Documentos diplomátcos revelados pela WikiLeaks Camberra trabalhou com Jacarta para gerir caso do massacre de Balibó 25.12.2010 -
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Documentos diplomátcos revelados pela WikiLeaks Camberra trabalhou com Jacarta para gerir caso do massacre de Balibó 25.12.2010 -
Documentos diplomátcos revelados pela WikiLeaks
Camberra trabalhou com Jacarta para gerir caso do massacre de Balibó
25.12.2010 - 14:01
Por Lusa, PÚBLICO
A morte dos "cinco de Balibó" já deu origem a um filme, apresentado por Ramos-Horta em 2009 (Mick Tsikas/Reuters)
Os telegramas diplomáticos da embaixada dos EUA
em Jacarta – agora tornados públicos pela Wikileaks – também dão conta
de que Camberra declarou Yunus Yosfiah – o capitão das forças especiais
indonésias durante a invasão de 1975 de Timor-Leste que terá ordenado a
execução – “pessoa non grata na Austrália”, apesar de o executivo
australiano “nunca ter apresentado qualquer acção formal contra Yosfiah
pelos homicídios”, adiantou a agência Lusa.
O correio diplomático
revela que esta sanção – que o impediria de entrar na Austrália – foi
aplicada discretamente a Yunus Yosfiah numa altura em que Camberra já
trabalhava nos bastidores com Jacarta para ajudar o executivo indonésio a
gerir as consequências do escândalo.
Os cinco jornalistas, de
nacionalidades australiana, britânica e neozelandesa (Gregory
Shackleton, Anthony Stewart, Gary Cunnigham, Malcolm Rennie e Brian
Peters), foram mortos em Balibó, Timor-Leste, a 16 de Outubro de 1975.
A
versão oficial do incidente falava em morte por fogo cruzado entre as
forças indonésias e as forças timorenses da Fretilin. Mas, em 2007, um
relatório de Dorelle Pinch, médica legista de Novas Gales do Sul, veio
contrariar essa versão e reforçar testemunhos anteriores, como a do
timorense Olandino Guterres, que assistiu às execuções.
O
documento refere que os jornalistas, conhecidos como os cinco de Balibó,
“foram mortos deliberadamente pelas forças especiais indonésias e não
no campo de batalha” –como quiseram fazer crer as autoridades indonésias
com a ajuda dos australianos.
Dois anos mais tarde, em 2009, a
polícia federal australiana anunciou que ia começar a investigar o caso
como crime de guerra, recordou este sábado a SIC Notícias.
Um
telegrama datado de 21 de Novembro de 2007, citado pela imprensa
australiana, refere que o chefe da secção política da embaixada
australiana em Jacarta, Justin Lee, terá dito aos funcionários
norte-americanos que “analisou o relatório de Dorelle Pinch com o
governo de Jacarta”.
“Ele (Lee) sublinhou aos interlocutores
indonésios que a Austrália queria trabalhar o caso cuidadosamente com o
governo da Indonésia. (Jacarta) respondeu que também queria ajudar a
gerir o problema, embora tenha rejeitado categoricamente a alegação de
que as forças de segurança indonésias tenham cometido violações de
direitos humanos ou crime de guerra”, segundo os telegramas citados pela
imprensa australiana e pela Lusa.
De acordo com os telegramas,
depois de o porta-voz do chefe da diplomacia indonésia, Teuku Faizasyah,
ter visto o relatório afirmou: “Na nossa opinião, este caso está
encerrado e deve permanecer encerrado”.
Camberra nunca comentou
publicamente o estatuto de Yosfiah, mas aquando da divulgação relatório
médico que veio contrariar a versão oficial, o então líder da oposição e
actual ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Kevin Rudd,
exigiu que fossem tomadas acções contra os militares indonésios
envolvidos nas mortes, lembra a imprensa australiana.
Camberra trabalhou com Jacarta para gerir caso do massacre de Balibó
25.12.2010 - 14:01
Por Lusa, PÚBLICO
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Telegramas diplomáticos divulgados pela
WikiLeaks confirmam que o governo australiano trabalhou com a Indonésia
para gerir as consequências políticas quando, em 2007, um relatório
atestou que o exército indonésio tinha mandado executar cinco
jornalistas em Balibó, Timor-Leste.
A morte dos "cinco de Balibó" já deu origem a um filme, apresentado por Ramos-Horta em 2009 (Mick Tsikas/Reuters)
Os telegramas diplomáticos da embaixada dos EUA
em Jacarta – agora tornados públicos pela Wikileaks – também dão conta
de que Camberra declarou Yunus Yosfiah – o capitão das forças especiais
indonésias durante a invasão de 1975 de Timor-Leste que terá ordenado a
execução – “pessoa non grata na Austrália”, apesar de o executivo
australiano “nunca ter apresentado qualquer acção formal contra Yosfiah
pelos homicídios”, adiantou a agência Lusa.
O correio diplomático
revela que esta sanção – que o impediria de entrar na Austrália – foi
aplicada discretamente a Yunus Yosfiah numa altura em que Camberra já
trabalhava nos bastidores com Jacarta para ajudar o executivo indonésio a
gerir as consequências do escândalo.
Os cinco jornalistas, de
nacionalidades australiana, britânica e neozelandesa (Gregory
Shackleton, Anthony Stewart, Gary Cunnigham, Malcolm Rennie e Brian
Peters), foram mortos em Balibó, Timor-Leste, a 16 de Outubro de 1975.
A
versão oficial do incidente falava em morte por fogo cruzado entre as
forças indonésias e as forças timorenses da Fretilin. Mas, em 2007, um
relatório de Dorelle Pinch, médica legista de Novas Gales do Sul, veio
contrariar essa versão e reforçar testemunhos anteriores, como a do
timorense Olandino Guterres, que assistiu às execuções.
O
documento refere que os jornalistas, conhecidos como os cinco de Balibó,
“foram mortos deliberadamente pelas forças especiais indonésias e não
no campo de batalha” –como quiseram fazer crer as autoridades indonésias
com a ajuda dos australianos.
Dois anos mais tarde, em 2009, a
polícia federal australiana anunciou que ia começar a investigar o caso
como crime de guerra, recordou este sábado a SIC Notícias.
Um
telegrama datado de 21 de Novembro de 2007, citado pela imprensa
australiana, refere que o chefe da secção política da embaixada
australiana em Jacarta, Justin Lee, terá dito aos funcionários
norte-americanos que “analisou o relatório de Dorelle Pinch com o
governo de Jacarta”.
“Ele (Lee) sublinhou aos interlocutores
indonésios que a Austrália queria trabalhar o caso cuidadosamente com o
governo da Indonésia. (Jacarta) respondeu que também queria ajudar a
gerir o problema, embora tenha rejeitado categoricamente a alegação de
que as forças de segurança indonésias tenham cometido violações de
direitos humanos ou crime de guerra”, segundo os telegramas citados pela
imprensa australiana e pela Lusa.
De acordo com os telegramas,
depois de o porta-voz do chefe da diplomacia indonésia, Teuku Faizasyah,
ter visto o relatório afirmou: “Na nossa opinião, este caso está
encerrado e deve permanecer encerrado”.
Camberra nunca comentou
publicamente o estatuto de Yosfiah, mas aquando da divulgação relatório
médico que veio contrariar a versão oficial, o então líder da oposição e
actual ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Kevin Rudd,
exigiu que fossem tomadas acções contra os militares indonésios
envolvidos nas mortes, lembra a imprensa australiana.
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