Inaceitável que empresas cobrem dinheiro para carimbo, diz presidente do IEFP

O presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional mostrou-se contra o facto de várias empresas estarem a exigir dinheiro para a colocação de um carimbo em documentos que provam que uma determinada pessoa ali esteve à procura de trabalho.
Em declarações à TSF, Francisco Madelino fez um apelo aos desempregados para que não paguem este valor, isto depois de o jornal i ter noticiado que empresas no Vale do Cávado estavam a exigir estas verbas.
Muito embora haja necessidade de fazer prova de que há procura activa de emprego, como manda a lei, por exemplo, com o envio de currículos e com deslocações a empresas, Francisco Madelino reforçou que é «inaceitável» que haja situações desta natureza.
«Sobre situações em concreto desta situação, mandamos investigar pelas autoridades competentes. Agora não é verdade que foi o IEFP que mandou as pessoas porem carimbos para pagarem cinco euros», frisou este responsável.
Francisco Madelino indicou ainda que este tipo de «situações anómalas» devem ser denunciadas para que possam ser impedidas.
«Somos exigentes na captação de ofertas, no controlo da procura activa de emprego, porque as pessoas têm o direito ao subsídio, mas também têm de aceitar as ofertas», frisou.
O presidente do IEFP acrescentou ainda que «tudo isto surge num contexto em que, nessa situação em concreto, há pelo menos uma empresa em Barcelos, que tem um a situação de suspensão de contratos de trabalho».
Francisco Madelino lembrou também que nessa sitruação a «entidade sindical acha que as pessoas não devem ser mandadas para ofertas de emprego».
O presidente do IEFP refutou assim acusações do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, que citado pelo jornal i, disse que o centro de emprego não faz qualquer rastreio às empresas que procuram desempregados e que alguns chegarammesmo a ser enviados para emptresas que não existiam.