Pelo menos 20 mortos em choque de comboios (VÍDEOS)

Pelo menos 20 mortos em choque de comboios (VÍDEOS)

por DN.pt
Hoje


(COM GALERIA E VÍDEOS) Um choque frontal entre dois comboios de passageiros, em hora de ponta, na Bélgica, causou pelo menos 20 mortos e 150 feridos. O acidente ocorreu em Buizingen, Hal, porque uma das composições não terá respeitado a sinalização. O presidente da Câmara de Bruxelas diz que está confirmada a morte de vinte pessoas, mas as informações vinculadas pela imprensa belga indicam que há várias pessoas encarceradas nas carruagens. O número de vítimas mortais poderá chegar às 25.

Pelo menos 11 pessoas sofreram ferimentos graves e 150 ferimentos ligeiros, indica Jos Colpin, porta-voz do Ministério Público de Bruxelas, que abriu um inquérito ao acidente. Já estão no local um procurador do rei e um juiz de instrução.

De acordo com o site La Dernière Heure (DH), as pessoas sem ferimentos foram evacuadas para um pavilhão desportivos, depois de ter sido cortada a electricidade no local, para permitir as operações de socorro, para as quais foram chamados inúmeros médicos.

Não circulam nesta altura comboios nas linhas entre Bruxelas e Tournai e da capital a Mons, assim como os comboios de alta velocidade Thalys e Eurostar.






http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1495513&seccao=Europa

In DN

Choque frontal mata 18 pessoas

por HUGO COELHO
Hoje


Um comboio passou um sinal vermelho e colidiu com outro à hora de ponta nos arredores de Bruxelas.

Faltavam poucos minutos para as oito e meia, Bruxelas corria para o trabalho e o comboio passou o sinal vermelho. Quando se aproximou a alta velocidade da estação de Hal, outro comboio apareceu em sentido contrário. O choque frontal provocou um espectacular descarrilamento que matou, pelo menos, 18 pessoas - 15 homens e três mulheres - e deixou perto de 150 feridos.

A imprensa não hesita em falar num dos piores acidentes ferroviários de sempre na Bélgica. Mas o balanço ainda é muito provisório. As televisões falavam em 25 mortos e o governador da província flamenga de Brabant, Lodewijk de Witte, apontava para duas dezenas de vítimas mortais.

Durante a tarde, os bombeiros levantavam o ferro torcido para tentar desencarcerar feridos. Mas ao início da noite, quando as operações foram suspensas, as carruagens descarriladas ainda não tinham sido movidas e ninguém excluía a hipótese de encontrar mais cadáveres nos destroços

"Neste momento ainda há corpos encarcerados," admitiu um membro dos serviços de segurança. "Nós também estamos a recolher as roupas que estão espalhadas pelo local do acidente e que podem ser úteis para identificar os corpos mais tarde. Quando isto estiver acabado [retirados os feridos] os bombeiros vão tirar os corpos que estão presos nos destroços."

A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas revelou que não há registo de vítimas portuguesas. A Bélgica tem uma importante comunidade de emigrantes lusos e muitos deles vivem nos arredores de Bruxelas.

De acordo com a Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro, os comboios transportavam 250 e 300 passageiros. O primeiro dirigia-se para Braine-le-Comte, o segundo assegurava a ligação a Quiévrain-Liège.

Christian Wampach, um dos sobreviventes, contou à AP que o choque foi "um pesadelo". Wampach, que viajava na terceira carruagem, disse que foi "projectado durante 15 segundos". A maior parte das vítimas mortais viajava nas primeiras carruagens, que, com a colisão, encolheram como um acordeão ou descarrilaram.

Patricia Lallemand, outra das sobreviventes, contou que quando conseguiu sair da carruagem viu cadáveres espalhados na linha férrea. Há relatos de pessoas que foram amputadas pelos paramédicos no local do acidente.

Os feridos foram depois levados para um pavilhão desportivo perto da estação ou para os hospitais locais. As autoridades revelaram que há 11 pessoas em estado considerado muito grave.

Às primeiras notícias da tragédia o Rei dos belgas, Alberto II, suspendeu as férias no sul de França e regressou a Bruxelas. Também o primeiro-ministro, Yves Leterme, interrompeu uma visita oficial ao Kosovo e voltou para acompanhar as operações.

Leterme prometeu que serão descobertas as causas do acidente. Os investigadores já estão no terreno para tentar perceber como o comboio não parou no sinal vermelho. A linha onde aconteceu a colisão tem um mecanismo para bloquear os comboios que desrespeitam a sinalização, mas nem todas as locomotivas estão equipadas com esse sistema

Oficialmente ainda não foi avançada nenhuma explicação, mas uma fonte citada pelo Le Soir admitiu a hipótese de o nevão ter provocado uma quebra de electricidade que, por sua vez, causou problemas na sinalização.

O acidente à hora de ponta perturbou o tráfico ferroviário suburbano e europeu. O Eurostar - o comboio que liga Londres a Bruxelas - e o Thalys - que liga Paris à capital belga - suspenderam a circulação durante todo o dia e até data indeterminada.

In DN