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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 20, 2010 10:16 am

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

por DN.pt/Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1257734

O temporal que desde a madrugada se abateu sobre a Madeira poderá ter causado pelo menos 20 mortos, de acordo com fonte hospitalar citada pela RTP/Madeira.

O número de falecidos que já se fala na ilha ainda não foi oficialmente confirmado, mas o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, disse à televisão estatal que ?há mais de sete vítimas mortais?, vários desaparecidos e 17 feridos internados no Hospital Dr. Nélio Mendonça, dos quais dois politraumatizados.

“Os prejuízos são incalculáveis, de milhões e milhões de contos”, devido às dezenas de carros arrastados, inúmeras inundações em casas, lojas e grandes edifícios públicos, estradas e infraestruturas destruídas. A ilha da Madeira está totalmente isolada do exterior.

Segundo o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, as situações mais graves têm ocorrido nas zonas altas do concelho do Funchal, com inúmeros desmoronamentos, e, também, no concelho da Ribeira Brava, onde a autarquia apelou à população para que evacue a baixa da vila.

"A situação é crítica em todo o concelho do Funchal”, disse o autarca, adiantando que “todos os bombeiros, membros da protecção civil e pessoal da câmara estão na rua a tentar dar abrigo às pessoas afectadas e afastá-las das zonas de perigo”.

Nesta altura, o grande perigo é a subida da maré na Madeira, que coloca ainda mais em risco as zonas ribeirinhas das zonas mais atingidas.

Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita, onde as águas ameaçam destruir uma rotunda ali construída recentemente.

Outras situações dramáticas ocorreram nas zonas altas, provocando derrocadas nos Moinhos, Três Paus, Trapiche (onde morreu uma senhora idosa alarmada com o desabar do telhado da sua casa provocado pela queda de uma grua).

Neste momento, a baixa da cidade está intransitável ao trânsito automóvel, com a Avenida do Mar e a zona velha da cidade completamente alagadas bem como a avenida Arriaga, a rua Fernão de Ornelas.

O centro comercial Dolce Vitta foi evacuado e o parque de estacionamento de vários andares está completamente inundado.

O mesmo ocorreu no Centro Comercial do Anadia, onde a água transbordou no estacionamento.

A via rápida Ribeira Brava - Machico está interrompida em variadíssimos pontos, pelo que a circulação está praticamente intransitável.

De acordo com uma fonte do Instituto Nacional de Meteorologia, “o pior já terá passado”, prevendo-se que a tarde não seja tão pluviosa como foi a manhã, designadamente entre o período compreendido entre as 09:00 e as 10:00 horas da manhã.

Nessa hora, choveu 52 milímetros no Funchal e 58 milímetros no Pico do Areeiro, segundo ponto mais alto da Região.

Para além da chuva, os ventos muito fortes, que têm atingido os 100 quilómetros das zonas altas e a forte ondulação marítima estão a contribuir para o agravamento da situação.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1499787&seccao=Madeira















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Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 20, 2010 10:55 am

Neste momento é já de 30, o número de mortos na Madeira.

Entretanto, Sócrates já esteve em contacto telefónico com Jardim, a quem exprimiu a solidariedade do Governo da República e já deu instruções para que o Ministro da Ad,. Inter na se desloque à Madeira, mal as condições atmosféricas permitam a utilização do aeroporto do Funchal.

Ele próprio, que se encontra no Porto, seguirá também para a ilha, a fim de juntamente com Rui Pereira e equipa, aquilatarem da extensãol dos prejuizos e da ajuda a prestar.

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Última edição por João Ruiz em Sáb Fev 20, 2010 11:54 am, editado 1 vez(es)

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Re: Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por Vitor mango Sáb Fev 20, 2010 11:25 am

30??????????????? affraid affraid affraid affraid affraid affraid affraid affraid
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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Madeira: Governo Regional confirma 32 mortos (VÍDEOS)

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 20, 2010 2:46 pm

Madeira: Governo Regional confirma 32 mortos (VÍDEOS)

por DN.pt/Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1257785

O temporal que desde a madrugada se abateu sobre a Madeira causou pelo menos 32 mortos e 68 feridos. O número de vítimas mortais foi confirmado pelo vice-presidente do Governo Regional da Madeira, João Cunha e Silva.

Além dos 32 mortos, o hospital do Funchal registou a entrada de 68 feridos, dois dos quais tiveram de ser sujeitos a intervenções cirúrgicas, revelou o governante.

Por seu turno, o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, disse que está a preparar o envio a Bruxelas de "um pedido de apoio", com "documentação fundamentada". Jardim disse aos jornalistas que estão a ser preparados alojamentos para mais de 200 pessoas e anunciou que deu ordens para lançar de imediato um concurso público para resolver os problemas de realojamento das pessoas que ficaram sem casa.

No Serviço de Urgências do hospital Dr. Nelio Mendonça, no Funchal, deram entrada até ao momento 68 feridos, dois dos quais em estado grave, afirmou hoje o responsável clínico da instituição.

Em conferência de imprensa Pedro Ramos, o director clínico e o presidente do Serviço de Saúde da Madeira, Miguel Ferreira e Almada Cardoso, fizeram o primeiro balanço da situação no hospital na sequência do temporal que assolou hoje a região que provocou várias vítimas e desaparecidos.

Estes responsáveis garantiram que existe um plano de resposta do hospital para emergências externas com vítimas que abrange diversos níveis que “foram todos activados”.

O director clínico do Serviço de Saúde da Madeira adiantou que, no que diz respeito aos feridos, “alguns casos são de hipotermia, pessoas que ficaram soterradas ou foram arrastadas nas enxurradas, pequenas feridas, a maior parte são situações de baixo risco que só vão ficar até domingo por questão de segurança e é difícil regressarem aos seus lares”.

Miguel Ferreira garantiu que neste momento “a situação está toda controlada, as equipas de intervenção do Bloco e várias especialidades, todos os colegas responderam ao apelo do virem para o Hospital e estão de prevenção”.

Referiu que também as equipas de enfermagem estão superreforçadas e o pessoal de todos os sectores deram um “apoio excepcional para uma eventualidade de socorro”.

Mencionou que as difíceis comunicações com os outros pontos da ilha levaram o Serviço de Saúde a equacionar, “se houver dificuldades de acesso ao hospital, abrir noutras zonas ou centros de saúde um posto”.

O pessoal do heliporto do Hospital do Funchal também está de prevenção.

Os responsáveis hospitalares vão fazer uma actualização da situação às 19:00.

Jardim: Prioridade é "tratar dos vivos" a alojar quem perdeu casa

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje que a prioridade é "tratar dos vivos" e "alojar quem perdeu a casa" no temporal que assolou a ilha.

Numa conferência de imprensa no Serviço Regional de Protecção Civil, Alberto João Jardim salientou que o Governo Regional tomou já "as primeiras decisões que a situação exigia".

Disse ainda que o momento é de limpar as estradas que estão transitáveis, e proceder a recuperação das pontes tendo sido pedido às Forças Armadas pontes concebidas pela engenharia militar para substituir enquanto as que foram destruídas pela força da água.

O restabelecimento da energia eléctrica e das comunicações e distribuição de refeições são outras prioridades do Governo Regional.

Indicou ainda a limpeza das ribeiras tendo salientado que "se não tivéssemos feito estas obras de canalização das ribeiras que fizemos nos últimos anos, hoje e não existia a baixa do Funchal".

Prejuízos "incalculáveis"

“Os prejuízos são incalculáveis, de milhões e milhões de contos”, devido às dezenas de carros arrastados, inúmeras inundações em casas, lojas e grandes edifícios públicos, estradas e infraestruturas destruídas. A ilha da Madeira está totalmente isolada do exterior.

Segundo o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, as situações mais graves têm ocorrido nas zonas altas do concelho do Funchal, com inúmeros desmoronamentos, e, também, no concelho da Ribeira Brava, onde a autarquia apelou à população para que evacue a baixa da vila.

"A situação é crítica em todo o concelho do Funchal”, disse o autarca, adiantando que “todos os bombeiros, membros da protecção civil e pessoal da câmara estão na rua a tentar dar abrigo às pessoas afectadas e afastá-las das zonas de perigo”.

Nesta altura, o grande perigo é a subida da maré na Madeira, que coloca ainda mais em risco as zonas ribeirinhas das zonas mais atingidas.

Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita, onde as águas ameaçam destruir uma rotunda ali construída recentemente.

Outras situações dramáticas ocorreram nas zonas altas, provocando derrocadas nos Moinhos, Três Paus, Trapiche (onde morreu uma senhora idosa alarmada com o desabar do telhado da sua casa provocado pela queda de uma grua).

Neste momento, a baixa da cidade está intransitável ao trânsito automóvel, com a Avenida do Mar e a zona velha da cidade completamente alagadas bem como a avenida Arriaga, a rua Fernão de Ornelas.

O centro comercial Dolce Vitta foi evacuado e o parque de estacionamento de vários andares está completamente inundado.

O mesmo ocorreu no Centro Comercial do Anadia, onde a água transbordou no estacionamento.

A via rápida Ribeira Brava - Machico está interrompida em variadíssimos pontos, pelo que a circulação está praticamente intransitável.

De acordo com uma fonte do Instituto Nacional de Meteorologia, “o pior já terá passado”, prevendo-se que a tarde não seja tão pluviosa como foi a manhã, designadamente entre o período compreendido entre as 09:00 e as 10:00 horas da manhã.

Nessa hora, choveu 52 milímetros no Funchal e 58 milímetros no Pico do Areeiro, segundo ponto mais alto da Região.

Para além da chuva, os ventos muito fortes, que têm atingido os 100 quilómetros das zonas altas e a forte ondulação marítima estão a contribuir para o agravamento da situação.

Aeroporto da Madeira com tráfego "condicionado"

O Aeroporto da Madeira esteve fechado por motivos de segurança e não existem ainda previsões para a sua reabertura em pleno, disse hoje à agência Lusa fonte aeroportuária local.

No total, foram cancelados 19 voos para a Madeira. Registaram-se ainda atrasos ou cancelamentos de voos programados pela transportadora açoriana Sata do Funchal para Ponta Delgada, Lisboa, Las Palmas e Paris, envolvendo um total de 440 passageiros.

Mesmo assim, um avião proveniente de Paris conseguiu aterrar às 17:55 no aeroporto devido a uma abertura nas condições meteorológicas, segundo a mesma fonte.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1499787&seccao=Madeira







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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Madeira: PR expressa as "mais sentidas condolências"

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 20, 2010 3:01 pm

Madeira: PR expressa as "mais sentidas condolências"

por LusaHoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1257803

O presidente da República, Cavaco Silva, expressou hoje as suas "mais sentidas condolências" para com as vítimas do temporal que assolou a Madeira, sublinhando a solidariedade do Continente e manifestando a intenção de se deslocar brevemente àquela região.

"Às famílias que foram atingidas pela morte eu quero expressar as mais sentidas condolências, a todos aqueles que perderam os seus bens e os seus haveres eu quero deixar uma palavra de esperança", afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Numa comunicação no Palácio de Belém, o chefe de Estado adiantou ter recebido um telefonema do rei Juan Carlos de Espanha, que disse que o país vizinho "estava disponível para ajudar em tudo o que fosse necessário".

"O rei de Espanha lembrou-me que tinha estado na ilha não há muito tempo numa visita e disse ter ficado absolutamente chocado com as imagens", revelou Cavaco, referindo-se à visita que fez com os reis de Espanha em Setembro de 2009.

Questionado sobre uma eventual deslocação à zona afectada pelo temporal, Cavaco Silva respondeu que irá fazê-lo "no momento apropriado".

"Quando falei com o presidente do governo regional perguntei-lhe quando seria adequada a minha deslocação ao arquipélago e ficou combinado que seria depois de enfrentarem localmente toda esta situação e eu penso fazê-lo no momento apropriado e em articulação com as autoridades regionais", referiu.

O chefe de Estado disse estar "desde manhã a acompanhar com toda a atenção a situação na ilha" e que manteve "contactos telefónicos com o presidente do Governo Regional e com o representante da República na região".

"As imagens que nos chegam e o número de mortos, 32 de acordo com a informação que me foi dada, não deixam dúvidas quanto à dimensão da catástrofe que se abateu sobre a região da Madeira", afirmou, sublinhando que, neste momento, a Madeira "precisa da solidariedade de todos nós".

"É preciso ajudar todos os atingidos pelos temporais a construir o mundo que foi destruído", disse, em jeito de apelo.

Cavaco adiantou que, na sequência da conversa que teve com Alberto João Jardim, contactou os chefes militares no sentido de enviar uma equipa de engenharia militar, "que pudesse rapidamente fornecer apoio na construção de pontes" para apoiar as populações e reduzir o isolamento em diversos locais da ilha.

"Estou convencido que não faltará a solidariedade aos madeirenses neste momento difícil", afirmou, manifestando o seu "apreço às autoridades locais e aos serviços de protecção civil locais".

Questionado sobre se irá decretar luto nacional pela tragédia que se vive na Madeira, Cavaco esclareceu que essa iniciativa pertence ao Governo, mas que ainda não conversou com o executivo sobre o tema.

"É uma matéria que pode vir a ser ponderada, mas não sei que se neste momento essa é a questão fundamental", considerou.

Cavaco rejeitou ainda as críticas à forte intervenção urbanística na Madeira, sublinhando que Portugal deve estar "concentrado" na solidariedade para com o povo daquela região autónoma.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Re: Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por ricardonunes Dom Fev 21, 2010 3:45 am

Número de mortos na Madeira sobe para 38
Económico
21/02/10 08:59

As fortes chuvas que fustigaram ontem o arquipélago da Madeira já provocaram 38 mortos e deixaram sem casa centenas de pessoas.

O temporal que assolou este sábado a Madeira tirou a vida a 38 pessoas e fez 101 feridos, alguns em estado grave. Há ainda a registar 250 desalojados, revelou o secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Ramos, citado pela 'Lusa'.

Na baixa funchalense viveram-se momentos de pânico, com as águas das ribeiras a ultrapassarem os muros de protecção e a galgarem as principais pontes da cidade, como na Ponte do Bazar do Povo, a ponte do mercado (que desabou parcialmente) e a ponte junto ao edifício Dolce Vita.

Perante o cenário de destruição, o primeiro-ministro disponibilizou ao presidente da Madeira toda a ajuda necessária para começar imediatamente a reconstrução da ilha.

"A conclusão a que chegamos é que o Governo Regional da Madeira está a controlar muito bem a situação e a efectuar já alguns trabalhos de recuperação. Nós oferecemos ao senhor presidente do Governo Regional da Madeira toda a ajuda que necessitar para que a Madeira possa iniciar imediatamente esses trabalhos e os possa prosseguir nos próximos dias", afirmou José Sócrates, após uma reunião com Alberto João Jardim e o seu governo, citado pela RTP.

João Jardim agradeceu a "solidariedade" de José Sócrates em relação a esta calamidade, mas alertou que é necessário não dramatizar a situação, mostrando-se preocupado com os efeitos que esta situação pode ter no turismo da ilha. "Cuidado com as dramatizações. Não se pode esquecer que a nossa economia depende muito do exterior. Vamos resolver os problemas internamente", disse o presidente da Madeira.

Uma equipa de mergulhadores da Força Especial de Bombeiros, uma equipa cinotécnica da GNR e uma equipa do Instituto Nacional de Medicina Legal rumam hoje à Madeira a bordo do avião da Força Aérea C-130.
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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Re: Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por ricardonunes Dom Fev 21, 2010 3:48 am

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) 610x

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 4:57 am

O número de vítimas mortais cifrava-se esta manhã em 40, segundo os noticiários.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Madeira foi engolida pelas águas que mataram dezenas (VÍDEOS)

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 5:24 am

Madeira foi engolida pelas águas que mataram dezenas (VÍDEOS)

por LÍLIA BERNARDES, Funchal
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258124
Pelo menos 36 pessoas morreram e mais de 70 feridos foram assistidos. Número pode subir, pois há vilas isoladas. Os 185 litros por metro quadrado no pico do Areeiro não um recorde absoluto em Portugal. Prejuízos incalculáveis fazem Alberto João Jardim pedir Ajuda a Bruxelas.

Em poucas horas, o Funchal entrou em colapso. O temporal invadiu a cidade e matou pelo menos 36 pessoas. Um número confirmado pela secretaria geral dos Assuntos Regionais à rádio TSF, e que as autoridades admitem ser bastante superior, podendo mesmo atingir a centena. Até porque dezenas pessoas podem estar encurraladas, dentro de carros que foram arrastados e abalroados ou em locais afectados por derrocadas. Além disso, há parques de estacionamentos submersos e casas destruídas. Muitas pessoas desaparecidas. Ainda ontem às 20.00, chegou um alerta de um condutor que pedia ajuda por estarem dez viaturas no interior do túnel que liga as vilas do Seixal e S. Vicente.

No hospital estavam 70 pessoas, duas em estado grave. E também alguns cadáveres à espera de serem identificados. O Instituto de Medicina Legal enviou para a Madeira uma equipa de peritos para ajudar nesta operação. Na biblioteca do hospital foi instalado um serviço de apoio psicológico às pessoas afectadas pela tempestade. Vítimas e familiares que viveram momentos de pânico e dor. Houve quem visse a família morrer e quem demorasse horas a encontrar filhos, pais e amigos. A cidade paralisou e as comunicações foram cortadas por algum tempo.

Muitas vilas estavam isoladas, sem que se soubesse se havia mortos e feridos. Ontem à noite, a Câmara da Ribeira Brava pediu ajuda aos bombeiros para entrar na Serra de Água, localidade que ainda estava isolada e sem comunicações. Teme-se que aqui possam existir mais vítimas. O mesmo pedido foi feito em relação a Curral das Freiras, uma aldeia a poucos quilómetros do Funchal.

No concelho da Calheta, as freguesias de Paul de Mar e Jardim do Mar também estavam isoladas. Mas um dos piores cenários vivia--se na zona do Monte, uma das mais altas da cidade, por ser a localidade com mais mortes.

Ontem à noite a cidade estava coberta de lama, com estradas cortadas , falta de luz e água em algumas zonas e o medo instalado na população. Muitas pessoas ficaram desalojadas. E três instituições, entre as quais o Exército, disponibilizaram 200 camas.

Os prejuízos são incalculáveis. "O Funchal está destruído", ouve-se por todo o lado. O presidente do Governo Regional já pediu ajuda a Bruxelas, tendo falado com Durão Barroso. E José Sócrates chegou à ilha perto das 21.00.

Caos instalado por todo o lado

As três ribeiras que atravessam o Funchal começaram a destruir a cidade às 10 da manhã. Já chovia desde as 5. A ponte junto ao mercado dos Lavradores ruiu, devido à fúria das águas, e todos os que ali estavam começaram a fugir. A água trazia pedras e entulho e o alcatrão não tardou a levantar e formar crateras. Criou-se o pânico.

Toda a zona junto ao Centro Comercial Dolce Vita entrou em risco de colapso. E uma rotunda, construída por cima da ribeira, ameaçava ruir. O centro foi evacuado e a zona interditada pela PSP.

O caos instalou-se. Na zona da Pena, onde mora Alberto João Jardim, uma enxurrada apanhou um autotanque dos bombeiros que arrastou várias viaturas, provocando feridos e mortos, entre eles uma criança. Numa zona mais a norte, um táxi com estrangeiros entrou pelo jardim de uma residência. Ainda mais para norte, em Trapiche, zona alta da cidade, na sequência de um desabamento de um tecto, uma idosa morreu de ataque cardíaco com o susto.

O medo dominava. Ninguém imaginava que fosse possível aquele cenário. Afinal, no dia anterior tinha feito sol e nem Protecção Civil nem Instituto da Meteorologia fizeram alerta especial.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1500380&seccao=Madeira

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Radar meteorológico podia ter previsto catástrofe

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 5:34 am

Radar meteorológico podia ter previsto catástrofe

por ISALTINA PADRÃO
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258127

Por escassez de verba, a Madeira não tem equipamento que poderia prever o agravamento do clima cinco horas antes e levaria equipas de socorro a agir mais rapidamente.

Por dois milhões de euros poder--se-ia ter previsto a tragédia de tão grande dimensão na Madeira, ilha que agora ficou desfigurada. Ao DN, o presidente do Instituto de Meteorologia (IM) disse que a Madeira não tem um radar meteorológico - que pode prever estas situações entre quatro a cinco horas antes -, por falta de dinheiro. Ainda há quatro dias, Adérito Serrão alertou para tal necessidade aquando de uma visita ao Funchal. A sua opinião mantém-se.

"O facto de não termos um radar meteorológico na Madeira dificulta a previsão destes fenómenos que poderiam ser antecipados entre quatro a cinco horas de tudo acontecer, já que o aparelho abrange uma distância de 150 a 200 quilómetros", assegurou ontem ao DN Adérito Serrão, admitindo que o modelo usado a nível de previsões "pecou por defeito".

O modelo actualmente utilizado pelo IM já previa para o Funchal uma situação de precipitação com valores anormais, mas não de forma tão acentuada. Pelas 19.25 de sexta-feira foi emitido o aviso amarelo de precipitação que corresponde à queda de dez milímetros de chuva por hora (mm/h). Entretanto, o satélite permitiu aos técnicos antever um agravamento da situação, pelo que às 08.52 de ontem o aviso mudou para laranja (queda de chuva entre 20 a 40 mm/h), passando às 10.00 para vermelho (queda de chuva acima dos 40 mm/h). Mas, na realidade, entre as 09.00 e as 10.00 choveram 52 mm/h; ou seja; bastante mais do que o previsto.

Tendo em conta que os níveis de precipitação mais elevados na ilha se registaram entre as 10.00 e as 11.00, um radar meteorológico poderia ter antecipado esta situação quatro a cinco horas antes de ter sido emitido o aviso vermelho - o adequado à situação. Desta forma, as várias entidades dedicadas ao socorro poderiam ter sido alertadas muito antes.

Segundo o presidente do IM, "ainda não foi adquirido um radar para a Madeira por falta de orçamento". Porém, equipamento, que custa dois milhões de euros, está instalado nos Açores e em dois locais do continente - Coruche e Loulé - e vai ser colocado um em Arouca, para fazer cobertura no Norte do País. Já segundo o governador civil de Lisboa, este não é o momento para apontar falhas, mas sim para socorrer. "Isto faz- -nos pensar que temos de ter outra atitude face às alterações climáticas, mas não é o momento para fazer crítica à falta de meios. É altura de prestar socorro", frisou António Galamba. Socorro que foi já disponibilizado (ver caixa).

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Erros urbanísticos que agora se pagam muito caro

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 5:40 am

Erros urbanísticos que agora se pagam muito caro

por CÉU NEVES
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258138
Ambientalistas denunciam projectos que roubaram espaço às ribeiras que transbordaram.

Os madeirenses que vivem na Baixa do Funchal tentam reorganizar a vida, depois de verem casas inundadas, carros albaroados, estradas e pontes destruídas. Os que moram nas zonas altas nem querem imaginar o que vão encontrar quando descerem a encosta até à Marina. E há quem aponte o dedo às opções urbanísticas, como os ambientalistas

"A forte pluviosidade contribuiu para o que aconteceu, mas não é a única causa. Há um agravamento da situação devido aos erros do ordenamento do território que se têm cometido na ilha, em participar na costa sul que é a zona onde reside mais de um terço da população", critica Hélder Spínola, dirigente da Quercus na Madeira.

É, também, aquela opinião do Partido Ecologista Os Verdes (PEV). Em comunicado, denunciam "os erros de ordenamento territorial e urbanísticos que se têm permitido em prol de interesses privados e que têm, depois, efeitos devastadores em situações" como a vivida no território madeirense.

Referem-se sobretudo à forte pressão imobiliária do sector turístico, mas também se construíram estradas e vias de acesso que interromperam e estrangularam o curso dos águas. "Não existe uma vazão eficiente das águas. As ribeiras não têm espaço suficiente para permitir o escoamento das águas", sublinha o ambientalista.

"É ridículo estar-se a falar nessas situações", reage Miguel Albuquerque, o presidente da Câmara do Funchal há 16 anos, o concelho mais atingido pelas inundações (ver entrevista). Andou ontem todo o dia a tentar perceber como tirar a cidade do caos. E promete voltar às 07.00, com uma equipa de 200 pessoas, funcionários, os bombeiros voluntários e municipais e 80 empregados de limpeza. Aceita que há uma ou outra opção urbanística errada, mas não as responsabiliza pelo que aconteceu.

O ambientalista da Quercus refere-se sobretudo às três principais ribeiras da Madeira - de S. João, St.ª Luzia e João Gomes -, que diz terem sofrido estrangulamentos, acabando por transbordar. E, ontem, as águas não percorreram o percurso normal e acabaram por destruir estradas, pontes e casas. Não desaguaram no mar como seria natural.

Hélder Spínola sublinha que não é a primeira vez que a ilha está sujeita a intempéries e que fizeram mortos em 1993 e em 2001. "Estavam previstas chuvas intensas e eu próprio vi que as vias estavam completamente entupidas. Há uma faceta natural, mas também há uma faceta humana e de prevenção e foram essas que falharam."

Os Verdes consideram que "é visível que as intervenções hidráulicas que têm decorrido nas linhas de água desta ilha e em toda a faixa litoral vieram agravar os efeitos da intempérie". E mostram-se disponíveis "para apoiar e viabilizar toda a espécie de apoios que serão necessários para ajudar".

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Re: Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 10:27 am

Curral das Freiras isolada, situação é "muito preocupante"

por Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258262

A freguesia de Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos, na ilha da Madeira, continua isolada, sem acessos e comunicações, com indicação de existência de vítimas mortais mas ainda não contabilizadas, disse hoje fonte da autarquia. O helicóptero da Força Aérea que se deslocou ao local não conseguiu aterrar e a única via terrestre para a freguesia continua obstruída.

Curral das Freiras é uma freguesia situada no centro da ilha, num vale encravado entre as montanhas onde nascem algumas das ribeiras que ontem arrasaram a capital do arquipélago, o Funchal, e Ribeira Brava. A localidade está mais perto do Pico do Areeiro, onde se registou a queda de 185 litros por metro quadrado, um recorde em Portugal.

“A vila de Curral das Freiras é a nossa maior preocupação, devido ao número de pessoas [cerca de quatro mil habitantes] que se encontram entregues a elas próprias”, disse à agência Lusa o vice-presidente de Câmara de Lobos, Leonardo Figueira, autarca que à RTP/Madeira adiantou que o helicóptero da Força Aérea foi incapaz de aterrar.

O autarca avançou que as derrocadas que aconteceram no sábado na sequência das fortes chuvadas provocaram na vila vítimas mortais, feridos, desaparecidos e desalojados, mas que ainda não se conseguiu apurar o seu número. As comunicações estão interrompidas e os únicos contactos com os habitantes foram feitos via telemóvel, através de algumas mensagens de textos .

Leonardo Figueira adiantou que as estradas de acesso à vila estão bloqueadas e que a única maneira de alcançar a localidade é a pé por entre destroços e entulho.

“O presidente [do governo regional, Alberto João Jardim] está a caminho do local e vai tentar fazer a passagem pedonal, perto das derrocadas, para conhecer a situação do local, porque de outra forma não conseguimos saber”, disse o autarca.

Na localidade encontram-se máquinas para remover o entulho das derrocadas, bem como uma equipa de bombeiros.

No concelho de Câmara de Lobos, também a freguesia de Fajã das Galinhas está isolada, onde duas máquinas tentam desobstruir a passagem.

Leonardo Figueira explicou que enquanto não se conseguir chegar à população, uma vez que as comunicações estão bloqueadas, não se consegue ter noção exacta dos danos.

A tempestade que assolou a Madeira já causou pelo menos 40 mortos, 101 feridos, 250 desalojados, segundo as últimas actualizações do secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Ramos.

O mau tempo deixou um rasto de destruição em alguns concelhos, o que já levou o presidente do governo regional a pedir ajuda a Bruxelas.

A forte chuva registada, desde o início da madrugada de hoje, provocou deslizamentos de terras, inundações, sendo considerado o pior temporal na Madeira desde 1993.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Governo Regional confirma 42 mortos na Madeira

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 11:40 am

Governo Regional confirma 42 mortos na Madeira

por Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258305

Os dados oficiais mais recentes dão conta de 42 mortos e 120 feridos na sequência do temporal que ontem assolou a ilha da Madeira. Pessoas desesperadas à espera de notícias dos seus familiares desaparecidos ou outras lamentando os seus mortos é o cenário encontrado nas zonas altas do Funchal.

No Laranjal, onde já foram encontrados três cadáveres que ficaram soterrados nas suas casas pelas terras que desabaram da encosta, uma senhora não escondia o seu desespero gritando: "Têm de encontrar a minha filha".

Noutro local, a cerca de dois quilómetros, uma grua que operava na obra de construção de uma ponte da futura via rodoviária Cota 500 tombou em cima de várias casas.

No local, José Pereira contou que, esta manhã, ele próprio recolheu junto com socorristas duas vítimas mortais de uma casa, onde pereceram outras três pessoas da mesma família.

Com muitos curiosos à volta, eram muitos os que afirmavam que as duas gruas instaladas no local não garantiam condições de segurança.

Para completar o sentimento de frustração e aflição, de repente as pessoas ficaram alarmadas e desataram a fugir quando se aperceberam que a outra grua efectivamente estava a balançar.

Após a passagem da ventania, a calma possível voltou aqueles moradores e, também, aos outros muitos curiosos que congestionaram as estradas durante toda a manhã, para verem "in loco" as consequências da catástrofe.

Os danos materiais (dezenas de automóveis destruídos, casas e estabelecimentos comerciais inundados e casas bastante danificadas) foram muitos, mas como.

"O que interessa é que estamos vivos", filosofou José Manuel, dono do café da zona, enquanto se ocupava com a família a limpar o seu bar.

42 mortos, 120 feridos, 240 desalojados e muita destruição

O último balanço do Governo regional, feito esta tarde pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, dava conta de 42 mortes, 120 feridos, um número ainda indeterminado de desaparecidos e cerca de 240 desalojados.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Jardim Ramos adiantou que o "depósito de cadáveres" foi centrado no Aeroporto da Madeira por "uma questão operacional" e que as vitimas mortais "ainda não estão todas identificadas".

No local, está uma equipa de apoio às famílias constituída por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais. Referiu que dos 248 desalojados, 85 da já regressaram às suas casas, sendo pessoas que eram dadas como desaparecidas devido à grande dificuldade de comunicações.

Várias localidades continuam isoladas sem água nem luz no Funchal e na Ribeira Brava. O presidente da Investimentos e Gestão da Água (IGA) da Madeira, Pimenta de França, revelou hoje à Lusa que 30% da população do Funchal está neste momento sem água devido ao "desaparecimento" de uma conduta.

Muitas casas e carros destruídos, estradas interditas ao trânsito e um rasto de lama são alguns dos sinais materiais visíveis do temporal que assolou sábado a Madeira.

De acordo com o governo regional as zonas mais problemáticas são os sítios da Furna, Pomar da Serra, Espigão, São João, Curral das Freiras, Madalena, Paul do Mar e Jardim da Serra

No Funchal, os bombeiros municipais recolheram até ao momento 17 cadáveres, mas este número pode subir pois muitas casas e carros estão soterrados e a circulação automóvel no centro da cidade continua a ser impossível, adiantou o presidente da câmara funchalense, Miguel Albuquerque.

No aeroporto do Funchal, o movimento decorre com normalidade, já aterraram alguns aviões e o quadro de informações confirma os vários voos sem qualquer indicação de atraso e ou cancelamento.

Centro comercial pode esconder mais vítimas

O Centro Comercial Anadia, naquela localidade da ilha Madeira, ficou "completamente destruído" e as autoridades que existam várias vítimas mortais no estacionamento alagado.

"O Anadia está completamente destruído, danificado, cheio de lama, os bombeiros estão a retirar a água do parque [que estão completamente alagados] e só depois disso é que vamos começar a ver o que é que se vai fazer aqui", disse à agência Lusa o proprietário daquele espaço, João Andrade.

O parque de estacionamento daquele espaço comercial é muito utilizado e as autoridades estimam encontrar vítimas mortais quando conseguirem retirar a água.

Ajuda mobiliza-se

Uma equipa de mergulhadores da Força Especial de Bombeiros "Canarinhos", uma equipa cinotécnica da GNR e uma equipa do Instituto Nacional de Medicina Legal já chegaram a Madeira a bordo de um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa para apoiar as operações de socorro no arquipélago.

A fragata Côrte-Real rumou no sábado à noite para a Madeira, levando a bordo as equipas e diversos meios das Forças Armadas, para dar resposta aos efeitos do temporal.

O secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, anunciou hoje que deverão ser começar a ser enviados para a Madeira na próxima semana os meios de engenharia militar necessários para repor as pontes afectadas.

"A expectativa que temos é que durante a próxima semana comecem a ser enviados meios, nomeadamente uma equipe de 15 especialistas com capacidade para montar as pontes e já algumas dessas pontes", avançou à agência Lusa em Mangualde, onde hoje de manhã entregou equipamentos de georeferenciação às corporações de bombeiros do distrito de Viseu, poucas horas após ter regressado da Madeira.

Segundo Vasco Franco, "ontem (sábado) mesmo, no avião com o primeiro-ministro, foram dois especialistas em engenharia militar, que ficaram lá para fazer o levantamento das necessidades".

Entretanto, cerca de 120 desalojados, entre os quais 40 crianças, foram acolhidos no Regimento de Guarnição n.º 3, do Exército, onde recebem apoio psicológico, alimentar e alguns bens de primeira necessidade.

Vítor Camacho, de 38 anos, desempregado, explicou que eram cerca das 09.00 de sábado quando "entrou tudo" pela casa dentro, situada em Santo António, na zona alta do Funchal.

A habitação ficou com "lameiro até ao tecto", descreveu, consequência de um ribeiro que trouxe tudo de cima e que as três portas da casa não conseguiram travar.

"Só tive tempo de salvar os dois miúdos que eu tenho. Mais nada. Não consegui salvar mais nada", declarou à Agência Lusa, adiantando que foi o vizinho que o ajudou a salvar a si e aos seus dois filhos, de três e treze anos.

Contactou, depois, a Protecção Civil e agora, temporariamente, está ao abrigo do Exército.

"A vida aqui é boa. As pessoas são muito amigas, não tem faltado nada à gente", declarou.

Escolas encerradas pelo menos amanhã

O secretário regional da Educação da Madeira, Francisco Fernandes, revelou hoje à Lusa que segunda-feira todas as escolas dos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava estarão encerradas, afectando assim, aproximadamente, cerca de 30 mil alunos.

Segundo Francisco Fernandes, a razão principal do encerramento de todas as escolas do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava "não tem propriamente a ver com a infraestrutura escolar" mas sim por "questões de acessibilidade e de segurança, evitando a circulação de viaturas num momento em que a prioridade é para desobstruir estradas".

"Durante a segunda feira daremos indicações relativamente à terça feira, nomeadamente para as escolas que dependem exclusivamente dos transportes públicos", acrescentou.

O secretário regional da Educação afirmou ainda que as escolas dos concelhos de Câmara de Lobos e Ribeira Brava estarão encerradas segunda e terça feira.

Aguardando contactos da Ponta do Sol e da Calheta para poder tomar decisões, Francisco Fernandes informou ainda que Santana, Machico, Santa Cruz, Porto Santo e S. Vicente são concelhos onde "em principio tudo funcionará normalmente".

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1500629&seccao=Madeira

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Re: Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por ricardonunes Dom Fev 21, 2010 12:02 pm

Antigo vereador do Ambiente diz que Madeira já viu piores catástrofes


Entre as operações de socorro, de máquina fotográfica na mão, activistas e investigadores madeirenses registam o que se está a passar na ilha. Em declarações à TSF, o antigo vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Funchal, Raimundo Quintal, explica que a história da Madeira já viu catástrofes «muito piores» e alerta para a necessidade de se «aprender com os erros cometidos».
O antigo vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Funchal, Raimundo Quinta afirmou, este domingo à TSF, que a história da Madeira já viveu catástrofes «muito piores» e apelou à união de todos para se prosseguir com a recuperação da ilha.
«Não é a maior catástrofe da Madeira. Em 1803 morreram muito mais pessoas, os números oficiais apontam para 600 mortos e há cartas que falam em mais de mil», afirmou.
«O apelo que faço é para que todos nós sejamos capazes de ter ânimo para recuperar esta nossa querida cidade e esta nossa fabulosa ilha que tem uma paisagem e um clima soberbos, mas que tem momentos em que a natureza se enraivece», acrescentou.
Raimundo Quinta não deixou de alertar para a necessidade de se «aprender com os erros cometidos» no que toca às questões ambientais, num momento em que é necessário que “todos” lutem, «em conjunto», para a reabilitação da Madeira.
A tempestade que assolou a Madeira já causou pelo menos 42 mortos, 101 feridos e 250 desalojados, segundo as últimas actualizações do secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Ramos.
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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Acessos a Curral das Freiras foram restabelecidos

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 2:30 pm

Acessos a Curral das Freiras foram restabelecidos

por Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258337

Os acessos à freguesia de Curral das Freiras, em Câmara de Lobos, Madeira, foram restabelecidos hoje à tarde, mas a via principal, que liga ao Funchal, ainda inspira cuidados.

A freguesia esteve mais de 24 horas isolada devido à tempestade que assolou no sábado a ilha da Madeira, mas cerca das 15:00 os acessos foram desobstruídos, com a retirada de lamas e terras que deslizaram das encostas.

Foi aberto um canal de emergência numa das estradas para possibilitar a circulação automóvel, mas a estrada principal que liga Curral das Freiras ao Funchal continua a inspirar preocupações.

No Curral das Freiras, uma freguesia com cerca de quatro mil habitantes que está localizada num vale, não se verifica o mesmo cenário de destruição de Ribeira Brava ou Funchal, mas há várias habitações em risco de desabamento.

No início da estrada de acesso a Curral das Freiras, há habitações soterradas pelo deslizamento de terras de duas encostas com cerca de 200 metros e de inclinação acentuada.

São visíveis ainda vários automóveis amassados, completamente destruídos pelas derrocadas, e troços de estradas que desapareceram completamente.

As comunicações permanecem cortadas. No concelho de Câmara de Lobos, a freguesia de Fajã das Galinhas continua isolada.

A tempestade que assolou a Madeira já causou pelo menos 42 mortos, 210 feridos e 248 desalojados.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Imprensa destaca Madeira apesar do apelo de Jardim

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 2:36 pm

Imprensa destaca Madeira apesar do apelo de Jardim

por DN.PT/Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258323

Apesar do apelo do presidente do Governo regional da Madeira para haver "cuidado com as dramatizações" para o exterior, os meios de comunicação internacionais destacam hoje a grave situação da Madeira, ontem afectada por um temporal que provocou dezenas de mortos e inúmeros danos materiais.

Ontem, depois de uma reunião com o primeiro-ministro José Sócrates para avaliar os meios necessários à estabilização da situação na Madeira, o presidente do Governo regional, Alberto João Jardim, pediu "cuidado com as dramatizações" para o exterior.

"Não se pode esquecer que a nossa economia depende muito do exterior e vamos resolver os problemas internamente, não dramatizar muito lá para fora porque neste momento o canal próprio, através do Governo da República, junto à União Europeia, está organizado e, portanto, vamos agora deixar as instituições funcionar", sustentou Jardim.

Apesar do apelo do presidente do Governo regional, a destruição que as enxurradas causaram na Madeira está hoje em destaque nos meios de comunicação social de todo o mundo, com fotos a ilustrar a destruição das enxurradas.

Os espanhóis 'El Mundo' e 'El País' ilustram com fotos nas edições online a destruição provocada pelas chuvas torrenciais, lembrando que a chuva caiu durante mais de 15 horas na Madeira.

Também os franceses 'Le Monde', 'Liberation' e 'Le Fígaro' realçam a destruição provocada pela força das águas na ilha da Madeira, onde as autoridades ainda não conseguiram apontar o número exacto de desaparecidos.

A edição online do italiano' Corriere della Sera' mostra algumas fotos da Madeira devastada pelo mau tempo e lembra as vítimas mortais, assim como a edição da publicação alemã Focus, que publica meia dúzia de fotografias a ilustrar a destruição.

Os britânicos 'The Guardian', 'Daily Mail' e 'The Times' também destacam os efeitos das chuvas torrenciais na Madeira, que chegam igualmente à edição online da publicação russa 'Pravda'. A notícia em destaque na BBC online é, igualmente, sobre a Madeira e as dificuldades enfrentadas pelas equipas de resgate.

Do outro lado do atlântico, os norte-americanos 'Washington Post', 'The New York Times' e 'The Wall Street Journal' também falam no assunto.

Na América do Norte, algumas publicações do Canadá, onde reside uma comunidade portuguesa de mais de 350 000 pessoas, também destacam a destruição na Madeira, designadamente o 'Toronto Sun' e o 'Montreal Gazette'.

Na América do Sul, as chuvas torrenciais na Madeira merecem destaque no 'Panorama' e 'El Universal', da Venezuela, onde vive uma importante comunidade de madeirenses, e no brasileiro O Globo.

O temporal na Madeira, que provocou pelo menos 38 mortos, 250 desalojados e um número indeterminado de desaparecidos, chegou também à Austrália, com o 'The Sidney Morning Herald' a ilustrar a destruição com diversas fotos.

Até ao momento, o assunto não mereceu destaque nas edições online dos principais jornais africanos lusófonos.

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Ronaldo dedicou golo às vítimas do temporal na Madeira

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 2:42 pm

Ronaldo dedicou golo às vítimas do temporal na Madeira

por Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258343

O futebolista português Cristiano Ronaldo, natural da Madeira, dedicou hoje um golo, no jogo entre o Real Madrid e o Villareal, às vítimas do temporal que assolou sábado a sua terra natal.

Após inaugurar o marcador, no Santiago Bernabéu, o avançado levantou a camisola "merengue", mostrando uma t-shirt apenas com o nome da ilha escrito e apontou aos céus.

O temporal que assolou a Madeira no sábado provocou 42 mortos, 120 feridos, cerca de 250 desalojados e uma onda de destruição na costa sul do arquipélago.

Esta curta e simples mensagem serviu para mostrar a sua solidariedade para com as vítimas madeirenses.

Ronaldo prestou esta homenagem aos 18 minutos da partida, após cobrar irrepreensivelmente um livre. Então, dirigiu-se para a zona do canto e, rodeado de alguns companheiros de equipa, levantou a camisola do Real Madrid.

Antes deste encontro, o avançado já tinha manifestado a sua consternação, afirmando-se "incrédulo, chocado e consternado".

"Ninguém pode ficar indiferente a esta calamidade de grandes proporções, muito menos eu, que nasci e cresci na Madeira, uma ilha que, obviamente me diz muito", disse Cristiano Ronaldo, segundo o sítio Internet da Gestifute.

De acordo com a mesma fonte, Ronaldo afirmou que o temporal de sábado foi "uma grande catástrofe, uma tragédia sem precedentes".

"É por esta razão que quero expressar a minha disponibilidade para, na medida do que me for possível, ajudar os organismos e entidades oficiais no sentido de serem minorados e ultrapassados os efeitos desta grande devastação", conclui.

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Decretados três dias de luto nacional e anunciado Conselho de Ministros extraordinário

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 4:09 pm

Decretados três dias de luto nacional e anunciado Conselho de Ministros extraordinário

por Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258305

[color=blue]Os dados oficiais mais recentes dão conta de 42 mortos e 120 feridos na sequência do temporal que ontem assolou a ilha da Madeira. Pessoas desesperadas à espera de notícias dos seus familiares desaparecidos ou outras lamentando os seus mortos é o cenário encontrado nas zonas altas do Funchal.[/colo

O Governo vai reunir na segunda feira num Conselho de Ministros extraordinário, no qual irá decretar três dias de luto nacional pelas vítimas da tempestade na Madeira.

O executivo irá ainda analisar novas medidas de apoio às populações afectadas e à recuperação do que ficou destruído.

No Laranjal, onde já foram encontrados três cadáveres que ficaram soterrados nas suas casas pelas terras que desabaram da encosta, uma senhora não escondia o seu desespero gritando: "Têm de encontrar a minha filha".

Noutro local, a cerca de dois quilómetros, uma grua que operava na obra de construção de uma ponte da futura via rodoviária Cota 500 tombou em cima de várias casas.

No local, José Pereira contou que, esta manhã, ele próprio recolheu junto com socorristas duas vítimas mortais de uma casa, onde pereceram outras três pessoas da mesma família.

Com muitos curiosos à volta, eram muitos os que afirmavam que as duas gruas instaladas no local não garantiam condições de segurança.

Para completar o sentimento de frustração e aflição, de repente as pessoas ficaram alarmadas e desataram a fugir quando se aperceberam que a outra grua efectivamente estava a balançar.

Após a passagem da ventania, a calma possível voltou aqueles moradores e, também, aos outros muitos curiosos que congestionaram as estradas durante toda a manhã, para verem "in loco" as consequências da catástrofe.

Os danos materiais (dezenas de automóveis destruídos, casas e estabelecimentos comerciais inundados e casas bastante danificadas) foram muitos, mas como.

"O que interessa é que estamos vivos", filosofou José Manuel, dono do café da zona, enquanto se ocupava com a família a limpar o seu bar.

42 mortos, 120 feridos, 240 desalojados e muita destruição

O último balanço do Governo regional, feito esta tarde pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, dava conta de 42 mortes, 120 feridos, um número ainda indeterminado de desaparecidos e cerca de 240 desalojados.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Jardim Ramos adiantou que o "depósito de cadáveres" foi centrado no Aeroporto da Madeira por "uma questão operacional" e que as vitimas mortais "ainda não estão todas identificadas".

No local, está uma equipa de apoio às famílias constituída por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais. Referiu que dos 248 desalojados, 85 da já regressaram às suas casas, sendo pessoas que eram dadas como desaparecidas devido à grande dificuldade de comunicações.

Várias localidades continuam isoladas sem água nem luz no Funchal e na Ribeira Brava. O presidente da Investimentos e Gestão da Água (IGA) da Madeira, Pimenta de França, revelou hoje à Lusa que 30% da população do Funchal está neste momento sem água devido ao "desaparecimento" de uma conduta.

Muitas casas e carros destruídos, estradas interditas ao trânsito e um rasto de lama são alguns dos sinais materiais visíveis do temporal que assolou sábado a Madeira.

De acordo com o governo regional as zonas mais problemáticas são os sítios da Furna, Pomar da Serra, Espigão, São João, Curral das Freiras, Madalena, Paul do Mar e Jardim da Serra

No Funchal, os bombeiros municipais recolheram até ao momento 17 cadáveres, mas este número pode subir pois muitas casas e carros estão soterrados e a circulação automóvel no centro da cidade continua a ser impossível, adiantou o presidente da câmara funchalense, Miguel Albuquerque.

No aeroporto do Funchal, o movimento decorre com normalidade, já aterraram alguns aviões e o quadro de informações confirma os vários voos sem qualquer indicação de atraso e ou cancelamento.

Centro comercial pode esconder mais vítimas

O Centro Comercial Anadia, naquela localidade da ilha Madeira, ficou "completamente destruído" e as autoridades que existam várias vítimas mortais no estacionamento alagado.

"O Anadia está completamente destruído, danificado, cheio de lama, os bombeiros estão a retirar a água do parque [que estão completamente alagados] e só depois disso é que vamos começar a ver o que é que se vai fazer aqui", disse à agência Lusa o proprietário daquele espaço, João Andrade.

O parque de estacionamento daquele espaço comercial é muito utilizado e as autoridades estimam encontrar vítimas mortais quando conseguirem retirar a água.

Ajuda mobiliza-se

Uma equipa de mergulhadores da Força Especial de Bombeiros "Canarinhos", uma equipa cinotécnica da GNR e uma equipa do Instituto Nacional de Medicina Legal já chegaram a Madeira a bordo de um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa para apoiar as operações de socorro no arquipélago.

A fragata Côrte-Real rumou no sábado à noite para a Madeira, levando a bordo as equipas e diversos meios das Forças Armadas, para dar resposta aos efeitos do temporal.

O secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, anunciou hoje que deverão ser começar a ser enviados para a Madeira na próxima semana os meios de engenharia militar necessários para repor as pontes afectadas.

"A expectativa que temos é que durante a próxima semana comecem a ser enviados meios, nomeadamente uma equipe de 15 especialistas com capacidade para montar as pontes e já algumas dessas pontes", avançou à agência Lusa em Mangualde, onde hoje de manhã entregou equipamentos de georeferenciação às corporações de bombeiros do distrito de Viseu, poucas horas após ter regressado da Madeira.

Segundo Vasco Franco, "ontem (sábado) mesmo, no avião com o primeiro-ministro, foram dois especialistas em engenharia militar, que ficaram lá para fazer o levantamento das necessidades".

Entretanto, cerca de 120 desalojados, entre os quais 40 crianças, foram acolhidos no Regimento de Guarnição n.º 3, do Exército, onde recebem apoio psicológico, alimentar e alguns bens de primeira necessidade.

Vítor Camacho, de 38 anos, desempregado, explicou que eram cerca das 09.00 de sábado quando "entrou tudo" pela casa dentro, situada em Santo António, na zona alta do Funchal.

A habitação ficou com "lameiro até ao tecto", descreveu, consequência de um ribeiro que trouxe tudo de cima e que as três portas da casa não conseguiram travar.

"Só tive tempo de salvar os dois miúdos que eu tenho. Mais nada. Não consegui salvar mais nada", declarou à Agência Lusa, adiantando que foi o vizinho que o ajudou a salvar a si e aos seus dois filhos, de três e treze anos.

Contactou, depois, a Protecção Civil e agora, temporariamente, está ao abrigo do Exército.

"A vida aqui é boa. As pessoas são muito amigas, não tem faltado nada à gente", declarou.

Escolas encerradas pelo menos amanhã

O secretário regional da Educação da Madeira, Francisco Fernandes, revelou hoje à Lusa que segunda-feira todas as escolas dos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava estarão encerradas, afectando assim, aproximadamente, cerca de 30 mil alunos.

Segundo Francisco Fernandes, a razão principal do encerramento de todas as escolas do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava "não tem propriamente a ver com a infraestrutura escolar" mas sim por "questões de acessibilidade e de segurança, evitando a circulação de viaturas num momento em que a prioridade é para desobstruir estradas".

"Durante a segunda feira daremos indicações relativamente à terça feira, nomeadamente para as escolas que dependem exclusivamente dos transportes públicos", acrescentou.

O secretário regional da Educação afirmou ainda que as escolas dos concelhos de Câmara de Lobos e Ribeira Brava estarão encerradas segunda e terça feira.

Aguardando contactos da Ponta do Sol e da Calheta para poder tomar decisões, Francisco Fernandes informou ainda que Santana, Machico, Santa Cruz, Porto Santo e S. Vicente são concelhos onde "em principio tudo funcionará normalmente".

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1500629&seccao=Madeira

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Vítimas mortiais no estacionamento de centro comercial

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 22, 2010 5:23 am

Vítimas mortiais no estacionamento de centro comercial

por Céu Neves, com Duarte Ladeiras
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258662

A equipa de cães pisteiros e de mergulhadores que estão a efectuar buscas no estacionamento do centro comercial da Anadia, junto à ribeira João Gomes, no Funchal. Estima-se que haja pelo menos dois mortos no estacionamento.

Segundo a Antena 1, as equipas da proteção civil que estão no parque de estacionamento do centro comercial da Anadia, que se encontra alagado, confirmaram a existência vítimas mortais naquele local.

Ao DN, o primeiro sargento Silva, coordenador do Grupo de Intervenção e Protecção a Socorros, da GNR, que levou do Continente para a Madeira dois cães pisteiros, adiantou que os animais deram sinal de terem encontrado corpos no estacionamento, mas não confirmou a existência de mortos no local.

Para já, as equipas de socorro chegaram apenas ao piso -1 do estacionamento, onde a água chega à cintura dos socorristas. O trabalho dos cães e dos mergulhadores foi interrompido para bombear a água para fora dos dois pisos, de modo a verificar se há mais vítimas.

No local também se encontra uma embarcação da SANAS - Associação Madeirense para o Socorro no Mar, adianta a Lusa.

Pode assim subir para 44 o número de vítimas mortais do temporal que no sábado assolou a ilha da Madeira.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Desalojados relatam momentos de pânico

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 22, 2010 5:29 am

Desalojados relatam momentos de pânico

por LÍLIA BERNARDES, Funchal
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258514

Dor. Inês, de 13 anos, viu a vizinha morrer. Agora vive com mais 150 pessoas no quartel

"Estávamos encurralados entre duas quebradas. Éramos oito pessoas (eu, o meu pai e a minha mãe e cinco irmãos), mais quatro vizinhos. Parecia que as duas montanhas nos iam engolir, quando um pedaço de rocha atingiu a Sr.ª Cecília na cabeça e ela caiu morta ao pé de nós. Os meus irmãos de três e cinco anos viram tudo. A ajuda demorou, mas um bombeiro ajudou-nos a atravessar a ponte." O relato é feito por Inês Nascimento, de 13 anos, que está com a família nas instalações militares do regimento de Guarnição n.º 3, em São Martinho, onde estão 150 alojados.

Inês morava no Caminho dos Moinhos, em Santo António, um dos sítios mais atingidos pela catástrofe. No quartel ouve-se o choro de crianças, que por momentos se calam quando uma carrinha do Exército chega carregada de brinquedos. Militares, voluntários e psicólogos ajudam em tudo o que podem. E em salas improvisadas distribuem roupa e produtos de higiene. Todos confirmam que são bem tratados. Mas o trauma irá acompanhá-los por muito tempo. Diana Nicola, 15 anos, viu o amigo Nuno, de 29, desaparecer. "Ele ainda deve estar lá. A casa de trás caiu em cima da casa dele, que tinha dois andares, mas que ficou reduzida a um metro de altura. O Nuno tinha acabado dizer ao pai, que entretanto saiu, que ia tomar o pequeno-almoço e ia voltar para a cama e dormir mais um pouco." Diana estava paredes meias, na casa do lado, quando o desabamento aconteceu, tendo sido retirada pelos bombeiros. A sua casa foi destruída. Tal como Inês, também é de Caminho dos Moinhos. Agora vivem no regimento. Dormem em camaratas até o Governo Regional arranjar solução. As autoridades vão analisar todas as situações e ver se as pessoas apenas fugiram com medo ou as residências ficaram mesmo destruídas.

Foi o que aconteceu a Micaela Vasconcelos, 37 anos e grávida de sete meses. No Sítio Abegoaria, no Caniço, uma enorme árvore cortou-lhe a residência ao meio. "Fugimos, apanhámos boleia e viemos para o Funchal, porque sabíamos que a tropa estava a ajudar as pessoas, e trouxeram-nos para o quartel", conta, desabafando: "Acho que já não sei chorar."

Ao lado, sentada a apanhar sol, Virgínia Vieira, de 45 anos, estava ainda em estado de choque. Tinha vindo de Curral das Freiras às compras ao Funchal e já não conseguiu regressar a casa. "Quando vim de manhã cedo não chovia. Depois foi esta desgraça. Não sei nada da minha família, não sei se estão vivos ou mortos", diz.

Curral das Freiras era um dos sítios isolados, mas ontem as autoridades conseguiram lá entrar (ver outro texto). Ontem, aliás, o dia amanheceu com sol, expondo aos olhos incrédulos de toda a gente a destruição. Há quem não durma há mais de 24 horas. As ribeiras continuam cheias e as correntes, fortes, e há toneladas de lama e pedras. O apito das sirenes ecoa pelo ar e a passagem dos helicópteros da Forca Aérea já não faz ninguém levantar a cabeça. Mas, se na cidade junto ao mar o cenário é devastador, pior estão as zonas altas, as mais atingidas pela calamidade, com gente ainda soterrada e o registo de dezenas de mortos.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Estradas e lojas desventradas atraem ladrões

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 22, 2010 6:23 am

Estradas e lojas desventradas atraem ladrões

por CÉU NEVES, na Madeira
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258516

Mortes confirmadas são já 42. Hoje, autoridades fazem novo balanço. As pilhagens sucedem-se na Baixa do Funchal

As estradas incharam, abriram crateras. As ribeiras transbordaram e inundaram caves e casas. A Baixa do Funchal foi coberta de lama, cascalho e pedregulhos onde se descobrem sapatos e outro calçado. As lojas e espaços comerciais foram desventrados. Os mortos são já 42, os hospitalizados 70 e os desaparecidos não têm contas oficiais para não preocupar a população. E, no meio disto tudo, há quem tenha aproveitado para roubar.

As pilhagens na Baixa do Funchal são confirmadas pelo comissário Fernandes da PSP, mas desvalorizadas. "A forte devastação que houve na Baixa devido à intempérie causou prejuízos incalculáveis. Esse fenómeno acabou por gerir situações dispersas de furtos", disse sem divulgar quantas denúncias chegaram à PSP.

Para ajudar nas operações, o Continente enviou 30 operacionais do Corpo de Intervenção cuja missão foi "reforçar o policiamento do Comando Regional da Madeira por prevenção, até porque existem zonas onde não há electricidade", explicou o responsável por estes polícias, subcomissário Luís Martins. Viajaram pela manhã de ontem num C130 do Exército, no mesmo avião em que seguiram seis bombeiros mergulhadores (canarinhos), cinco elementos do Instituto Nacional de Medicina Legal e dois do GIPS (Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR). Estão habituados a situações de catástrofes, ao contrário dos madeirenses que foram em romaria à Baixa do Funchal ver os estragos.

"É horrível, uma tragédia. É triste", diz o casal Diniz, que subiu ao jardim de Santa Catarina para contemplar a devastação. "Nunca imaginei ver isto!" "Meu Deus, credo", "O centro [Dolce Vita Tejo] vai cair", comenta quem desce ao longo da ribeira de S. João e pára junto ao espaço comercial.

Uma construção polémica, tal como edifício que estava a ser construído no lugar de uma casa centenária e que se chamava minas. A rotunda que o antecede transformou-se num monte de pedra. E a água ainda corre furiosa até ao mar. Teme-se a derrocada da estrada para a ribeira, suspeita- -se que existam mortos nos carros que ficaram soterrados nas garagens. "A enchurrada deu-se de manhã e a uma hora a que as pessoas estão a estacionar para ir trabalhar", explica um polícia. Dezenas de camiões estão espalhados ao longo do quilómetro e meio de passeio, lojas, restaurantes, esplanadas e edifícios públicos que se estendem pela marina. As retroescavadoras enchem-nos de cascalho e pedregulhos. O resto terá de ser tirado com pás e à vassourada. O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, gostaria que não fosse mais do que uma semana, "para começar a reconstruir". E critica quem atribui parte das culpas aos erros urbanísticos.

Hoje, as autoridades fazem um balanço às 12.00 sobre o número de mortos e desaparecidos. Mas ontem à noite foi possível apurar que dos 42 mortos 25 já se encontram na morgue para autópsia. Os restantes mantêm-se nos concelhos, nas câmaras municipais, por dificuldades de transportes. A qualquer momento serão transportados para a morgue que se situa junto ao aeroporto. Quanto aos desaparecidos, as autoridades só querem divulgar todos os nomes quando as comunicações estiverem restabelecidas para evitar alarmismos. Uma vez que algumas das pessoas dadas como desaparecidas estavam afinal, sem telefone, em casa de amigos.

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Cavaco Silva visita Madeira na quarta-feira

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 22, 2010 6:59 am

Cavaco Silva visita Madeira na quarta-feira

por Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1258672

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, desloca-se quarta feira à Madeira, para se inteirar sobre a extensão dos prejuízos provocados pelo temporal do fim de semana e prestar solidariedade às populações afectadas, indicou Belém.

"Na sequência dos temporais que assolaram a Região Autónoma da Madeira, para manifestar o pesar às famílias das vítimas, prestar solidariedade às populações afectadas e inteirar-se sobre a extensão dos prejuízos verificados, o Presidente da República desloca-se à Região na próxima quarta feira", lê-se numa nota de Belém.

Ainda de acordo com a Presidência da República, Cavaco Silva chegará à Madeira ao início da tarde de quarta-feira.


Numa mensagem difundida no sábado, o Presidente da República, Cavaco Silva, expressou as suas "mais sentidas condolências" para com as vítimas do temporal que assolou a Madeira, sublinhando a solidariedade do Continente e manifestando a intenção de se deslocar brevemente àquela região.

"Às famílias que foram atingidas pela morte eu quero expressar as mais sentidas condolências, a todos aqueles que perderam os seus bens e os seus haveres eu quero deixar uma palavra de esperança", afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Numa comunicação no Palácio de Belém, Cavaco Silva respondeu que iria visitar a Madeira "no momento apropriado".

"Quando falei com o presidente do governo regional perguntei-lhe quando seria adequada a minha deslocação ao arquipélago e ficou combinado que seria depois de enfrentarem localmente toda esta situação e eu penso fazê-lo no momento apropriado e em articulação com as autoridades regionais", referiu.

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Mais uma vítima mortal na Ribeira Brava no dia dos primeiros funerais

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 23, 2010 11:00 am

Mais uma vítima mortal na Ribeira Brava no dia dos primeiros funerais

por DN.pt, com Lusa
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1259146

Foi encontrada mais uma vítima mortal no concelho de Ribeira Brava. O Número de vítimas mortais devido à intempérie que assolou no sábado a Madeira ascenderá assim assim a 49, apesar de o Governo regional continuar a manter o balanço oficial de 42 mortos.

O Governo Regional da Madeira manteve hoje o número de 42 mortos relativos ao temporal do passado sábado - o mesmo número desde domingo -, reduzindo o número de desaparecidos de 32 para 13 e apontando para 480 pessoas realojadas. No entanto, ontem ao final do dia, o presidente da Câmara Municipal do Funchal disse que tinham sido recolhidos mais seis corpos no município.

Durante uma conferência de imprensa realizada de manhã, a secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, explicou que várias pessoas que estavam isoladas ou deslocadas, consideradas desaparecidas, foram encontradas com vida.

Entretanto, pelo menos 14 vítimas mortais vão ser sepultadas hoje. Sete eram habitantes da freguesia de Santo António, a maior da Madeira e a mais martirizada pelo temporal que assolou a ilha no sábado, contando 15 mortos. Na freguesia vizinha de São Martinho são hoje enterradas mais seis pessoas, enquanto no Monte vai decorrer o funeral de um bombeiro que morreu a tentar resgatar uma pessoa.

Ainda não se sabe se há mortos no centro comercial Anadia

O proprietário do edifício que aloja o centro comercial Anadia, no centro do Funchal, disse hoje à Agência Lusa estar convencido de que não existem vítimas mortais nos dois pisos subterrâneos de estacionamento, mas esta versão é contrariada por uma testemunha ocular, Tatiana Abreu, que disse à Agência Lusa ter visto na manhã de segunda feira o que garante serem seis corpos transportados por polícias e que foram depositados numa viatura da PSP de caixa fechada.

"Os cadáveres vinham embrulhados em plástico branco ou lençóis, mas enlameados", explicou Tatiana Abreu, adiantando que viu a situação de uma varanda situada num prédio de onde é visível o Anadia Shopping.

Também uma fonte policial admitiu segunda feira a possibilidade de existirem 17 corpos no último piso da cave.

Funchal começa a tentar regresso à normalidade

Segundo Conceição Estudante, o porto do Funchal regressou à normalidade, estando completamente restabelecidos os fornecimentos de água e energia, que impedia que os navios cruzeiro fizessem ali escala.

A responsável garantiu ainda que a energia está reposta em toda a ilha, excepto no sítio da Meia Légua, na zona oeste, e em algumas zonas da parte baixa do Funchal.

Conceição Estudante disse que a principal cidade madeirense começa já a ter um aspecto diferente e que as situações mais problemáticas se referem às zonas ribeirinhas, apesar de a água já ter retomado o seu curso normal em duas das três ribeiras do Funchal, as de João Gomes e Santa Luzia.

Já a regularização da ribeira de São João vai levar mais algum tempo.

Todo o equipamento está concentrado na desobstrução das ribeiras e na limpeza das ruas para retirar o entulho e a lama, para que a cidade volte à normalidade.

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Campanhas de solidariedade para ajudar a Madeira

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 23, 2010 11:08 am

Campanhas de solidariedade para ajudar a Madeira

por DN.PT
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1259115

São já várias as campanhas de solidariedade em curso para ajudar as vítimas do temporal que assolou a Madeira no último sábado e ajudar a reconstruir a ilha destruída por cheias e enxurradas.

O Banif abriu uma conta bancária para apoiar as vítimas do mau tempo na Madeira. Com o NIB 00380040 50070070 771 11, a conta chama-se "Conta Banif Solidariedade Com as Vítimas da Madeira" e o banco contribui, para já, com 50 mil euros.

Também o BBVA Portugal apela à contribuição para a conta bancária 0019 0001 00200181 689 15.

O BES junta-se a estes dois bancos com a criação de uma conta para receber donativos e contribuindo com meio milhão de euros, ao mesmo tempo que criou uma linha de crédito de 1,5 milhões a 'spread' zero.

A Cáritas abriu uma conta no Montepio Geral, cujo NIB é 003600009910587824394. A Portugal Telecom (PT) e a TMN juntaram-se à Cáritas Diocesana do Funchal, criando duas linhas de apoio, cujos donativos reverterão a favor do projecto da associação para a reconstrução da Madeira.

As duas operadoras disponibilizaram os números 61906, para mensagens escritas, e 760206070, para chamadas telefónicas, a partir do fixo ou do móvel, ambas com um custo de 60 cêntimos mais IVA.

A forte chuva registada, desde o início da madrugada de sábado, provocou deslizamentos de terras, inundações e deixou um rasto de destruição em alguns concelhos, sendo considerado o pior temporal na Madeira desde 1993

In DN

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) 000204AE

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Re: Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS)

Mensagem por ricardonunes Ter Fev 23, 2010 2:36 pm

20/2 16:30 Confirmados 25 mortos, áreas mais afectadas: Concelho do Funchal com a baixa totalmente alagada e Concelho da Ribeira Brava. Dificuldade nas comunicações devido a queda de cabos.
20/2 17:00 Saída do Comandante Operacional Nacional juntamente com dois Técnicos da ANPC e dois militares da Engenharia do Exército para o AT1 Figo Maduro com destino ao Funchal.
20/2 18:20 Confirmados 32 mortos.
20/2 18:55 Saída da Equipa de Avaliação do Aeroporto do Porto no avião Falcon da FAP, com hora estimada de chegada ao Funchal às 20h45.
20/2 21:22 Chegada da Equipa de Avalição ao Aeroporto do Funchal às 20h50.
21/2 0:40 Número provisorio desalojados - 250; Decorrem trabalhos para desobstrução de vias; Equipa Engenharia Militar a avaliar os estragos nas diversas estruturas destruidas; Portugal Telecom desenvolve trabalhos no sentido de restabelecer as comunicações.
21/2 1:14 Meios apoio ao SRPC Madeira - Transporte pelo C-130 da FAP com partida prevista da BA Montijo em 21/02 às 9h-1 Eqp Inst. Medicina Legal(5elementos); 6 Mergulhadores FEB; 2 Binomios GNR; 30 Elementos PSP; 400 kg material da PT
21/2 1:40 Regresso do Comandante Operacional Nacional ao AT1.
21/2 10:42 Actualização POSIT recebido do SRPC Madeira: 36 mortos, 68 feridos e 250 desalojados.
21/2 11:05 Saída do C-130 da FAP da BA do Montijo com destino ao Funchal.
21/2 12:02 Info responsável da Equipa de Coordenação: Os mergulhadores da FEB irão trabalhar em conjunto com os mergulhadores da Marinha.
21/2 12:20 Transportados para a Madeira em voo C130 da FAP as 11h05 a partir da BA Montijo: 5 elementos do INML; 6 mergulhadores FEB; 2 binomios GNR; 30 elementos da PSP; 1 Oficial de Marinha; 3 Jornalistas (CM/DN); 400Kg equipamento Portugal Telecom.
21/2 12:32 Equipa de coordenação da ANPC encontra-se sedeada no SRPC Madeira onde se articula com todas as entidades, acompanhando a situação.
21/2 13:10 No local: Binómios da GNR, ficam articulados com a GNR do Funchal; Médicos Legistas ficam articulados com médicos do Funchal; PSP ficam articulados com a PSP do Funchal; Oficial da Marinha vai operar no SRPC; FEB fica articulada com Resp. Eq. Coordenação.
21/2 13:20 Actualização - 120 feridos (30 dos quais internados); desalojados a ser transportados para os seus locais de origem pelas F.A. Situação em Curral de Freiras será avaliada por helicóptero FAP com bombeiros e eq. médica.
21/2 13:27 C130 aterrou no Funchal com a FOCON às 13h27.
21/2 13:59 Governo Espanhol e Francês manifestaram solidariedade e disponibilidade para prestar assistência se necessária.
21/2 16:02 Actualização - 40 mortos confirmados; 120 feridos (30 dos quais internados); Curral de Freiras deixou de estar isolado havendo acesso por estrada.
21/2 16:30 Equipa da FEB deslocou-se acompanhada por mergulhadores da Marinha para a marina do Funchal, vão de barco efectuar reconhecimento a alguns locais com o objectivo de poderem operar a partir de amanhã de manhã.
21/2 21:01 Actualizacao: 42 Mortos, 70 Feridos, 4 Desaparecidos; 100 Desalojados; Situacao em Curral das Freiras, água potável chega atraves de veic.tanque, energia eléctrica já restabelecida a 90%.
21/2 21:02 Ligacao ao aeroporto totalmente restabelecida, restantes vias de comunicacao sao alvo de trabalhos de limpeza, excepto zona baixa do Funchal que continua intransitavel.
21/2 21:04 Transportes colectivos - 17 carreiras restabelecidas "Caniço, zona Leste e zona Oeste”; Comunicações – Rede fixa e TMN, a funcionar excepto zona Oeste “Ribeira Brava, Ponta do Sol, Calheta” e Costa Norte, serão restabelecidas amanhã durante o dia.
22/2 11:57 Fragata Corte Real ja se encontra na Madeira e irá efectuar apoio na zona da Ribeira Brava.
22/2 14:42 Fragata Corte Real dirige-se para a Ribeira Brava para apoio urgente, com as seguintes valências: Botes e mergulhadores;Tendas, mantas e material sapador;100 militares para trabalhos logísticos, remoção de destroços, limpezas, e material sapador vários;
22/2 14:43 100 militares para trabalhos logísticos, remoção de destroços, limpezas, e material sapador vários;35 fuzileiros; Projecção de equipas de 2 médicos, 1 enfermeiro, 5 socorristas;Trabalhos subaquáticos; Resgate em altura;1 helicóptero.
22/2 14:44 Mantêm-se 42 mortos (28 nas morgues, 1 por identificar); Mergulhadores Marinha e 2 FEB, vão-se deslocar para a Ribeira Brava. Os engenheiros que estão a avaliar estruturas são do LREC;
22/2 14:45 As pontes que se julgavam destruídas, estão cobertas de inertes, podendo ser necessárias pontes metálicas do exército, a confirmar; Os médicos legistas do Continente, já efectuaram hoje 5 autópsias.Próximo briefing cerca das 15h00 a bordo da fragata.
22/2 15:30 Mergulhadores da Marinha e da FEB sem condições para operar em segurança, irão ser utilizados nas buscas a decorrer à superfície na Ribeira Brava.
22/2 17:18 Hora estimada de saida do segundo C130 as 17h15, com equipamento de apoio as operações em curso, com 14 elementos ( 2 Binomios da GNR; 6 elementos RSB Lisboa e 6 elementos da Marinha), com hora prevista de chegada as 19h00.
22/2 18:15 Devido às condições meteorológicas de vento forte, C-130 terá hora prevista de chegada à Madeira às 19h55.
22/2 19:42 Actualização: Curral das Freiras deixou de estar isolada, situação com tendência a normalizar, problemas ainda com água potável, problemas na distribuição de água nas zonas altas e baixa do Funchal, Ponta do Sol e Ribeira Brava...
22/2 19:45 ...Energia Eléctrica em alguns locais ainda afectados, no Funchal, em Campo da Barca/Anadia e Curral das Freiras 10%...
22/2 19:45 Acessibilidades - ligação ao aeroporto restablecida, outras vias a serem normalizadas, zona baixa do Funchal " Avenida do Mar" intransitável...
22/2 19:47 ...Transportes colectivos: 17 carreiras restabelecidas - Caniço, zona leste e oeste; Comunicações - rede Fixa e TMN a funcionar excepto na costa Norte que não têm comunicações
22/2 19:48 Meios envolvidoa nas acções de limpeza: Gov. Regional: Maquinas 110, camiões 250; Camâras Municipais: maquinas 38, camiões 20...
22/2 19:49 ...Escolas encerradas nos concelhos de Ribeira Brava, Camâra de Lobos e Funchal;
22/2 19:50 Outras informações: FEB - envolvidos em operações de busca no Funchal e Ribeira Brava, continuando amanhã; Médicos Legistas do continente efectuaram 6 autópsias
22/2 19:51 Meios militares - " pontes metálicas" esta a ser tratado pelo Governo Regional
22/2 19:57 19H50 - Chegada do C - 130 à Madeira.
22/2 23:07 Vai efectuar-se um reconhecimento a alguns Centros Comerciais para que durante a noite se inicie os trabalhos da retirada de água.
23/2 1:08 Efectuado reconhecimento a diversos locais, concluíndo-se que o equipamento do RSB Lisboa irá retirar água de um túnel importante para o restabelecimento da circulação rodoviária e no Centro Comercial "Marina Shopping" no parque subterrâneo com 2 pisos.
23/2 1:11 Os trabalhos vão-se manter durante toda a noite com o apoio do exército e da fragata da Marinha que já se encontra atracada no Funchal.
23/2 10:55 Actualização: As bombas de sucção do Regimento Sapadores Bombeiros trabalharam toda a noite, mantendo-se ainda a trabalho, bomba de sucção do Porto de Lisboa teve pequena avaria, estando já reparada...
23/2 10:58 ...a bomba a trabalho no túnel teve que parar devido ao excesso de lamas e inertes, tendo de ser retirados por uma máquina, altura da água no interior é de mais ou menos 1 metro...
23/2 11:00 ...3 elementos da Força Especial de Bombeiros vão tentar mergulhar na Marina do Funchal para buscas, outros 3 elementos foram para Ribeira Brava, continua a não existir condições de segurança para mergulhar, irão ser utilizados nas buscas terrestres...
23/2 11:02 ...Médicos legistas do Continente já efectuaram 34 autópsias desde o início, tendo hoje já efectuado 5, continuando a fazer a entrega de corpos aos familiares.
23/2 12:40 Meios envolvidos das Forças Armadas: Fragata “Corte Real” com respectivo Helicóptero, contentor com material diverso para apoio de sinistrados, 2 secções de fuzileiros para missões de apoio e resgate, 12 botes, 2 médicos,1 enfermeiro e 7 mergulhadores...
23/2 12:45 ...Corveta "Afonso Cerqueira" - material médico material de apoio a sinistrados, 3 grupos de geradores, 1 médico, 2 enfermeiros, 2 secções de fuzileiros, material hidrográfico e 3 moto quatro...
23/2 12:48 ... 2 militares da Escola Prática de Engenharia ( Continente) com valência de pontes; Regimento Guarnição 3 da Mdeira com os seguintes meios: 5 equipas de apoio e transporte de desalojados...
23/2 12:51 ...7 equipas de transporte de materiais diversos, 2 equipas remosção escombros na Ribeira Brava, 2 equipas de remoção escombros no sítio das Courelas e Curral das Freiras...
23/2 12:54 ...1 equipa para execução de segurança de infra-estruturas diversas, 1 grupo gerador e projectores para iluminação de via pública a baixa, apoio logístico e alojamento a 120 desalojados ( 52 homens, 45 mulheres e 23 crianças)...
23/2 12:57 ...1 auto-tanque de capacidade de 4.500 lts para distribuição de água potável à população no Curral das Freiras, depósitos para água potável portáteis, 1 Of.Ligação Superior no Comando do SRPC Madeira e 1 Of.Ligação nos Bombeiros Municipais Funchal...
23/2 13:01 ... 2 Helicópteros EH - 101, para acções de REVIS, busca e salvamento, transporte e evacuação.
23/2 14:55 Actualização: Marinha - fragata mantem-se atracada a dar apoio logistico em mar/terra, 3 botes com equipas para buscas de corpos que possam aparecer nas docas, fornecimento refeições para terra...
23/2 14:57 ...informação permanente dada por técnicos a bordo das condições meteorológicas, equipas mergulho irão operar nos parques estacionamento subterrâneos, retirada de um barco de recreio que deu à costa...
23/2 14:59 ...fornecimento de combustíveis para equipamentos a operar em terra, enviado navio patrulha com 15 fuzileiros e mergulhadores para Ribeira Brava para buscas e apoio diverso...
23/2 15:00 ...PSP: Comunicações parcialmente restabelecidas, perderam alguns veículos operacionais, dificuldade de movimentação; ordem pública assegurada assim como trânsito, registo de alguns furtos pouco significativos...
23/2 15:02 ...reforço PSP do Continente mostrou-se uma mais valia, PSP e GNR a actuar articuladamente, foram reabertas algumas vias do centro do Funchal...
23/2 15:03 ...GNR: Comunicações operacionais, muitos veículos danificados; Binómios: 2 actuar na Ribeira Brava, 2 zona do Laranjal e 2 de reserva. Os cães têm detectado a possível existência de cadáveres em vários locais...
23/2 15:05 ... CM Funchal: 30 famílias perderam as habitações, sendo hoje realojadas, energia eléctrica e fornecimento de água praticamente normalizado, excepto iluminação pública na baixa do Funchal quase inexistente...
23/2 15:07 ...criado parque estacionamento para veículos que estão a ser removidos dos escombros, bombeiros municipais e voluntários da cidade continuam a trabalhar ininterruptamente...
23/2 15:08 ...F.Armadas: Existem na Unid. Militar RG 3, 175 desalojados, estão a receber géneros alimentares e roupas para serem distribuidas, contabilizadas 112 saídas e mobilizados 310 militares em diversas operações, mantêm-se a dar colaboração ao SRPC...
23/2 15:11 ...mantêm em alerta 2 helicópteros em Porto Santo...; Protecção Civil: Os Corpos de Bombeiros continuam empenhados em diversas acções de apoio ás populações...
23/2 15:12 ...na zona do Caniço, existem parques de estacionamento inundados, nalguns continua a entrar água, na Ribeira Brava e outros locais existem muitos animais mortos começando a ser recolhidos com alguma urgência...
23/2 15:13 ... e a Cruz Vermelha assegura o serviço de ambulância, dada a impossibilidade dos bombeiros darem resposta devido a se encontrarem noutras acções de socorro.
23/2 17:37 Actualização: RSB LX têm 3 bombas de grande débito a trabalho, retiram água do parque de estacionamento de Centro Comercial com 2 pisos, nível da água a baixar lentamente dado o volume existente...
23/2 17:41 ...máquina de corte de estruturas utilizada em parque de estacionamento de outro centro comercial para abertura com êxito de acesso ao 2º piso; RSB efectua rendição de elementos a garantir trabalho 24x24horas...
23/2 17:44 ...RSB recebe apoio logístico no Regimento de Guarnição 3 da Madeira. Técnico de Telecomunicações da ANPC conseguiu efectuar ligação entre rádios SIRESP à rede existente no local, passando o RSB LX a ter comunicações com o Posto Comando.
23/2 20:51 Actualização: FEB, esteve envolvida em operações de busca na “zona da marina do Funchal” e da Ribeira Brava, para amanhã aguarda-se informação. Médicos legistas do continente, efectuaram 5 autópsias.
23/2 20:51 No que respeita aos meios militares “pontes metálicas”, está a ser tratado directamente pelo Governo Regional. Já foram realojadas 193 famílias num total de 600 pessoas.
23/2 20:51 O Governo Regional, em conferência de imprensa anunciou que na localidade de Serra de Água considerando o grau de destruição existente em termos de habitações, vai ser construído um novo bairro.
23/2 20:51 A estrada que liga a Ribeira Brava á Serra de Água vai ser construída em túnel por razões de segurança. Nesta conferência de Imprensa foi pedido doação de carnes, peixe e legumes.
23/2 20:51 A quantidade de pessoas hoje envolvidas hoje em diversas acções de socorro, limpezas, operadores de máquinas, remoção de destroços, e outros serviços, rondam as 2.000.

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Mensagem por Joao Ruiz Qua Fev 24, 2010 3:58 am

Familiares de vítimas sem apoio psicológico

por LÍLIA BERNARDES, Funchal
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1259340

Desamparados. Familiares de casal desaparecido dizem-se sem apoio de peritos. Psicólogos só acompanham buscas a partir de hoje

Os madeirenses que não sabem onde estão os seus familiares e amigos depois da tragédia de sábado vivem uma angústia assustadora. Mas, até agora, não tiveram apoio psicológico, centralizado nos centros de acolhimento. Só a partir de hoje é que psicólogos clínicos acompanharão os bombeiros em busca dessas situações, garantiu um elemento da autarquia do Funchal.

Ontem, o DN acompanhou uma dessas famílias, desesperada na busca de um casal jovem. Joel Bacanhim Ferreira, 37 anos, mecânico de automóveis, e a mulher, Rosa Ferreira, de 34, deixaram na manhã de sábado a sua residência no Caniço para irem ter à casa dos pais na freguesia do Monte, onde a filha Cassandra, de 9, tinha feito birra para dormir com os avós.

A criança ainda não sabia de nada. Achava que os pais estavam no hospital devido às derrocadas. A verdadeira história estava para vir, isto porque no final da tarde tudo indicava que o carro onde viajavam, um Citroën AX vermelho, se encontrava no fundo de um ribeiro num terreno privado, a Quinta dos Reis, sob toneladas de lama e pedra. Os cães pisteiros andaram por lá mais as equipas de socorro, mas a tarefa era difícil.

Desde sábado que os irmãos e o pai, o senhor Manuel, andavam em buscas privadas por aquele local, pois conheciam o trajecto que o casal fazia. Dali não arredavam pé. Tal como nos contou Turíbio Ferreira, um dos irmãos de Joel, eles costumavam apanhar a estrada Luso-Brasileira (freguesia do Monte) para cortarem caminho até à casa do pai. E, tal como vimos, os muros de protecção da estrada não existem. Presume-se que os carros que circulavam naquela via, aquando da enxurrada, tenham sido levados sem hipótese de marcha atrás. Por isso, teme--se que possa existir mais do que uma viatura naquele local. Minutos antes tínhamos estado na Travessa do Tanque, na residência dos pais de Joel. "Ainda bem que a Cassandra não a vê. Ela foi com uma amiga dar uma volta aqui acima. Ela pensa que os pais estão vivos, que estão no hospital com arranhões. Mas vamos ter de prepará--la", diz a tia Aura Ornelas, de 33 anos. Uma mulher revoltada que lembra que, por pouco, não conseguiu salvar os cunhados.

"Eu também moro no Caniço e tinha ido à Camacha. Sabia que eles iam sair para casa dos meus sogros. E tentei avisá-los por telemóvel que não o fizessem porque eu própria já tinha apanhado um grande temporal e tinha-me visto aflita. Só que eles já não atenderam", disse ao DN.

Aura garante que, por enquanto, não apareceu ninguém a oferecer ajuda. "Mas há uma coisa que não queremos ouvir. É alguém falar de festas… festas com carros funerários atrás. Sei que é importante para a economia madeirense a Festa da Flor, mas, para nós, isso não nos interessa nada. É revoltante. Deviam esperar mais uns dias antes de começarem a falar disso", disse.

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Estrangeiros à margem do drama apanham sol nas piscinas

Mensagem por Joao Ruiz Qua Fev 24, 2010 4:06 am

Estrangeiros à margem do drama apanham sol nas piscinas

por CÉU NEVES, na Madeira
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1259343

Contrastes. A realidade da Madeira descobre-se entre o conforto dos hotéis do Lido e os escombros das casas e estradas alagadas

"Está sol, a temperatura é óptima, o mar é lindo." Sentadas num banco no Lido, as gémeas inglesas Jan e Allison desfrutam da paisagem. A 25 quilómetros da zona hoteleira, junto à Ponte Vasco Gil, Maria e Manuel Robolo seguem os esforços dos filhos e vizinhos para limparem a casa alagada de lama. Os móveis vão literalmente para o lixo. "Meu Deus, a minha casa!", lamentam.

Maria Robolo tem 72 anos. Os três filhos não dormem desde sábado na ânsia de recuperar o que parece irrecuperável. E têm necessidade de explicar o que lhes aconteceu. "O meu pai estava nesta cadeira [coberta de lama] e só tive tempo de partir o vidro e tirá-lo pela janela", conta José. E acrescenta um ponto: "Passava aqui um ribeirinho. Fizeram duas obras lá em cima [casas] e deitaram o entulho para o ribeiro. A chuva era tanta que veio tudo por aí abaixo."

Foi sábado de manhã, dia em que Jan, psicóloga, e Allisson Woody, professora, ambas de 60 anos, programavam em Inglaterra a primeira viagem à Madeira. Entraram-lhes pela casa imagens da catástrofe, mas não alteraram os planos. "Ficámos preocupadas, mas queríamos aproveitar o sol e disseram que os hotéis estavam bem. Temos três excursões e parece que só não podemos ir ao centro da cidade", dizem. Esperavam que as coisas estivessem pior.

A verdade é que quem viaja do Aeroporto do Funchal até aos complexos turísticos não se apercebe da dimensão da tragédia: vê um anfiteatro de casas, muita vegetação e o que destoa é a água, que continua a correr furiosamente.

E há quem fique mesmo ao lado do aeroporto. "Vão ficar aqui no Hotel Galé, amanhã vamos fazer uma excursão a Santana. E esperamos poder fazer a volta à ilha e à marina", explica Sílvia Dória, guia turística e que acaba de receber um grupo de austríacos. Setenta e sete pessoas, todas sorridentes.

Perceberiam melhor os efeitos da tragédia se viajassem do aeroporto até à Ribeira Brava. Se descessem à Baixa da cidade ou se tivessem subido até às freguesias do Monte e de Santo António, com mais vítimas mortais no Funchal. Ou tentassem ir ao Curral das Freiras, apesar das estradas esventradas e com circulação a conta-gotas.

É que é preciso ver para perceber. No pedaço de rocha onde está a pequena casa de Maria e Manuel Robolo existem várias habitações coladas. A sensação que se tem é que são construídas à medida que a família aumenta. Ivo, o filho mais velho, confirma. Levou os pais para sua casa, cuja traseira do primeiro andar está separada da casa dos progenitores por um carreiro. "Ainda bem que estamos juntos. Levei-os logo. O meu pai é muito doente. Já vieram trazer uma garrafa de oxigénio, ele precisa de soro", diz. Mas a preocupação principal é tornar a casa habitável. Os quartos, porque a cozinha está destruída.

Regressando à promenade do Lido, os turistas passeiam ou descansam nas piscinas ou pelos jardins. "Chegámos ontem e tivemos logo este dia de sol. É lindo", explicam Elisabete Frisk, 37 anos, professora, e Edward Frisk, 39, engenheiro. Viajaram do Sul da Finlândia, não sem antes telefonarem a pedir informações. "Disseram-nos que só havia problemas na cidade velha [baixa] e no campo", diz Elisabete, que está grávida. "E também não nos devolviam o dinheiro das viagens", acrescenta o marido.

Descalços, apanham sol no primeiro dia de Verão depois da tempestade. Sol e 24 graus de temperatura.

As alemãs Erica, Edith e Maria, na casa dos 70, viajam num pacote de 14 dias e só cumpriram metade do programa. "Estávamos cá há dois dias quando tudo aconteceu. Não saímos por causa da chuva. Mas o sol voltou", entusiasmam-se.

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Mais 3 corpos na morgue, autoridades mantêm estatística

Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 25, 2010 8:21 am

Mais 3 corpos na morgue, autoridades mantêm estatística

por Céu Neves, na Madeira
Hoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1259962

Governo Regional da Madeira continua a manter a informação de que, até ao momento, estão contabilizados 39 mortos, 600 desalojados, 29 desaparecidos e 18 hospitalizados, devido à catástrofe que assolou a Madeira

Em relação ao número de vítimas mortais, o DN sabe que ontem deram entrada no no Centro de Medicina Legal para serem autopsiados dois corpos e hoje mais um. No entanto, uma responsável do serviço, contactada pelo jornal, garante que até ao momento só foram realizadas 39 autópsias.

A partir de agora, os dados referentes a pessoas desaparecidas passam a ser contabilizados pelo Ministério Público

In DN

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Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Empty Depois da chuva, a fúria do mar

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 28, 2010 3:57 am

Depois da chuva, a fúria do mar

por LÍLIA BERNARDES,
FunchalHoje

Madeira: 20 mortos, segundo fonte hospitalar (VÍDEOS) Ng1261138

Ondas gigantescas deixaram ontem inutilizadas as históricas piscinas do Lido na capital madeirense.

Quando se esperava que o temporal voltasse a descer da serra, foi o mar a varrer a costa madeirense . O espectáculo das ondas gigantes a rebentar contra as rochas atraiu dezenas de pessoas às piscinas municipais do Lido, que na época alta recebem em média quatro mil pessoas.

Depois da catástrofe, há oito dias, esperava-se uma noite com vento e chuvas fortes. O mau tempo fez estragos nos concelhos de Santa Cruz e de Santana, provocando quedas de árvores e novos deslizamentos de terrenos. Mas poupou o Funchal, onde a população estava em alerta, sobretudo devido aos boatos de nova enxurrada que, por pouco, não causaram pânico.

A verdade é que a cidade acordou com sol, mas com um mar transtornado. E, apesar dos alertas da Protecção Civil, dezenas de casais com filhos, turistas e muitos fotógrafos amadores juntaram-se a ver as ondas gigantes. "Já não mete medo", garante Escórcio Melim, 70 anos, que assiste ao bater do mar nas piscinas do Lido. Ali, as águas destruíram o muro, galgaram o edifício até aos pisos dos solários, e invadiram toda a zona das piscinas, que ficaram inutilizadas.

"Estamos acostumados, mas causa muita mágoa ver isto rebentado. O Verão no Funchal vai estar condicionado. A reconstrução não é fácil, tanto do Lido como da Barreirinha", que não será aberta ao público, diz o reformado que todos os dias vai às piscinas municipais. "Faça chuva ou sol venho aqui nadar. Agora… não sei… fico pela esplanada que não foi atingida."

Sofia Silva, 50 anos, entra na conversa para corrigir que o mar mete respeito. "Eu aprendi a nadar aqui. Mas mesmo com o mar assim nada se compara aquilo porque passámos no sábado passado. Ainda bem que a cidade está a ficar limpa. Que estamos a enterrar os mortos", conta.

Na madrugada de sábado, Sofia Silva não dormiu com medo. "O Governo tem de dar respostas, mas antes das desgraças acontecerem", acusa. "Tive dois familiares que ficaram sem casa porque ela abateu. Nada será como antes do dia 20 de Fevereiro de 2010."

Sofia Silva até está habituada ao mau tempo. Quando se deu o grande temporal de 1993, morava no leito da ribeira de São João, no bairro dos Viveiros, e viu a morte à frente. "Pensei que morria. Depois disso fui morar para outro sítio. Impressiona-me que, precisamente, no lugar onde, nessa altura, as casas foram arrastadas tenham construído um bloco de apartamentos", denuncia. "Com a natureza não se brinca e durante estes anos andámos a mexer com o que não se devia", afirma.

Desde que a tragédia se abateu sobre o Funchal toda a gente fala, comenta, dá os bons dias a quem não conhece e até passa informação sobre o que acontece aos jornalistas.

"Em Santana, no Norte da ilha, ainda houve uma quebrada e o mar está agora a atingir a Ribeira Brava e a Ponta do Sol", informa Helena, uma mãe que levou os dois filhos a ver o mar.

Nesta altura, uma onda varre o hotel Pestana Palms, nascido mesmo ao lado do Lido. Na recepção, asseguram-nos de que no andar junto à piscina, onde funcionam os bares e restaurantes, está encerrado, alegando que estão preparados, que os turistas estão calmos. Tiram imensas fotografias até porque esta situação acontece muitas vezes. Basta que o vento sopre forte de sudoeste.

Hoje devem desembarcar na cidade 2000 turistas, a bordo do Aidaluna, vindo das Canárias. Estava prevista a chegada de outro grande navio de cruzeiro Aida Bella, com 2500 pessoas a bordo, que acabou por cancelar a escala no Funchal devido ao temporal.

O Funchal regressa lentamente à normalidade. Para além da rapidez na limpeza nas artérias, os transportes públicos já começaram a funcionar apesar das restrições, tendo o Governo iniciado os trabalhos de construção da ligação entre Ribeira Brava e Serra de Água. Mas só amanhã, todas as escolas e estabelecimentos da região deverão estar a funcionar, com excepção da Academia de Línguas. Há um apelo do Governo para os pais utilizarem os transportes públicos e reduzirem ao mínimo a circulação de automóveis particulares.

Hoje à tarde, D. António Carrilho, bispo do Funchal, celebra uma missa na Sé Catedral pelas vítimas da tragédia. O balanço oficial de mortos manteve-se ontem sem alteração. Há 42 vítimas confirmadas e oito pessoas estão ainda dadas como desaparecidas. Ontem, dois dos 18 feridos abandonaram o hospital.

O Governo anunciou também que a unidade de medicina legal, a funcionar no aeroporto, vai ser desactivada, regressando aos serviços do Hospital Dr. Nélio Mendonça.

In DN

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Mensagem por ricardonunes Seg Mar 01, 2010 11:29 am

Lei das Finanças Regionais suspensa até à reconstrução da Madeira

Pedro Latoeiro e Eudora Ribeiro
01/03/10 17:25


As alterações à lei das Finanças Regionais serão suspensas durante a reconstrução da Madeira. As prioridades são apoiar os desalojados, os empresários e recuperar as infra-estruturas.

Os termos foram definidos numa reunião que decorreu esta tarde entre o Governo da República e o Governo Regional da Madeira onde também participaram os ministros das Finanças, da Administração Interna e da Presidência.

Desse encontrou saiu a decisão de criar uma lei extraordinária que substituirá os efeitos financeiros das alterações à lei das Finanças Regionais aprovadas pelos partidos da oposição contra a vontade do Governo. A nova lei estará em vigor durante a reconstrução da Madeira, que deverá demorar cerca de três anos, segundo avançou José Sócrates.

O primeiro-ministro explicou que essa Lei das Finanças Regionais seguirá, normalmente, para as mãos do Presidente da República, que decidirá ou não pela promulgação. A par desse processo será proposta uma nova lei à Assembleia da República que substituirá o quadro financeiro da lei anterior durante a reconstrução do arquipélago.

Para além disso, Sócrates e Alberto João Jardim decidiram criar uma comissão mista - constituída por um secretário de Estado, um secretário regional e três técnicos - para se proceder a "uma avaliação rigorosa" dos prejuízos e, numa fase posterior, definir um quadro de cooperação entre Lisboa e o Funchal para responder à situação.

As prioridades já estão definidas e são três: ajudar os realojados, apoiar os empresários e, ao mesmo tempo, acelerar a reconstrução das infra-estruturas.

No final do encontro, numa conferência de imprensa conjunta em São Bento, Sócrates e Alberto João Jardim deram novos sinais de cumplicidade, impensáveis se se recuasse apenas algumas semanas na história política.

O primeiro-ministro felicitou o "Governo Regional pela forma tão pronta como reagiu à situação" e, na reposta, Jardim retribuiu com um agradecimento por "toda a solidariedade que encontrámos na Madeira por parte do Governo de Sua Excelência".

DE
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