Educação e ensino
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Ministério acaba com provas de recuperação
Ministério acaba com provas de recuperação
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
A tutela anunciou ontem que testes de recuperação deixam de ser obrigatórios, mas não cede em relação aos horários
As provas de recuperação para os alunos com excesso de faltas vão deixar de ser obrigatórias. A medida foi anunciada ontem pelo Ministério da Educação nas negociações com os sindicatos. Mas, nas mesmas reuniões, a tutela deixou claro que não vai ceder em relação às alterações aos horários dos professores pedidas pelos sindicatos, oferecendo antes formas de aligeirar o trabalho burocrático, como o fim dos testes de recuperação. Os sindicatos prometem não deixar cair a questão.
Para os professores, o fim dos testes é a admissão de que se tratou de um erro. "É o fim de uma medida iníqua e inócua", diz Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP). Por um lado, desresponsabilizava os alunos; por outro, mergulhava os professores em trabalho burocrático, explica. "É o falhanço dessa solução, que não cumpria os objectivos", concorda João Grancho, da Associação Nacional de Professores. Mas tanto um como outro acham que é preciso mais para libertar os professores para "ensinar os alunos".
Carlos Chagas, do Sindep, que reuniu de manhã com o secretário de Estado adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, considerou que as alterações reveladas pela tutela permitem uma "racionalização" do trabalho que vai fazer com que não se ultrapassem as 35 horas semanais. Além do fim dos testes de recuperação, o ministério anunciou a simplificação do trabalho administrativo nos procedimentos disciplinares e dispensa de algumas reuniões.
Para a Fenprof, por outro lado, essas pequenas mudanças estão longe de ser suficientes e o Governo mostrou novamente falta de vontade de investir na educação. "O ministério reconheceu que é preciso mexer nos horários, mas argumentou não ter condições financeiras, sociais e políticas", diz o sindicalista Mário Nogueira.
Assim, o ministério recusou as alterações propostas pela Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) para incluir o apoio aos alunos e as aulas de substituição na componente lectiva. Assumiu, no entanto, o compromisso de corrigir alguns aspectos no âmbito da negociação do despacho sobre organização do próximo ano lectivo.
A tutela ficou ainda de apresentar uma proposta de decreto para o novo estatuto da carreira, baseada no acordo de Janeiro, para ser discutida na próxima reunião
In DN
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
A tutela anunciou ontem que testes de recuperação deixam de ser obrigatórios, mas não cede em relação aos horários
As provas de recuperação para os alunos com excesso de faltas vão deixar de ser obrigatórias. A medida foi anunciada ontem pelo Ministério da Educação nas negociações com os sindicatos. Mas, nas mesmas reuniões, a tutela deixou claro que não vai ceder em relação às alterações aos horários dos professores pedidas pelos sindicatos, oferecendo antes formas de aligeirar o trabalho burocrático, como o fim dos testes de recuperação. Os sindicatos prometem não deixar cair a questão.
Para os professores, o fim dos testes é a admissão de que se tratou de um erro. "É o fim de uma medida iníqua e inócua", diz Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP). Por um lado, desresponsabilizava os alunos; por outro, mergulhava os professores em trabalho burocrático, explica. "É o falhanço dessa solução, que não cumpria os objectivos", concorda João Grancho, da Associação Nacional de Professores. Mas tanto um como outro acham que é preciso mais para libertar os professores para "ensinar os alunos".
Carlos Chagas, do Sindep, que reuniu de manhã com o secretário de Estado adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, considerou que as alterações reveladas pela tutela permitem uma "racionalização" do trabalho que vai fazer com que não se ultrapassem as 35 horas semanais. Além do fim dos testes de recuperação, o ministério anunciou a simplificação do trabalho administrativo nos procedimentos disciplinares e dispensa de algumas reuniões.
Para a Fenprof, por outro lado, essas pequenas mudanças estão longe de ser suficientes e o Governo mostrou novamente falta de vontade de investir na educação. "O ministério reconheceu que é preciso mexer nos horários, mas argumentou não ter condições financeiras, sociais e políticas", diz o sindicalista Mário Nogueira.
Assim, o ministério recusou as alterações propostas pela Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) para incluir o apoio aos alunos e as aulas de substituição na componente lectiva. Assumiu, no entanto, o compromisso de corrigir alguns aspectos no âmbito da negociação do despacho sobre organização do próximo ano lectivo.
A tutela ficou ainda de apresentar uma proposta de decreto para o novo estatuto da carreira, baseada no acordo de Janeiro, para ser discutida na próxima reunião
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Educação e ensino
Pessoal não docente vai poder aplicar medidas corretivas
por Lusa
Hoje
A ministra da Educação anunciou hoje que o pessoal não docente vai poder aplicar medidas correctivas e rejeitou a possibilidade de expulsão do aluno, no âmbito das alterações ao Estatuto do Aluno.
Isabel Alçada falava na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, onde está hoje à tarde a ser ouvida, na sequência de uma pergunta do deputado do PSD Emídio Guerreiro.
"[O novo Estatuto] agiliza os procedimentos disciplinares, reintroduz a repreensão como medida correctiva imediata e alarga a aplicação de medidas correctivas ao pessoal não docente da escola", afirmou a ministra.
Segundo Isabel Alçada, será simplificado o procedimento de suspensão até três dias, reduzidos os prazos de tramitação dos procedimentos disciplinares e reforçada a exigência de pontualidade e assiduidade dos alunos.
"Estabelece medidas de corresponsabilização dos pais e encarregados de educação, clarifica a distinção entre faltas justificadas e injustificadas e respectivas consequências, penalizando as faltas injustificadas", acrescentou.
A ministra explicou ainda que as provas de recuperação, actualmente realizadas pelos alunos que ultrapassam as faltas injustificadas, serão substituídas por "medidas de apoio diferenciado".
Na Comissão de Educação, a governante defendeu ainda que "há alternativas" à repetência dos alunos, muito mais "promotoras da aprendizagem e do sucesso".
Adiantou também que a "expulsão" não integrará o novo Estatuto do Aluno, já que esta medida "não assegura o direito à Educação".
Isabel Alçada confirmou ainda que será alargado "o âmbito da participação das ocorrências" e que os directores vão poder passar a "agir imediatamente", através da suspensão preventiva.
O Governo está desde segunda feira a reunir-se com os diferentes parceiros sociais para apresentar as alterações que vai propor ao Estatuto do Aluno.
In DN
por Lusa
Hoje
A ministra da Educação anunciou hoje que o pessoal não docente vai poder aplicar medidas correctivas e rejeitou a possibilidade de expulsão do aluno, no âmbito das alterações ao Estatuto do Aluno.
Isabel Alçada falava na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, onde está hoje à tarde a ser ouvida, na sequência de uma pergunta do deputado do PSD Emídio Guerreiro.
"[O novo Estatuto] agiliza os procedimentos disciplinares, reintroduz a repreensão como medida correctiva imediata e alarga a aplicação de medidas correctivas ao pessoal não docente da escola", afirmou a ministra.
Segundo Isabel Alçada, será simplificado o procedimento de suspensão até três dias, reduzidos os prazos de tramitação dos procedimentos disciplinares e reforçada a exigência de pontualidade e assiduidade dos alunos.
"Estabelece medidas de corresponsabilização dos pais e encarregados de educação, clarifica a distinção entre faltas justificadas e injustificadas e respectivas consequências, penalizando as faltas injustificadas", acrescentou.
A ministra explicou ainda que as provas de recuperação, actualmente realizadas pelos alunos que ultrapassam as faltas injustificadas, serão substituídas por "medidas de apoio diferenciado".
Na Comissão de Educação, a governante defendeu ainda que "há alternativas" à repetência dos alunos, muito mais "promotoras da aprendizagem e do sucesso".
Adiantou também que a "expulsão" não integrará o novo Estatuto do Aluno, já que esta medida "não assegura o direito à Educação".
Isabel Alçada confirmou ainda que será alargado "o âmbito da participação das ocorrências" e que os directores vão poder passar a "agir imediatamente", através da suspensão preventiva.
O Governo está desde segunda feira a reunir-se com os diferentes parceiros sociais para apresentar as alterações que vai propor ao Estatuto do Aluno.
In DN
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Prológica e JP Sá Couto fornecem sucessor do Magalhães
Prológica e JP Sá Couto fornecem sucessor do Magalhães
por Lusa
Hoje
As empresas Prológica e JP Sá Couto venceram o concurso público internacional para o fornecimento dos 250 mil computadores que serão distribuídos no âmbito do programa e.escolinha, disse à Lusa fonte do Ministério da Educação.
"Foram adjudicadas as propostas apresentadas a concurso público internacional para aquisição de bens e serviços necessários ao fornecimento de computadores portáteis ultraleves adaptados aos professores e alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico", acrescentou a mesma fonte.
O despacho de adjudicação foi assinado na quinta feira pelo secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, acabando por confirmar o resultado do relatório preliminar, divulgado a 15 de Abril, e ao qual se seguiu um prazo de cinco dias para as concorrentes contestarem a decisão preliminar.
"Os três lotes foram adjudicados à Prológica - Sistemas Informáticos (88 888 computadores), à J.P. Sá Couto (94 421 computadores) e à Prológica Solutions (66 691 computadores) e representam um orçamento total de 49,422 milhões de euros", acrescentou a fonte.
Lançado no início de Janeiro, este concurso representa um investimento de 50 milhões de euros por parte do Governo, 45 milhões dos quais financiados pelo Orçamento do Estado.
Os computadores destinam-se aos alunos do 1.º ciclo que entraram este ano para o 1.º ano e para os estudantes que a partir de 2010/2011 se matriculem no mesmo ano de escolaridade.
"O Ministério da Educação está a fazer todos os esforços para que os computadores sejam entregues até ao final do ano lectivo" aos alunos que se encontram este ano no 1.º ano, disse a mesma fonte, sublinhando que será distribuído um equipamento a cada docente, o que não aconteceu na primeira fase do programa e.escolinha.
Inforlândia, Prológica - Sistemas Informáticos, J. P. Sá Couto, Prológica Solutions e Bechtle Direct Portugal foram os cinco concorrentes que apresentaram propostas.
"A selecção das melhores propostas regeu-se pelo critério da proposta economicamente mais vantajosa, com a avaliação ponderada do preço e da qualidade técnica. Entre as características consideradas relevantes para a qualidade técnica da proposta encontram-se, nomeadamente, o desempenho, a robustez, a autonomia da bateria, o peso e a segurança", realçou.
A primeira fase do concurso do programa e.escolinha gerou polémica, depois de o fabrico dos computadores Magalhães ter sido atribuído sem concurso público à JP Sá Couto.
Na sequência desta polémica, a Fundação para as Comunicações Móveis, que gere o programa e.escolinha, está a ser alvo de uma comissão eventual de inquérito parlamentar, que tem como objectivo saber em que moldes foi adjudicado o fornecimento dos computadores Magalhães à JP Sá Couto.
In DN
por Lusa
Hoje
As empresas Prológica e JP Sá Couto venceram o concurso público internacional para o fornecimento dos 250 mil computadores que serão distribuídos no âmbito do programa e.escolinha, disse à Lusa fonte do Ministério da Educação.
"Foram adjudicadas as propostas apresentadas a concurso público internacional para aquisição de bens e serviços necessários ao fornecimento de computadores portáteis ultraleves adaptados aos professores e alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico", acrescentou a mesma fonte.
O despacho de adjudicação foi assinado na quinta feira pelo secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, acabando por confirmar o resultado do relatório preliminar, divulgado a 15 de Abril, e ao qual se seguiu um prazo de cinco dias para as concorrentes contestarem a decisão preliminar.
"Os três lotes foram adjudicados à Prológica - Sistemas Informáticos (88 888 computadores), à J.P. Sá Couto (94 421 computadores) e à Prológica Solutions (66 691 computadores) e representam um orçamento total de 49,422 milhões de euros", acrescentou a fonte.
Lançado no início de Janeiro, este concurso representa um investimento de 50 milhões de euros por parte do Governo, 45 milhões dos quais financiados pelo Orçamento do Estado.
Os computadores destinam-se aos alunos do 1.º ciclo que entraram este ano para o 1.º ano e para os estudantes que a partir de 2010/2011 se matriculem no mesmo ano de escolaridade.
"O Ministério da Educação está a fazer todos os esforços para que os computadores sejam entregues até ao final do ano lectivo" aos alunos que se encontram este ano no 1.º ano, disse a mesma fonte, sublinhando que será distribuído um equipamento a cada docente, o que não aconteceu na primeira fase do programa e.escolinha.
Inforlândia, Prológica - Sistemas Informáticos, J. P. Sá Couto, Prológica Solutions e Bechtle Direct Portugal foram os cinco concorrentes que apresentaram propostas.
"A selecção das melhores propostas regeu-se pelo critério da proposta economicamente mais vantajosa, com a avaliação ponderada do preço e da qualidade técnica. Entre as características consideradas relevantes para a qualidade técnica da proposta encontram-se, nomeadamente, o desempenho, a robustez, a autonomia da bateria, o peso e a segurança", realçou.
A primeira fase do concurso do programa e.escolinha gerou polémica, depois de o fabrico dos computadores Magalhães ter sido atribuído sem concurso público à JP Sá Couto.
Na sequência desta polémica, a Fundação para as Comunicações Móveis, que gere o programa e.escolinha, está a ser alvo de uma comissão eventual de inquérito parlamentar, que tem como objectivo saber em que moldes foi adjudicado o fornecimento dos computadores Magalhães à JP Sá Couto.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Governo quer fechar escolas com menos de 20 alunos
Governo quer fechar escolas com menos de 20 alunos
por AMADEU ARAÚJO, Viseu
Hoje
Presidente da Associação de Municípios exige medidas para minimizar impacto.
Os concelhos do interior do País estão em risco de ver reduzido o ensino básico a três escolas. A estimativa é do Sindicato dos Professores da Região Centro depois de conhecidas as negociações entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional de Municípios para o encerramento de todas as escolas com menos de 20 alunos.
As negociações entre aquela associação e o Ministério da Educação (ME) já estão a decorrer e foram ontem confirmadas ao DN por Fernando Ruas, que assumiu a intenção do Governo de "encerrar escolas do ensino básico com menos de 20 alunos".
Francisco Almeida, do Sindicato dos Professores da Região Centro, garantiu que essa medida irá afectar "só no distrito de Viseu a grande maioria das 500 escolas do ensino básico".
O responsável, que é também dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), alertou ainda que "no País serão milhares de escolas a fechar", acrescentando: "Haverá concelhos que ficarão com 2, 3 escolas no máximo." Além disso, o sindicalista lembra o desperdício, sublinhando "as obras e investimentos feitos em muitas escolas que agora vão encerrar, depois de terem acolhido alunos de escolas fechadas".
Além disso, e para reduzir custos, o ME pretende ter apenas um órgão de gestão por concelho. Isto é "juntar várias escolas, básicas e secundárias, concentrando milhares de alunos no mesmo edifício e criando órgãos de gestão gigantescos", adiantou ao DN fonte da Direcção Regional de Educação do Alentejo (ver caixa em baixo).
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) adianta que as negociações com o Ministério da Educação "já decorrem à muito" e que pediu ao Governo "cautelas no processo". Fernando Ruas garante que avisou que só aceita o encerramento de escolas "com o acordo das autarquias e desde que sejam cumpridas algumas condições entre as quais o "transportes" e a entrada em funcionamento dos centros educativos, "nos locais onde esteja previsto encerrar escolas".
"Não é a mesma coisa encerrar uma escola na cidade ou numa aldeia ou encerrar se já estiver prevista a cobertura através de centro escolar. É preciso ponderação para que as crianças não mudem de escola, de forma provisória e depois para uma solução definitiva quando entrarem em funcionamento os centros escolares", diz.
O presidente da ANMP assumiu "não conhecer o número de escolas a fechar," mas reconheceu serem "muitas". "Se aquando do critério dos dez alunos fecharam bastantes, com vinte alunos serão muitas mais", explicou Ruas, referindo-se ao processo anterior que em 2006 e 2007 levou ao fecho de 2300 escolas primárias, a maioria com menos de dez alunos, mas também várias com menos de vinte e com uma taxa de insucesso inferior à média nacional (ver texto). O certo, avisa Ruas, é que a intenção do ME é "uma machadada na desertificação". Já Francisco Almeida diz que "está em curso um processo de concentração de alunos e promete "contestação". "É um disparate e o Governo pode querer levar a sua avante, mas não vai fazê-lo sem os protestos das populações e dos professores", avisou. O DN contactou o ME que não prestou esclarecimentos.
In DN
por AMADEU ARAÚJO, Viseu
Hoje
Presidente da Associação de Municípios exige medidas para minimizar impacto.
Os concelhos do interior do País estão em risco de ver reduzido o ensino básico a três escolas. A estimativa é do Sindicato dos Professores da Região Centro depois de conhecidas as negociações entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional de Municípios para o encerramento de todas as escolas com menos de 20 alunos.
As negociações entre aquela associação e o Ministério da Educação (ME) já estão a decorrer e foram ontem confirmadas ao DN por Fernando Ruas, que assumiu a intenção do Governo de "encerrar escolas do ensino básico com menos de 20 alunos".
Francisco Almeida, do Sindicato dos Professores da Região Centro, garantiu que essa medida irá afectar "só no distrito de Viseu a grande maioria das 500 escolas do ensino básico".
O responsável, que é também dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), alertou ainda que "no País serão milhares de escolas a fechar", acrescentando: "Haverá concelhos que ficarão com 2, 3 escolas no máximo." Além disso, o sindicalista lembra o desperdício, sublinhando "as obras e investimentos feitos em muitas escolas que agora vão encerrar, depois de terem acolhido alunos de escolas fechadas".
Além disso, e para reduzir custos, o ME pretende ter apenas um órgão de gestão por concelho. Isto é "juntar várias escolas, básicas e secundárias, concentrando milhares de alunos no mesmo edifício e criando órgãos de gestão gigantescos", adiantou ao DN fonte da Direcção Regional de Educação do Alentejo (ver caixa em baixo).
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) adianta que as negociações com o Ministério da Educação "já decorrem à muito" e que pediu ao Governo "cautelas no processo". Fernando Ruas garante que avisou que só aceita o encerramento de escolas "com o acordo das autarquias e desde que sejam cumpridas algumas condições entre as quais o "transportes" e a entrada em funcionamento dos centros educativos, "nos locais onde esteja previsto encerrar escolas".
"Não é a mesma coisa encerrar uma escola na cidade ou numa aldeia ou encerrar se já estiver prevista a cobertura através de centro escolar. É preciso ponderação para que as crianças não mudem de escola, de forma provisória e depois para uma solução definitiva quando entrarem em funcionamento os centros escolares", diz.
O presidente da ANMP assumiu "não conhecer o número de escolas a fechar," mas reconheceu serem "muitas". "Se aquando do critério dos dez alunos fecharam bastantes, com vinte alunos serão muitas mais", explicou Ruas, referindo-se ao processo anterior que em 2006 e 2007 levou ao fecho de 2300 escolas primárias, a maioria com menos de dez alunos, mas também várias com menos de vinte e com uma taxa de insucesso inferior à média nacional (ver texto). O certo, avisa Ruas, é que a intenção do ME é "uma machadada na desertificação". Já Francisco Almeida diz que "está em curso um processo de concentração de alunos e promete "contestação". "É um disparate e o Governo pode querer levar a sua avante, mas não vai fazê-lo sem os protestos das populações e dos professores", avisou. O DN contactou o ME que não prestou esclarecimentos.
In DN
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Governo vai encerrar 900 escolas, 500 já este ano
Governo vai encerrar 900 escolas, 500 já este ano
por Lusa
Hoje
A ministra da Educação afirmou hoje que no final do processo de reorganização da rede escolar mais de 900 escolas básicas com menos de 21 alunos poderão encerrar, abrangendo um universo máximo de 15 mil crianças. 500 estabelecimentos de ensino encerram já este ano.
"No final do processo [de reorganização] da rede escolar, deverão estar cerca de 900 escolas encerradas, mas este universo só corresponde a 3,5 por cento das crianças que frequentam o primeiro ciclo", declarou Isabel Alçada, em conferência de imprensa.
Falando no final do Conselho de Ministros, que aprovou a resolução para o encerramento das escolas públicas do primeiro ciclo do ensino básico com menos de 21 alunos, Isabel Alçada defendeu que estão em situação de iminente transferência de estabelecimento de ensino "muito poucas crianças".
"Ao falar-se em 900 escolas, o número parece elevado. Mas estamos a falar de 3,5 por cento do universo do primeiro ciclo, que rondará as 400 mil crianças (cerca de cem mil por ano de escolaridade)", observou a titular da pasta da Educação.
Na conferência de imprensa, a ministra da Educação disse já ter acordo com as autarquias para o encerramento imediato de cerca de 400 escolas.
"Mas há mais escolas em que é provável também esse mesmo acordo, o que poderá elevar o número a mais de 500 escolas este ano", acrescentou.
"Cerca de 500 escolas já não abrem em Setembro"
O Ministério da Educação estima que já no próximo ano letivo estejam encerradas cerca de 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos, no âmbito de um plano de reorganização da rede escolar.
O número provisório foi avançado hoje pelo secretário de estado da Educação, João Mata, enquanto decorria a reunião de Conselho de Ministros que aprovou a resolução que estabelece os princípios para a reorganização da rede escolar pública.
"Cerca de 500 escolas já não abrem em Setembro", disse aos jornalistas João Mata, sublinhando que os dados definitivos só serão conhecidos a 15 de Junho, altura em que termina a avaliação da situação no terreno.
"O encerramento das escolas com menos de 20 alunos é um princípio que tem de ser aferido no terreno. Há um trabalho de proximidade que está a ser feito com as autarquias e com os agrupamentos escolares", sublinhou o secretário de Estado, confirmado uma informação avançada no final de Maio pelo DN (ver relacionado), e explicando que esta resolução de Conselho de Ministros significa que vão encerrar apenas as escolas sem condições.
João Mata garantiu que "os alunos só são deslocados se forem para escolas com melhores condições de ensino e aprendizagem, para garantir igualdade de oportunidades".
Entre as condições que o Governo considera essenciais está a existência de "refeitório, salas de informática, salas para o ensino do inglês e da música".
No total, existem 3200 escolas do 1.º ciclo, das quais 600 têm menos de 20 alunos. Em Portugal, frequentam o 1.º ciclo cerca de 470 mil crianças, estimando-se que esta medida afete no máximo dez mil crianças.
Em conversa com os jornalistas no Ministério da Educação, João Mata voltou hoje a lembrar que as escolas com menos de 20 alunos apresentam taxas de retenção muito superiores à média nacional: "Em média, a taxa de retenção é superior a 33 por cento".
João Mata disse ainda que este é um trabalho que veio "prosseguir e aprofundar o trabalho iniciado em 2005 e que levou ao encerramento de cerca de 2500 escolas: escolas de insucesso, isoladas e sem condições e sem recursos adequados ao sucesso escolar".
In DN
por Lusa
Hoje
A ministra da Educação afirmou hoje que no final do processo de reorganização da rede escolar mais de 900 escolas básicas com menos de 21 alunos poderão encerrar, abrangendo um universo máximo de 15 mil crianças. 500 estabelecimentos de ensino encerram já este ano.
"No final do processo [de reorganização] da rede escolar, deverão estar cerca de 900 escolas encerradas, mas este universo só corresponde a 3,5 por cento das crianças que frequentam o primeiro ciclo", declarou Isabel Alçada, em conferência de imprensa.
Falando no final do Conselho de Ministros, que aprovou a resolução para o encerramento das escolas públicas do primeiro ciclo do ensino básico com menos de 21 alunos, Isabel Alçada defendeu que estão em situação de iminente transferência de estabelecimento de ensino "muito poucas crianças".
"Ao falar-se em 900 escolas, o número parece elevado. Mas estamos a falar de 3,5 por cento do universo do primeiro ciclo, que rondará as 400 mil crianças (cerca de cem mil por ano de escolaridade)", observou a titular da pasta da Educação.
Na conferência de imprensa, a ministra da Educação disse já ter acordo com as autarquias para o encerramento imediato de cerca de 400 escolas.
"Mas há mais escolas em que é provável também esse mesmo acordo, o que poderá elevar o número a mais de 500 escolas este ano", acrescentou.
"Cerca de 500 escolas já não abrem em Setembro"
O Ministério da Educação estima que já no próximo ano letivo estejam encerradas cerca de 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos, no âmbito de um plano de reorganização da rede escolar.
O número provisório foi avançado hoje pelo secretário de estado da Educação, João Mata, enquanto decorria a reunião de Conselho de Ministros que aprovou a resolução que estabelece os princípios para a reorganização da rede escolar pública.
"Cerca de 500 escolas já não abrem em Setembro", disse aos jornalistas João Mata, sublinhando que os dados definitivos só serão conhecidos a 15 de Junho, altura em que termina a avaliação da situação no terreno.
"O encerramento das escolas com menos de 20 alunos é um princípio que tem de ser aferido no terreno. Há um trabalho de proximidade que está a ser feito com as autarquias e com os agrupamentos escolares", sublinhou o secretário de Estado, confirmado uma informação avançada no final de Maio pelo DN (ver relacionado), e explicando que esta resolução de Conselho de Ministros significa que vão encerrar apenas as escolas sem condições.
João Mata garantiu que "os alunos só são deslocados se forem para escolas com melhores condições de ensino e aprendizagem, para garantir igualdade de oportunidades".
Entre as condições que o Governo considera essenciais está a existência de "refeitório, salas de informática, salas para o ensino do inglês e da música".
No total, existem 3200 escolas do 1.º ciclo, das quais 600 têm menos de 20 alunos. Em Portugal, frequentam o 1.º ciclo cerca de 470 mil crianças, estimando-se que esta medida afete no máximo dez mil crianças.
Em conversa com os jornalistas no Ministério da Educação, João Mata voltou hoje a lembrar que as escolas com menos de 20 alunos apresentam taxas de retenção muito superiores à média nacional: "Em média, a taxa de retenção é superior a 33 por cento".
João Mata disse ainda que este é um trabalho que veio "prosseguir e aprofundar o trabalho iniciado em 2005 e que levou ao encerramento de cerca de 2500 escolas: escolas de insucesso, isoladas e sem condições e sem recursos adequados ao sucesso escolar".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Cada escola escolhe exames para 'saltar' o 9.º ano
Cada escola escolhe exames para 'saltar' o 9.º ano
por ANA BELA FERREIRA
Hoje
Alunos com mais de 15 anos que chumbem no 8.º ano vão poder fazer exames de equivalência para chegar ao 10.º.
Este ano lectivo e pela primeira vez os alunos com mais de 15 anos, que frequentem o 8.º ano, vão poder fazer fazer exames de equivalência ao 9.º ano. Para "saltar" o último ano do 3.º ciclo, estes estudantes fazem os exames nacionais de Português e Matemática e nas restantes disciplinas fazem as provas feitas por cada escola. Só aqueles que vão chumbar no 8.º é que podem propor-se a exame.
Esta modalidade de concluir o 3.º ciclo através de exames e provas de equivalência já era permitida para os alunos do 9.º ano que estavam em risco de chumbar. Mas o número de estudantes que se propunha a fazer estas provas sempre foi muito reduzido: apenas 2%, explica Álvaro dos Santos, presidente do Conselho de Escolas.
O Ministério da Educação (ME) decidiu alargar esta hipótese aos alunos que este ano frequentaram o 8.º ano e que não vão passar para o 9.º. Desta forma, têm mais uma oportunidade de concluir a escolaridade mínima obrigatória, antes de esta ser alargada para o 12.º ano. Mas os professores desconfiam do sucesso desta medida.
"Como é que alunos que não têm capacidade para transitar do 8.º para o 9.º ano vão conseguir passar nos exames do 9.º ano sem nunca terem assistido a estas aulas?", questiona a professora Isabel Le Gué. Da mesma forma, Paulo Guinote, autor do blogue A Educação do Meu Umbigo, refere que esta medida tem como "principal objectivo tentar impedir estes alunos de ficarem pendurados nos 12 anos de escolaridade, mas é difícil que consigam passar".
Também pouco confiante em relação às hipóteses de sucesso que estes alunos podem ter está a professora Rosário Gama. "Se algum pai ou aluno quiser fazer este exame, eu vou desaconselhar", adianta a directora da Escola Infanta Dona Maria, em Coimbra. Na sua escola não conhece nenhum aluno que esteja nesta posição. Isabel Le Gué também não sabe se vai ter alunos a fazer provas. No ano passado, foram menos de dez aqueles que tentaram fazer o 9.º ano por exame.
Números reduzidos que o presidente do Conselho das Escolas acredita que, no País, não ultrapassem os 2% dos alunos que fazem exames. São cerca de 108 mil os matriculados no 9.º ano e que devem fazer os exames nacionais, que começam dia 16.
Além dos exames nacionais de Português e Matemática, os estudantes autopropostos têm de fazer exames a todas as disciplinas do 9.º ano. Estas provas são realizadas internamente por cada escola e vão ser feitas este ano pelos alunos do 9.º ano e pelos do 8.º que tenham chumbado e queiram tentar a equivalência.
Os professores ouvidos pelo DN referem que muito raramente um aluno que faz estes exames passa. "Só de vez em quando é que há alunos que conseguem passar", admite Rosário Gama.
Para se inscrever nos exames, os alunos têm de fazer 15 anos até Setembro. Uma exigência que para os pais cria injustiças. "O facto de só alguns alunos com 15 anos poderem fazer as provas beneficia uns em detrimento de outros", diz Rui Martins, da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE). Já a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) não quis comentar esta medida.
In DN
por ANA BELA FERREIRA
Hoje
Alunos com mais de 15 anos que chumbem no 8.º ano vão poder fazer exames de equivalência para chegar ao 10.º.
Este ano lectivo e pela primeira vez os alunos com mais de 15 anos, que frequentem o 8.º ano, vão poder fazer fazer exames de equivalência ao 9.º ano. Para "saltar" o último ano do 3.º ciclo, estes estudantes fazem os exames nacionais de Português e Matemática e nas restantes disciplinas fazem as provas feitas por cada escola. Só aqueles que vão chumbar no 8.º é que podem propor-se a exame.
Esta modalidade de concluir o 3.º ciclo através de exames e provas de equivalência já era permitida para os alunos do 9.º ano que estavam em risco de chumbar. Mas o número de estudantes que se propunha a fazer estas provas sempre foi muito reduzido: apenas 2%, explica Álvaro dos Santos, presidente do Conselho de Escolas.
O Ministério da Educação (ME) decidiu alargar esta hipótese aos alunos que este ano frequentaram o 8.º ano e que não vão passar para o 9.º. Desta forma, têm mais uma oportunidade de concluir a escolaridade mínima obrigatória, antes de esta ser alargada para o 12.º ano. Mas os professores desconfiam do sucesso desta medida.
"Como é que alunos que não têm capacidade para transitar do 8.º para o 9.º ano vão conseguir passar nos exames do 9.º ano sem nunca terem assistido a estas aulas?", questiona a professora Isabel Le Gué. Da mesma forma, Paulo Guinote, autor do blogue A Educação do Meu Umbigo, refere que esta medida tem como "principal objectivo tentar impedir estes alunos de ficarem pendurados nos 12 anos de escolaridade, mas é difícil que consigam passar".
Também pouco confiante em relação às hipóteses de sucesso que estes alunos podem ter está a professora Rosário Gama. "Se algum pai ou aluno quiser fazer este exame, eu vou desaconselhar", adianta a directora da Escola Infanta Dona Maria, em Coimbra. Na sua escola não conhece nenhum aluno que esteja nesta posição. Isabel Le Gué também não sabe se vai ter alunos a fazer provas. No ano passado, foram menos de dez aqueles que tentaram fazer o 9.º ano por exame.
Números reduzidos que o presidente do Conselho das Escolas acredita que, no País, não ultrapassem os 2% dos alunos que fazem exames. São cerca de 108 mil os matriculados no 9.º ano e que devem fazer os exames nacionais, que começam dia 16.
Além dos exames nacionais de Português e Matemática, os estudantes autopropostos têm de fazer exames a todas as disciplinas do 9.º ano. Estas provas são realizadas internamente por cada escola e vão ser feitas este ano pelos alunos do 9.º ano e pelos do 8.º que tenham chumbado e queiram tentar a equivalência.
Os professores ouvidos pelo DN referem que muito raramente um aluno que faz estes exames passa. "Só de vez em quando é que há alunos que conseguem passar", admite Rosário Gama.
Para se inscrever nos exames, os alunos têm de fazer 15 anos até Setembro. Uma exigência que para os pais cria injustiças. "O facto de só alguns alunos com 15 anos poderem fazer as provas beneficia uns em detrimento de outros", diz Rui Martins, da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE). Já a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) não quis comentar esta medida.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Passos Coelho critica encerramento de escolas
Passos Coelho critica encerramento de escolas
por Lusa
Hoje
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, criticou hoje o encerramento de escolas com menos de 20 alunos, questionando o Governo sobre o número de institutos públicos que vai encerrar.
"O encerramento de escolas com poucos alunos é uma exigência pedagógica e uma exigência financeira e a gente pergunta: quantos institutos públicos decidiu o Governo encerrar em Portugal?", questionou.
"Quantos lugares de assessores e adjuntos vai o Governo declarar que vai pôr fim nos próprios gabinetes do Governo?", acrescentou.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou na passada terça-feira que mais de 900 escolas básicas com menos de 21 alunos poderão encerrar, abrangendo um universo máximo de 15 mil crianças.
Pedro Passos Coelho, que falava em Portalegre durante um almoço convívio com militantes e simpatizantes do PSD, disse também que o Estado tem que estar "ao nosso serviço" e que os portugueses têm que se tornar mais "exigentes" com as reformas do Estado.
"O Estado tem que estar ao nosso serviço. Não somos nós que estamos ao serviço do Estado e daqueles que lá trabalham, nós temos que começar a ser mais exigentes também relativamente à reforma do próprio Estado", declarou.
O líder do PSD, que criticou a gestão dos dinheiros públicos na Saúde e Segurança Social, voltou a frisar que a despesa pública tem que ser "reestruturada".
Durante o seu discurso, com mais de trinta minutos, Passos Coelho afirmou ainda que nesta altura começam a surgir vários militantes do PS "incomodados" com as medidas de austeridade que estão a ser tomadas e que, por esse motivo, preferiam que o PSD fosse Governo.
"Há pessoas hoje no PS que já mostram incómodo por perceber que os próximos anos vão ser muito difíceis e que é muito aborrecido ficar no Governo uma série de anos a tomar as dores de toda a gente, sem poder fazer um bonito", disse.
Por isso, acrescentou o líder laranja, "haveria hoje gente no PS que preferia que fosse o PSD para o Governo mais cedo para fazer as medidas de austeridade para a cigarra voltar no tempo da bonança".
"Nós temos que resistir a este tipo de avaliação e análise. As sondagens para nós são um estímulo, sabemos que estamos a recuperar, sabemos que o país volta a olhar para o PSD com uma expectativa positiva, que não tem medo da nossa mensagem e que pressente que o próximo Governo vai ser do PSD", sublinhou.
O Partido Social Democrata (PSD) detém a maioria de presidências de Câmara do distrito de Portalegre, liderando 07 em 15, incluindo a capital de distrito.
In DN
por Lusa
Hoje
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, criticou hoje o encerramento de escolas com menos de 20 alunos, questionando o Governo sobre o número de institutos públicos que vai encerrar.
"O encerramento de escolas com poucos alunos é uma exigência pedagógica e uma exigência financeira e a gente pergunta: quantos institutos públicos decidiu o Governo encerrar em Portugal?", questionou.
"Quantos lugares de assessores e adjuntos vai o Governo declarar que vai pôr fim nos próprios gabinetes do Governo?", acrescentou.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou na passada terça-feira que mais de 900 escolas básicas com menos de 21 alunos poderão encerrar, abrangendo um universo máximo de 15 mil crianças.
Pedro Passos Coelho, que falava em Portalegre durante um almoço convívio com militantes e simpatizantes do PSD, disse também que o Estado tem que estar "ao nosso serviço" e que os portugueses têm que se tornar mais "exigentes" com as reformas do Estado.
"O Estado tem que estar ao nosso serviço. Não somos nós que estamos ao serviço do Estado e daqueles que lá trabalham, nós temos que começar a ser mais exigentes também relativamente à reforma do próprio Estado", declarou.
O líder do PSD, que criticou a gestão dos dinheiros públicos na Saúde e Segurança Social, voltou a frisar que a despesa pública tem que ser "reestruturada".
Durante o seu discurso, com mais de trinta minutos, Passos Coelho afirmou ainda que nesta altura começam a surgir vários militantes do PS "incomodados" com as medidas de austeridade que estão a ser tomadas e que, por esse motivo, preferiam que o PSD fosse Governo.
"Há pessoas hoje no PS que já mostram incómodo por perceber que os próximos anos vão ser muito difíceis e que é muito aborrecido ficar no Governo uma série de anos a tomar as dores de toda a gente, sem poder fazer um bonito", disse.
Por isso, acrescentou o líder laranja, "haveria hoje gente no PS que preferia que fosse o PSD para o Governo mais cedo para fazer as medidas de austeridade para a cigarra voltar no tempo da bonança".
"Nós temos que resistir a este tipo de avaliação e análise. As sondagens para nós são um estímulo, sabemos que estamos a recuperar, sabemos que o país volta a olhar para o PSD com uma expectativa positiva, que não tem medo da nossa mensagem e que pressente que o próximo Governo vai ser do PSD", sublinhou.
O Partido Social Democrata (PSD) detém a maioria de presidências de Câmara do distrito de Portalegre, liderando 07 em 15, incluindo a capital de distrito.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Aumenta consumo de estimulantes pelos jovens alunos
Aumenta consumo de estimulantes pelos jovens alunos
por PATRÍCIA JESUS e ANA BELA FERREIRA
Hoje
Jovens recorrem a suplementos ou mesmo a medicamentos da família das anfetaminas para estudar melhor.
A venda de suplementos para aumentar a concentração e a memória disparou: nos últimos 12 meses venderam-se quase 525 mil embalagens, mais 66% que há dois anos. Aumentou também o consumo de psicoestimulantes, medicamentos prescritos para tratar doenças como défice de atenção e hiperactividade, sendo que muito clínicos receiam que os jovens tomem também estes remédios para estudar.
Segundo dados da consultora IMS Health avançados ao DN, o consumo de psicoestimulantes como metilfenidato e modafinil (substâncias da família das anfetaminas, que estão na base de medicamentos como Modafinil e Modiodal , Ritalina, Concerta ou Rubifen)subiu 34% nos últimos dois anos.
"Tenho ideia que já há muitos alunos em Portugal a tomar estas substâncias, embora não tenha números. As anfetaminas são dos produtos mais usados, porque estimulam a atenção", explica o psicólogo clínico Carlos Lopes Pires, especialista em farmacologia.
"No meu tempo, há 30 anos, tomavam anfetaminas, agora usam os medicamentos derivados de anfetaminas, que fazem o mesmo efeito", indica António Vaz Carneiro, do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência.
Um passeio rápido pelos fóruns na internet mostra a quantidade de dúvidas dos alunos da faculdade e até do secundário sobre estas "soluções" em vésperas de exames: dos suplementos aos medicamentos, procuram-se formas de superar o cansaço e a ansiedade.
"Aparecem-me alguns jovens muito ansiosos, porque são épocas em que está muito em jogo na vida deles. A ansiedade funciona como um motor, mas também pode ser um bloqueio. Se estiverem muito ansiosos posso receitar um ansiolítico, mas nada mais do que isso", diz a neurologista Helena Coelho. Mas a médica reconhece que se "consome de tudo menos bom senso".
"Aqueles medicamentos, como as anfetaminas, dão-lhes a sensação que aprendem melhor, mas é uma ilusão. É um doping mental que aumenta a memória de curto prazo, mas não há nenhum estudo que demonstre um aumento da capacidade cognitiva", explica Vaz Carneiro. "O problema é que quando passa o efeito esquecem tudo o que estudaram", acrescenta Carlos Lopes Pires.
Além disso, há o risco de habituação. "Se são tomadas por um espaço de tempo curto - uma semana - à partida não cria habitação. Mas depende das pessoas". E os efeitos para a saúde "podem ser devastadores": desde problemas graves no fígado a surtos psicóticos. "As pessoas podem ficar muito eufóricas por causa da energia das anfetaminas e depois passarem por estados depressivos, porque sentem falta dessa energia", conclui o psicólogo.
Ou seja, a inteligência não vem em comprimidos, ao contrário do que o marketing nos faz pensar, alerta Vaz Carneiro. "A solução é trabalhar e estudar muito." Mas se os dados das vendas dos "inofensivos" suplementos forem vistos de mês a mês, nota-se que há um pico em Outubro, mês de regresso às aulas, e outro em Abril, quando se aproximam os exames finais (ver infografia). Para os especialistas, os suplementos vitamínicos têm um efeito placebo. "Não aquecem nem arrefecem, não fazem efeito numa pessoa que não tenha problemas porque consegue ter esses nutrientes através da alimentação", indica Carlos Lopes Pires.
In DN
por PATRÍCIA JESUS e ANA BELA FERREIRA
Hoje
Jovens recorrem a suplementos ou mesmo a medicamentos da família das anfetaminas para estudar melhor.
A venda de suplementos para aumentar a concentração e a memória disparou: nos últimos 12 meses venderam-se quase 525 mil embalagens, mais 66% que há dois anos. Aumentou também o consumo de psicoestimulantes, medicamentos prescritos para tratar doenças como défice de atenção e hiperactividade, sendo que muito clínicos receiam que os jovens tomem também estes remédios para estudar.
Segundo dados da consultora IMS Health avançados ao DN, o consumo de psicoestimulantes como metilfenidato e modafinil (substâncias da família das anfetaminas, que estão na base de medicamentos como Modafinil e Modiodal , Ritalina, Concerta ou Rubifen)subiu 34% nos últimos dois anos.
"Tenho ideia que já há muitos alunos em Portugal a tomar estas substâncias, embora não tenha números. As anfetaminas são dos produtos mais usados, porque estimulam a atenção", explica o psicólogo clínico Carlos Lopes Pires, especialista em farmacologia.
"No meu tempo, há 30 anos, tomavam anfetaminas, agora usam os medicamentos derivados de anfetaminas, que fazem o mesmo efeito", indica António Vaz Carneiro, do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência.
Um passeio rápido pelos fóruns na internet mostra a quantidade de dúvidas dos alunos da faculdade e até do secundário sobre estas "soluções" em vésperas de exames: dos suplementos aos medicamentos, procuram-se formas de superar o cansaço e a ansiedade.
"Aparecem-me alguns jovens muito ansiosos, porque são épocas em que está muito em jogo na vida deles. A ansiedade funciona como um motor, mas também pode ser um bloqueio. Se estiverem muito ansiosos posso receitar um ansiolítico, mas nada mais do que isso", diz a neurologista Helena Coelho. Mas a médica reconhece que se "consome de tudo menos bom senso".
"Aqueles medicamentos, como as anfetaminas, dão-lhes a sensação que aprendem melhor, mas é uma ilusão. É um doping mental que aumenta a memória de curto prazo, mas não há nenhum estudo que demonstre um aumento da capacidade cognitiva", explica Vaz Carneiro. "O problema é que quando passa o efeito esquecem tudo o que estudaram", acrescenta Carlos Lopes Pires.
Além disso, há o risco de habituação. "Se são tomadas por um espaço de tempo curto - uma semana - à partida não cria habitação. Mas depende das pessoas". E os efeitos para a saúde "podem ser devastadores": desde problemas graves no fígado a surtos psicóticos. "As pessoas podem ficar muito eufóricas por causa da energia das anfetaminas e depois passarem por estados depressivos, porque sentem falta dessa energia", conclui o psicólogo.
Ou seja, a inteligência não vem em comprimidos, ao contrário do que o marketing nos faz pensar, alerta Vaz Carneiro. "A solução é trabalhar e estudar muito." Mas se os dados das vendas dos "inofensivos" suplementos forem vistos de mês a mês, nota-se que há um pico em Outubro, mês de regresso às aulas, e outro em Abril, quando se aproximam os exames finais (ver infografia). Para os especialistas, os suplementos vitamínicos têm um efeito placebo. "Não aquecem nem arrefecem, não fazem efeito numa pessoa que não tenha problemas porque consegue ter esses nutrientes através da alimentação", indica Carlos Lopes Pires.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Educação e ensino
Estou com curiosidade em ver (sim, Sócrates não é eterno) como será o governo Passos Coelho. Se vai reabrir as escolas, reabrir maternidades, reabrir as falsas urgências, baixar os impostos e aumentar os pensionistas. Cá estaremos para ver.... é que mandar bocas de fora é simples. Difícil é estar ao leme.... como dizia o homem que enfrentou o adamastor.
Viriato- Pontos : 16657
Mil inscritos para cursos de Medicina em Espanha
Mil inscritos para cursos de Medicina em Espanha
por CÉU NEVES
Hoje
Portugueses que querem ir para universidades no país vizinho são quase tantos como os que entram cá. Hoje fazem provas.
Mil portugueses inscrevem-se todos os anos para estudar nas universidades espanholas, a quase totalidade em Medicina. São praticamente tantos quantos os que entram nas universidades portuguesas, 1508 o ano passado. E são 330 os que pediram para fazer provas específicas, uma novidade do sistema espanhol neste ano lectivo. Segundo o director-geral do Ensino Superior português, "foi a forma airosa encontrada para privilegiar os alunos espanhóis".
Os dados são da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED), instituição através da qual se inscrevem todos os alunos estrangeiros. Indicam que há uma média de mil portugueses a inscreverem-se anualmente, número que tem vindo a aumentar e que é confirmado pelo responsável da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES). Até ao momento emitiram 165 certificados, mas os pedidos aumentam significativamente após a saía das classificações dos exames nacionais.
Este ano, além da prova geral de acesso (que os portugueses podem substituir pela classificação final do secundário), existem provas específicas que são voluntárias, mas que podem elevar a nota final em quatro pontos, numa escala de zero a dez, ponderação que depende de cada faculdade.
As provas, que hoje se realizam, englobam as matérias leccionadas nas escolas secundárias espanholas e são em espanhol. "A probabilidade de um aluno espanhol aumentar em um ou dois pontos a nota é muito grande", sublinha Morão Dias, director-geral do Ensino Superior.
Em Portugal, as provas específicas para Medicina (Biologia, Química, Física e Matemática) realizam-se hoje no Instituto Espanhol "Giner de los Ríos", em Lisboa. E muitos dos alunos portugueses que vão realizar a prova aprenderam espanhol e confiam que as matérias não sejam muito diferentes das leccionadas nas escolas portuguesas (ver testemunho).
São alunos que não conseguiram entrar nas faculdades de Medicina portuguesas o ano passado e vão fazer melhoria de nota este ano. Se conseguirem subir a média do secundário acima dos 178,8 (nota mínima no Continente, 178,2 nos Açores), voltam a candidatar-se em Portugal, caso contrário, tentam garantir a entrada no sistema de ensino espanhol. Isto para aqueles que não desistem, ou podem não desistir, de ser médicos.
Espanha é o país com mais alunos portugueses nos cursos de Medicina, pela proximidade geográfica e pelos encargos, já que o custo das propinas e o seu nível de vida é sensivelmente igual ao nacional. Só em Santiago de Compostela, os portugueses são já 11% do total de estudantes em Medicina.
O sistema espanhol tem uma média de seis mil vagas anuais e as primeiras são, muitas vezes, ocupadas pelos estudantes portugueses que não conseguem entrar nas universidades do seu país. "Os primeiros alunos a entrar são portugueses e isso tem um impacto social muito grande em Espanha e que incomoda a sociedade espanhola", sublinha Morão Dias.
In DN
por CÉU NEVES
Hoje
Portugueses que querem ir para universidades no país vizinho são quase tantos como os que entram cá. Hoje fazem provas.
Mil portugueses inscrevem-se todos os anos para estudar nas universidades espanholas, a quase totalidade em Medicina. São praticamente tantos quantos os que entram nas universidades portuguesas, 1508 o ano passado. E são 330 os que pediram para fazer provas específicas, uma novidade do sistema espanhol neste ano lectivo. Segundo o director-geral do Ensino Superior português, "foi a forma airosa encontrada para privilegiar os alunos espanhóis".
Os dados são da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED), instituição através da qual se inscrevem todos os alunos estrangeiros. Indicam que há uma média de mil portugueses a inscreverem-se anualmente, número que tem vindo a aumentar e que é confirmado pelo responsável da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES). Até ao momento emitiram 165 certificados, mas os pedidos aumentam significativamente após a saía das classificações dos exames nacionais.
Este ano, além da prova geral de acesso (que os portugueses podem substituir pela classificação final do secundário), existem provas específicas que são voluntárias, mas que podem elevar a nota final em quatro pontos, numa escala de zero a dez, ponderação que depende de cada faculdade.
As provas, que hoje se realizam, englobam as matérias leccionadas nas escolas secundárias espanholas e são em espanhol. "A probabilidade de um aluno espanhol aumentar em um ou dois pontos a nota é muito grande", sublinha Morão Dias, director-geral do Ensino Superior.
Em Portugal, as provas específicas para Medicina (Biologia, Química, Física e Matemática) realizam-se hoje no Instituto Espanhol "Giner de los Ríos", em Lisboa. E muitos dos alunos portugueses que vão realizar a prova aprenderam espanhol e confiam que as matérias não sejam muito diferentes das leccionadas nas escolas portuguesas (ver testemunho).
São alunos que não conseguiram entrar nas faculdades de Medicina portuguesas o ano passado e vão fazer melhoria de nota este ano. Se conseguirem subir a média do secundário acima dos 178,8 (nota mínima no Continente, 178,2 nos Açores), voltam a candidatar-se em Portugal, caso contrário, tentam garantir a entrada no sistema de ensino espanhol. Isto para aqueles que não desistem, ou podem não desistir, de ser médicos.
Espanha é o país com mais alunos portugueses nos cursos de Medicina, pela proximidade geográfica e pelos encargos, já que o custo das propinas e o seu nível de vida é sensivelmente igual ao nacional. Só em Santiago de Compostela, os portugueses são já 11% do total de estudantes em Medicina.
O sistema espanhol tem uma média de seis mil vagas anuais e as primeiras são, muitas vezes, ocupadas pelos estudantes portugueses que não conseguem entrar nas universidades do seu país. "Os primeiros alunos a entrar são portugueses e isso tem um impacto social muito grande em Espanha e que incomoda a sociedade espanhola", sublinha Morão Dias.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Ministério gasta 1,8 milhões de euros com exames
Ministério gasta 1,8 milhões de euros com exames
por HELDER ROBALO
Hoje
Professores recebem cinco euros pela correcção de cada prova do secundário. Os 356 mil exames previstos serão vistos por pelo menos 7100 docentes. Provas arrancam na quarta-feira.
O Ministério da Educação vai desembolsar quase 1,8 milhões de euros para assegurar a correcção de 356 127 exames do secundário previstos. Segundo despacho do secretário de Estado Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, cada professor que corrigir uma prova de exames nacionais do 10.º ao 12.º anos tem "direito à importância ilíquida de cinco euros".
O valor é igual ao do ano passado, mas irá implicar um aumento da despesa, dado que o número de estudantes inscritos no secundário cresceu. Há 161654 alunos em prova, mais 4794 que em 2009.
No ano passado, candidataram-se à primeira fase 156 mil alunos do secundário, para realizarem 346 282 provas. Acabaram por ser feitas cerca de 269 mil. Por estas o Ministério da Educação pagou 1,3 milhões de euros aos professores.
No despacho, assinado a 7 de Maio, o secretário de Estado especifica que a correcção de provas do ensino secundário são pagas a cinco euros, enquanto as do básico não são remuneradas, por se incluírem "no domínio das tarefas a cumprir pelos professores".
Política diferente da adoptada para as reapreciações, já que, quer no básico quer no secundário, são pagas a 7,48 euros, valor ilíquido. Já os especialistas que asseguram a análise das reclamações às reapreciações é "paga a importância ilíquida de 14,96 euros", é ainda definido.
Perante o número de exames previstos, e tendo em conta que, segundo o ministério, "cada professor classifica, em regra, um máximo de 50 provas", isto implicará o destacamento de pelo menos 7100 professores para a fase de correcção de exames. Já no dia das provas, por cada sala, vão estar presentes dois professores vigilantes.
Alheios a isto estão os alunos, mais preocupados em rever a matéria dada ou em estudar intensivamente. Embora os professores deixem uma mensagem clara: "Não é numa semana que vão ocorrer milagres e que vão recuperar o atraso do resto ano", garante Edviges Antunes Ferreira, vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP).
Para outro dos "cadeirões" do secundário, a mensagem é igual: "Em Matemática não há truques de última hora" a que os alunos possam recorrer para melhor se prepararem para o exa-me nacional", sublinha Joaquim Félix, da Associação de Professores de Matemática (APM).
Ideia partilhada por Lígia Santos, aluna do 1.º ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e que o ano passado foi a melhor aluna do secundário a Matemática. "Nesta altura, o que se pode fazer a Matemática é rever os exercícios desenvolvidos durante o ano." Porque, alerta Lígia, "o estudo tem mesmo de ser feito ao longo do ano".
É este também o segredo de Maria Teresa Neves, 18 anos, no 1.º ano de Medicina da Universidade de Lisboa, e eleita a melhor aluna de Português no secundário em 2008/2009. "Para Matemática tem de haver um estudo continuado ao longo do ano", insiste.
Já em relação a Português, quem só se agarra aos livros à "última hora" deve começar por reler algumas das obras dadas e apostar nas revisões da gramática.
Português e Matemática concentram mesmo o maior número de inscritos para os exames do secundário. Nas várias provas de Português contam-se 76 003 alunos, enquanto em Matemática estão inscritos 68 079 estudantes. Na lista surgem depois a Física e Química A, com 59 728 alunos, e Biologia e Geologia, com 57 048 inscritos.
Para os dois docentes contactados pelo DN, Português e Matemática são duas disciplinas cujo estudo não pode ser guardado para a última semana. "Português exige uma preparação prévia e as explicações de última hora só se forem para tirar dúvidas pontuais", esclarece a professora Edviges Antunes Ferreira.
"Torne a fazer os testes e fichas que tenha feito ao longo do ano e consulte as respectivas correcções se houver dúvidas", aconselha Joaquim Félix, para Matemática.
Se persistirem dúvidas "ou se se deparar com algum problema que não consegue resolver, não hesite em procurar o seu professor ou debater o assunto com algum colega".
In DN
por HELDER ROBALO
Hoje
Professores recebem cinco euros pela correcção de cada prova do secundário. Os 356 mil exames previstos serão vistos por pelo menos 7100 docentes. Provas arrancam na quarta-feira.
O Ministério da Educação vai desembolsar quase 1,8 milhões de euros para assegurar a correcção de 356 127 exames do secundário previstos. Segundo despacho do secretário de Estado Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, cada professor que corrigir uma prova de exames nacionais do 10.º ao 12.º anos tem "direito à importância ilíquida de cinco euros".
O valor é igual ao do ano passado, mas irá implicar um aumento da despesa, dado que o número de estudantes inscritos no secundário cresceu. Há 161654 alunos em prova, mais 4794 que em 2009.
No ano passado, candidataram-se à primeira fase 156 mil alunos do secundário, para realizarem 346 282 provas. Acabaram por ser feitas cerca de 269 mil. Por estas o Ministério da Educação pagou 1,3 milhões de euros aos professores.
No despacho, assinado a 7 de Maio, o secretário de Estado especifica que a correcção de provas do ensino secundário são pagas a cinco euros, enquanto as do básico não são remuneradas, por se incluírem "no domínio das tarefas a cumprir pelos professores".
Política diferente da adoptada para as reapreciações, já que, quer no básico quer no secundário, são pagas a 7,48 euros, valor ilíquido. Já os especialistas que asseguram a análise das reclamações às reapreciações é "paga a importância ilíquida de 14,96 euros", é ainda definido.
Perante o número de exames previstos, e tendo em conta que, segundo o ministério, "cada professor classifica, em regra, um máximo de 50 provas", isto implicará o destacamento de pelo menos 7100 professores para a fase de correcção de exames. Já no dia das provas, por cada sala, vão estar presentes dois professores vigilantes.
Alheios a isto estão os alunos, mais preocupados em rever a matéria dada ou em estudar intensivamente. Embora os professores deixem uma mensagem clara: "Não é numa semana que vão ocorrer milagres e que vão recuperar o atraso do resto ano", garante Edviges Antunes Ferreira, vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP).
Para outro dos "cadeirões" do secundário, a mensagem é igual: "Em Matemática não há truques de última hora" a que os alunos possam recorrer para melhor se prepararem para o exa-me nacional", sublinha Joaquim Félix, da Associação de Professores de Matemática (APM).
Ideia partilhada por Lígia Santos, aluna do 1.º ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e que o ano passado foi a melhor aluna do secundário a Matemática. "Nesta altura, o que se pode fazer a Matemática é rever os exercícios desenvolvidos durante o ano." Porque, alerta Lígia, "o estudo tem mesmo de ser feito ao longo do ano".
É este também o segredo de Maria Teresa Neves, 18 anos, no 1.º ano de Medicina da Universidade de Lisboa, e eleita a melhor aluna de Português no secundário em 2008/2009. "Para Matemática tem de haver um estudo continuado ao longo do ano", insiste.
Já em relação a Português, quem só se agarra aos livros à "última hora" deve começar por reler algumas das obras dadas e apostar nas revisões da gramática.
Português e Matemática concentram mesmo o maior número de inscritos para os exames do secundário. Nas várias provas de Português contam-se 76 003 alunos, enquanto em Matemática estão inscritos 68 079 estudantes. Na lista surgem depois a Física e Química A, com 59 728 alunos, e Biologia e Geologia, com 57 048 inscritos.
Para os dois docentes contactados pelo DN, Português e Matemática são duas disciplinas cujo estudo não pode ser guardado para a última semana. "Português exige uma preparação prévia e as explicações de última hora só se forem para tirar dúvidas pontuais", esclarece a professora Edviges Antunes Ferreira.
"Torne a fazer os testes e fichas que tenha feito ao longo do ano e consulte as respectivas correcções se houver dúvidas", aconselha Joaquim Félix, para Matemática.
Se persistirem dúvidas "ou se se deparar com algum problema que não consegue resolver, não hesite em procurar o seu professor ou debater o assunto com algum colega".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Alentejanos os que mais copiam, açorianos os mais sérios
Alentejanos os que mais copiam, açorianos os mais sérios
por Lusa
Hoje
Os alunos alentejanos são os que mais copiam, de acordo com um estudo realizado em dez universidades portuguesas. No extremo oposto, como os mais bem classificados, surgem os açorianos: metade garante que não usa cábulas nos exames.
Um estudo realizado nas universidades públicas dos cursos de Economia e Gestão, publicado no mês passado no Journal of Academic Ethics, entrevistou 2675 alunos: dois em cada três admitiram copiar.
Recorrer a métodos ilícitos para conseguir tirar boas notas é uma prática que vai aumentando consoante os alunos se vão aproximando do final do curso.
"Nota-se um aumento de comportamento desonesto nos anos finais do curso. Penso que isto será resultado da pressão para ter boas notas e entrar no competitivo mercado de trabalho", disse à agência Lusa Aurora Castro Teixeira, uma das autoras do estudo.
Mas, salientou a investigadora, existe "uma grande diferença" entre homens e mulheres: "Os rapazes têm uma propensão à cópia em 20 por cento acima das raparigas".
Outra das revelações do estudo é a "grande heterogeneidade em termos de regiões. Os alunos residentes no Alentejo aparecem com uma propensão à cópia muito superior", contou a autora do estudo, que indica que oito em cada dez alentejanos são cábulas.
Neste "ranking", são os alunos originários das ilhas que surgem como os mais cumpridores das regras: metade dos açorianos diz que nunca copia, logo seguidos por 41,7 dos madeirenses. Todos os outros assumem fazê-lo.
No Continente, "as zonas do interior aparecem com índices mais elevados em contradição com o litoral", onde 40 por cento de alunos respondem aos exames sem recorrer a "ajudas externas".
As investigadoras quiseram perceber outras causas que poderiam potenciar práticas ilegais nos exames e concluíram que contextos mais permissivos levavam a índices mais elevados de "copianço".
Os institutos que sensibilizam os alunos para as questões de ética ou que têm códigos de honra -- só há um - revelam-se mais bem sucedidos.
"A média nacional (de "copianços") ronda os 60 por cento, mas naquele organismo que tinha um código de ética a média é abaixo de 40 por cento", lembrou a investigadora, salientando que além de "padrões de ética muito mais exigentes" havia sanções "extremamente eficazes" para quem era apanhado a copiar.
A grande maioria entende que ser apanhado não traz grandes consequências e talvez também por isso cerca de metade dos alunos (51,4 por cento) consideram que copiar não é um ato grave nem com muita relevância.
Mais do que uma questão moral, a presença de vigilantes nas salas de exames é considerada por muitos como dissuasora. Aurora Teixeira diz que "os alunos que mais copiam são os que consideram que os vigilantes são dissuasores e que assumem que se tivessem menos vigilantes estudavam menos".
In DN
por Lusa
Hoje
Os alunos alentejanos são os que mais copiam, de acordo com um estudo realizado em dez universidades portuguesas. No extremo oposto, como os mais bem classificados, surgem os açorianos: metade garante que não usa cábulas nos exames.
Um estudo realizado nas universidades públicas dos cursos de Economia e Gestão, publicado no mês passado no Journal of Academic Ethics, entrevistou 2675 alunos: dois em cada três admitiram copiar.
Recorrer a métodos ilícitos para conseguir tirar boas notas é uma prática que vai aumentando consoante os alunos se vão aproximando do final do curso.
"Nota-se um aumento de comportamento desonesto nos anos finais do curso. Penso que isto será resultado da pressão para ter boas notas e entrar no competitivo mercado de trabalho", disse à agência Lusa Aurora Castro Teixeira, uma das autoras do estudo.
Mas, salientou a investigadora, existe "uma grande diferença" entre homens e mulheres: "Os rapazes têm uma propensão à cópia em 20 por cento acima das raparigas".
Outra das revelações do estudo é a "grande heterogeneidade em termos de regiões. Os alunos residentes no Alentejo aparecem com uma propensão à cópia muito superior", contou a autora do estudo, que indica que oito em cada dez alentejanos são cábulas.
Neste "ranking", são os alunos originários das ilhas que surgem como os mais cumpridores das regras: metade dos açorianos diz que nunca copia, logo seguidos por 41,7 dos madeirenses. Todos os outros assumem fazê-lo.
No Continente, "as zonas do interior aparecem com índices mais elevados em contradição com o litoral", onde 40 por cento de alunos respondem aos exames sem recorrer a "ajudas externas".
As investigadoras quiseram perceber outras causas que poderiam potenciar práticas ilegais nos exames e concluíram que contextos mais permissivos levavam a índices mais elevados de "copianço".
Os institutos que sensibilizam os alunos para as questões de ética ou que têm códigos de honra -- só há um - revelam-se mais bem sucedidos.
"A média nacional (de "copianços") ronda os 60 por cento, mas naquele organismo que tinha um código de ética a média é abaixo de 40 por cento", lembrou a investigadora, salientando que além de "padrões de ética muito mais exigentes" havia sanções "extremamente eficazes" para quem era apanhado a copiar.
A grande maioria entende que ser apanhado não traz grandes consequências e talvez também por isso cerca de metade dos alunos (51,4 por cento) consideram que copiar não é um ato grave nem com muita relevância.
Mais do que uma questão moral, a presença de vigilantes nas salas de exames é considerada por muitos como dissuasora. Aurora Teixeira diz que "os alunos que mais copiam são os que consideram que os vigilantes são dissuasores e que assumem que se tivessem menos vigilantes estudavam menos".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Alunos arriscam fazer provas para dar 'salto' em vão
Alunos arriscam fazer provas para dar 'salto' em vão
por PEDRO SOUSA TAVARES,
Hoje
Testes que permitem passar do 8.º para o 10.º serão feitos à condição. Só quem chumbar avaliação normal pode usá-los
Os estudantes do 8.º ano que façam o exame de Português do 9.º no dia 23 - numa tentativa de "saltar" para o 10.º - arriscam não tirar qualquer partido do teste. Isto porque, na maioria dos casos, a admissão dos alunos na prova será feita "à condição", ou seja, a sua validade está dependente da avaliação final que o conselho de turma (CT) da escola der ao aluno.
Paradoxalmente, os estudantes que conseguirem passar para o 9.º ano pela via tradicional acabarão por não poder beneficiar das provas. Motivo? O regime que permite aos maiores de 15 anos acabar o 9.º ano através de exames e provas de equivalência à frequência não se aplica a quem tenha concluído o ano lectivo.
A confusa solução de examinar alunos "à condição" - prevista no regulamento das provas - é a única que, à partida, permite conciliar o novo regime com o calendário das escolas. É que o terceiro período, para o 8.º ano, acaba numa sexta-feira, dia 18, e a segunda chamada do exame de Português do 9.º ano - obrigatório para quem queira tentar este "salto" - é no dia 23. E as pautas com os inscritos nas provas têm de ser afixadas dois dias antes da sua realização. Ou seja, logo na segunda-feira seguinte ao último dia de aulas.
Mas mesmo nestas condições, defende Adalmiro Botelho da Fonseca, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, são de prever complicações. "Não vejo impacto [positivo] nenhum nesta lei", diz o director da secundária de Oliveira do Douro. "É uma perda de tempo. E um trabalho enorme que a s escolas vão ter."
Para passarem para o 10.º ano, alunos do 8.º ano terão de ter positiva não só nos exames nacionais de Português e Matemática como em todas as restantes disciplinas do 9.º ano (ver caixa), que farão em provas das escolas como autopropostos. Uma tarefa que Adalmiro Fonseca classifica como "pouco menos do que impossível. Como é que um aluno que não sabe uma língua a vai conseguir fazer em exame, ainda por cima seguido de prova oral?", ilustra.
Rosário Gama, directora da Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, concorda que "não há" grande hipótese de sucesso para estes alunos. E acrescenta: "Espero que não haja. É muito mau para os jovens irem para o 10.º ano sem aprender nada." Na sua escola, conta, "nenhum" aluno pediu para aderir a este regime. De resto, a expectativa geral dos directores é que seja muito reduzido o número dos que tenham feito.
Álvaro dos Santos, presidente do Conselho das Escolas, não faz juízos qualitativos sobre a medida. Diz apenas que a realização das provas "à condição" é "uma forma de resolver o problema", mas que "não é uma situação confortável para os alunos".
Apesar da controvérsia gerada pela hipótese deste "salto" escolar, o Ministério da Educação defende que ela não é nova, tendo remetido o DN para um despacho com quatro anos (18/2006) que já permitia a alunos fora da escolaridade obrigatória - que na altura acabava aos 15 anos - fazerem o 3.º ciclo por esta via. Segundo o ministério, as mudanças mais recentes serviram apenas para adaptar as regras à nova escolaridade de 18 anos.
Está previsto que um representante do ministério seja ouvido quarta-feira no Parlamento a este respeito.
In DN
por PEDRO SOUSA TAVARES,
Hoje
Testes que permitem passar do 8.º para o 10.º serão feitos à condição. Só quem chumbar avaliação normal pode usá-los
Os estudantes do 8.º ano que façam o exame de Português do 9.º no dia 23 - numa tentativa de "saltar" para o 10.º - arriscam não tirar qualquer partido do teste. Isto porque, na maioria dos casos, a admissão dos alunos na prova será feita "à condição", ou seja, a sua validade está dependente da avaliação final que o conselho de turma (CT) da escola der ao aluno.
Paradoxalmente, os estudantes que conseguirem passar para o 9.º ano pela via tradicional acabarão por não poder beneficiar das provas. Motivo? O regime que permite aos maiores de 15 anos acabar o 9.º ano através de exames e provas de equivalência à frequência não se aplica a quem tenha concluído o ano lectivo.
A confusa solução de examinar alunos "à condição" - prevista no regulamento das provas - é a única que, à partida, permite conciliar o novo regime com o calendário das escolas. É que o terceiro período, para o 8.º ano, acaba numa sexta-feira, dia 18, e a segunda chamada do exame de Português do 9.º ano - obrigatório para quem queira tentar este "salto" - é no dia 23. E as pautas com os inscritos nas provas têm de ser afixadas dois dias antes da sua realização. Ou seja, logo na segunda-feira seguinte ao último dia de aulas.
Mas mesmo nestas condições, defende Adalmiro Botelho da Fonseca, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, são de prever complicações. "Não vejo impacto [positivo] nenhum nesta lei", diz o director da secundária de Oliveira do Douro. "É uma perda de tempo. E um trabalho enorme que a s escolas vão ter."
Para passarem para o 10.º ano, alunos do 8.º ano terão de ter positiva não só nos exames nacionais de Português e Matemática como em todas as restantes disciplinas do 9.º ano (ver caixa), que farão em provas das escolas como autopropostos. Uma tarefa que Adalmiro Fonseca classifica como "pouco menos do que impossível. Como é que um aluno que não sabe uma língua a vai conseguir fazer em exame, ainda por cima seguido de prova oral?", ilustra.
Rosário Gama, directora da Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, concorda que "não há" grande hipótese de sucesso para estes alunos. E acrescenta: "Espero que não haja. É muito mau para os jovens irem para o 10.º ano sem aprender nada." Na sua escola, conta, "nenhum" aluno pediu para aderir a este regime. De resto, a expectativa geral dos directores é que seja muito reduzido o número dos que tenham feito.
Álvaro dos Santos, presidente do Conselho das Escolas, não faz juízos qualitativos sobre a medida. Diz apenas que a realização das provas "à condição" é "uma forma de resolver o problema", mas que "não é uma situação confortável para os alunos".
Apesar da controvérsia gerada pela hipótese deste "salto" escolar, o Ministério da Educação defende que ela não é nova, tendo remetido o DN para um despacho com quatro anos (18/2006) que já permitia a alunos fora da escolaridade obrigatória - que na altura acabava aos 15 anos - fazerem o 3.º ciclo por esta via. Segundo o ministério, as mudanças mais recentes serviram apenas para adaptar as regras à nova escolaridade de 18 anos.
Está previsto que um representante do ministério seja ouvido quarta-feira no Parlamento a este respeito.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Mil directores têm lugar em risco com nova reforma
Mil directores têm lugar em risco com nova reforma
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Escolas, professores e municípios preocupados com efeitos de fusões.
Até um milhar de directores de escolas e adjuntos - a esmagadora maioria em funções há menos de um ano - arriscam perder os seus postos com a fusão de agrupamentos que o Governo quer promover. Ameaçados estão também muitos professores e funcionários, sobretudo os que têm vínculos precários. E até as autarquias temem ver desperdiçada parte do investimento feito nos últimos anos na requalificação das escolas.
A reforma consta da Resolução 44/2010, do Conselho de Ministros, a mesma que decretou o fecho das escolas primárias com menos de 21 alunos. E está a gerar enorme preocupação a todos os parceiros, que dizem não entender a pressa do Governo e o facto de não terem sido ouvidos no processo.
Na prática, a ordem do Governo é para que acabem os chamados agrupamentos horizontais, constituídos apenas por escolas do mesmo nível de ensino. Uma medida que significa que, até ao próximo ano lectivo, as cerca de 330 escolas secundárias - até hoje separadas da restante rede - vão passar a ser as escolas-sede de agrupamentos que irão do pré-escolar ao 12.º ano. Mas as implicações desse passo vão fazer-se sentir a todos os níveis do sistema.
Desde logo porque as antigas escolas-sede dos agrupamentos vão perder esse estatuto para as secundárias, pondo em causa o emprego das suas direcções: "O que está a ser dito às escolas é que os directores das secundárias vão passar a presidir às CAP [Comissões Administrativas Provisórias] dos novos agrupamentos e os outros, cujos agrupamentos desaparecem, têm 15 dias para deixar funções", disse ao DN Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que considera "razoável" estimar em um milhar os postos de trabalho de directores e adjuntos em risco. A estes há ainda a somar os professores e funcionários alvo destas fusões .
Mas as preocupações concentram-se, sobretudo, no impacto da medida na qualidade do ensino. O presidente da ANDAEP ressalva que a associação até "concorda com o princípio" de reunir os vários ciclos de escolaridade num agrupamento, tendo em conta o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos. Só não aceita a forma "apressada" com que o processo está a ser implementado, reconhecendo que "a única explicação possível" é a vontade governamental de cortar na despesa.
"Em termos pedagógicos, não há benefício nenhum em fazer as coisas desta forma", diz. "Criar um novo agrupamento implica um conjunto de alterações. Desde logo, é preciso aprovar um novo projecto pedagógico, e não se aprova um projecto pedagógico para um agrupamento do 1.º ciclo ao secundário em alguns meses."
Opinião idêntica tem António José Ganhão, presidente da Comissão de Educação da Associação Nacional de Municípios. "A nossa reacção, neste momento, é de total surpresa", diz ao DN. "Este tipo de alterações acarreta a obrigação constitucional de negociar com as autarquias, mas nem sequer fomos consultados sobre o assunto", critica.
O presidente da Câmara de Benavente questiona também o porquê da medida: "Estes novos agrupamentos terão, em alguns casos mais de 2500 alunos. A anterior equipa ministerial dizia que era indesejável ter mais de 2000 sob a mesma gestão. Não entendo o que mudou", desabafa. O autarca lembra que, "com o acordo" do último Governo PS, foram aprovadas novas cartas educativas dos municípios, e que estes assumiram "como prioridade", ao nível da utilização de fundos estruturais, a reabilitação do seu parque escolar. O DN tentou sem sucesso ouvir o Ministério da Educação.
In DN
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Escolas, professores e municípios preocupados com efeitos de fusões.
Até um milhar de directores de escolas e adjuntos - a esmagadora maioria em funções há menos de um ano - arriscam perder os seus postos com a fusão de agrupamentos que o Governo quer promover. Ameaçados estão também muitos professores e funcionários, sobretudo os que têm vínculos precários. E até as autarquias temem ver desperdiçada parte do investimento feito nos últimos anos na requalificação das escolas.
A reforma consta da Resolução 44/2010, do Conselho de Ministros, a mesma que decretou o fecho das escolas primárias com menos de 21 alunos. E está a gerar enorme preocupação a todos os parceiros, que dizem não entender a pressa do Governo e o facto de não terem sido ouvidos no processo.
Na prática, a ordem do Governo é para que acabem os chamados agrupamentos horizontais, constituídos apenas por escolas do mesmo nível de ensino. Uma medida que significa que, até ao próximo ano lectivo, as cerca de 330 escolas secundárias - até hoje separadas da restante rede - vão passar a ser as escolas-sede de agrupamentos que irão do pré-escolar ao 12.º ano. Mas as implicações desse passo vão fazer-se sentir a todos os níveis do sistema.
Desde logo porque as antigas escolas-sede dos agrupamentos vão perder esse estatuto para as secundárias, pondo em causa o emprego das suas direcções: "O que está a ser dito às escolas é que os directores das secundárias vão passar a presidir às CAP [Comissões Administrativas Provisórias] dos novos agrupamentos e os outros, cujos agrupamentos desaparecem, têm 15 dias para deixar funções", disse ao DN Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que considera "razoável" estimar em um milhar os postos de trabalho de directores e adjuntos em risco. A estes há ainda a somar os professores e funcionários alvo destas fusões .
Mas as preocupações concentram-se, sobretudo, no impacto da medida na qualidade do ensino. O presidente da ANDAEP ressalva que a associação até "concorda com o princípio" de reunir os vários ciclos de escolaridade num agrupamento, tendo em conta o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos. Só não aceita a forma "apressada" com que o processo está a ser implementado, reconhecendo que "a única explicação possível" é a vontade governamental de cortar na despesa.
"Em termos pedagógicos, não há benefício nenhum em fazer as coisas desta forma", diz. "Criar um novo agrupamento implica um conjunto de alterações. Desde logo, é preciso aprovar um novo projecto pedagógico, e não se aprova um projecto pedagógico para um agrupamento do 1.º ciclo ao secundário em alguns meses."
Opinião idêntica tem António José Ganhão, presidente da Comissão de Educação da Associação Nacional de Municípios. "A nossa reacção, neste momento, é de total surpresa", diz ao DN. "Este tipo de alterações acarreta a obrigação constitucional de negociar com as autarquias, mas nem sequer fomos consultados sobre o assunto", critica.
O presidente da Câmara de Benavente questiona também o porquê da medida: "Estes novos agrupamentos terão, em alguns casos mais de 2500 alunos. A anterior equipa ministerial dizia que era indesejável ter mais de 2000 sob a mesma gestão. Não entendo o que mudou", desabafa. O autarca lembra que, "com o acordo" do último Governo PS, foram aprovadas novas cartas educativas dos municípios, e que estes assumiram "como prioridade", ao nível da utilização de fundos estruturais, a reabilitação do seu parque escolar. O DN tentou sem sucesso ouvir o Ministério da Educação.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Sócrates anuncia investimento no ensino básico
Sócrates anuncia investimento no ensino básico
por Paula Sá
Hoje
Num momento em que o Presidente da República adverte os empresários que “durante muitos anos” o Estado não poderá investir na economia, o primeiro-ministro anuncia no Parlamento uma linha prioritária de investimento nas escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico.
No debate quinzenal na Assembleia da República, subordinado ao tema “desenvolvimento económico”, José Sócrates afirmou que o Governo se vai empenhar na execução do QREN – o programa de fundos comunitários. E neste quadro anunciou também o lançamento de uma nova linha de crédito, no valor de 700 milhões de euros, para apoiar as empresas que já recorreram ao financiamento comunitário.
Dois outros novos concursos serão lançados no âmbito do QREN, segundo o líder do Governo, para financiar projectos de internacionalização de empresas e projectos de investigação e desenvolvimento. Sócrates garantiu também aos deputados que “a economia portuguesa dá sinais de recuperação”.
In DN
por Paula Sá
Hoje
Num momento em que o Presidente da República adverte os empresários que “durante muitos anos” o Estado não poderá investir na economia, o primeiro-ministro anuncia no Parlamento uma linha prioritária de investimento nas escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico.
No debate quinzenal na Assembleia da República, subordinado ao tema “desenvolvimento económico”, José Sócrates afirmou que o Governo se vai empenhar na execução do QREN – o programa de fundos comunitários. E neste quadro anunciou também o lançamento de uma nova linha de crédito, no valor de 700 milhões de euros, para apoiar as empresas que já recorreram ao financiamento comunitário.
Dois outros novos concursos serão lançados no âmbito do QREN, segundo o líder do Governo, para financiar projectos de internacionalização de empresas e projectos de investigação e desenvolvimento. Sócrates garantiu também aos deputados que “a economia portuguesa dá sinais de recuperação”.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Preço de manuais sobe mais do que a inflação
Preço de manuais sobe mais do que a inflação
por RITA CARVALHO
Hoje
Governo e editoras acordaram subida do preço de 1,5% e 0,4%. Ontem, confirmaram que IVA não vai pesar mais na factura.
O preço dos manuais escolares para o próximo ano lectivo vai subir 1,5% no ensino básico e 0,4% no ensino secundário. O aumento já tinha sido definido em Maio pela convenção assinada entre o Ministério da Economia e a Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros (APEL) e foi ontem confirmado pelo Governo. Isto depois de a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) e de as editoras terem acordado que a subida de preços se mantinha nos valores já acordados, apesar do aumento de um ponto percentual do IVA, anunciado no dia 13 de Maio por José Sócrates.
Segundo apurou o DN, o aumento do IVA será suportado pelas editoras, evitando que as famílias sejam ainda mais penalizadas na totalidade da factura escolar. Mas, na prática, os livros sairão este ano mais caros ao consumidor do que no ano passado. Isto porque o aumento do custo (1,5% e 0,4%) acordado com as editoras será superior à taxa de inflação estimada para este ano, que deverá rondar os 0,5%.
A negociação com o Governo decorreu nas últimas semanas, na sequência da subida do IVA de 5% para 6%. À mesma mesa das negociações esteve a Comissão do Livro Escolar, que representa as editoras, e a DGAE.
Apesar de a campanha dos manuais escolares só arrancar na segunda quinzena de Julho e da maioria dos pais só comprar os livros no regresso das férias de Verão, as editoras estavam já preocupadas com o resultado das negociações em curso e temiam que estas viessem a atrasar a disponibilização dos manuais.
Segundo apurou o DN, algumas optaram mesmo por não imprimir as capas dos livros enquanto não fossem fixados os preços definitivos.
No seu site, a Leya alertava ontem também os livreiros para este facto. Na secção de perguntas frequentes, o grupo que representa 30% do mercado escolar explicava que, "para proceder à entrega atempada dos artigos escolares, tinha já à data os manuais impressos com preço marcado assim como as folhas de rosto que acompanham as recomendações pedagó- gicas".
Contudo, acrescentava a informação online, "todos os preços ficaram agora desactualizados, pelo que, para cobrar correctamente o preço dos manuais escolares, sugerimos que consulte sempre a nota de encomenda".
Há escolas que chegaram mesmo a precaver os encarregados de educação para um eventual atraso na chegada dos livros do próximo ano lectivo. As listas já foram escolhidas pelos professores de cada escola, mas só deverão ser fornecidas aos pais na próxima semana, para que possam encomendá-los nas papelarias ou através da Internet.
A Confederação das Associações de Pais (Confap) disse ao DN que esta preocupação ainda não começou a ser levantada pelos encarregados de educação, uma vez que as aulas mal terminaram e as notas dos estudantes ainda nem saíram.
Sobre o aumento do preço dos manuais e o custo da subida do IVA, o presidente da Confap, Albino Almeida, afirmou que ainda é cedo para uma reacção. Disse, contudo, que hoje iniciaria contactos para conhecer as conclusões tomadas ontem. Albino Almeida acrescentou também que esperava "bom senso" por parte do Governo e das editoras e disse acreditar que alguns livreiros iriam minimizar os impactos no consumidor. "Este está a ser um ano difícil para as famílias. E sei que algumas livrarias vão ter esta atenção e não vão fazer repercutir esse aumento no preço final."
In DN
por RITA CARVALHO
Hoje
Governo e editoras acordaram subida do preço de 1,5% e 0,4%. Ontem, confirmaram que IVA não vai pesar mais na factura.
O preço dos manuais escolares para o próximo ano lectivo vai subir 1,5% no ensino básico e 0,4% no ensino secundário. O aumento já tinha sido definido em Maio pela convenção assinada entre o Ministério da Economia e a Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros (APEL) e foi ontem confirmado pelo Governo. Isto depois de a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) e de as editoras terem acordado que a subida de preços se mantinha nos valores já acordados, apesar do aumento de um ponto percentual do IVA, anunciado no dia 13 de Maio por José Sócrates.
Segundo apurou o DN, o aumento do IVA será suportado pelas editoras, evitando que as famílias sejam ainda mais penalizadas na totalidade da factura escolar. Mas, na prática, os livros sairão este ano mais caros ao consumidor do que no ano passado. Isto porque o aumento do custo (1,5% e 0,4%) acordado com as editoras será superior à taxa de inflação estimada para este ano, que deverá rondar os 0,5%.
A negociação com o Governo decorreu nas últimas semanas, na sequência da subida do IVA de 5% para 6%. À mesma mesa das negociações esteve a Comissão do Livro Escolar, que representa as editoras, e a DGAE.
Apesar de a campanha dos manuais escolares só arrancar na segunda quinzena de Julho e da maioria dos pais só comprar os livros no regresso das férias de Verão, as editoras estavam já preocupadas com o resultado das negociações em curso e temiam que estas viessem a atrasar a disponibilização dos manuais.
Segundo apurou o DN, algumas optaram mesmo por não imprimir as capas dos livros enquanto não fossem fixados os preços definitivos.
No seu site, a Leya alertava ontem também os livreiros para este facto. Na secção de perguntas frequentes, o grupo que representa 30% do mercado escolar explicava que, "para proceder à entrega atempada dos artigos escolares, tinha já à data os manuais impressos com preço marcado assim como as folhas de rosto que acompanham as recomendações pedagó- gicas".
Contudo, acrescentava a informação online, "todos os preços ficaram agora desactualizados, pelo que, para cobrar correctamente o preço dos manuais escolares, sugerimos que consulte sempre a nota de encomenda".
Há escolas que chegaram mesmo a precaver os encarregados de educação para um eventual atraso na chegada dos livros do próximo ano lectivo. As listas já foram escolhidas pelos professores de cada escola, mas só deverão ser fornecidas aos pais na próxima semana, para que possam encomendá-los nas papelarias ou através da Internet.
A Confederação das Associações de Pais (Confap) disse ao DN que esta preocupação ainda não começou a ser levantada pelos encarregados de educação, uma vez que as aulas mal terminaram e as notas dos estudantes ainda nem saíram.
Sobre o aumento do preço dos manuais e o custo da subida do IVA, o presidente da Confap, Albino Almeida, afirmou que ainda é cedo para uma reacção. Disse, contudo, que hoje iniciaria contactos para conhecer as conclusões tomadas ontem. Albino Almeida acrescentou também que esperava "bom senso" por parte do Governo e das editoras e disse acreditar que alguns livreiros iriam minimizar os impactos no consumidor. "Este está a ser um ano difícil para as famílias. E sei que algumas livrarias vão ter esta atenção e não vão fazer repercutir esse aumento no preço final."
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Médias caíram em metade dos exames
Médias caíram em metade dos exames
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Das 24 provas da 1.ª fase, 12 baixaram as médias nacionais. Destas, oito desceram mais de um valor. Houve cinco disciplinas com médias negativas. Ministério foca-se nos resultados dos internos
"A Matemática passei com dez. Geometria Descritiva A correu mal. Tive um quatro. Acho que correu mal a muita gente, até o nosso professor disse que muito poucos conseguiriam fazer os dois primeiros exercícios."
O relato de Tomás Marques, 16 anos, aluno do 11.º ano da Secundária Camões, em Lisboa, não é diferente do que o DN ouviu ontem de outros estudantes, quer deste liceu quer da Secundária Pedro Nunes, também na capital.
Geometria Descritiva A, com uma média nacional de 8,2 valores, acabou mesmo por ser protagonista de um dos maiores trambolhões em relação a 2009 - nada menos do que 1,6 valores. Mas não foi caso único.
Segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (ME), dos 24 exames nacionais do ensino secundário realizados na 1.ª fase, metade - 12 - desceu as médias. E destes, oito registaram quebras acima de um ponto percentual. Apenas nove disciplinas subiram a média, com as três restantes a manterem o valor, ou sem termo de comparação com 2009.
Cinco disciplinas registaram valores negativos: Física e Química A, Geometria Descritiva A, Biologia e Geologia, Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) e Matemática B.
Numa nota oficial, o ME só assumiu as primeiras três negativas. E considerou ainda que o conjunto das médias "consolidam uma tendência de estabilidade dos resultados".
Questionado pelo DN sobre estas discrepâncias, o ministério explicou que, na nota, "a opção foi considerar os alunos internos", ou seja, aqueles que frequentaram a escola onde fizeram o exame. E justifica que estes "manifestam o desempenho da esmagadora maioria dos alunos".
Para a tutela, apresentar os totais nacionais sem atender a esse facto "daria uma imagem errada do trabalho desenvolvido na sala de aula por professores e por alunos".
E o ME cita o caso da Matemática B, em que "70%" dos que fizeram a prova eram alunos externos, que obtiveram uma média de 7,8 valores, que levou ao total nacional de 8,7.
Cláudia Oliveira, estudante de 18 anos que fez o exame de Matemática B no Pedro Nunes, em Lisboa, obtendo "três valores" a Matemática, pode ser apontada como um exemplo dos alunos que o ministério não considerou na sua análise, apesar de até ter frequentado "como assistente" as aulas. "Bloqueei na prova", contou.
O mesmo não se pode dizer, no entanto, de outros alunos internos da mesma escola que fizeram a prova de Física e Química.
Simão, Mafalda e José, com idades entre os 16 e os 17 anos, saíram todos do exame com negativas baixas. "Muita gente que tinha boas notas [internas] acabou com negativa", resumiu Simão. "Um amigo meu que tinha 18 acabou por ficar com 10 no exame."
Esta disciplina veio a confirmar-se como a que piores resultados registou este ano: 8,1 de média nacional. Os alunos internos conseguiram uma média de 8,4, quatro décimas superior.
Outros alunos, como Tomás, de 17 anos, combinavam alegrias com desilusões: "Tive 13 a História B, o que até superou as minhas expectativas, mas 14 a Economia, quando esperava muito mais. Vou recorrer desta nota", disse.
História B, com uma média de 11,9 valores (mais 1,9 do que em 2009) revelou-se uma surpresa agradável. Assim como Matemática A, que, com os 10,8 de média, melhorou 0,8 pontos em relação a 2009. Já os 13,2 valores do Alemão Inicial (mais 2,2) dizem respeito só a 805 alunos em prova.
As candidaturas ao superior arrancam dia 13 deste mês para quem não tenha de ir à 2.ª fase de exames nacionais, que decorre entre os dias 14 e 19.
In DN
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Das 24 provas da 1.ª fase, 12 baixaram as médias nacionais. Destas, oito desceram mais de um valor. Houve cinco disciplinas com médias negativas. Ministério foca-se nos resultados dos internos
"A Matemática passei com dez. Geometria Descritiva A correu mal. Tive um quatro. Acho que correu mal a muita gente, até o nosso professor disse que muito poucos conseguiriam fazer os dois primeiros exercícios."
O relato de Tomás Marques, 16 anos, aluno do 11.º ano da Secundária Camões, em Lisboa, não é diferente do que o DN ouviu ontem de outros estudantes, quer deste liceu quer da Secundária Pedro Nunes, também na capital.
Geometria Descritiva A, com uma média nacional de 8,2 valores, acabou mesmo por ser protagonista de um dos maiores trambolhões em relação a 2009 - nada menos do que 1,6 valores. Mas não foi caso único.
Segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (ME), dos 24 exames nacionais do ensino secundário realizados na 1.ª fase, metade - 12 - desceu as médias. E destes, oito registaram quebras acima de um ponto percentual. Apenas nove disciplinas subiram a média, com as três restantes a manterem o valor, ou sem termo de comparação com 2009.
Cinco disciplinas registaram valores negativos: Física e Química A, Geometria Descritiva A, Biologia e Geologia, Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) e Matemática B.
Numa nota oficial, o ME só assumiu as primeiras três negativas. E considerou ainda que o conjunto das médias "consolidam uma tendência de estabilidade dos resultados".
Questionado pelo DN sobre estas discrepâncias, o ministério explicou que, na nota, "a opção foi considerar os alunos internos", ou seja, aqueles que frequentaram a escola onde fizeram o exame. E justifica que estes "manifestam o desempenho da esmagadora maioria dos alunos".
Para a tutela, apresentar os totais nacionais sem atender a esse facto "daria uma imagem errada do trabalho desenvolvido na sala de aula por professores e por alunos".
E o ME cita o caso da Matemática B, em que "70%" dos que fizeram a prova eram alunos externos, que obtiveram uma média de 7,8 valores, que levou ao total nacional de 8,7.
Cláudia Oliveira, estudante de 18 anos que fez o exame de Matemática B no Pedro Nunes, em Lisboa, obtendo "três valores" a Matemática, pode ser apontada como um exemplo dos alunos que o ministério não considerou na sua análise, apesar de até ter frequentado "como assistente" as aulas. "Bloqueei na prova", contou.
O mesmo não se pode dizer, no entanto, de outros alunos internos da mesma escola que fizeram a prova de Física e Química.
Simão, Mafalda e José, com idades entre os 16 e os 17 anos, saíram todos do exame com negativas baixas. "Muita gente que tinha boas notas [internas] acabou com negativa", resumiu Simão. "Um amigo meu que tinha 18 acabou por ficar com 10 no exame."
Esta disciplina veio a confirmar-se como a que piores resultados registou este ano: 8,1 de média nacional. Os alunos internos conseguiram uma média de 8,4, quatro décimas superior.
Outros alunos, como Tomás, de 17 anos, combinavam alegrias com desilusões: "Tive 13 a História B, o que até superou as minhas expectativas, mas 14 a Economia, quando esperava muito mais. Vou recorrer desta nota", disse.
História B, com uma média de 11,9 valores (mais 1,9 do que em 2009) revelou-se uma surpresa agradável. Assim como Matemática A, que, com os 10,8 de média, melhorou 0,8 pontos em relação a 2009. Já os 13,2 valores do Alemão Inicial (mais 2,2) dizem respeito só a 805 alunos em prova.
As candidaturas ao superior arrancam dia 13 deste mês para quem não tenha de ir à 2.ª fase de exames nacionais, que decorre entre os dias 14 e 19.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
31% dos portugueses não acabaram escolaridade obrigatória
31% dos portugueses não acabaram escolaridade obrigatória
por ANA BELA FERREIRA,
Hoje
Dados ontem divulgados pelo Eurostat revelam que Portugal continua a ter a maior taxa de abandono escolar da União Europeia, embora seja o País que teve maior descida
Portugal continua a ser o país da União Europeia com a maior taxa de abandono escolar, apesar dos valores terem vindo a descer desde 1999. No ano passado, a taxa de abandono escolar precoce foi de 31,2%, representando uma descida de 4,2% em relação a 2008.
Os dados do Eurostat ontem divulgados indicam que Portugal tem a mesma taxa que a Espanha, e só Malta (36,8%) tem uma taxa superior. A média de abandono escolar dos 27 países da União Europeia situou-se nos 14,4%.
Até 2020 tem que reduzir a média para os 10%, e a ministra da Educação já anunciou que Portugal espera chegar aos 15% em dez anos (ver caixa em baixo), uma meta que José Canavarro, ex-secretário de Estado da Educação, considera "alcançável".
Apesar de estar bastante acima da média europeia, Portugal foi o país que teve a maior descida da última década. Satisfeita com os resultados, Isabel Alçada sublinhou que "Portugal registou de 2008 para 2009 a maior subida da década".
A ministra da Educação lembra ainda que a taxa de abandono escolar caiu 4,2 pontos percentuais, "o que significa que mais 32 mil pessoas completaram o ensino secundário ou estão em sistemas de educação e formação. Isto representa um progresso imenso".
A diminuição do número de alunos que deixa de estudar antes de completar a escolaridade mínima obrigatória mostra, segundo a ministra, que "a oferta do ensino secundário é atractiva para jovens e adultos portugueses".
Mas para José Canavarro, estes números estão também relacionados com a crise económica, já que "quando estamos numa altura de crise económica há uma maior tendência para os jovens se manterem na escola", defende. Os jovens perceberam também que precisam de ter mais qualificações, acrescenta o professor universitário
In DN
por ANA BELA FERREIRA,
Hoje
Dados ontem divulgados pelo Eurostat revelam que Portugal continua a ter a maior taxa de abandono escolar da União Europeia, embora seja o País que teve maior descida
Portugal continua a ser o país da União Europeia com a maior taxa de abandono escolar, apesar dos valores terem vindo a descer desde 1999. No ano passado, a taxa de abandono escolar precoce foi de 31,2%, representando uma descida de 4,2% em relação a 2008.
Os dados do Eurostat ontem divulgados indicam que Portugal tem a mesma taxa que a Espanha, e só Malta (36,8%) tem uma taxa superior. A média de abandono escolar dos 27 países da União Europeia situou-se nos 14,4%.
Até 2020 tem que reduzir a média para os 10%, e a ministra da Educação já anunciou que Portugal espera chegar aos 15% em dez anos (ver caixa em baixo), uma meta que José Canavarro, ex-secretário de Estado da Educação, considera "alcançável".
Apesar de estar bastante acima da média europeia, Portugal foi o país que teve a maior descida da última década. Satisfeita com os resultados, Isabel Alçada sublinhou que "Portugal registou de 2008 para 2009 a maior subida da década".
A ministra da Educação lembra ainda que a taxa de abandono escolar caiu 4,2 pontos percentuais, "o que significa que mais 32 mil pessoas completaram o ensino secundário ou estão em sistemas de educação e formação. Isto representa um progresso imenso".
A diminuição do número de alunos que deixa de estudar antes de completar a escolaridade mínima obrigatória mostra, segundo a ministra, que "a oferta do ensino secundário é atractiva para jovens e adultos portugueses".
Mas para José Canavarro, estes números estão também relacionados com a crise económica, já que "quando estamos numa altura de crise económica há uma maior tendência para os jovens se manterem na escola", defende. Os jovens perceberam também que precisam de ter mais qualificações, acrescenta o professor universitário
In DN
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Directores 'dissidentes' querem liderar Conselho das Esc
Directores 'dissidentes' querem liderar Conselho das Escolas
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Nomes ligados à contestação ao Governo anterior aparecem este ano nas listas
Ficaram conhecidos por darem a cara, em nome das escolas, nos tempos mais tensos de Maria de Lurdes Rodrigues na Educação, não hesitando em assumir posições críticas em aspectos como a carreira dos professores e o regime de gestão escolar. Agora prepararam-se para disputar a chefia no Conselho das Escolas, que vai hoje a votos, para mudar o sistema por "dentro".
São vários os nomes do movimento, que ficou conhecido como "escolas em luta", a figurar nas listas para eleger os representantes regionais e nacionais das direcções escolares neste órgão consultivo do Ministério da Educação. O mais conhecido de todos é, provavelmente, o de Rosário Gama. A líder da Secundária Infanta Dona Maria, de Coimbra, começou por dar nas vistas quando a sua escola chegou ao primeiro lugar dos rankings das públicas, em 2008. O seu primeiro comentário, mais do que de celebração, foi um lamento: avisou que dificilmente manteria aquele desempenho no futuro face ao número de professores seniores que estava a perder para a reformas antecipadas, ditadas pelo desconten- tamento que se vivia.
Um descontentamento, face a estes e outros assuntos, que, defende ao DN, nunca foi reproduzido junto do Governo pela actual direcção do Conselho das Escolas, liderada por Álvaro Almeida dos Santos. "No ano passado, em que houve muita contestação - e com razão -, nomeadamente em relação às eleições dos directores [em substituição dos antigos conselhos executivos], o Conselho das Escolas nunca transmitiu qualquer apoio às nossas posições", acusa.
Agora, quer estar do outro lado da barricada. O local certo, admite, para fazer vingar as posições que defende: "Concluímos, eu e outras pessoas, que para sermos mais activos, para tomar posições mais inconformistas, o Conselho das Escolas é o sítio certo. Pelo menos podemos exprimir opinião e ser ouvidos junto de quem decide."
Menos conhecida, apesar de respeitada pelas suas opiniões, Henriqueta Cristina Oliveira é outro rosto da contestação à frente de uma lista eleitoral, neste caso "para representar" a Beira Interior. Não se vê a liderar o conselho - "nem estaria disponível", avisa -, mas está pronta para "tentar dar sequência ao bom trabalho" do antecessor na região, que optou por não voltar a concorrer.
Deste órgão consultivo, criado pela antiga ministra Lurdes Rodrigues, diz ter tido "uma virtude: pôr as escolas de cada região a reunir frequentemente entre si". Mas quanto à capacidade de influência deste órgão junto do Ministério, a professora considera que esta nunca existiu realmente.
"Sempre tivemos o receio de que o conselho, tendo nascido de uma iniciativa do Ministério em vez da mobilização das próprias escolas, acabasse por ser mais um espaço para se dizer que havia consulta, um órgão manipulado e manipulável", recorda. E três anos depois da sua criação (ver caixa), Henriqueta Oliveira considera que "confirmaram-se" alguns dos receios iniciais.
Agora, diz, se for eleita como uma das representantes das escolas, já tem uma prioridade na agenda: "tentar travar o processo de fusão de agrupamentos, lançado de forma apressada e arbitrária pelo Governo. Não se trata de resistir à mudança. Todos sabemos que há escolas que podem ser fechadas ou reagrupadas. Mas há casos e casos. Não basta pôr um limite de três mil alunos".
No seu caso, devido ao desaparecimento de um agrupamento horizontal com escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo, a directora do agrupamento de escolas da Lousã, além das nove escolas que já chefiava, vai herdar mais 14. "Seremos um agrupamento com 1650 alunos, em 23 escolas. Como se pode fazer uma gestão de proximidade assim", questiona.
Entre as dezenas de candidatos ao Conselho das Escolas, dispersos pelas diferentes regiões, não consta o nome do actual presidente, Álvaro dos Santos, que termina em breve um mandato de três anos.
In DN
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Nomes ligados à contestação ao Governo anterior aparecem este ano nas listas
Ficaram conhecidos por darem a cara, em nome das escolas, nos tempos mais tensos de Maria de Lurdes Rodrigues na Educação, não hesitando em assumir posições críticas em aspectos como a carreira dos professores e o regime de gestão escolar. Agora prepararam-se para disputar a chefia no Conselho das Escolas, que vai hoje a votos, para mudar o sistema por "dentro".
São vários os nomes do movimento, que ficou conhecido como "escolas em luta", a figurar nas listas para eleger os representantes regionais e nacionais das direcções escolares neste órgão consultivo do Ministério da Educação. O mais conhecido de todos é, provavelmente, o de Rosário Gama. A líder da Secundária Infanta Dona Maria, de Coimbra, começou por dar nas vistas quando a sua escola chegou ao primeiro lugar dos rankings das públicas, em 2008. O seu primeiro comentário, mais do que de celebração, foi um lamento: avisou que dificilmente manteria aquele desempenho no futuro face ao número de professores seniores que estava a perder para a reformas antecipadas, ditadas pelo desconten- tamento que se vivia.
Um descontentamento, face a estes e outros assuntos, que, defende ao DN, nunca foi reproduzido junto do Governo pela actual direcção do Conselho das Escolas, liderada por Álvaro Almeida dos Santos. "No ano passado, em que houve muita contestação - e com razão -, nomeadamente em relação às eleições dos directores [em substituição dos antigos conselhos executivos], o Conselho das Escolas nunca transmitiu qualquer apoio às nossas posições", acusa.
Agora, quer estar do outro lado da barricada. O local certo, admite, para fazer vingar as posições que defende: "Concluímos, eu e outras pessoas, que para sermos mais activos, para tomar posições mais inconformistas, o Conselho das Escolas é o sítio certo. Pelo menos podemos exprimir opinião e ser ouvidos junto de quem decide."
Menos conhecida, apesar de respeitada pelas suas opiniões, Henriqueta Cristina Oliveira é outro rosto da contestação à frente de uma lista eleitoral, neste caso "para representar" a Beira Interior. Não se vê a liderar o conselho - "nem estaria disponível", avisa -, mas está pronta para "tentar dar sequência ao bom trabalho" do antecessor na região, que optou por não voltar a concorrer.
Deste órgão consultivo, criado pela antiga ministra Lurdes Rodrigues, diz ter tido "uma virtude: pôr as escolas de cada região a reunir frequentemente entre si". Mas quanto à capacidade de influência deste órgão junto do Ministério, a professora considera que esta nunca existiu realmente.
"Sempre tivemos o receio de que o conselho, tendo nascido de uma iniciativa do Ministério em vez da mobilização das próprias escolas, acabasse por ser mais um espaço para se dizer que havia consulta, um órgão manipulado e manipulável", recorda. E três anos depois da sua criação (ver caixa), Henriqueta Oliveira considera que "confirmaram-se" alguns dos receios iniciais.
Agora, diz, se for eleita como uma das representantes das escolas, já tem uma prioridade na agenda: "tentar travar o processo de fusão de agrupamentos, lançado de forma apressada e arbitrária pelo Governo. Não se trata de resistir à mudança. Todos sabemos que há escolas que podem ser fechadas ou reagrupadas. Mas há casos e casos. Não basta pôr um limite de três mil alunos".
No seu caso, devido ao desaparecimento de um agrupamento horizontal com escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo, a directora do agrupamento de escolas da Lousã, além das nove escolas que já chefiava, vai herdar mais 14. "Seremos um agrupamento com 1650 alunos, em 23 escolas. Como se pode fazer uma gestão de proximidade assim", questiona.
Entre as dezenas de candidatos ao Conselho das Escolas, dispersos pelas diferentes regiões, não consta o nome do actual presidente, Álvaro dos Santos, que termina em breve um mandato de três anos.
In DN
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24 mil aproveitam segunda oportunidade
24 mil aproveitam segunda oportunidade
Hoje
Prova de Português marcou arranque da 2.ª fase de exames nacionais. Alunos garantem que era mais fácil
Mais fácil. Foi assim que alguns dos 24 111 alunos que fizeram ontem a prova de Português classificaram o primeiro exame da segunda fase. Também a Associação de Professores de Português (APP) considera que a prova "está de acordo com os conteúdos programáticos seleccionados pela tutela como objecto de avaliação", pelo que não apresenta dificuldades acrescidas.
Francisco Santos repetiu o exame para tentar subir a nota. "Desta vez era mais fácil, e agora espero ter mais de 14 valores", confessa o estudante de 18 anos, que vai concorrer ao curso de Direito.
Os alunos da Escola Secundária Maria Amália, em Lisboa, tentavam à saída do exame confirmar as respostas certas junto dos colegas. Entre as várias conversas fica claro o alívio dos jovens perante uma prova considerada acessível.
Menos despreocupadas estavam Carlota Santos e Teresa Dias, que não conseguiram passar na 1.ª fase. Ainda assim, Carlota, de 20 anos, mostrava-se mais confiante que a amiga. "Acho que não vou conseguir passar", diz Teresa, de 18 anos, que precisa da nota de Português para se candidatar a Psicologia ou a Direito. Já Carlota não necessita da nota de Português para entrar em Ciência Política.
Helena Fignier, 20 anos, resolveu repetir o exame, e, depois de ter passado duas horas e meia na sala, mostrava-se confiante e ao mesmo apreensiva. Tudo porque "na primeira fase também me tinha corrido bem e só tive 11, por isso acho que o facto de a prova correr bem não quer dizer nada", sublinha a candidata a Direito.
Mais nervosa estava Joana Sardo, que resolveu deixar o exame de Português apenas para fazer na segunda fase. "As minhas específicas são História e Português e decidi dividi-las pelas duas fases", explica a aluna de 18 anos.
Apesar do risco, a jovem acredita que a prova era mais fácil e que pode tirar uma boa nota. Mas se isso não acontecer: "Fica para o próximo ano", diz.
A segunda fase dos exames nacionais, que começou ontem, termina a 19 de Julho e os resultados serão conhecidos a 30. Os alunos que fizerem as provas nacionais agora ainda podem candidatar-se à primeira fase de acesso ao ensino superior.
No exame de ontem estavam inscritos 33 006 alunos, mas 8895 faltaram. Assim, de acordo com os dados do Ministério da Educação, o exame nacional de Português teve uma taxa de presenças de 73%. Também na escola Maria Amália foram cerca de 60 os alunos que faltaram à prova. A direcção da escola disse ao DN que estavam inscritos cerca de 120 alunos.
In DN
Hoje
Prova de Português marcou arranque da 2.ª fase de exames nacionais. Alunos garantem que era mais fácil
Mais fácil. Foi assim que alguns dos 24 111 alunos que fizeram ontem a prova de Português classificaram o primeiro exame da segunda fase. Também a Associação de Professores de Português (APP) considera que a prova "está de acordo com os conteúdos programáticos seleccionados pela tutela como objecto de avaliação", pelo que não apresenta dificuldades acrescidas.
Francisco Santos repetiu o exame para tentar subir a nota. "Desta vez era mais fácil, e agora espero ter mais de 14 valores", confessa o estudante de 18 anos, que vai concorrer ao curso de Direito.
Os alunos da Escola Secundária Maria Amália, em Lisboa, tentavam à saída do exame confirmar as respostas certas junto dos colegas. Entre as várias conversas fica claro o alívio dos jovens perante uma prova considerada acessível.
Menos despreocupadas estavam Carlota Santos e Teresa Dias, que não conseguiram passar na 1.ª fase. Ainda assim, Carlota, de 20 anos, mostrava-se mais confiante que a amiga. "Acho que não vou conseguir passar", diz Teresa, de 18 anos, que precisa da nota de Português para se candidatar a Psicologia ou a Direito. Já Carlota não necessita da nota de Português para entrar em Ciência Política.
Helena Fignier, 20 anos, resolveu repetir o exame, e, depois de ter passado duas horas e meia na sala, mostrava-se confiante e ao mesmo apreensiva. Tudo porque "na primeira fase também me tinha corrido bem e só tive 11, por isso acho que o facto de a prova correr bem não quer dizer nada", sublinha a candidata a Direito.
Mais nervosa estava Joana Sardo, que resolveu deixar o exame de Português apenas para fazer na segunda fase. "As minhas específicas são História e Português e decidi dividi-las pelas duas fases", explica a aluna de 18 anos.
Apesar do risco, a jovem acredita que a prova era mais fácil e que pode tirar uma boa nota. Mas se isso não acontecer: "Fica para o próximo ano", diz.
A segunda fase dos exames nacionais, que começou ontem, termina a 19 de Julho e os resultados serão conhecidos a 30. Os alunos que fizerem as provas nacionais agora ainda podem candidatar-se à primeira fase de acesso ao ensino superior.
No exame de ontem estavam inscritos 33 006 alunos, mas 8895 faltaram. Assim, de acordo com os dados do Ministério da Educação, o exame nacional de Português teve uma taxa de presenças de 73%. Também na escola Maria Amália foram cerca de 60 os alunos que faltaram à prova. A direcção da escola disse ao DN que estavam inscritos cerca de 120 alunos.
In DN
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Nenhum aluno conseguiu saltar do 8.º para o 10.º ano
Nenhum aluno conseguiu saltar do 8.º para o 10.º ano
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Entre os cerca de 150 estudantes com mais de 15 anos que tentaram chegar ao secundário, houve positivas a Português e Matemática, mas ninguém passou a todas as provas
Chegou a ser descrita como uma medida "facilitista" e houve mesmo quem questionasse a sua constitucionalidade. Afinal, a hipótese de saltar do 8.º para o 10.º ano - tentada por cerca de 150 alunos maiores de 15 anos - não passou do papel. Ou melhor das folhas de exame.
O Ministério da Educação confirmou ontem, numa resposta enviada ao DN, que "apesar de se terem registado algumas notas positivas nos exames nacionais de Língua Portuguesa e Matemática, nenhum destes alunos concluiu o ensino básico por esta via".
Além de terem de passar nos exames externos de Português e Matemática do 9.º ano - participaram na 2.ª chamada como auto-propostos - os estudantes em causa tinham de obter aprovação em cerca de uma dezena de outras disciplinas do 9.º ano para progredir para o 10.º ano, sendo esses exames feitos pelas escolas. Uma tarefa que se revelou demasiado ambiciosa.
Esta possibilidade - que, segundo defendeu na altura o Ministério da Educação, sempre existiu, tendo apenas sido ajustada a lei porque a escolaridade obrigatória passou entretanto para os 18 anos - foi duramente criticada em Junho. Paulo Portas, líder do CDS- -PP chegou a classificá-la como um exemplo de "facilitismo", que pode ser "muito bonito para as estatísticas, mas é péssimo para o sistema de ensino".
Uma ideia subscrita por alguns constitucionalistas, que admitiram poder estar em causa o princípio da igualdade, por serem dadas condições "mais favoráveis" a estes estudantes.
O certo é que, quanto às estatísticas, cedo se percebeu que dificilmente seriam afectadas, com professores e directores das escolas desde logo a referirem como "residuais" os casos de sucesso neste tipo de exames feitos por autopropostos.
Uma ideia repetida ontem ao DN por Edviges Antunes Ferreira, da Associação de Professores de Português. "Quem está no terreno, sabe que a situação não era a que se propagandeou, com muitas gente indignada a dizer que ia ser fácil", disse.
Para esta professora, os resultados só mostram que, "como se previa", a possibilidade criada "pouco adiantou" aos alunos. "Um aluno que não sabe, não sabe mesmo", disse. "Os estudantes têm é de ir às aulas e, quando são detectadas dificuldades, são-lhes aplicados planos individuais. Tudo isso já está previsto."
Já para a Sociedade Portuguesa de matemática (ver entrevista) pode ser considerado "espantoso" que alguns alunos tenham conseguido ter positiva na prova desta disciplina.
Recorde-se que, apesar de ter refutado as acusações de facilitismo, a ministra da Educação, Isabel Alçada, ainda manifestou a "esperança" de que alguns alunos conseguissem concluir o básico por esta via. O Governo definiu mesmo estas provas, destinadas a alunos que em muitas situações já estavam fora da rede, como uma "última oportunidade".
No final, 149 fizeram a prova de Português e 145 a de Matemática. O ministério não disse quantos passaram a cada disciplina.
In DN
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Entre os cerca de 150 estudantes com mais de 15 anos que tentaram chegar ao secundário, houve positivas a Português e Matemática, mas ninguém passou a todas as provas
Chegou a ser descrita como uma medida "facilitista" e houve mesmo quem questionasse a sua constitucionalidade. Afinal, a hipótese de saltar do 8.º para o 10.º ano - tentada por cerca de 150 alunos maiores de 15 anos - não passou do papel. Ou melhor das folhas de exame.
O Ministério da Educação confirmou ontem, numa resposta enviada ao DN, que "apesar de se terem registado algumas notas positivas nos exames nacionais de Língua Portuguesa e Matemática, nenhum destes alunos concluiu o ensino básico por esta via".
Além de terem de passar nos exames externos de Português e Matemática do 9.º ano - participaram na 2.ª chamada como auto-propostos - os estudantes em causa tinham de obter aprovação em cerca de uma dezena de outras disciplinas do 9.º ano para progredir para o 10.º ano, sendo esses exames feitos pelas escolas. Uma tarefa que se revelou demasiado ambiciosa.
Esta possibilidade - que, segundo defendeu na altura o Ministério da Educação, sempre existiu, tendo apenas sido ajustada a lei porque a escolaridade obrigatória passou entretanto para os 18 anos - foi duramente criticada em Junho. Paulo Portas, líder do CDS- -PP chegou a classificá-la como um exemplo de "facilitismo", que pode ser "muito bonito para as estatísticas, mas é péssimo para o sistema de ensino".
Uma ideia subscrita por alguns constitucionalistas, que admitiram poder estar em causa o princípio da igualdade, por serem dadas condições "mais favoráveis" a estes estudantes.
O certo é que, quanto às estatísticas, cedo se percebeu que dificilmente seriam afectadas, com professores e directores das escolas desde logo a referirem como "residuais" os casos de sucesso neste tipo de exames feitos por autopropostos.
Uma ideia repetida ontem ao DN por Edviges Antunes Ferreira, da Associação de Professores de Português. "Quem está no terreno, sabe que a situação não era a que se propagandeou, com muitas gente indignada a dizer que ia ser fácil", disse.
Para esta professora, os resultados só mostram que, "como se previa", a possibilidade criada "pouco adiantou" aos alunos. "Um aluno que não sabe, não sabe mesmo", disse. "Os estudantes têm é de ir às aulas e, quando são detectadas dificuldades, são-lhes aplicados planos individuais. Tudo isso já está previsto."
Já para a Sociedade Portuguesa de matemática (ver entrevista) pode ser considerado "espantoso" que alguns alunos tenham conseguido ter positiva na prova desta disciplina.
Recorde-se que, apesar de ter refutado as acusações de facilitismo, a ministra da Educação, Isabel Alçada, ainda manifestou a "esperança" de que alguns alunos conseguissem concluir o básico por esta via. O Governo definiu mesmo estas provas, destinadas a alunos que em muitas situações já estavam fora da rede, como uma "última oportunidade".
No final, 149 fizeram a prova de Português e 145 a de Matemática. O ministério não disse quantos passaram a cada disciplina.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
701 escolas do 1º ciclo já não abrem em Setembro
701 escolas do 1º ciclo já não abrem em Setembro
por Lusa
Hoje
A partir do próximo ano lectivo já não vão abrir 701 escolas do primeiro ciclo, mais 200 do que a estimativa inicial do Governo, sendo que mais de metade localizam-se na zona Norte, segundo dados finais da tutela.
O Ministério da Educação anunciou no início de Junho um reordenamento da rede escolar, designadamente o encerramento de cerca de 500 escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos e a agregação de unidades de gestão (agrupamentos e escolas não agrupadas).
Dos 701 estabelecimentos de ensino a encerrar, 384 (54,7 por cento) situam-se na área administrativa da Direcção Regional de Educação (DRE) do Norte, 155 na DRE do Centro, 119 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 32 no Alentejo e 11 no Algarve.
Os alunos destas escolas, número não indicado pela tutela, serão transferidos para "centros escolares ou escolas dotadas de melhores condições de ensino e de aprendizagem".
Durante o mandato da ministra Maria de Lurdes Rodrigues já tinham sido encerradas cerca de 2500 escolas do primeiro ciclo do ensino básico de reduzida dimensão.
"Com esta reorganização, as escolas do primeiro ciclo com menos de 20 alunos, na sua esmagadora maioria escolas de sala única, onde o professor ensina ao mesmo tempo, e na mesma sala, alunos do 1.º ao 4.º ano, passam a ser uma excepção, prosseguindo o objectivo de garantir, a todos os alunos, igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade", sublinha o gabinete da ministra Isabel Alçada.
Quanto ao processo de agregação de unidades orgânicas, resultaram 84 novas unidades, com uma média de 1700 estudantes cada.
No Centro são criados 28 novos agrupamentos, 24 em Lisboa e Vale do Tejo, 19 no Norte, 10 no Algarve e três no Alentejo.
"A agregação de unidades de gestão não implica o encerramento de escolas nem o encaminhamento de alunos para outros estabelecimentos de ensino. Antes pretende adequar a rede aos 12 anos de escolaridade, para que numa unidade de gestão estejam integrados todos os níveis de ensino, sem fracturas no momento em que as crianças e jovens transitam de ciclo de ensino ou de escola", justifica o Governo.
Outro dos objectivos desta medida passa por centralizar "num único pólo" a gestão "administrativa e financeira e o próprio projecto educativo".
Em cada uma das novas unidades foram nomeadas Comissões Administrativas Provisórias.
Este reordenamento da rede escolar gerou polémica e críticas por parte dos partidos da oposição, bem como de alguns parceiros educativos, que chegaram mesmo a pedir a suspensão do processo.
"Este trabalho foi e continua a ser desenvolvido no terreno, distrito a distrito, autarquia a autarquia, escola a escola, em estreita colaboração com as associações de pais e restante comunidade educativa, e com as autarquias, em linha com o que foi estabelecido nas cartas educativas aprovadas entre 2006 e 2008", garante o Governo.
In DN
por Lusa
Hoje
A partir do próximo ano lectivo já não vão abrir 701 escolas do primeiro ciclo, mais 200 do que a estimativa inicial do Governo, sendo que mais de metade localizam-se na zona Norte, segundo dados finais da tutela.
O Ministério da Educação anunciou no início de Junho um reordenamento da rede escolar, designadamente o encerramento de cerca de 500 escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos e a agregação de unidades de gestão (agrupamentos e escolas não agrupadas).
Dos 701 estabelecimentos de ensino a encerrar, 384 (54,7 por cento) situam-se na área administrativa da Direcção Regional de Educação (DRE) do Norte, 155 na DRE do Centro, 119 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 32 no Alentejo e 11 no Algarve.
Os alunos destas escolas, número não indicado pela tutela, serão transferidos para "centros escolares ou escolas dotadas de melhores condições de ensino e de aprendizagem".
Durante o mandato da ministra Maria de Lurdes Rodrigues já tinham sido encerradas cerca de 2500 escolas do primeiro ciclo do ensino básico de reduzida dimensão.
"Com esta reorganização, as escolas do primeiro ciclo com menos de 20 alunos, na sua esmagadora maioria escolas de sala única, onde o professor ensina ao mesmo tempo, e na mesma sala, alunos do 1.º ao 4.º ano, passam a ser uma excepção, prosseguindo o objectivo de garantir, a todos os alunos, igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade", sublinha o gabinete da ministra Isabel Alçada.
Quanto ao processo de agregação de unidades orgânicas, resultaram 84 novas unidades, com uma média de 1700 estudantes cada.
No Centro são criados 28 novos agrupamentos, 24 em Lisboa e Vale do Tejo, 19 no Norte, 10 no Algarve e três no Alentejo.
"A agregação de unidades de gestão não implica o encerramento de escolas nem o encaminhamento de alunos para outros estabelecimentos de ensino. Antes pretende adequar a rede aos 12 anos de escolaridade, para que numa unidade de gestão estejam integrados todos os níveis de ensino, sem fracturas no momento em que as crianças e jovens transitam de ciclo de ensino ou de escola", justifica o Governo.
Outro dos objectivos desta medida passa por centralizar "num único pólo" a gestão "administrativa e financeira e o próprio projecto educativo".
Em cada uma das novas unidades foram nomeadas Comissões Administrativas Provisórias.
Este reordenamento da rede escolar gerou polémica e críticas por parte dos partidos da oposição, bem como de alguns parceiros educativos, que chegaram mesmo a pedir a suspensão do processo.
"Este trabalho foi e continua a ser desenvolvido no terreno, distrito a distrito, autarquia a autarquia, escola a escola, em estreita colaboração com as associações de pais e restante comunidade educativa, e com as autarquias, em linha com o que foi estabelecido nas cartas educativas aprovadas entre 2006 e 2008", garante o Governo.
In DN
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Transporte de alunos custa um milhão de euros ao Estado
Transporte de alunos custa um milhão de euros ao Estado
por PAULO JULIÃO, Viana do Castelo
Hoje
Factura mensal vai ser paga pelo Ministério da Educação. Cálculos são das transportadoras, que já fazem estes serviços.
O transporte dos alunos do ensino básico que a partir de Setembro são forçados a mudar das escolas que vão fechar poderá custar aos cofres do Ministério da Educação cerca de um milhão de euros por mês. Os preços do mercado destes transportes rondam os 150 euros por aluno, todos os meses.
Em Setembro, há mais oito a dez mil alunos a precisar de transporte devido ao fecho de 701 escolas, a maioria com menos de 21 crianças. Apesar desta tarefa estar a cargo das câmaras municipais, a factura dos serviços vai para o Ministério.
As contas das empresas de transporte apontam para verbas que elevam a factura mensal para os 800 mil a 1,2 milhões de euros, consoante os concursos públicos e os circuitos de transporte.
Isto porque poucos dos transportes de alunos das escolas que vão fechar poderão ser resolvidos com as carrinhas das juntas de freguesia. Desde logo, pelo número de crianças das escolas que fecham as portas. O autarca de Vila Mou, em Viana do Castelo, que em Setembro já não vê reabrir a escola básica, explica a situação: "Seria incomportável usar carrinhas pequenas. Eram muitas viagens de manhã e à tarde para transportar 17 crianças em carrinhas que só têm capacidade para oito", explica Filipe Costa. As viaturas que pertencem às juntas de freguesia asseguraram um papel importante aquando do fecho das escolas com menos de dez crianças, mas, segundo os transportadores, dificilmente poderão ser usadas para estes circuitos especiais de maior dimensão.
Com o aumento do número de alunos a transportar, crescem também as preocupações com a segurança. A lei do transporte colectivo de crianças, criada em 2006, obriga à utilização de motoristas certificados ao volante destes autocarros, com mais de 100 horas de formação feitas por empresas certificadas, além da realização de testes psicotécnicos.
Quanto aos autocarros, para poderem concorrer a estes serviços, as empresas têm que comprovar a utilização de viaturas com sistemas de retenção individuais, com menos 16 anos e sistema de primeiros-socorros, além de inspecções anuais.
A mesma lei coloca como obrigatório um acompanhante para o transporte de menos de 30 crianças, e dois para um número superior. Exigências que fazem disparar os custos, como explicou ao DN Rui Matos, da empresa Auto-Viação do Cura, que actualmente assegura o transporte de 750 crianças em todo o País.
"É um importante negócio, mas as margens também são muito esmagadas, tendo em conta as especificidades que são colocadas para o assegurar", explicou. Aquela empresa assegura, com mais de duas dezenas de autocarros certificados, circuitos de transporte escolar em municípios como Paredes de Coura, Viana do Castelo, Vila Verde, Sintra, Loures, Torres Vedras ou Mafra. "Estamos a falar de custos que, de tabela, podem ascender, por autocarro de 52 lugares, a cinco ou seis mil euros por mês. A concorrência limita um pouco estas margens", explicou.
Segundo o protocolo assinado entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional de Municípios (ANMP), os concursos para o transporte são promovidos pelas Câmaras, que depois serão integralmente ressarcidas pela Tutela. "Não temos motivos para pensar que possam existir atrasos nessas transferências para os municípios, até porque o protocolo foi assinado há pouco tempo. Mas vamos estar atentos", explicou ao DN Rui Solheiro, da ANMP.
In DN
por PAULO JULIÃO, Viana do Castelo
Hoje
Factura mensal vai ser paga pelo Ministério da Educação. Cálculos são das transportadoras, que já fazem estes serviços.
O transporte dos alunos do ensino básico que a partir de Setembro são forçados a mudar das escolas que vão fechar poderá custar aos cofres do Ministério da Educação cerca de um milhão de euros por mês. Os preços do mercado destes transportes rondam os 150 euros por aluno, todos os meses.
Em Setembro, há mais oito a dez mil alunos a precisar de transporte devido ao fecho de 701 escolas, a maioria com menos de 21 crianças. Apesar desta tarefa estar a cargo das câmaras municipais, a factura dos serviços vai para o Ministério.
As contas das empresas de transporte apontam para verbas que elevam a factura mensal para os 800 mil a 1,2 milhões de euros, consoante os concursos públicos e os circuitos de transporte.
Isto porque poucos dos transportes de alunos das escolas que vão fechar poderão ser resolvidos com as carrinhas das juntas de freguesia. Desde logo, pelo número de crianças das escolas que fecham as portas. O autarca de Vila Mou, em Viana do Castelo, que em Setembro já não vê reabrir a escola básica, explica a situação: "Seria incomportável usar carrinhas pequenas. Eram muitas viagens de manhã e à tarde para transportar 17 crianças em carrinhas que só têm capacidade para oito", explica Filipe Costa. As viaturas que pertencem às juntas de freguesia asseguraram um papel importante aquando do fecho das escolas com menos de dez crianças, mas, segundo os transportadores, dificilmente poderão ser usadas para estes circuitos especiais de maior dimensão.
Com o aumento do número de alunos a transportar, crescem também as preocupações com a segurança. A lei do transporte colectivo de crianças, criada em 2006, obriga à utilização de motoristas certificados ao volante destes autocarros, com mais de 100 horas de formação feitas por empresas certificadas, além da realização de testes psicotécnicos.
Quanto aos autocarros, para poderem concorrer a estes serviços, as empresas têm que comprovar a utilização de viaturas com sistemas de retenção individuais, com menos 16 anos e sistema de primeiros-socorros, além de inspecções anuais.
A mesma lei coloca como obrigatório um acompanhante para o transporte de menos de 30 crianças, e dois para um número superior. Exigências que fazem disparar os custos, como explicou ao DN Rui Matos, da empresa Auto-Viação do Cura, que actualmente assegura o transporte de 750 crianças em todo o País.
"É um importante negócio, mas as margens também são muito esmagadas, tendo em conta as especificidades que são colocadas para o assegurar", explicou. Aquela empresa assegura, com mais de duas dezenas de autocarros certificados, circuitos de transporte escolar em municípios como Paredes de Coura, Viana do Castelo, Vila Verde, Sintra, Loures, Torres Vedras ou Mafra. "Estamos a falar de custos que, de tabela, podem ascender, por autocarro de 52 lugares, a cinco ou seis mil euros por mês. A concorrência limita um pouco estas margens", explicou.
Segundo o protocolo assinado entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional de Municípios (ANMP), os concursos para o transporte são promovidos pelas Câmaras, que depois serão integralmente ressarcidas pela Tutela. "Não temos motivos para pensar que possam existir atrasos nessas transferências para os municípios, até porque o protocolo foi assinado há pouco tempo. Mas vamos estar atentos", explicou ao DN Rui Solheiro, da ANMP.
In DN
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Só mudanças radicais podem aproximar Portugal da Finlândia
.
Só mudanças radicais podem aproximar Portugal da Finlândia
por ELISABETE SILVA
Hoje
Alterações no currículo, na carga horária e no apoio são algumas das questões.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, pretende aproximar o sistema educativo português do aplicado nos países nórdicos. A ideia principal é acabar com os chumbos, mas, para que tal seja possível, na Finlândia o acompanhamento dos alunos é muito mais activo e próximo do que em Portugal, o programa curricular não é tão disperso e ainda tem de se salientar o facto de o ensino ser gratuito.
As diferenças para a realidade portuguesa são gritantes e, para sindicatos, associações de pais e partidos políticos, a ideia de Isabel Alçada pode ser mesmo vista como utópica, a não ser que sejam feitas mudanças profundas.
O professor universitário José Manuel Canavarro considera que o currículo em Portugal "se dispersa por várias áreas", destacando que se ultrapassa a dezena de disciplinas. "No ensino secundário já há alguma liberdade de escolha. Se calhar no 2.º e 3.º ciclos também poderia ser possível, mas sempre com uma 'ementa' fixa", afirmou.
Ou seja, para José Manuel Canavarro, o ideal seria existir um programa obrigatório que incluísse disciplinas como Português, Matemática, ciências experimentais e História. Reduzir o número de disciplinas contribuiria para que as escolas tivessem a possibilidade de incluírem temas que considerassem importantes.
Na Finlândia, as crianças começam a frequentar a escola aos sete anos e podem optar por áreas que se interessem mais, além das disciplinas obrigatórias. A carga horária é também mais reduzida.
"Em Portugal também se poderia pensar num regime horário menos rígido. Isto é, nas disciplinas obrigatórias deveria existir um número de horas que tem de ser cumprido, mas as escolas terem liberdade de escolher se as aulas são de 50, 60 ou 90 minutos."
Uma das questões mais delicadas é o apoio que os alunos com mais dificuldades recebem. Na Finlândia, todas as crianças têm acesso a este apoio, que pode mesmo ser individualizado. Não são feitas distinções entre prodígios ou crianças com dificuldades. Os professores orientam os alunos de acordo com a necessidade de cada um.
José Manuel Canavarro deu ainda o exemplo de Inglaterra, no qual não são os professores a dar este apoio. "Há um conjunto de pessoal de apoio, que permite que os professores se concentrem no que fazem melhor: ensinar", referiu.
Em Portugal, os docentes enfrentam muita burocracia, ao contrário do que acontece noutros países, como a Finlândia, retirando tempo para se concentrarem mais em preparar as aulas e apoiar os alunos.
Mas há bons exemplos. "Alguns programas formaram professores que só dão apoio, não leccionam. Trabalham essencialmente em concelhos problemáticos e têm alcançado bons resultados", destacou.
Portugal enfrenta também o problema das mentalidades. O professor universitário realça que muitas famílias não dão importância à escola: "É necessária uma intervenção de outro nível. Na Finlândia há uma cultura de responsabilização e inovação."
In DN
Só mudanças radicais podem aproximar Portugal da Finlândia
por ELISABETE SILVA
Hoje
Alterações no currículo, na carga horária e no apoio são algumas das questões.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, pretende aproximar o sistema educativo português do aplicado nos países nórdicos. A ideia principal é acabar com os chumbos, mas, para que tal seja possível, na Finlândia o acompanhamento dos alunos é muito mais activo e próximo do que em Portugal, o programa curricular não é tão disperso e ainda tem de se salientar o facto de o ensino ser gratuito.
As diferenças para a realidade portuguesa são gritantes e, para sindicatos, associações de pais e partidos políticos, a ideia de Isabel Alçada pode ser mesmo vista como utópica, a não ser que sejam feitas mudanças profundas.
O professor universitário José Manuel Canavarro considera que o currículo em Portugal "se dispersa por várias áreas", destacando que se ultrapassa a dezena de disciplinas. "No ensino secundário já há alguma liberdade de escolha. Se calhar no 2.º e 3.º ciclos também poderia ser possível, mas sempre com uma 'ementa' fixa", afirmou.
Ou seja, para José Manuel Canavarro, o ideal seria existir um programa obrigatório que incluísse disciplinas como Português, Matemática, ciências experimentais e História. Reduzir o número de disciplinas contribuiria para que as escolas tivessem a possibilidade de incluírem temas que considerassem importantes.
Na Finlândia, as crianças começam a frequentar a escola aos sete anos e podem optar por áreas que se interessem mais, além das disciplinas obrigatórias. A carga horária é também mais reduzida.
"Em Portugal também se poderia pensar num regime horário menos rígido. Isto é, nas disciplinas obrigatórias deveria existir um número de horas que tem de ser cumprido, mas as escolas terem liberdade de escolher se as aulas são de 50, 60 ou 90 minutos."
Uma das questões mais delicadas é o apoio que os alunos com mais dificuldades recebem. Na Finlândia, todas as crianças têm acesso a este apoio, que pode mesmo ser individualizado. Não são feitas distinções entre prodígios ou crianças com dificuldades. Os professores orientam os alunos de acordo com a necessidade de cada um.
José Manuel Canavarro deu ainda o exemplo de Inglaterra, no qual não são os professores a dar este apoio. "Há um conjunto de pessoal de apoio, que permite que os professores se concentrem no que fazem melhor: ensinar", referiu.
Em Portugal, os docentes enfrentam muita burocracia, ao contrário do que acontece noutros países, como a Finlândia, retirando tempo para se concentrarem mais em preparar as aulas e apoiar os alunos.
Mas há bons exemplos. "Alguns programas formaram professores que só dão apoio, não leccionam. Trabalham essencialmente em concelhos problemáticos e têm alcançado bons resultados", destacou.
Portugal enfrenta também o problema das mentalidades. O professor universitário realça que muitas famílias não dão importância à escola: "É necessária uma intervenção de outro nível. Na Finlândia há uma cultura de responsabilização e inovação."
In DN
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Lista final do ministério revela mudanças em três regiões
.
Lista final do ministério revela mudanças em três regiões
por ANA BELA FERREIRA, PATRÍCIA JESUS e ANA MAIA
Hoje
Em Lisboa e Vale do Tejo fecham mais duas que o previsto, no Algarve mais uma. Centro fica com mais três abertas
O Ministério da Educação (ME) divulgou ontem a lista de escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos que já não abrem em Setembro. A lista final mostra que há concelhos que ficam reduzidos a uma escola. O mais afectado é Lamego, que encerra 21. Região Norte (384) tem mais de metade dos fechos. Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (2) e do Algarve (1) fecham mais escolas do que inicialmente previsto, ao contrário do Centro, que mantém mais três escolas. O ME consegue assim o número de encerramentos programado.
A Associação de Municípios mostra-se descontente por não ter recebido a lista antes de ser divulgada. Entre os concelhos que ficam reduzidos aos mínimos estão Sabrosa, Meda, Óbidos, Carrazeda de Ansiães, Murça e Peso da Régua. Este é o número mínimo de escolas por concelho, e o Ministério da Educação (ME) garante que nenhum vai ficar sem estabelecimentos do 1.º ciclo.
Em Sabrosa, Vila Real, vão fechar todas as escolas, ficando os 216 alunos na sede de concelho, num centro escolar. O vice-presidente da câmara, Domingos Carvas, disse ao DN que já estava à espera destes encerramentos. Agora, "a autarquia está preocupada com as negociações das comparticipações do Estado na rede de transportes e refeições", porque o custo da concentração de alunos "é altíssimo".
No concelho de Lamego, onde fecham 21 escolas primárias e apenas cinco ficam abertas, o presidente da câmara ainda não está convencido de esta ser a melhor decisão. "É uma situação que me causa muitas dúvidas mas que não podia deixar de fazer tendo em conta as indicações de alguns especialistas que os centros escolares são uma forma de combater o insucesso e o abandono", admite Francisco Lopes.
Para o autarca, estes encerramentos são um duro golpe para as comunidades onde estavam inseridas e um peso financeiro para as câmaras. "Só em transporte escolar serão 600 mil euros. Temos um diferendo com o ME, porque só quer pagar 300 euros por aluno deslocado e de escolas que tenham menos de dez alunos. Estão a propor um valor de 120 mil euros, um quinto dos gastos."
A Associação Nacional de Municípios Portugueses admite que ainda não conhece a lista final das escolas. Mas António José Ganhão, responsável pela área da Educação, deixa uma promessa de contestação.
In DN
Lista final do ministério revela mudanças em três regiões
por ANA BELA FERREIRA, PATRÍCIA JESUS e ANA MAIA
Hoje
Em Lisboa e Vale do Tejo fecham mais duas que o previsto, no Algarve mais uma. Centro fica com mais três abertas
O Ministério da Educação (ME) divulgou ontem a lista de escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos que já não abrem em Setembro. A lista final mostra que há concelhos que ficam reduzidos a uma escola. O mais afectado é Lamego, que encerra 21. Região Norte (384) tem mais de metade dos fechos. Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (2) e do Algarve (1) fecham mais escolas do que inicialmente previsto, ao contrário do Centro, que mantém mais três escolas. O ME consegue assim o número de encerramentos programado.
A Associação de Municípios mostra-se descontente por não ter recebido a lista antes de ser divulgada. Entre os concelhos que ficam reduzidos aos mínimos estão Sabrosa, Meda, Óbidos, Carrazeda de Ansiães, Murça e Peso da Régua. Este é o número mínimo de escolas por concelho, e o Ministério da Educação (ME) garante que nenhum vai ficar sem estabelecimentos do 1.º ciclo.
Em Sabrosa, Vila Real, vão fechar todas as escolas, ficando os 216 alunos na sede de concelho, num centro escolar. O vice-presidente da câmara, Domingos Carvas, disse ao DN que já estava à espera destes encerramentos. Agora, "a autarquia está preocupada com as negociações das comparticipações do Estado na rede de transportes e refeições", porque o custo da concentração de alunos "é altíssimo".
No concelho de Lamego, onde fecham 21 escolas primárias e apenas cinco ficam abertas, o presidente da câmara ainda não está convencido de esta ser a melhor decisão. "É uma situação que me causa muitas dúvidas mas que não podia deixar de fazer tendo em conta as indicações de alguns especialistas que os centros escolares são uma forma de combater o insucesso e o abandono", admite Francisco Lopes.
Para o autarca, estes encerramentos são um duro golpe para as comunidades onde estavam inseridas e um peso financeiro para as câmaras. "Só em transporte escolar serão 600 mil euros. Temos um diferendo com o ME, porque só quer pagar 300 euros por aluno deslocado e de escolas que tenham menos de dez alunos. Estão a propor um valor de 120 mil euros, um quinto dos gastos."
A Associação Nacional de Municípios Portugueses admite que ainda não conhece a lista final das escolas. Mas António José Ganhão, responsável pela área da Educação, deixa uma promessa de contestação.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Videovigilância instalada em 700 escolas já em Setembro
.
Videovigilância instalada em 700 escolas já em Setembro
por RITA CARVALHO,
Hoje
Até Dezembro, mil escolas estarão equipadas com rede de câmaras destinada a reforçar a segurança, dentro e fora do espaço
Cerca de 700 escolas dos 2.º e 3.º ciclo e secundário vão arrancar este ano lectivo com o sistema de videovigilância, número alargado para mil, até Dezembro. Outros 200 estabelecimentos de ensino aguardam a conclusão das obras de requalificação levadas a cabo pela Parque Escolar, para poderem instalar a rede de câmaras.
Os números foram avançados ao DN por fonte oficial da ONI, a empresa que ganhou o concurso público lançado há dois anos pelo Ministério da Educação e que prevê equipar 1200 escolas com esta rede de vigilância. Depois da polémica instalada entre a ONI e a Compta (ver caixa), e dos atrasos motivados pela impugnação do mesmo, e pela intervenção do Tribunal de Contas, a rede vai mesmo avançar na maioria das escolas já em Setembro. O projecto terá um custo de 24 milhões de euros, diluído ao longo de três anos.
No arranque do ano lectivo, haverá 700 escolas com o sistema completamente instalado e pronto a funcionar. Aliás, "um número significativo destas escolas já funcionou no ano lectivo anterior", explicou a ONI. E a inovação, garante a empresa, teve "uma recepção muito positiva por parte das escolas e das direcções regionais". Nos restantes 300 estabelecimentos, a rede está ainda a ser instalada e preparada, mas ficará operacional até ao Natal.
Para mais tarde ficam as 200 escolas secundárias onde a Parque Escolar está a intervir. Nessas, "foi necessário redefinir e recalendarizar o planeamento do projecto".
A instalação deste serviço gerou polémica. Por um lado, porque as câmaras levantavam dúvidas sobre a garantia de privacidade de alunos, professores e funcionários. Por outro, porque a Compta, discordando da adjudicação à ONI, acusou o ministério de falta de transparência e de optar por uma solução dez milhões de euros mais cara. A empresa apresentou mesmo uma providência cautelar para travar o processo. O caso viria a ser desbloqueado pelo Tribunal de Contas, que aprovou o contrato com a ONI.
Para garantir a privacidade, a Comissão Nacional de Protecção de Dados estabeleceu regras para a instalação das câmaras nas escolas. Não podem estar direccionadas para zonas de recreio e salas de aula, mas apenas em locais de acesso à escola e nas suas imediações, explicou ao DN Isabel Cruz, da comissão. Foi ainda criado um mecanismo electrónico para agilizar a autorização dada pela comissão a cada escola
In DN
Videovigilância instalada em 700 escolas já em Setembro
por RITA CARVALHO,
Hoje
Até Dezembro, mil escolas estarão equipadas com rede de câmaras destinada a reforçar a segurança, dentro e fora do espaço
Cerca de 700 escolas dos 2.º e 3.º ciclo e secundário vão arrancar este ano lectivo com o sistema de videovigilância, número alargado para mil, até Dezembro. Outros 200 estabelecimentos de ensino aguardam a conclusão das obras de requalificação levadas a cabo pela Parque Escolar, para poderem instalar a rede de câmaras.
Os números foram avançados ao DN por fonte oficial da ONI, a empresa que ganhou o concurso público lançado há dois anos pelo Ministério da Educação e que prevê equipar 1200 escolas com esta rede de vigilância. Depois da polémica instalada entre a ONI e a Compta (ver caixa), e dos atrasos motivados pela impugnação do mesmo, e pela intervenção do Tribunal de Contas, a rede vai mesmo avançar na maioria das escolas já em Setembro. O projecto terá um custo de 24 milhões de euros, diluído ao longo de três anos.
No arranque do ano lectivo, haverá 700 escolas com o sistema completamente instalado e pronto a funcionar. Aliás, "um número significativo destas escolas já funcionou no ano lectivo anterior", explicou a ONI. E a inovação, garante a empresa, teve "uma recepção muito positiva por parte das escolas e das direcções regionais". Nos restantes 300 estabelecimentos, a rede está ainda a ser instalada e preparada, mas ficará operacional até ao Natal.
Para mais tarde ficam as 200 escolas secundárias onde a Parque Escolar está a intervir. Nessas, "foi necessário redefinir e recalendarizar o planeamento do projecto".
A instalação deste serviço gerou polémica. Por um lado, porque as câmaras levantavam dúvidas sobre a garantia de privacidade de alunos, professores e funcionários. Por outro, porque a Compta, discordando da adjudicação à ONI, acusou o ministério de falta de transparência e de optar por uma solução dez milhões de euros mais cara. A empresa apresentou mesmo uma providência cautelar para travar o processo. O caso viria a ser desbloqueado pelo Tribunal de Contas, que aprovou o contrato com a ONI.
Para garantir a privacidade, a Comissão Nacional de Protecção de Dados estabeleceu regras para a instalação das câmaras nas escolas. Não podem estar direccionadas para zonas de recreio e salas de aula, mas apenas em locais de acesso à escola e nas suas imediações, explicou ao DN Isabel Cruz, da comissão. Foi ainda criado um mecanismo electrónico para agilizar a autorização dada pela comissão a cada escola
In DN
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PR promulga Execução de Penas e Estatuto do A
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PR promulga Execução de Penas e Estatuto do Aluno
por PAULA SÁ
Hoje
Cavaco tem ainda entre mãos os 'chips' que permitirão as portagens nas Scut e o corte nos salários dos gabinetes do Governo
O Presidente da República deu ontem luz verde a mais dois diplomas que tinha levado para apreciação na sua bagagem de férias: a alteração ao Código de Execução de Penas e o novo Estatuto do Aluno. O PR tem ainda entre mãos a redução em 5% do salário dos membros dos gabinetes do Governo, dos autarcas e governadores civis e os chips que permitem introduzir portagens nas Scut.
Cavaco Silva ficou satisfeito com as alterações introduzidas no Código de Execução de Penas no que toca ao regime de colocação dos reclusos em regime aberto no exterior. De uma simples autorização da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, evoluiu-se para a obrigatória homologação prévia dessa decisão pelo Tribunal de Execução de Penas.
Cavaco Silva tinha mostrado reservas ao anterior diploma, tanto mais que há precisamente um ano pediu a sua fiscalização preventiva ao Tribunal Constitucional. Apesar de o TC ter deliberado pela constitucionalidade do regime de colocação dos reclusos em regime aberto, o Chefe do Estado considerava que havia o risco para vítimas de alarme social pela possibilidade de um preso ficar naquelas condições sem a intervenção de um juiz.
Quem se apressou ontem a lamentar a promulgação foi o CDS, que mantém a ideia de que o diploma constitui "um erro e um péssimo serviço à justiça portuguesa". O deputado centrista Nuno Magalhães avisou, aliás, que para o CDS o processo "não está encerrado", deixando no ar a ideia de que o seu partido poderá apresentar no Parlamento novas alterações ao Código.
O mesmo CDS teve uma postura inversa perante a segunda promulgação do dia em Belém. Os centristas congratularam-se com o "sim" do Presidente ao novo Estatuto do Aluno, diploma que tinha sido votado favoravelmente na AR pelo PS e CDS, a 22 de Julho, na última sessão plenária.
O novo Estatuto acaba com as provas de recuperação de alunos com excesso de faltas, volta a distinguir faltas justificadas e injustificadas e determina que o "incumprimento reiterado" do dever de assiduidade determina a "retenção" do aluno, ou seja, o seu chumbo. No 1.º ciclo do ensino básico, o aluno não poderá exceder as dez faltas injustificadas e nos restantes ciclos as ausências não podem exceder o dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina.
Associações de directores auscultadas pela Lusa consideraram necessário "dois meses" para adoptar o novo Estatuto aos regulamentos das escolas. Pelo que o ano lectivo, que começa entre 8 e 13 de Setembro , irá arrancar ainda sem as novas regras.
Belém tem vindo a despachar positivamente os diplomas aprovados na recta final do Parlamento. Cavaco, que até já tinha confessado "não me parece que existam diplomas muito complexos" entre aqueles, promulgou o novo regime das uniões de facto e o pacote da corrupção.
O PR tem agora que decidir sobre o diploma dos chips que permitem as portagens nas Scut, "cozinhado" entre Governo e PSD; e o diploma que prevê um corte de 5% no ordenados dos membros dos gabinetes do Governo, dos autarcas e governadores civis.
In DN
PR promulga Execução de Penas e Estatuto do Aluno
por PAULA SÁ
Hoje
Cavaco tem ainda entre mãos os 'chips' que permitirão as portagens nas Scut e o corte nos salários dos gabinetes do Governo
O Presidente da República deu ontem luz verde a mais dois diplomas que tinha levado para apreciação na sua bagagem de férias: a alteração ao Código de Execução de Penas e o novo Estatuto do Aluno. O PR tem ainda entre mãos a redução em 5% do salário dos membros dos gabinetes do Governo, dos autarcas e governadores civis e os chips que permitem introduzir portagens nas Scut.
Cavaco Silva ficou satisfeito com as alterações introduzidas no Código de Execução de Penas no que toca ao regime de colocação dos reclusos em regime aberto no exterior. De uma simples autorização da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, evoluiu-se para a obrigatória homologação prévia dessa decisão pelo Tribunal de Execução de Penas.
Cavaco Silva tinha mostrado reservas ao anterior diploma, tanto mais que há precisamente um ano pediu a sua fiscalização preventiva ao Tribunal Constitucional. Apesar de o TC ter deliberado pela constitucionalidade do regime de colocação dos reclusos em regime aberto, o Chefe do Estado considerava que havia o risco para vítimas de alarme social pela possibilidade de um preso ficar naquelas condições sem a intervenção de um juiz.
Quem se apressou ontem a lamentar a promulgação foi o CDS, que mantém a ideia de que o diploma constitui "um erro e um péssimo serviço à justiça portuguesa". O deputado centrista Nuno Magalhães avisou, aliás, que para o CDS o processo "não está encerrado", deixando no ar a ideia de que o seu partido poderá apresentar no Parlamento novas alterações ao Código.
O mesmo CDS teve uma postura inversa perante a segunda promulgação do dia em Belém. Os centristas congratularam-se com o "sim" do Presidente ao novo Estatuto do Aluno, diploma que tinha sido votado favoravelmente na AR pelo PS e CDS, a 22 de Julho, na última sessão plenária.
O novo Estatuto acaba com as provas de recuperação de alunos com excesso de faltas, volta a distinguir faltas justificadas e injustificadas e determina que o "incumprimento reiterado" do dever de assiduidade determina a "retenção" do aluno, ou seja, o seu chumbo. No 1.º ciclo do ensino básico, o aluno não poderá exceder as dez faltas injustificadas e nos restantes ciclos as ausências não podem exceder o dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina.
Associações de directores auscultadas pela Lusa consideraram necessário "dois meses" para adoptar o novo Estatuto aos regulamentos das escolas. Pelo que o ano lectivo, que começa entre 8 e 13 de Setembro , irá arrancar ainda sem as novas regras.
Belém tem vindo a despachar positivamente os diplomas aprovados na recta final do Parlamento. Cavaco, que até já tinha confessado "não me parece que existam diplomas muito complexos" entre aqueles, promulgou o novo regime das uniões de facto e o pacote da corrupção.
O PR tem agora que decidir sobre o diploma dos chips que permitem as portagens nas Scut, "cozinhado" entre Governo e PSD; e o diploma que prevê um corte de 5% no ordenados dos membros dos gabinetes do Governo, dos autarcas e governadores civis.
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Um terço das crianças salta o pequeno-almoço
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Um terço das crianças salta o pequeno-almoço
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
Estudo britânico revela dados preocupantes. Nutricionistas e professores dizem que realidade portuguesa é semelhante. E alertam para os riscos para a saúde e aprendizagem.
Os especialistas portugueses admitem que um terço das crianças não tome o pequeno-almoço antes de ir para a escola, à semelhança do que revela um estudo britânico. Segundo a investigação, publicada no European Journal of Clinical Nutrition, os alunos entre os 10 e os 16 anos que saltam esta refeição têm maior probabilidade de serem inactivos e obesos.
A presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Alexandra Bento, e os professores acreditam que a realidade nacional não é muito diferente. A APN diz que não existem estudos em Portugal sobre o tema, mas teme que o número seja preocupante - "porque além das que não tomam pequeno-almoço, temos um número grande de crianças que não faz uma refeição correcta ou completa", diz Alexandra Bento.
Uma falha alimentar que tem consequências imediatas no rendimento escolar: aumenta o cansaço, a falta de concentração e de atenção, explica.
E há consequências a longo prazo para a saúde, porque favorece o aparecimento das doenças crónicas civilizacionais, como a obesidade e a diabetes, acrescenta. Por isso, "é importantíssimo as crianças tomarem o pequeno-almoço antes de saírem para a escola", conclui.
E o que tem um bom pequeno--almoço? "Há muitas opções, mas deve ter leite ou equivalente, como iogurtes ou queijo, hidratos de carbono de absorção lenta, como os que são fornecidos pelo pão ou pelos cereais, e, finalmente, fruta ou sumos de fruta." Mas cuidado com o tipo de cereais e produtos consumidos, porque muitos têm quantidades desaconselháveis de açúcar, alerta a nutricionista.
"Obviamente isto implica alguns minutos de preparação por parte dos pais e alguns minutos da manhã da criança, e o ritmo acelerado do dia nem sempre favorece essa preparação", reconhece Alexandra Bento.
Sem tempo ou sem dinheiro
Por outro lado, salienta que no País existem muitas realidades: em paralelo às famílias que não planeiam o pequeno-almoço, há as que "simplesmente não têm dinheiro para alimentar as crianças", diz. "Às vezes passa apenas por educar os pais, porque o custo de um pequeno-almoço no café quase que chega para pagar uma refeição correcta em casa durante toda a semana."
Nestes casos, compete às instituições identificar e arranjar soluções para estas crianças, diz a nutricionista. Salienta a importância dos programas para distribuir frutas nas escolas e defende que devem ser apostas mais alargadas. Aliás, no ano passado, a ministra da Saúde, Ana Jorge, chegou a referir que temia encerrar as escolas, a propósito da pandemia de gripe A, porque estas eram a fonte da única refeição de muitas crianças.
O professor Ramiro Marques, que comentou o estudo no seu blogue, disse ao DN que recebeu mensagens de muitas colegas, professoras no ensino básico, que confirmaram esta percepção de que muitas crianças portuguesas vão para a escola sem tomar pequeno-almoço.
In DN
Um terço das crianças salta o pequeno-almoço
por PATRÍCIA JESUS
Hoje
Estudo britânico revela dados preocupantes. Nutricionistas e professores dizem que realidade portuguesa é semelhante. E alertam para os riscos para a saúde e aprendizagem.
Os especialistas portugueses admitem que um terço das crianças não tome o pequeno-almoço antes de ir para a escola, à semelhança do que revela um estudo britânico. Segundo a investigação, publicada no European Journal of Clinical Nutrition, os alunos entre os 10 e os 16 anos que saltam esta refeição têm maior probabilidade de serem inactivos e obesos.
A presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Alexandra Bento, e os professores acreditam que a realidade nacional não é muito diferente. A APN diz que não existem estudos em Portugal sobre o tema, mas teme que o número seja preocupante - "porque além das que não tomam pequeno-almoço, temos um número grande de crianças que não faz uma refeição correcta ou completa", diz Alexandra Bento.
Uma falha alimentar que tem consequências imediatas no rendimento escolar: aumenta o cansaço, a falta de concentração e de atenção, explica.
E há consequências a longo prazo para a saúde, porque favorece o aparecimento das doenças crónicas civilizacionais, como a obesidade e a diabetes, acrescenta. Por isso, "é importantíssimo as crianças tomarem o pequeno-almoço antes de saírem para a escola", conclui.
E o que tem um bom pequeno--almoço? "Há muitas opções, mas deve ter leite ou equivalente, como iogurtes ou queijo, hidratos de carbono de absorção lenta, como os que são fornecidos pelo pão ou pelos cereais, e, finalmente, fruta ou sumos de fruta." Mas cuidado com o tipo de cereais e produtos consumidos, porque muitos têm quantidades desaconselháveis de açúcar, alerta a nutricionista.
"Obviamente isto implica alguns minutos de preparação por parte dos pais e alguns minutos da manhã da criança, e o ritmo acelerado do dia nem sempre favorece essa preparação", reconhece Alexandra Bento.
Sem tempo ou sem dinheiro
Por outro lado, salienta que no País existem muitas realidades: em paralelo às famílias que não planeiam o pequeno-almoço, há as que "simplesmente não têm dinheiro para alimentar as crianças", diz. "Às vezes passa apenas por educar os pais, porque o custo de um pequeno-almoço no café quase que chega para pagar uma refeição correcta em casa durante toda a semana."
Nestes casos, compete às instituições identificar e arranjar soluções para estas crianças, diz a nutricionista. Salienta a importância dos programas para distribuir frutas nas escolas e defende que devem ser apostas mais alargadas. Aliás, no ano passado, a ministra da Saúde, Ana Jorge, chegou a referir que temia encerrar as escolas, a propósito da pandemia de gripe A, porque estas eram a fonte da única refeição de muitas crianças.
O professor Ramiro Marques, que comentou o estudo no seu blogue, disse ao DN que recebeu mensagens de muitas colegas, professoras no ensino básico, que confirmaram esta percepção de que muitas crianças portuguesas vão para a escola sem tomar pequeno-almoço.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Fuga de alunos do privado entope escolas públicas
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Fuga de alunos do privado entope escolas públicas
por RITA CARVALHO
Hoje
Abandono de privados gerou conflitualidades na rede pública, pois alunos só querem as melhores escolas. Há dias, alguns ainda não sabiam se tinham lugar.
O aumento da saída de alunos dos colégios privados para o sector público está a criar problemas na colocação destes estudantes nalgumas escolas. Na semana passada, a poucos dias do arranque do ano lectivo - marcado para amanhã -, ainda havia estudantes na zona de Lisboa e do Porto que não sabiam se tinham lugar na escola pública a que se tinham candidatado. Problema reconhecido por pais, directores e pelos próprios colégios.
A denúncia foi feita ao DN pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que diz que esta situação tem gerado "alguma conflitualidade" nas escolas. Adalmiro Botelho da Fonseca explica que, quando abandonam os colégios, os alunos escolhem "as melhores públicas dos rankings divulgados pelos media", e depois, "é difícil conciliar estas vontades". O fenómeno é recente e a pressão acontece sobretudo nas grandes cidades e sobre um universo restrito de escolas bem conotadas. E no ensino secundário, quando os alunos escolhem uma área pedagógica e finalizam um ciclo de aprendizagem.
Na semana passada, no Porto e em Lisboa ainda havia alunos por colocar, à espera de saber se ocupavam vaga na escola pretendida, diz Adalmiro Fonseca. Isto também porque a decisão de abrir mais uma turma compete ao ministério e não fica ao critério de cada escola. "Mas neste momento, admito que se trate apenas de casos pontuais."
Em Lisboa, num dos liceus mais antigos da capital, o Pedro Nunes, houve um aumento significativo dos alunos oriundos de colégios. Um fenómeno já herdado do ano anterior e que atrai até alunos de zonas mais distantes, mesmo quando não se assumem as dificuldades financeiras e se apresenta a mudança de residência como argumento. Mesmo assim, garantiu ao DN a direcção da escola, as turmas já estão completas. No liceu Maria Amália, também no centro de Lisboa, o número de turmas de 10.º ano manteve-se nos 13, tal como no ano anterior. Mas houve jovens que não conseguiram lugar.
O presidente da ANDAEP dá ainda o exemplo da zona de Cascais, onde, segundo contas da associação, este ano terão saído alunos suficientes para criar oito turmas na rede pública.
A Secundária da Cidadela, em Cascais, informou que mantém a tendência no número de alunos vindo dos privados, ao passo que na Secundária de Cascais não se sentiu um impacto grande - até porque a escola começa só no 10.º ano -, embora para aí sigam habitualmente alunos dos colégios.
O sector privado sente o impacto da saída de alguns alunos mas nega que haja um problema generalizado. Rodrigo Queiroz e Melo, da Associação Nacional de Estabelecimentos de Ensino Privado, diz que "não se trata de uma migração massiva que vai levar ao encerramento de colégios mas apenas à redução do número de alunos por turma". Aliás, acrescenta, este não é tanto um problema de quantidade de alunos mas mais de "capacidade reivindicativa das famílias". Ou seja, "quem sai são alunos que sabem quais as melhores públicas e fazem bastante pressão para aí conseguirem lugar". Os pais estão bem informados e mobilizam-se para conseguir um lugar na escola que querem, mesmo que não seja a da sua zona de residência.
Contra esta tendência de redução estão as escolas da Cooperativa Fomento, ligadas ao Opus Dei. Aqui há alunos a entrar e a sair, mas o saldo tem sido positivo. Ali, não há reflexo da crise.
In DN
Fuga de alunos do privado entope escolas públicas
por RITA CARVALHO
Hoje
Abandono de privados gerou conflitualidades na rede pública, pois alunos só querem as melhores escolas. Há dias, alguns ainda não sabiam se tinham lugar.
O aumento da saída de alunos dos colégios privados para o sector público está a criar problemas na colocação destes estudantes nalgumas escolas. Na semana passada, a poucos dias do arranque do ano lectivo - marcado para amanhã -, ainda havia estudantes na zona de Lisboa e do Porto que não sabiam se tinham lugar na escola pública a que se tinham candidatado. Problema reconhecido por pais, directores e pelos próprios colégios.
A denúncia foi feita ao DN pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que diz que esta situação tem gerado "alguma conflitualidade" nas escolas. Adalmiro Botelho da Fonseca explica que, quando abandonam os colégios, os alunos escolhem "as melhores públicas dos rankings divulgados pelos media", e depois, "é difícil conciliar estas vontades". O fenómeno é recente e a pressão acontece sobretudo nas grandes cidades e sobre um universo restrito de escolas bem conotadas. E no ensino secundário, quando os alunos escolhem uma área pedagógica e finalizam um ciclo de aprendizagem.
Na semana passada, no Porto e em Lisboa ainda havia alunos por colocar, à espera de saber se ocupavam vaga na escola pretendida, diz Adalmiro Fonseca. Isto também porque a decisão de abrir mais uma turma compete ao ministério e não fica ao critério de cada escola. "Mas neste momento, admito que se trate apenas de casos pontuais."
Em Lisboa, num dos liceus mais antigos da capital, o Pedro Nunes, houve um aumento significativo dos alunos oriundos de colégios. Um fenómeno já herdado do ano anterior e que atrai até alunos de zonas mais distantes, mesmo quando não se assumem as dificuldades financeiras e se apresenta a mudança de residência como argumento. Mesmo assim, garantiu ao DN a direcção da escola, as turmas já estão completas. No liceu Maria Amália, também no centro de Lisboa, o número de turmas de 10.º ano manteve-se nos 13, tal como no ano anterior. Mas houve jovens que não conseguiram lugar.
O presidente da ANDAEP dá ainda o exemplo da zona de Cascais, onde, segundo contas da associação, este ano terão saído alunos suficientes para criar oito turmas na rede pública.
A Secundária da Cidadela, em Cascais, informou que mantém a tendência no número de alunos vindo dos privados, ao passo que na Secundária de Cascais não se sentiu um impacto grande - até porque a escola começa só no 10.º ano -, embora para aí sigam habitualmente alunos dos colégios.
O sector privado sente o impacto da saída de alguns alunos mas nega que haja um problema generalizado. Rodrigo Queiroz e Melo, da Associação Nacional de Estabelecimentos de Ensino Privado, diz que "não se trata de uma migração massiva que vai levar ao encerramento de colégios mas apenas à redução do número de alunos por turma". Aliás, acrescenta, este não é tanto um problema de quantidade de alunos mas mais de "capacidade reivindicativa das famílias". Ou seja, "quem sai são alunos que sabem quais as melhores públicas e fazem bastante pressão para aí conseguirem lugar". Os pais estão bem informados e mobilizam-se para conseguir um lugar na escola que querem, mesmo que não seja a da sua zona de residência.
Contra esta tendência de redução estão as escolas da Cooperativa Fomento, ligadas ao Opus Dei. Aqui há alunos a entrar e a sair, mas o saldo tem sido positivo. Ali, não há reflexo da crise.
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AO MAU CAGADOR ATÉ AS CALÇAS EMPATAM
AO MAU CAGADOR ATÉ AS CALÇAS EMPATAM
A ministra lembrou de fazer o que nenhum ministro da Educação se havia lembrado, dirigiu-se aos alunos através de um vídeo colocado no site do ministério, não o vi mas acho bem ainda que duvide que venha a ser visto por muitos alunos, mas se tiver sido visto por uma dezena já foi bom.
Mas este país está cheio de maus cagadores que pouco fazem e se dedicam a destruir o que os outros fazem, professores e jornalistas desancaram na ministra. Mas não faz mal, os pais ficaram agradados e não se ouviram alunos a criticar.
O Jumento
A ministra lembrou de fazer o que nenhum ministro da Educação se havia lembrado, dirigiu-se aos alunos através de um vídeo colocado no site do ministério, não o vi mas acho bem ainda que duvide que venha a ser visto por muitos alunos, mas se tiver sido visto por uma dezena já foi bom.
Mas este país está cheio de maus cagadores que pouco fazem e se dedicam a destruir o que os outros fazem, professores e jornalistas desancaram na ministra. Mas não faz mal, os pais ficaram agradados e não se ouviram alunos a criticar.
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