Das (des)Ordens profissionais
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Das (des)Ordens profissionais
Das (des)Ordens profissionais
Tal como Ana Matos Pires diz, penso que é altura de discutir a existência, nos termos actuais, das ordens profissionais, a sua orgânica, competências e funções.
No caso da Ordem dos Médicos não entendo a necessidade de existir uma única Ordem como Associação de Médicos. Penso que se deveria abrir a possibilidade de criar Associações de Médicos cuja adesão fosse voluntária. Essas associações zelariam pela qualidade e pela certificação e requalificação médicas, de acordo com os requisitos internacionais tal como são definidos pelo estado da arte. O reconhecimento das competências básicas para o exercício da profissão deveria ser dado pela homologação das respectivas licenciaturas e especialidades, de acordo com os curricula definidos e exigidos pelo estado, após audição de associações médicas e das sociedades científicas.
A verdade é que a Ordem dos Médicos se tem comportado mais com um sindicato, com os problemas do movimento sindical português nos dias de hoje, do que uma associação que zele pela deontologia, pela ética e pela credibilidade da profissão médica. Como estrutura pesada que é, não tem capacidade de resposta, por exemplo, para as queixas dos doentes em relação aos médicos, cuja prioridade me parece absoluta, na defesa da prática de uma medicina de qualidade, deixando pairar a suspeição de um corporativismo que defende tanto quem merece como quem não merece ser defendido.
Os próprios médicos não se sentem motivados a participar numa Ordem em que não se reconhecem. As críticas do Bastonário ao Ministro Mariano Gago são exageradas e não fundamentadas. Apenas se percebe, mais uma vez, a resistência à abertura de novos cursos de Medicina, levantando suspeitas de má preparação, não se sabendo quais as bases para o fazer. Esquece-se a Ordem dos Médicos da sua responsabilidade no que diz respeito ao fecho de vagas para Medicina ao longo dos anos, defendendo a manutenção da redução de vagas com o argumento do desemprego médico e da sua má distribuição territorial. O elevado número de Médicos estrangeiros a trabalhar em Portugal demonstra a falácia desses argumentos.
Seria muito importante que os representantes que forem proximamente eleitos tivessem a coragem de abrir este debate. Seria um estímulo a todos os médicos para se olharem criticamente, questionando o seu papel como grupo profissional, as suas prioridades, as suas carreiras, o Serviço Nacional de Saúde, as formações pré e pós graduada e o seu estatuto laboral, sem preconceitos.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
Tal como Ana Matos Pires diz, penso que é altura de discutir a existência, nos termos actuais, das ordens profissionais, a sua orgânica, competências e funções.
No caso da Ordem dos Médicos não entendo a necessidade de existir uma única Ordem como Associação de Médicos. Penso que se deveria abrir a possibilidade de criar Associações de Médicos cuja adesão fosse voluntária. Essas associações zelariam pela qualidade e pela certificação e requalificação médicas, de acordo com os requisitos internacionais tal como são definidos pelo estado da arte. O reconhecimento das competências básicas para o exercício da profissão deveria ser dado pela homologação das respectivas licenciaturas e especialidades, de acordo com os curricula definidos e exigidos pelo estado, após audição de associações médicas e das sociedades científicas.
A verdade é que a Ordem dos Médicos se tem comportado mais com um sindicato, com os problemas do movimento sindical português nos dias de hoje, do que uma associação que zele pela deontologia, pela ética e pela credibilidade da profissão médica. Como estrutura pesada que é, não tem capacidade de resposta, por exemplo, para as queixas dos doentes em relação aos médicos, cuja prioridade me parece absoluta, na defesa da prática de uma medicina de qualidade, deixando pairar a suspeição de um corporativismo que defende tanto quem merece como quem não merece ser defendido.
Os próprios médicos não se sentem motivados a participar numa Ordem em que não se reconhecem. As críticas do Bastonário ao Ministro Mariano Gago são exageradas e não fundamentadas. Apenas se percebe, mais uma vez, a resistência à abertura de novos cursos de Medicina, levantando suspeitas de má preparação, não se sabendo quais as bases para o fazer. Esquece-se a Ordem dos Médicos da sua responsabilidade no que diz respeito ao fecho de vagas para Medicina ao longo dos anos, defendendo a manutenção da redução de vagas com o argumento do desemprego médico e da sua má distribuição territorial. O elevado número de Médicos estrangeiros a trabalhar em Portugal demonstra a falácia desses argumentos.
Seria muito importante que os representantes que forem proximamente eleitos tivessem a coragem de abrir este debate. Seria um estímulo a todos os médicos para se olharem criticamente, questionando o seu papel como grupo profissional, as suas prioridades, as suas carreiras, o Serviço Nacional de Saúde, as formações pré e pós graduada e o seu estatuto laboral, sem preconceitos.
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