Manifestação em Angola desvalorizada mas contra-atacada
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Manifestação em Angola desvalorizada mas contra-atacada
Manifestação em Angola desvalorizada mas contra-atacada
6 de Março, 2011por Francisco Kalenga*
Guerra de palavras e nervos caracterizam, nos últimos dias, a vida política em Luanda devido à manifestação de segunda-feira, que pretende a destituição do presidente da República, José Eduardo dos Santos.
A manif convocada de forma anónima na internet acabou por se tornar o assunto político da semana. No plano político-partidário, o MPLA, o partido do poder, e a Unita, principal opositor, demarcaram-se da iniciativa, assim como a Igreja Católica, entre outras entidades civis.
Outros partidos angolanos, nomeadamente, o PP-Partido Popular, o PDP-ANA e os POCs tentaram, esta semana, enquadrar a iniciativa no sistema , procurando assumir a liderança. Surgiram algumas vozes a reivindicarem a sua autoria, entre os quais Dias Chilola e David Mendes, conhecido popularmente como o advogado dos pobres e defensor de diversos presos políticos e activistas do chamado Manifesto da Lunda Tchokwe , um dos movimentos que apoia a manifestação de segunda-feira.
Outras organizações também alinharam pelo mesmo diapasão: Amplo Movimento Pelo Cidadão, o Fórum das Autoridades Tradicionais, a MPALABANDA e o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos.
O MPLA decidiu ir a jogo e alguns sectores do partido demonstraram um certo nervosismo. O que será, talvez, dos maiores trunfos dos organizadores da manifestação de 7 de Março. Na opinião de Rafael Marques, jornalista e activista anticorrupção, «a reacção do MPLA vale mais do que a própria convocatória e acaba por demonstrar a fraqueza do próprio regime, pois não havia necessidade de responder a uma convocatória anónima».
De qualquer modo, parece ter havido uma alteração de discurso: após afirmações de falcões como Dino Matross, secretário-geral do MPLA, que não reuniram consenso dentro do próprio partido e geraram apreensão, no final da semana chegou a vez das pombas . Uma marcha pela paz e estabilidade nacional teve lugar no sábado, marcada pelo Comité Provincial do MPLA.
francisco.kalenga@sol.co.ao
Tags: Lusofonia, Angola
6 de Março, 2011por Francisco Kalenga*
Guerra de palavras e nervos caracterizam, nos últimos dias, a vida política em Luanda devido à manifestação de segunda-feira, que pretende a destituição do presidente da República, José Eduardo dos Santos.
A manif convocada de forma anónima na internet acabou por se tornar o assunto político da semana. No plano político-partidário, o MPLA, o partido do poder, e a Unita, principal opositor, demarcaram-se da iniciativa, assim como a Igreja Católica, entre outras entidades civis.
Outros partidos angolanos, nomeadamente, o PP-Partido Popular, o PDP-ANA e os POCs tentaram, esta semana, enquadrar a iniciativa no sistema , procurando assumir a liderança. Surgiram algumas vozes a reivindicarem a sua autoria, entre os quais Dias Chilola e David Mendes, conhecido popularmente como o advogado dos pobres e defensor de diversos presos políticos e activistas do chamado Manifesto da Lunda Tchokwe , um dos movimentos que apoia a manifestação de segunda-feira.
Outras organizações também alinharam pelo mesmo diapasão: Amplo Movimento Pelo Cidadão, o Fórum das Autoridades Tradicionais, a MPALABANDA e o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos.
O MPLA decidiu ir a jogo e alguns sectores do partido demonstraram um certo nervosismo. O que será, talvez, dos maiores trunfos dos organizadores da manifestação de 7 de Março. Na opinião de Rafael Marques, jornalista e activista anticorrupção, «a reacção do MPLA vale mais do que a própria convocatória e acaba por demonstrar a fraqueza do próprio regime, pois não havia necessidade de responder a uma convocatória anónima».
De qualquer modo, parece ter havido uma alteração de discurso: após afirmações de falcões como Dino Matross, secretário-geral do MPLA, que não reuniram consenso dentro do próprio partido e geraram apreensão, no final da semana chegou a vez das pombas . Uma marcha pela paz e estabilidade nacional teve lugar no sábado, marcada pelo Comité Provincial do MPLA.
francisco.kalenga@sol.co.ao
Tags: Lusofonia, Angola
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Manifestação em Angola desvalorizada mas contra-atacada
As manifestações encenadas há 2 dias em Luanda fazem-me lembrar outras da minha juventude, em Portugal. Não gostei...
Viriato- Pontos : 16657
Re: Manifestação em Angola desvalorizada mas contra-atacada
Viriato escreveu:As manifestações encenadas há 2 dias em Luanda fazem-me lembrar outras da minha juventude, em Portugal. Não gostei...
Mas, Viriato, há alguma manif, que não seja encenada?
São todas encenadas, mesmo as ditas espontâneas, que têm de ter um denominador comum, ainda que esse denominador sejam os SMS, Facebooks, twitters, etc.
Espontânea, só a planta que nasce sem ser semeada e mesmo essa precisou do vento, de um pássaro, de um insecto, que lhe transportasse a semente....
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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