Japão

Relembrando a primeira mensagem :

Ministro das Finanças eleito primeiro-ministro

por DN/Lusa
Hoje


Naoto Kan, de 63 anos, substitui Yukio Hatoyama, que resignou após ter estado apenas oito meses em funções

O Parlamento do Japão elegeu hoje Naoto Kan como novo primeiro-ministro, em substituição de Yukio Hatoyama, que se demitiu na quarta-feira.

Antigo militante de esquerda, Naoto Kan, 63 anos, participou na fundação do PDJ e destacou-se na década de 90 como ministro da Saúde, forçando o governo de que fazia parte a esclarecer um escândalo relacionado com transfusões de sangue contaminado com o vírus HIV.

Kan assumiu em Janeiro a pasta das Finanças, tendo adoptado posições realistas face à situação económica do país, ao defender nomeadamente o aumento do IVA e um tecto para o endividamento público.

Hatoyama viu-se forçado a pedir a demissão, com apenas 17% de aprovação popular, por ter falhado o cumprimento de uma das suas mais emblemáticas promessas eleitorais - o encerramento da base militar norte-americana na ilha de Okinawa.

In DN

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Imperadores iniciam visita de dois dias a Fukushima

por Lusa, texto publicado por Paula Mourato
Hoje


Os imperadores do Japão, Akihito e Michiko, iniciaram hoje uma deslocação de dois dias a Fukushima, epicentro da crise nuclear que atingiu o Japão em 2011, para visitar as zonas afetadas e conversar com os seus habitantes.

Durante o dia de hoje, os imperadores vão visitar uma fábrica na povoação de Iitate, onde o acesso se encontra muito restringido devido aos elevados níveis de radiação, dado que se situa a cerca de 40 quilómetros a noroeste da central de Fukushima, indicou a agência Kyodo.

Prevê-se também uma visita a uma escola de cariz temporário, instalada na cidade de Kawamata, para a qual foram transferidos alunos e professores, após a crise nuclear, para que as aulas pudessem prosseguir.

Segundo a agência oficial, esta terça-feira, Akihito, de 79 anos e Michiko, de 78, vão visitar uma plantação de pêssegos na cidade de Kori, onde as vendas de produtos agrícolas caíram a pique por causa do receio dos consumidores relativamente à contaminação radioativa.

Esta é a terceira visita dos imperadores nipónico a Fukushima desde que o nordeste do Japão foi arrasado, a 11 de março de 2011, por um devastador sismo seguido de tsunami, que viria a desencadear uma crise nuclear.

In DN

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Operadora da central de Fukushima deteta vapor


por Texto da Lusa, publicado por Lina Santos
Hoje

A operadora da central de Fukushima, TEPCO, detetou hoje, pela segunda vez, no espaço de uma semana, "uma nuvem de vapor" oriunda do edifício do reator 3, sem reportar mudanças na temperatura ou nos índices de radiação.

Em comunicado, a Tokyo Electric Power (TEPCO) indica ter detetado, às primeiras horas de hoje, "vapor no ar perto do quinto nível na zona de armazenamento da piscina da unidade 3", através das imagens captadas por uma câmara de vigilância.

Num relatório sobre o incidente na central, a TEPCO refere que o contratempo não provocou uma suspensão do seu sistema crucial de injeção de água no reator nem "mudanças significativas" nas leituras dos índices de radiação, de temperatura ou pressão do edifício ou do reator danificado.

"Continuaremos a monitorizar o seu estado", garante a TEPCO no comunicado citado pela agência Efe, em que não descarta, tal como na passada semana, que o vapor tenha sido provocado pela forte chuva que se abateu durante a noite sobre a central, onde se registava uma temperatura de 20,3 graus e uma humidade de 91,2 %.

O vapor detetado na passada quinta-feira manteve-se durante o dia, num fenómeno que a TEPCO não conseguiu explicar em concreto.

Depois de detetar novamente este problema no reator 3, gravemente danificado pelo tsunami de 2011, a elétrica suspendeu os trabalhos de retirada de escombros em torno da unidade.

Depois do acidente nuclear de Fukushima, em 2011, o pior desde Chernobyl, em 1986, cerca de 3.500 funcionários lutam diariamente na central para dar por concluída a crise atómica, um trabalho que se estima que se venha a prolongar durante os próximos 30 a 40 anos.

In DN

 

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Foguete japonês levou o primeiro robot ao espaço


por Lusa, publicado por Ana Meireles
Hoje


O Japão lançou hoje com êxito um foguete de carga com mantimentos para a equipa da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla inglesa) e o primeiro robot que vai ao espaço para fazer companhia a um astronauta japonês.

O foguete tipo H-2B foi lançado às 04:48 de sábado (20:48 de sábado em Lisboa) da estação espacial da ilha de Tanegashima, na província japonesa de Kagoshima.

Cerca de 15 minutos depois de ter sido lançado, e uma vez em órbita, a unidade de carga (Konotori IV) separou-se do foguete em direção à estação espacial, onde se espera que chegue na sexta-feira, segundo a agência japonesa (JAXA).

O Konotori IV transporta uma carga de 5,4 toneladas, que abrange dois satélites Ardusat com sensores de medição de radiação produzidos pela empresa espanhola Libelium, comida, água e roupa para os seis astronautas que formam a equipa permanente da ISS.

Na carga do Konotori IC segue também o robot Kirobo para fazer companhia ao astronauta Koichi Wakata, o primeiro japonês a comandar a ISS. Esta será a primeira experiência do género no espaço.

O robot, equipado com uma câmara de reconhecimento facial e outra para gravar imagens, está programado para comunicar com alguma autonomia com humanos em japonês e para gravar e transmitir mensagens, podendo melhorar o entendimento entre astronautas e o pessoal de controlo na Terra.

Com 34 centímetros de altura e um peso de cerca de um quilo, o robot, preto e branco com botas vermelhas e inspirado na personagem de manga Astro Boy, foi desenvolvido durante dois anos pelo Centro de Investigação para Ciências e Tecnologias Avançadas da Universidade de Tóquio, pela empresa Robo Garage, JAXA, o fabricante de automóveis Toyota e a agência de comunicação Dentsu.

O envio deste robot para o espaço faz parte de um estudo que pretende analisar a forma como uma companhia não humana pode dar apoio emocional a pessoas isoladas por longos períodos.

In DN

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Japão pondera 'congelar' chão de Fukushima


por Paula Mourato
Hoje

O primeiro-ministro japonês ordenou, esta manhã, ao seu governo que encontre uma forma "rápida e segura" de parar as fugas subterrâneas de água radioativa ao redor da central nuclear de Fukushima, incluindo a possibilidade de congelar o solo circundante.

As autoridades japonesas vão envolver-se mais na gestão da água contaminada da central nuclear de Fukushima, cuja fuga para o mar o primeiro-ministro, Shinzo Abe, considerou um problema "urgente".

O Ministério do Comércio e da Indústria japonês propôs então a criação de uma barreira subterrânea ao redor da central nuclear, congelando o chão e impedindo assim que as águas contaminadas cheguem ao mar.

"Estabilizar a central de Fukushima é o nosso desafio. Em particular, a água contaminada representa um problema urgente que suscita muita inquietação na população", explicou ontem Shinzo Abe numa reunião de um gabinete de crise criado pelo Governo sobre o assunto.

A construção de uma barreira gelada é algo "sem precedentes", disse Yoshihide Suga, chefe de gabinete do Japão, e portanto ainda não é conhecido o custo de tal projeto.

A companhia de eletricidade Tokyo Electric Power (Tepco) tenta desde março de 2011 fazer face às consequências do acidente que se produziu na sua central nuclear Fukushima Daiichi (220 quilómetros a nordeste de Tóquio), danificada por um sismo e um tsunami.

O maior problema que enfrenta desde há semanas consiste em impedir a água subterrânea contaminada pela forte radioatividade do local de fugir para o Oceano Pacífico.

In DN