Mundial de Futebol 2010

Relembrando a primeira mensagem :

Madaíl pede um lugar no pódio na África do Sul

por DN com Lusa
Hoje


O presidente da Federação Portuguesa de Futebol gostaria que a selecção ficasse entre os três primeiros no Campeonato do Mundo, melhorando o quarto lugar na Alemanha, em 2006.

"Queremos ficar acima do quarto (lugar). Em todos os mundiais e europeus sempre pedi para fazermos melhor que no último em que estivemos. O que pedi ao seleccionador [Carlos Queiroz] foi que fizéssemos melhor do que no último campeonato do Mundo", revelou Gilberto Madaíl, que considera que Portugal tem "capacidade" para atingir o objectivo. Mas para precaver qualquer situação menos agradável, lá foi dizendo que no futebol "é tudo muito aleatório". E deu como o exemplo o Mundial 2002: "Também tínhamos essa capacidade, uma grande equipa, mas não passamos da fase de grupos".

Na opinião de Gilberto Madaíl, o facto de Luiz Felipe Scolari, ex-seleccionador de Portugal, também dizer que Carlos Queiroz terá que fazer melhor não está exercer uma pressão acrescida à selecção. E Madaíl não leva a mal as palavras do treinador brasileiro. "Não temos visto qualquer tipo de indicadores que se traduzam em pressão no seleccionador por parte de Scolari. Ele tem Portugal no coração. Tem o país dele, mas espera que Portugal possa atingir o mais alto nível", defendeu.

Portugal e Espanha apresentaram candidatura conjunta à organização do Mundial 2018 e o presidente da FPF concorda com a decisão do país apresentar apenas três estádios: Luz e Alvalade, em Lisboa, e Dragão, no Porto.
"O Governo entendeu, e justificadamente, não apoiar, não fazer investimentos em estádios que pretendiam aumentar a capacidade dos actuais 30 000 para 44 000. Vamos é procurar rentabilizar trazendo para cá o maior número possível de jogos", desejou.

Gilberto Madaíl, que falava à margem de uma homenagem na Liga Portuguesa de Futebol Profissional a quem ajudou a criar e manter a Carlsberg Cup (Taça da Liga), elogiou ainda a melhoria do relacionamento institucional entre este organismo e a federação.
"Há um bom relacionamento. Com o anterior presidente (Valentim Loureiro) também resolvíamos problemas, mas as próprias estruturas eram muito de crispação, até ao nível próprios funcionários. Agora quem vier deve seguir os bons exemplos e não os maus, se é que os houve", vincou.

O dirigente, que deverá abandonar o cargo, tal como Hermínio Loureiro, lembra que o novo regime jurídico vai definir com clareza as competências de cada órgão.
"Os novos estatutos conferem à LPFP menos autonomia em algumas áreas. Normalmente havia problemas nessas questões da Liga poder alterar regulamentos que por vezes colidiam com os da Federação. Com o novo regime jurídico isso não vai acontecer, porque a Liga vai actuar por delegação de competências da própria FPF", revelou.
Relativamente às eleições, Gilberto Madaíl não abriu o "jogo". "Um sucessor? Não sei. Isto não é nenhuma monarquia. Vamos ver quem vai aparecer para que possa ser aproveitado muito trabalho que foi feito nos últimos 12 anos. Alguém terá de aparecer", concluiu.

In DN

Alemanha conquista o terceiro lugar (2-3)

Hoje


Acabou o jogo. A Alemanha venceu o Uruguai e fica no terceiro lugar do Mundial, repetindo a classificação do Mundial de 2006, onde venceu Portugal

A Alemanha venceu o Uruguai, por 3-2, no jogo de atribuição do terceiro lugar do Mundial. A selecção germânica, campeão mundial em 1954, 1974 e 1990, consegue pela quarta vez classificar-se na terceira posição de um Mundial de futebol.
O Uruguai tentava na África do Sul chegar ao terceiro título na prova, após os triunfos em 1930 e 1950.

Alemanha marcou primeiro, por Thomas Mueller, aos 19 minutos, o Uruguai empatou, aos 28, por Edimson Cavani, e colocou-se em vantagem no marcador, aos 51, por Diego Forlan, tendo os germânicos reposto a igualdade, aos 56, por Marcell Jansen, e garantido a vitória por Sami Khedira, aos 82.

Mueller e Forlan chegam aos cinco golos na prova, igualando o espanhol David Villa e o holandês Wesley Sneijder, que se defrontam domingo na final.

Acabou o jogo. A Alemanha venceu o Uruguai e conquista o terceiro lugar do Mundial

- 90' perdida de Forlan

- 89' Alemanha perto do quatro golo: Centro de Aogo, Kiessling remata por cima

- 82' Golo da Alemanha, de Khedira (2-3). Canto de Ozil, Muller toca na bola, que ainda toca em Lugano e sobra para a cabeça de Khedira.

- 65' Jogada de perigo do Uruguai. Lance entre Suarez, Cavani e Forlán, este último remata, mas Butt defende

- 62'Remate muito forte de Suarez, Butt responde com uma boa defesa

- 56' Golo da Alemanha. Cruzamento de Boateng, Jansen, sem oposição, cabeceia e marca o segundo da Alemanha e empata o jogo.

- 51' Golo do Uruguai.Forlan. Recuperação de bola de Arevalo Rios a meio campo, Rios centra atrasado e Forlán remata de primeira, fazendo o 2-1


- Já recomeçou o jogo que decide o terceiro classificado do Mundial

Jogo equilibrado, com oportunidades de golo para as duas equipas. A Alemanha tem controlado mais o jogo, mas Uruguai responde quase sempre em contra ataque. Os germânicos marcaram primeiro, por Thomas Muller, mas os sul-americanos reagiram e empataram o encontro por Cavani. O Uruguai, perto do intervalo teve uma excelente oportunidade de se adiantar no marcador.

- 42' Perdida do Uruguai. Luis Suárez isolado, só com o guarda-redes pela frente,remata rasteiro, mas ao lado

- 28' Golo do Uruguai.Golo de Edison Cavani. Jogada rápida de contra-ataque. Perez recupera a bola, lança Suarez, que deixa mais para a esquerda para a entrada de Cavani

- 25' Cabeceamento de Forlan, Mertesacker defende para canto

-19' Golo da Alemanha, remate de Thomas Muller. Remate de longe de Schweinsteiger, Muslera defende para a frente onde surge isolado Muller a fazer a recarga.

-10' Alemanha perto do golo. Bola à barra. Canto de Ozil, Friedrich cabeceia à barra

- 7' Livre perigoso de Forlán, remate sai ligeiramente ao lado da baliza de Butt.

- 6'Livre directo marcado por Forlan (Uruguai), a bola bate na barreira e é afastada com a mão por Cacau. É novo livre, uns metros à frente

Sob arbitragem do mexicano Benito Archundia, as equipas alinham:

URUGUAI: Muslera; Fucile, Lugano, Diego Godín, Martín Cáceres; Maxi Pereira, Diego Pérez, Arévalo Ríos, Edison Cavani; Luis Suárez e Forlan

ALEMANHA: Butt; Boateng, Friedrich, Mertesacker, Aogo; Schweinsteiger, Khedira; Thomas Muller, Ozil, Jansen; Cacau

Diego Forlán e Miroslav Klose somam quatro golos na África do Sul e estão a um do espanhol David Villa.


http://dn.sapo.pt/desporto/mundial2010/interior.aspx?content_id=1615436

In DN

A Espanha é campeã do Mundo (0-1 à Holanda, na final)

por R.M.S.
Hoje



O novo Campeão do Mundo de futebol fez-se esperar, mas fala espanhol. A Espanha venceu a Holanda, por 0-1, após prolongamento. Valeu um golo de Andrés Iniesta, ao minuto 116.

O golo tardou, numa final a que faltou emoção e vivacidade. Porém, a Espanha, sempre mais perigosa e dominadora, acabou por chegar ao 0-1 que tantou procurou. Valeu Andrés Iniesta, um dos cérebros do meio-campo, com um remate cruzado ao minuto 116, numa altura em que a cinzenta Holanda já estava reduzida a dez, por expulsão de Heitinga.

Com a conquista de hoje, a Espanha junta o título mundial de 2010 ao europeu conquistado em 2008. Foi a sua primeira final e logo coroada com um triunfo. Já a Holanda, volta a ficar-se pelo rótulo ingrato de vice-campeã, tal como lhe tinha acontecido em 1974 e 1978.

Faça a marcha-atrás no filme da final do Mundial 2010:
--- A partida termina com o 0-1 e a festa espanhola.

--- E, finalmente, ao minuto 116, chega o golo. Descaído sobre a direita, Andrés Iniesta recebe a bola e atira para o fundo da baliza de Stekelenburg. Os holandeses alegam que o médio do Barcelona estava em fora-de-jogo, mas o árbitro nada assinala.

--- A Holanda vai ter de jogar os últimos 10 minutos da partida reduzida a dez jogadores. Aos 110', Heitinga foi expulso, por acumulação de amarelos, após agarrar Iniesta à entrada da área holandesa. O vermelho exibido ao central foi já o 11.º cartão mostrado pelo árbitro Howard Webb na final (sete amarelos para os holandeses, três para os espanhóis).

--- Os primeiros 15 minutos de prolongamento terminaram sem golos. O 0-0 persiste no marcador, tal como só aconteceu em uma das 18 finais de Mundiais até hoje. Então, o Brasil acabou por derrotar a Itália, por 3-2, no desempate via pontapés da marca de grande penalidade.

--- Tal como já tinha acontecimento na primeira e na segunda parte, os espanhóis entraram melhor no prolongamento. Aos 95', Fabregas isolou-se e obrigou Stekelenburg a uma intervenção difícil. A Holanda ainda reagiu, com um cabeceamento de Mathijsen (96'), na sequência de um canto. Mas foi a Espanha a voltar a criar perigo, com uma remate de Jesus Navas, à malha lateral (100'), e um disparo de Fabregas, a rasar o poste (103').

--- O jogo chega ao fim dos 90 minutos sem quaisquer golos. Holanda e Espanha tem de decidir o título nos 30 minutos de prolongamento (não há "golo de ouro" nem "golo de prata"). É a segunda vez consecutiva que um Mundial não se decide nos 90 minutos. Em 2006, Itália e França levaram a discussão até ao desempates por grandes penalidades (e ganharam os transalpinos).

--- Vinte minutos depois, quase de reedita o falhanço de Robben. Aos 82', extremo do Bayern isolou--se diante de Casillas, mas o guarda-redes saiu muito melhor e evitou o golo (sem que fosse, como antes, um falhanço flagrante do guardião).

--- Aoa 68', David Villa consegue um falhanço tão flagrante como o de Robben. Descaído sobre a esquerda, a menos de dois metros da baliza, o avançado permite a defesa de Stekelenburg, quando tinha tudo para marcar.

--- O minuto 62 pode ficar na história deste Mundial. Lançado por Sneijder, Robben isola-se diante da baliza espanhola. O golo parece certo... mas o avançado holandês atira ao lado, quando os adeptos da "laranja" já se preparavam para fazer a festa. Foi a maior ocasião de golo de todo o jogo.

--- Apagando o ascendente inicial dos espanhóis, os holandeses voltam a criar perigo aos 59', mas Heitinga cabeceia ao lado.

--- A Holanda responde aos 51', em mais um remate de Robben. Com Sneijder algo apagado, o extremo do Bayern tem sido o principal motor do ataque de uma "laranja" hoje pouco mecânica.

--- No início da segunda parte, os espanhóis mantêm o sinal mais. Logo aos 47', na sequência de um canto, Puyol tocou para Capdevila, que falhou o desvio, quando estava em boa posição para marcar.

--- O intervalo chega com o 0-0 no marcador, pouco lances de perigo e muito jogo duro de ambas as equipas, principalmente dos holandeses. Os espanhóis ainda tiveram algum ascendente no primeiro quarto-de-hora, mas acabaram por se deixar embalar pela toada morna da partida.
Estatísticas ao intervalo (Holanda-Espanha):
Remates: 3-7
Faltas cometidas: 12-8
Foras-de-jogo: 2-4
Cantos: 4-1
Cartões amarelos: 3-2
Posse de bola: 44%-56%

--- Só aos 45' é que volta a haver alguma emoção. Robben ganhou espaço na direita e rematou para uma boa defesa de Casillas: foi um toque de cor numa final um pouco cinzenta.

--- A Holanda cria o primeiro lance de perigo ao minuto 36, mas, na sequência de um canto, Mathijsen não consegue desviar para o golo. Na resposta, aos 37', Pedro atira ao lado, após uma longa arrancada individual.

--- Após o ímpeto inicial dos campeões europeus, o jogo entrou numa toada mais lenta... e agressiva. Resultado: uma sucessão de cartões amarelos. Depois de van Persie (15'), também Puyol (17'), van Bommel (22'), Sergio Ramos (23') e de Jong (28') foram admoestados pelo árbitro inglês Howard Webb.

--- A Espanha continua mais dominadora, sempre com a posse da bola. A equipa "laranja" viu-se obrigada a recorrer à falta e, aos 15 minutos, Robin van Persie recebeu o primeiro cartão amarelo, devido a uma entrada dura sobre um rival.

--- Os espanhois tiveram mais posse de bola e mostraram mais poder ofensivo nos primeiros minutos de jogo. A primeira ocasião de golo saiu da cabeça de Sergio Ramos, após um livre de Xavi, na direita, ao minuto 6. Stekelenburg respondeu com uma grande defesa. Depois (10'), Sergio Ramos, novamente, rematou com perigo e Hetinga desviou para canto. E, logo de seguida (11'), Villa disparou às malhas laterais.

, --- A meia-hora do apito inicial, surgem os onzes titulares. A principal nota de destaque foi para a presença de Pedro na equipa espanhola, com Fernando Torres remetido para o banco.
Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel e De Jong; Kuyt, Sneijder e Robben; Van Persie.
Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets; Pedro, Xabi Alonso e Xavi e Iniesta; David Villa

--- A festa de encerramento do Mundial contou com um convidado especial: Nelson Mandela, ex-presidente sul-africano e líder da luta contra o apartheid, passou pelo relvado, num automóvel descapotável, e deve assistir a cerca de 30 minutos da partida.


--- A hora e meio do início do jogo, o estádio Soccer City, em Joanesburgo, já vibra, com a festa dos adeptos espanhóis e holandeses e a realização da cerimónia de encerramento da prova.

--- Ganhe a Holanda ou a Espanha, vai-se conhecer um novo Campeão do Mundo de futebol. O melhor que os holandeses já conseguiram foi o 2.º lugar nos Mundiais de 1974 e 1978, enquanto os espanhóis nunca tinham ido além do 4.º lugar (1950).

--- Será a primeira vez que uma equipa europeia ganha um Mundial fora do seu continente. Aliás, este ano, tal como em 2006 (Itália-França-Alemanha), o pódio será completamente europeu. Ontem, os alemães garantiram o 3.º lugar ao baterem o Uruguai, por 3-2.


http://dn.sapo.pt/desporto/mundial2010/interior.aspx?content_id=1616008

In DN

Forlán eleito o melhor do Mundial

Hoje


O atacante uruguaio Diego Forlán recebeu neste domingo a Bola de Ouro da FIFA, prémio dado ao melhor jogador do Campeonato do Mundo de Futebol.

O Uruguai, por quem jogou o avançado, foi eliminado na meia-final pela Holanda e terminou a competição no quarto lugar, tendo em Forlán seu grande destaque. O holandês Sneijder foi eleito o segundo melhor e ficou com a Bola de Prata, enquanto o espanhol David Villa foi premiado com a Bola de Bronze.

O jogador também esteve na lista para ser eleito melhor marcador, com cinco golos, mas foi Thomas Müller, da Alemanha, a vencer o troféu.

Diego chegou aos argentinos do Independiente de Avellaneda co m 17 anos, vindo das escolas do Peñarol de Montevideu. Depois de brilhar na América do Sul (40 golos em quatro épocas), assinou pelo Manchester United em Janeiro de 2002.

Em 63 jogos fez 17 golos e mudou-se para o Villareal de Espanha em 2004, onde facturou 59 vezes. As exibições fizeram o Atlético de Madrid abrir os cordões à bolsa para substituir Fernando Torres, de partida para o Liverpool em 2007. A aposta foi ganha e leva já 81 golos em 95 jogos pelos colchoneros. Foi a grande figura do Atlético de Madrid na última Liga Europa, sendo decisivo em boa parte dos jogos e marcando o golo da vitória na final. Na "celeste" já marcou 29 golos em 69 jogos e foi o grande motor da campanha dos uruguaios, que terminou com a conquista do quarto lugar.

1982: Paolo Rossi (ITA); 1986: Diego Maradona (ARG); 1990: Salvatore Schillaci (ITA); 1994: Romario (BRA); 1998: Ronaldo (BRA); 2002

In DN

Polvo Paul ganha Taça de campeão do mundo

por agências
Hoje


O molusco alemão, que ficou célebre por acertar em sete desfechos de jogos da competição da África do Sul, foi contemplado com uma réplica do troféu

O famoso polvo Paul foi premiado ontem com uma réplica da Taça de campeão do Mundo da FIFA, depois de ter acertado em todos os resultados em que foi consultado durante a prova, inclusivamente na vitória da Espanha na final de ontem com a Holanda. A réplica da taça foi colocada dentro do aquário do molusco, na cidade alemã de Oberhausen.

Paul tornou-se uma autêntica celebridade durante o Mundial da África do Sul e acertou em sete desfechos de jogos. O polvo começou por prever que a Alemanha iria estrear-se na competição com uma vitória sobre a Austrália e que ainda na fase de grupos seria derrotada pela Sérvia.

Depois acertou em cheio no triunfo do Gana ainda também na fase de grupos e previu as vitórias da selecção alemã sobre a Inglaterra e Argentina, respectivamente nos oitavos e quartos-de-final do Mundial. Já nas meias-finais, apostou na eliminação da Alemanha diante da Espanha e finalmente no vencedor do Campeonato do Mundo.

O mesmo polvo já tinha sido consultado durante o Europeu da Alemanha, em 2008. Mas sem o mesmo aproveitamento, pois há dois anos errou em dois resultados da Alemanha.

Dadas as suas previsões, o polvo Paul ficou muito popular entre os espanhóis. Inclusivamente, um grupo de empresários do país vizinho chegou a fazer uma oferta de 30 mil euros para o resgatar ao aquário alemão com o objectivo de torná-lo no símbolo de um festival gastronómico da cidade.

http://dn.sapo.pt/desporto/mundial2010/interior.aspx?content_id=1616631

In DN

Onda vermelha inundou Madrid para receber os campeões

Hoje


Festa. Os novos heróis espanhóis levaram as celebrações para as ruas da capital. A família real emocionou-se e Zapatero agradeceu...

Faltavam cinco minutos para as 14.00 quando os novos campeões do mundo chegaram ao aeroporto de Barajas, em Madrid. Foi a loucura dentro e fora do avião. Aos gritos de campeões juntaram--se as bandeiras.

A festa foi ainda maior assim que o capitão Iker Casillas e o treinador Vicente del Bosque surgiram na porta do avião. O guarda-redes, como sempre, com a taça dourada na mão. Depois de uma noite inesquecível no regresso a casa, era o início de uma tarde de glória e de aclamação junto do povo que a 8 mil quilómetros de distância festejou a maior conquista do desporto espanhol.

O cortejo só teve uma pausa num hotel para almoço e para umas (poucas) horas de descanso. Depois o heróis deslocaram-se primeiro ao Palácio Real, onde foram recebidos pela família real. O rei Juan Carlos não escondeu a emoção, sobretudo no abraço que deu a Sergio Ramos, enquanto Casillas mostrava o troféu às pequenas infantas Sofia e Leonor.

A seguir, mais uma curta viagem até ao Palácio da Moncloa, onde o primeiro-ministro José Luis Zapatero aguardava os campeões, que acabam por ajudar o Governo num momento de crise. Essa pelo menos foi a ideia lançada pela ministra da economia Elena Salgado que considera que esta vitória "vai gerar confiança dentro e fora do país", mas ainda assim considerou "um pouco exagerado" um prognóstico do banco holandês ABN Amro, segundo o qual o triunfo no mundial vai gerar um crescimento de 0,7% do PIB.

Coube ao herói Andrés Iniesta entregar uma camisola da selecção a Zapatero, que homenageou o médio catalão por se ter lembrado "de um amigo que já não está entre nós", referindo-se ao falecido Dani Jarque, do Espanhol.

Depois, as estrelas mergulharam, dentro do autocarro descapotável, num enorme mar vermelho e amarelo, que não foi derrotado pelos 33 graus de Madrid.

In DN

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Mundial de Futebol acabou, violência xenófoba voltou

Hoje

Exército e polícia sul-africanos foram ontem mobilizados para o Cabo Ocidental, província onde vários imigrantes foram obrigados a refugiar-se em esquadras para escapar aos ataques violentos e xenófobos, que parecem regressar em força.

124 pessoas estavam ainda ontem de manhã refugiadas, depois de verem as suas lojas serem pilhadas e incendiadas. Até ao momento foram presos sete suspeitos. As identidades das pessoas atacadas não foram divulgadas. Mas nos ataques de há dois anos, que causaram milhares de deslocados e 62 mortos, alguns carbonizados, os alvos foram sobretudo moçambicanos, zimbabwianos, somalis e também nigerianos.

"Os criminosos devem saber que vamos agir de forma firme, que não deixaremos propagar o medo e o crime e que os encontraremos e julgaremos", declarou ontem, no Cabo, a ministra da Defesa, Lindiwe Sisulu, que é uma das filhas do histórico dirigente do ANC Walter Sisulu. Desmond Tutu, arcebispo, Nobel da Paz e uma das mais destacadas figuras na luta contra o apartheid, também manifestou o seu receio em relação ao regresso da violência.

Muitos estrangeiros têm medo, pois tinham sido avisados de que uma vez terminado o Campeonato Mundial de Futebol no país, as vuvuzelas e as bandeiras coloridas dariam lugar às tochas e às facas. "Eles disseram-nos que depois de domingo devíamos ir embora, caso contrário iríamos ver sangue", declarou Precious Ncube, um zimbabwiano que vive nos arredores da cidade de Pretória, citado pelo New York Times.

Reason Wandi não teve de esperar pelo fim da competição futebolística para ser atirado de um comboio em andamento nos arredores da Cidade do Cabo. "Havia mais de dez à minha volta, a dizer--me para ir para casa e a chamar- -me makwerekwere [estrangeiro]", contou o zimbabwiano, ao Mail & Guardian.

In DN