantes, que foram contudo expressos de formas muito diferentes.
Marco Enriquez Ominami, que abandonou o Partido Socialista (membro da Concertação) para se candidatar como independente e conseguiu 20% dos votos na primeira volta, indicou que votará em Frei - depois de conseguir que o Governo apressasse no Parlamento a aprovação de várias leis que considera essenciais. Mas o seu voto foi dado sem muita convicção: "Declaro formalmente a minha decisão de apoiar o candidato deste povo, o de 29% dos chilenos que votaram em Dezembro."
Por seu lado, Bachelet - que deixa o poder com mais de 80% de aprovação - foi mais contundente: "Voto em Frei porque é uma pessoa honesta que, quando decidiu dedicar-se à vida pública, se afastou dos negócios... nesse momento e não depois de ser eleito", numa alusão ao milionário Piñera.
Esta declaração desencadeou imediatamente um coro de críticas por parte da direita, com o candidato a lembrar que "um presidente ou uma presidente nunca, nem sequer a dois ou três dias da eleição, pode esquecer-se de que é presidente de todos os chilenos".
No fecho da campanha, Piñera voltou a focar-se na ideia de mudança e a afastar-se da direita ligada a Pinochet, prometendo "um Governo que trabalhará de forma honesta e sem descanso" para melhorar as vidas dos chilenos. "Este domingo vamos fazer ouvidos de mercador aos que vivem do terror", disse, face a uma Concertação que está no poder há 20 anos e ainda usa o medo da ditadura. O tema esteve sempre presente na campanha, tratando-se das primeiras presidenciais após a morte de Pinochet, em 2006. Os 44% de Piñera na primeira volta abriram as portas para o regresso da direita ao poder, desta vez de forma democrática.
Independentemente de quem sair vencedor do escrutínio, para o qual estão convocados 8,28 milhões de eleitores, os chilenos sabem que não haverá grandes alterações na área económica. Piñera já indicou mesmo que não deixará de apostar na área social, ao contrário do que os seus opositores afirmam. Apesar da crise mundial, a economia do Chile é uma das mais sólidas da América Latina e deverá subir 3,5% em 2010.
Uma eventual vitória de Piñera irá contudo desencadear uma crise profunda na Concertação, com alguns analistas a preverem até o fim da coligação. Resta ainda saber que futuro terá Ominami, que rejuvenesceu a cena política e estará já a apostar nas eleições de 2014.
IN DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Na primeira volta, ex-presidente ficou a 14% do milionário. Agora, há empate técnico
"Ninguém vote nulo ou em branco, porque essa é a negação da democracia", lançou Eduardo Frei no encerramento da sua campanha para as presidenciais chilenas. Cada voto conta numa altura em que as sondagens revelam que se conseguiu aproximar do milionário Sebastián Piñera, podendo assim impedir aquilo que há um mês parecia certo: o regresso da direita ao poder no Chile, 20 anos após o fim da ditadura de Augusto Pinochet.
A segunda volta das presidenciais, que irá escolher o sucessor da popular Michelle Bachelet, decide-se amanhã. Numa verdadeira guerra entre sondagens, há as que dão uma vantagem de 5% de Piñera em relação a Frei, as que falam de apenas 1,8% (logo um empate técnico) e até as que dão a vitória do candidato da Concertação (no poder) por 2%. Para ajudar à confusão, Frei contou nos últimos dias com dois apoios importantes, que foram contudo expressos de formas muito diferentes.
Marco Enriquez Ominami, que abandonou o Partido Socialista (membro da Concertação) para se candidatar como independente e conseguiu 20% dos votos na primeira volta, indicou que votará em Frei - depois de conseguir que o Governo apressasse no Parlamento a aprovação de várias leis que considera essenciais. Mas o seu voto foi dado sem muita convicção: "Declaro formalmente a minha decisão de apoiar o candidato deste povo, o de 29% dos chilenos que votaram em Dezembro."
Por seu lado, Bachelet - que deixa o poder com mais de 80% de aprovação - foi mais contundente: "Voto em Frei porque é uma pessoa honesta que, quando decidiu dedicar-se à vida pública, se afastou dos negócios... nesse momento e não depois de ser eleito", numa alusão ao milionário Piñera.
Esta declaração desencadeou imediatamente um coro de críticas por parte da direita, com o candidato a lembrar que "um presidente ou uma presidente nunca, nem sequer a dois ou três dias da eleição, pode esquecer-se de que é presidente de todos os chilenos".
No fecho da campanha, Piñera voltou a focar-se na ideia de mudança e a afastar-se da direita ligada a Pinochet, prometendo "um Governo que trabalhará de forma honesta e sem descanso" para melhorar as vidas dos chilenos. "Este domingo vamos fazer ouvidos de mercador aos que vivem do terror", disse, face a uma Concertação que está no poder há 20 anos e ainda usa o medo da ditadura. O tema esteve sempre presente na campanha, tratando-se das primeiras presidenciais após a morte de Pinochet, em 2006. Os 44% de Piñera na primeira volta abriram as portas para o regresso da direita ao poder, desta vez de forma democrática.
Independentemente de quem sair vencedor do escrutínio, para o qual estão convocados 8,28 milhões de eleitores, os chilenos sabem que não haverá grandes alterações na área económica. Piñera já indicou mesmo que não deixará de apostar na área social, ao contrário do que os seus opositores afirmam. Apesar da crise mundial, a economia do Chile é uma das mais sólidas da América Latina e deverá subir 3,5% em 2010.
Uma eventual vitória de Piñera irá contudo desencadear uma crise profunda na Concertação, com alguns analistas a preverem até o fim da coligação. Resta ainda saber que futuro terá Ominami, que rejuvenesceu a cena política e estará já a apostar nas eleições de 2014.
IN DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Chile elege direita pela primeira vez depois de Pinochet
Chile elege direita pela primeira vez depois de Pinochet
por Lusa
Hoje
A coligação de direita, cujo representante, Sebastián Piñera, venceu hoje as eleições presidenciais no Chile, apelou a "todos os chilenos para que se unam ao Governo que será investido a 11 de Março, para "juntos construírem o futuro".
Tanto o Governo como os principias dirigentes que governaram o Chile desde 1990 já reconheceram e felicitaram Piñera, incluindo o seu opositor nas presidenciais, Eduardo Frei.
"Respeitamos quem não votou Sebastián Pinera e precisamos deles e os que votaram Frei vão fazer parte do nosso governo de unidade nacional", disse Rodrigo Hinzpeter, chefe da candidatura de Piñera.
"Estamos muito contentes, muito orgulhosos e satisfeitos com o trabalho que desenvolvemos", acrescentou, agradecendo a quem votou no candidato de direita por lhe estar a dar oportunidade de "mudar o Chile para melhor, para os mais pobres e a classe média, tornando-o um país melhor, mais próspero e mais feliz".
Rodrigo Hinzpeter disse ainda esperar que tanto os que votaram Piñera como os que votaram Frei dêem as mãos, uma vez que a campanha eleitoral está ultrapassada e são todos "irmãos chilenos".
O responsável pela candidatura de Piñera sublinhou a forma como decorreram as eleições e felicitou o Governo da Presidente Michelle Bachelet por ter desenvolvido um "processo exemplar", concluindo estar orgulhoso de viver num país "com uma democracia muito boa" o qual reconhece "de imediato o triunfo (do adversário) e volta a unir esforços".
Presidente multimilionário ou o "Berlusconi Chileno"
Piñera, um dos homens mais ricos do Chile, proprietário nomeadamente de uma televisão privada, prometeu consolidar a "economia social de mercado".
Para os analistas, este "Berlusconi chileno" - como lhe chamam os adversários -, conseguiu impor-se como rosto da renovação face à coligação no poder e de uma direita moderna, limpa das manchas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que votou «não» no referendo de 1988 sobre a manutenção de Pinochet no poder mas que não rejeita incluir no seu governo antigos membros do regime militar.
Eduardo Frei, que presidiu ao Chile entre 1994 e 2000, goza do forte apoio de Michelle Bachelet, que num último esforço, muito criticado pela direita, apelou esta semana ao voto em Frei, que definiu como uma "pessoa honesta", que sempre separou os negócios da política e tem "inteligência, experiência e coragem" para exercer bem a presidência.
In DN
por Lusa
Hoje
A coligação de direita, cujo representante, Sebastián Piñera, venceu hoje as eleições presidenciais no Chile, apelou a "todos os chilenos para que se unam ao Governo que será investido a 11 de Março, para "juntos construírem o futuro".
Tanto o Governo como os principias dirigentes que governaram o Chile desde 1990 já reconheceram e felicitaram Piñera, incluindo o seu opositor nas presidenciais, Eduardo Frei.
"Respeitamos quem não votou Sebastián Pinera e precisamos deles e os que votaram Frei vão fazer parte do nosso governo de unidade nacional", disse Rodrigo Hinzpeter, chefe da candidatura de Piñera.
"Estamos muito contentes, muito orgulhosos e satisfeitos com o trabalho que desenvolvemos", acrescentou, agradecendo a quem votou no candidato de direita por lhe estar a dar oportunidade de "mudar o Chile para melhor, para os mais pobres e a classe média, tornando-o um país melhor, mais próspero e mais feliz".
Rodrigo Hinzpeter disse ainda esperar que tanto os que votaram Piñera como os que votaram Frei dêem as mãos, uma vez que a campanha eleitoral está ultrapassada e são todos "irmãos chilenos".
O responsável pela candidatura de Piñera sublinhou a forma como decorreram as eleições e felicitou o Governo da Presidente Michelle Bachelet por ter desenvolvido um "processo exemplar", concluindo estar orgulhoso de viver num país "com uma democracia muito boa" o qual reconhece "de imediato o triunfo (do adversário) e volta a unir esforços".
Presidente multimilionário ou o "Berlusconi Chileno"
Piñera, um dos homens mais ricos do Chile, proprietário nomeadamente de uma televisão privada, prometeu consolidar a "economia social de mercado".
Para os analistas, este "Berlusconi chileno" - como lhe chamam os adversários -, conseguiu impor-se como rosto da renovação face à coligação no poder e de uma direita moderna, limpa das manchas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que votou «não» no referendo de 1988 sobre a manutenção de Pinochet no poder mas que não rejeita incluir no seu governo antigos membros do regime militar.
Eduardo Frei, que presidiu ao Chile entre 1994 e 2000, goza do forte apoio de Michelle Bachelet, que num último esforço, muito criticado pela direita, apelou esta semana ao voto em Frei, que definiu como uma "pessoa honesta", que sempre separou os negócios da política e tem "inteligência, experiência e coragem" para exercer bem a presidência.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Frei recupera face a Piñera e dá esperança à esquerda
cuidado com as nalioses
O Chile é a alemanha das americas
TUDOOOOOOOOOOOO é reorganizado
Tudo funciona
O Chile é a alemanha das americas
TUDOOOOOOOOOOOO é reorganizado
Tudo funciona
Vitor mango- Pontos : 118184
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