Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

O Rei da Madeira

Ir para baixo

O Rei da Madeira Empty O Rei da Madeira

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jun 28, 2010 4:07 am

Investigação ao 'Rei da Madeira'

por JOÃO CÉU E SILVA
Hoje

O Rei da Madeira Ng1311359

A jornalista Maria Henrique Espada contrariou a proibição de Alberto João Jardim e escreveu a sua história

É biografia ou ficção? Esta pode ser a primeira pergunta para quem ler O Rei da Madeira - claro que é Alberto João Jardim -, a investigação que a jornalista Maria Henrique Espada vai publicar em livro esta semana. A resposta certa é a primeira, mas o universo ficcional que o biografado criou à sua volta nas últimas três décadas poderia até, para quem não conhece o presidente do Governo Regional da Madeira, enganar o leitor e fazê-lo pensar que estamos perante um bem elaborado romance político.

Não é por acaso que a autora consegue ocupar 363 páginas com o único português que ninguém cala e que faz tremer o PSD sempre que tem uma ideia, através de uma biografia não autorizada, já que, quando pediu para falar com o governante, a resposta foi directa: "Ainda não é tempo para biografia." Como Espada responde, é "tempo para biografia", e foi isso que fez, entrevistando mais de cinquenta colaboradores, familiares e adversários, quase sempre em depoimento registado, que torna a ampla recolha de testemunhos numa validação das teses da biógrafa.

O percurso de João Jardim é pela primeira vez escrutinado, pois a primeira biografia que existe é resultado de uma entrevista em que o próprio Governo Regional pagou a edição em livro - e que bem pode ser uma curiosidade para a Casa- -Museu sobre o líder madeirense que a Fundação Social-Democrata pôs em marcha há dois anos.

Desta vez é a sério, e a autora parte de uma premissa, a de que "Jardim não soube reinventar-se politicamente". Explica : "Como a estratégia inicial resultou, nunca viu razões para a alterar e repetiu-a incessantemente, exacerbando mais e mais a espiral de retórica provocatória, acabando por tornar-se prisioneira dela."

Descreve o governante como um homem que só avança após estar certo da vitória e, no caso de um cargo de líder no PSD nacional, nunca o ter tido porque pretende ter "caminho aberto, sem espinhos nem luta pelo poder". Já no PSD/Madeira, os passos iniciais foram calculados, mas, a partir do momento em que é entronizado, a sua governação é de galope sem rédeas, sempre em prol do desenvolvimento da ilha e à custa dos cofres do Governo central.

É muito curiosa a descoberta desse momento em que Jardim decide que é preciso é fazer obra e até admite que, quando o PS chegar ao poder, que pague as contas. Como os socialistas nunca governarão a Madeira, o problema dos custos da modernização será sempre seu, sendo essa a espinha dorsal das três décadas de uma polémica constante.

Esta biografia proporciona ao leitor uma sucessão de histórias que tornam o livro bem apetecível. É o caso da chegada de Jardim à liderança do PPD/M; o seu quase saneamento como professor; a utilização do Jornal da Madeira e da Igreja Católica da ilha como pilar da carreira; as reuniões estratégicas no café Golden Gate; o aproveitamento político do movimento independentista Flama; a gestão de bastidores com os líderes do PSD nacional em função dos interesses regionais; as colagens a Mário Soares e as rivalidades com Cavaco Silva; a gestão política do voto dos representantes da Madeira na Assembleia da República e a sedução ao apoio popular.

Entre os muitos depoimentos, há um que desmonta o líder madeirense de político a cidadão: "Quem convive com Jardim de perto nota--lhe uma propensão para tentar apaziguar diferendos, mesmo depois de guerras feias. Ele tem um coração de ouro (…) Acaba sempre de bem com toda a gente."

O retrato que se retira desta biografia, no entanto, é que a vida política de Alberto João Jardim é bastante longa mas que fica reduzida ao seu reino. A Madeira teve de chegar para os seus projectos pessoais porque não cedeu aos interesses do Continente, nem vergou à disciplina partidária que permite voos mais altos. A sua sucessão ficou alterada com o temporal de 20 de Fevereiro deste ano e o bem orquestrado assalto ao poder de Pedro Passos Coelho suplantou-o numa possível presidência salvadora do PSD este ano. Como João Jardim não está preparado para não ser olhado como o "escolhido", retira-se para cumprir a recta final da vida política na Quinta da Vigia.

Desta biografia, o único lado que se sente falta é o lado mais pessoal de Alberto João Jardim. Os primeiros capítulos narram a sua vida pessoal, os antepassados, a Madeira da juventude, Coimbra, as diatribes adolescentes e a formação, mas a partir do momento em que passa a deter o poder essa intimidade perde-se. Mas fica bem retratado o lado político, e esse é que fazia falta, pois o resto é história.

'Alberto João Jardim - O Rei da Madeira'

Maria Henrique Espada

A Esfera dos Livros

In DN

O Rei da Madeira 0002024E

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

O Rei da Madeira Empty Jardim dá vivas à criação da IV República

Mensagem por Joao Ruiz Qua Out 06, 2010 3:13 pm

.
Jardim dá vivas à criação da IV República

por Lusa
Hoje

O Rei da Madeira Ng1350177

O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, apelou hoje à criação da IV República em Portugal, porque as três primeiras foram "uma tristeza".

"Hoje, cem anos após a proclamação da República, e ao fim de três Repúblicas, eu tenho que gritar bem alto, dizendo a Lisboa que estamos disponíveis mas, para isso, tenho que terminar as minhas palavras dizendo viva a IV República", declarou o governante madeirense na inauguração de uma escola na freguesia de São Jorge, um investimento de quatro milhões de euros.

"Portugal precisa de uma IV República porque, isto, que se está fazendo, vai nos empurrar cada vez mais para o abismo", sustentou.

Para Alberto João Jardim, o começo da I República foi "um regime muito triste, mas a segunda República também foi muito triste, um regime ditatorial, a ditadura do Estado Novo, foi uma ditadura que vai contra qualquer princípio civilizacional, vai contra qualquer ideal republicano (...)", afirmou

"E esta terceira República é outro desastre, porque nos trouxe à situação em que nos encontramos, completamente desesperada, para a qual os autonomistas social-democratas da Madeira há 20 anos vínhamos avisando e dizendo que as coisas iam chegar a um ponto insuportável. Em Lisboa ninguém quis ouvir", sublinhou.

Por isso, declarou Alberto João Jardim "é que, hoje, centenário da República, eu olho para Lisboa e digo basta, não, não e não, não estamos mais para aturar isto", acentuando que "a desgraça é quem trouxe Portugal para esta situação, e a desgraça para a Madeira é que se mantenha um Governo que tem um ministro das Finanças que passa a vida a tomar decisões contra o povo madeirense".

"Eu estou, aqui, com grande respeito pelos ideias republicanos mas abominando os três regimes republicanos que temos suportado desde 1910", concluiu.

In DN

Embarassed Rolling Eyes Laughing

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos