ESTRELAS, PARA QUE VOS QUERO
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ESTRELAS, PARA QUE VOS QUERO
ESTRELAS, PARA QUE VOS QUERO
Pergunta um leitor: Como é isso das estrelas na crítica de livros? Só lhe posso responder por mim. Tentarei ser claro. Ponto prévio: não podemos seguir o manual das ideias feitas. Qualquer coisa como: bola preta = Margarida Rebelo Pinto; uma estrela = Francisco Moita Flores; uma e meia = José Rodrigues dos Santos; duas = Isabel Allende; duas e meia = Jacqueline Susann; três = Mário de Carvalho; três e meia = Michel Houellebecq; quatro = Joyce Carol Oates; quatro e meia = Robert Walser; cinco = Thomas Mann.
A bitola de Margarida Rebelo Pinto não pode ser a de Mann; quando muito, a de Odette de Saint-Maurice. E assim sucessivamente: Rui Cardoso Martins não é Manuel Puig, Mafalda Ivo Cruz não é Djuna Barnes. Dou exemplos de ficcionistas, mas o raciocínio serve para poetas e ensaístas.
Portanto, é assim: ignorar o manual das ideias feitas, ler os autores à luz da obra precedente. Se lemos um romance de valter hugo mãe, por exemplo, devemos ter em vista os de José Luís Peixoto e Gonçalo M. Tavares (etc.), não os de Urbano Tavares Rodrigues ou Susan Sontag. Com livros de estreia é mais complicado: temos de intuir o nicho do autor.
Existem autores absolutamente cinco estrelas? Existem. Entre outros, Agustina Bessa Luís, Alejo Carpentier, Carson McCullers, Clarice Lispector, Eça de Queiroz, Érico Verissimo, Flannery O’Connor, Gore Vidal, Graham Greene, Henry James, J.M. Coetzee, John Banville, John Cheever, John Le Carré, John Updike, Jorge de Sena, Machado de Assis, Philip Roth, Rubem Fonseca, Salman Rushdie, Toni Morrison, Truman Capote, Virginia Woolf e Vladimir Nabokov.
E depois os autores que, em cada época, estão na moda, condicionando leitores e (alguns) críticos: Amis, Bolaño, Franzen, Littell, Pynchon, Yourcenar. Tudo relativiza as estrelas hebdomadárias.
posted by Eduardo Pitta
Gostei desta posta. Ajuda-me a compreender os barretes que, de vez enquando, vou enfiando. O último foi Bolaño. Além de caro é grande. O que para uma casa pequena, incomoda....
Pergunta um leitor: Como é isso das estrelas na crítica de livros? Só lhe posso responder por mim. Tentarei ser claro. Ponto prévio: não podemos seguir o manual das ideias feitas. Qualquer coisa como: bola preta = Margarida Rebelo Pinto; uma estrela = Francisco Moita Flores; uma e meia = José Rodrigues dos Santos; duas = Isabel Allende; duas e meia = Jacqueline Susann; três = Mário de Carvalho; três e meia = Michel Houellebecq; quatro = Joyce Carol Oates; quatro e meia = Robert Walser; cinco = Thomas Mann.
A bitola de Margarida Rebelo Pinto não pode ser a de Mann; quando muito, a de Odette de Saint-Maurice. E assim sucessivamente: Rui Cardoso Martins não é Manuel Puig, Mafalda Ivo Cruz não é Djuna Barnes. Dou exemplos de ficcionistas, mas o raciocínio serve para poetas e ensaístas.
Portanto, é assim: ignorar o manual das ideias feitas, ler os autores à luz da obra precedente. Se lemos um romance de valter hugo mãe, por exemplo, devemos ter em vista os de José Luís Peixoto e Gonçalo M. Tavares (etc.), não os de Urbano Tavares Rodrigues ou Susan Sontag. Com livros de estreia é mais complicado: temos de intuir o nicho do autor.
Existem autores absolutamente cinco estrelas? Existem. Entre outros, Agustina Bessa Luís, Alejo Carpentier, Carson McCullers, Clarice Lispector, Eça de Queiroz, Érico Verissimo, Flannery O’Connor, Gore Vidal, Graham Greene, Henry James, J.M. Coetzee, John Banville, John Cheever, John Le Carré, John Updike, Jorge de Sena, Machado de Assis, Philip Roth, Rubem Fonseca, Salman Rushdie, Toni Morrison, Truman Capote, Virginia Woolf e Vladimir Nabokov.
E depois os autores que, em cada época, estão na moda, condicionando leitores e (alguns) críticos: Amis, Bolaño, Franzen, Littell, Pynchon, Yourcenar. Tudo relativiza as estrelas hebdomadárias.
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