O tiro foi de pólvora seca. Pim!
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O tiro foi de pólvora seca. Pim!
Rui Herbon
Um dia destes, na habitual página que mantém no jornal de que foi director, o "Público", José Manuel Fernandes, proclamado arauto do ultra-liberalismo, veio confessar, pateticamente: «Quando ouço falar de mais liberdade, puxo logo da pistola». (Estávamos longe de supor que ele era assim uma espécie de pistoleiro de trazer por casa.) É o título do artigo que tem como mote o projecto de revisão constitucional avançado pelo PSD, de que se declara, ao que parece, entusiástico apoiante. Diz ele que a Constituição ainda impõe opções do povo de 1975 que limitam possíveis escolhas eleitorais do povo de 2010. Este conceito de povo, segundo a visão temporal de JMF, será decerto original, pela espessura de tempo que revela. Mas o que mais espanta é a forma raivosa e arrogante como trata António Arnaut que, não apenas por ser o criador do Serviço Nacional de Saúde, é uma figura moral da democracia portuguesa. Escreveu o preclaro analista, o mesmo que garantiu, de ciência certa, existirem armas de destruição maciça no Iraque (que é delas?): «Há muito tempo que não ouvia uma quantidade tão grande dislates concentradas em tão poucas frases. Foi na terça-feira passada e teve como protagonista António Arnaut, essa espécie de bonzo do regime que emerge sempre que alguém discute o seu sacrossanto SNS». Acusa Arnaut de «proclamar agora que retirar a expressão “tendencialmente gratuito” da Constituição corresponde “a destruir o Estado Social para voltar ao Estado Novo”, para alem de ser um “golpe de Estado” e “uma subversão completa do modelo social”». Esta gente que abomina o SNS não percebe (ou não quer perceber) que o direito à saúde é uma grande conquista do 25 de Abril e pertence à matriz constitucional do regime democrático. O acesso universal aos cuidados de saúde marca o Portugal dos direitos. A expressão "tendencialmente gratuito", que não quer por força significar de graça, assume esse simbolismo. JMF puxou da pistola. O tiro foi de pólvora seca. Pim!
Fernando Paulouro Neves, Jornal do Fundão (5 de Agosto)
Um dia destes, na habitual página que mantém no jornal de que foi director, o "Público", José Manuel Fernandes, proclamado arauto do ultra-liberalismo, veio confessar, pateticamente: «Quando ouço falar de mais liberdade, puxo logo da pistola». (Estávamos longe de supor que ele era assim uma espécie de pistoleiro de trazer por casa.) É o título do artigo que tem como mote o projecto de revisão constitucional avançado pelo PSD, de que se declara, ao que parece, entusiástico apoiante. Diz ele que a Constituição ainda impõe opções do povo de 1975 que limitam possíveis escolhas eleitorais do povo de 2010. Este conceito de povo, segundo a visão temporal de JMF, será decerto original, pela espessura de tempo que revela. Mas o que mais espanta é a forma raivosa e arrogante como trata António Arnaut que, não apenas por ser o criador do Serviço Nacional de Saúde, é uma figura moral da democracia portuguesa. Escreveu o preclaro analista, o mesmo que garantiu, de ciência certa, existirem armas de destruição maciça no Iraque (que é delas?): «Há muito tempo que não ouvia uma quantidade tão grande dislates concentradas em tão poucas frases. Foi na terça-feira passada e teve como protagonista António Arnaut, essa espécie de bonzo do regime que emerge sempre que alguém discute o seu sacrossanto SNS». Acusa Arnaut de «proclamar agora que retirar a expressão “tendencialmente gratuito” da Constituição corresponde “a destruir o Estado Social para voltar ao Estado Novo”, para alem de ser um “golpe de Estado” e “uma subversão completa do modelo social”». Esta gente que abomina o SNS não percebe (ou não quer perceber) que o direito à saúde é uma grande conquista do 25 de Abril e pertence à matriz constitucional do regime democrático. O acesso universal aos cuidados de saúde marca o Portugal dos direitos. A expressão "tendencialmente gratuito", que não quer por força significar de graça, assume esse simbolismo. JMF puxou da pistola. O tiro foi de pólvora seca. Pim!
Fernando Paulouro Neves, Jornal do Fundão (5 de Agosto)
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