Cronicas de uma mussulmana in Expresso
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Cronicas de uma mussulmana in Expresso
Se o problema é o da identidade, a "burka" não resolve nada. Antes pelo contrário.
Faranaz Keshavjee (www.expresso.pt)
20:04 Quarta-feira, 10 de Fev de 2010 |
Num
mundo de desigualdades de géneros, entre outras, o véu integral faz um
des-serviço à sociedade de progresso. A querer promover alguma
diferença, essa teria de se construir pelo saber e pelo conhecimento.
Através da educação de excelência, do mérito e distintividade junto da
sociedade. Os muçulmanos precisam de reflectir sobre esta questão
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São inúmeras as razões para o uso do véu
"islâmico": diz-se que serve para demarcar o estatuto socio-económico
elevado de mulheres que se diferenciam das que têm de trabalhar para o
sustento da família; ou, em situações de profissões predominantemente
masculinizadas, poderem exercer as suas funções na sua invisibilidade
feminina - acontece por exemplo com mulheres muçulmanas médicas em
certos países árabes marcadamente patriarcais; ou porque são,
infelizmente, forçadas pela família, ao uso de um tipo de indumentária
que precede provávelmente o surgimento do islão. Na verdade, numa
Arábia de "low-culture", de tradição oral e de modelo patriarcal, o que
se sabe é que nessa época, só as prostitutas se cobriam.
Num mundo de desigualdades de géneros, entre outras, o véu integral
faz um des-serviço à sociedade de progresso. O vestuário ou a nudez são
até assuntos perante os quais tenho uma posição algo liberal. Mas em
querendo formular uma lei sobre o assunto, devíamos pelo menos
consultar os potenciais interessados ou "lesados". Só assim temos uma
democracia pluralista fundada em ideais de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade. Não creio que em França os ideais republicanos tenham
sido aplicados nesta matéria do véu integral "islâmico".
Na cultura muçulmana xiita ismailita em que vivo, o intelecto é o
sustentáculo da fé que queremos firme e orientadora da vida. Por isso
concluo que, a querer promover alguma diferença, essa teria de se
construir pelo saber e pelo conhecimento. Através da educação de
excelência, do mérito e distintividade junto da sociedade, uma
muçulmana pode exprimir os valores da sua fé e cultura. Custa mais, e
custa mais ainda, fazê-lo notar-se; porque a inteligência não se vê, o
véu sim. Dará mais trabalho vincar uma identidade com base na sapiência
porque a competitividade social atravessa culturas, religiões, e
diferenças de géneros. Contudo, é esse mesmo saber e conhecimento que
permitirão a visibilidade da pessoa humana, a médio prazo, sem perder o
sentido de comunidade, mas revelando-se na sua individualidade e beleza
singular, do homem ou mulher, por aquilo que são, e não por aquilo que
parecem. Os muçulmanos precisam de reflectir sobre esta questão.
Vitor mango- Pontos : 118268
Re: Cronicas de uma mussulmana in Expresso
salvo erro ou omissao este post esta no Expresso em duas linguas o que me leva a suspeitar que os jornais ja fazem traduçoes via Google ...com correcçoes devidas ( claro claro... =
Ou seja
cada vez mais o mundo vai refinando a sua linguara ao metodo mecanico ou mecanizado
Ou seja
cada vez mais o mundo vai refinando a sua linguara ao metodo mecanico ou mecanizado
Vitor mango- Pontos : 118268
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