Coelho não se sente "envaidecido" por ser o segundo mais votado na Madeira
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Coelho não se sente "envaidecido" por ser o segundo mais votado na Madeira
Presidenciais
Coelho não se sente "envaidecido" por ser o segundo mais votado na Madeira
24.01.2011 - 16:33 Por Lusa
“Não me sinto envaidecido”, diz José Manuel Coelho, o segundo candidato presidencial mais votado na Madeira, que prosseguiu hoje a sua rotina indiferente ao resultado que obteve no domingo apesar dos sucessivos telefonemas que o felicitavam pela proeza alcançada.
Coelho em Lisboa durante a campanha eleitoral Coelho em Lisboa durante a campanha eleitoral (Rui Gaudêncio)
O candidato apoiado pelo PND foi, na Madeira, o segundo mais votado nas eleições presidenciais de domingo, tendo ficado distanciado do seu principal adversário na corrida a Belém por apenas 5.921 votos ao obter 39,01 por cento das intenções de voto (46.247).
O reeleito Cavaco Silva (44,01 por cento, 52.168 votos) ganhou na Madeira mas, mesmo apoiado pelo CDS/PP-M e sobretudo pelo PSD-M, partido que é detentor de maiorias absolutas há mais de 30 décadas na Região, teve no seu “encalce” o operário da construção civil que conseguiu sair vitorioso em três concelhos – Funchal, Santa Cruz e Machico.
José Manuel Coelho, depois de ter almoçado, deixou o numero 4 da Rua das Regadinhas, em Gaula, na zona alta do concelho de Santa Cruz, em direcção à cidade “é um dia como qualquer outro, vou fazer o meu trabalho político, falar com os meus eleitores, andar por Santa Cruz, agradecer as pessoas que votaram em mim e vou até ao Funchal, falar com a malta, comprar os jornais, ler a imprensa”.
O primeiro político da oposição a ganhar, 37 anos após o 25 de Abril, o eleitorado do Funchal, José Manuel Coelho confessa que acordou esta manhã como sempre: “A mesma coisa”.
“Isto não mexe comigo, é uma tarefa que eu faço como qualquer outra e independentemente do resultado obtido, o resultado não é meu, é das pessoas, a vitória é das pessoas e não é minha, eu agradeço às pessoas mas as pessoas é que ganharam, os madeirenses foram os heróis colectivos da vitória e não me sinto envaidecido por isso porque o mérito não foi meu, foi das pessoas”, declara.
“As pessoas querem mudar a política da nossa terra e têm todo o direito de o fazer e eu tenho é que executar aquilo que eles me mandarem, eu sou deputado à Assembleia Legislativa da Madeira de maneira que sou pago pelos madeirenses, faço aquilo que eles quiserem e entenderem, eu sou um funcionário deles”, minimizando, na sua humildade, o impacto político da sua “derrota com sabor a vitória”, como a classificou na noite eleitoral.
Conta que não acreditava no resultado que acabou por obter “talvez uns 15 mil votos não esperava mais do que isso” e assume-se como comunista “o meu ideal é de esquerda, claro que evolui do ponto de vista ideológico, acho que o socialismo científico tem que avançar mas respeitado os direitos humanos, as pessoas e sem a chamada ditadura do proletariado”.
Confrontado se o facto de ser o segundo candidato mais votado na Madeira era sinal de democracia plena, Coelho ressalva: “Défice democrático há, mas as pessoas chegam a uma altura, começam a reagir e sacodem a opressão, na política é sempre assim, quem está a mandar tenta oprimir, vai oprimindo até a uma certa altura depois a panela de pressão rebenta, os debaixo já não querem, os de cima já não podem”.
Coelho não se sente "envaidecido" por ser o segundo mais votado na Madeira
24.01.2011 - 16:33 Por Lusa
“Não me sinto envaidecido”, diz José Manuel Coelho, o segundo candidato presidencial mais votado na Madeira, que prosseguiu hoje a sua rotina indiferente ao resultado que obteve no domingo apesar dos sucessivos telefonemas que o felicitavam pela proeza alcançada.
Coelho em Lisboa durante a campanha eleitoral Coelho em Lisboa durante a campanha eleitoral (Rui Gaudêncio)
O candidato apoiado pelo PND foi, na Madeira, o segundo mais votado nas eleições presidenciais de domingo, tendo ficado distanciado do seu principal adversário na corrida a Belém por apenas 5.921 votos ao obter 39,01 por cento das intenções de voto (46.247).
O reeleito Cavaco Silva (44,01 por cento, 52.168 votos) ganhou na Madeira mas, mesmo apoiado pelo CDS/PP-M e sobretudo pelo PSD-M, partido que é detentor de maiorias absolutas há mais de 30 décadas na Região, teve no seu “encalce” o operário da construção civil que conseguiu sair vitorioso em três concelhos – Funchal, Santa Cruz e Machico.
José Manuel Coelho, depois de ter almoçado, deixou o numero 4 da Rua das Regadinhas, em Gaula, na zona alta do concelho de Santa Cruz, em direcção à cidade “é um dia como qualquer outro, vou fazer o meu trabalho político, falar com os meus eleitores, andar por Santa Cruz, agradecer as pessoas que votaram em mim e vou até ao Funchal, falar com a malta, comprar os jornais, ler a imprensa”.
O primeiro político da oposição a ganhar, 37 anos após o 25 de Abril, o eleitorado do Funchal, José Manuel Coelho confessa que acordou esta manhã como sempre: “A mesma coisa”.
“Isto não mexe comigo, é uma tarefa que eu faço como qualquer outra e independentemente do resultado obtido, o resultado não é meu, é das pessoas, a vitória é das pessoas e não é minha, eu agradeço às pessoas mas as pessoas é que ganharam, os madeirenses foram os heróis colectivos da vitória e não me sinto envaidecido por isso porque o mérito não foi meu, foi das pessoas”, declara.
“As pessoas querem mudar a política da nossa terra e têm todo o direito de o fazer e eu tenho é que executar aquilo que eles me mandarem, eu sou deputado à Assembleia Legislativa da Madeira de maneira que sou pago pelos madeirenses, faço aquilo que eles quiserem e entenderem, eu sou um funcionário deles”, minimizando, na sua humildade, o impacto político da sua “derrota com sabor a vitória”, como a classificou na noite eleitoral.
Conta que não acreditava no resultado que acabou por obter “talvez uns 15 mil votos não esperava mais do que isso” e assume-se como comunista “o meu ideal é de esquerda, claro que evolui do ponto de vista ideológico, acho que o socialismo científico tem que avançar mas respeitado os direitos humanos, as pessoas e sem a chamada ditadura do proletariado”.
Confrontado se o facto de ser o segundo candidato mais votado na Madeira era sinal de democracia plena, Coelho ressalva: “Défice democrático há, mas as pessoas chegam a uma altura, começam a reagir e sacodem a opressão, na política é sempre assim, quem está a mandar tenta oprimir, vai oprimindo até a uma certa altura depois a panela de pressão rebenta, os debaixo já não querem, os de cima já não podem”.
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