Oposição alemã critica afirmações de Merkel sobre férias e idade da reforma em Portugal
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Oposição alemã critica afirmações de Merkel sobre férias e idade da reforma em Portugal
Oposição alemã critica afirmações de Merkel sobre férias e idade da reforma em Portugal
Publicado em 18 de Maio de 2011 | Actualizado há 2 horas
A oposição alemã criticou hoje as exigências da chanceler Angela merkel para redução dos períodos de férias e aumento da idade da reforma nos chamados países periféricos da União Europeia com problemas financeiros, incluindo Portugal.
"A senhora Merkel aposta de novo no populismo e em agitar os ânimos, em vez de usar argumentos objetivos", disse hoje, em Berlim, o presidente do SPD, Sigmar Gabriel.
O líder social democrata considerou ainda "vergonhoso" que Angela Merkel "ponha em causa de forma tão leviana o ideal europeu dos seus antecessores" Konrad Adenauer, Willy Brandt, Helmut Schmidt e Gerhard Schroeder.
“Não são os trabalhadores e os pensionistas na Grécia os responsáveis pela crise financeira, mas sim os especuladores nas bolsas de valores e nos grandes bancos de investimento, só que a esses o governo não toca, e bloqueia a introdução de um impostos de transações financeiras”, acrescentou Gabriel.
Os Verdes, outra das forças com assento parlamentar na Alemanha, afirmaram, por seu turno, que a política europeia de Angela Merkel “continua a reduzir-se a frases feitas, ditas na praça pública e em comícios partidários”.
“As suas críticas a casos isolados, além de arbitrárias, só prejudicam a Grécia, Portugal ou a Espanha, e não refletem a realidade”, disse Cem Ozdemir, presidente dos ambientalistas.
Durante um comício em Meschede (Renânia), na segunda feira à noite, Angela Merkel, exigiu a unificação da idade da reforma e dos períodos de férias na União Europeia, criticando os sistemas vigentes na Grécia, Espanha e Portugal.
"Não se trata só de não contrair dívidas, em países como a Grécia, Espanha e Portugal, as pessoas não devem poder ir para a reforma mais cedo do que na Alemanha", afirmou a chanceler.
"Todos temos de fazer um esforço, isso é importante, não podemos ter a mesmo moeda, e uns terem muitas férias e outros poucas", advertiu Merkel.
O porta voz adjunto do governo, Christoph Steegmans, defendeu hoje as afirmações da chanceler, lembrando que na Cimeira Europeia de 24 e 25 de março foi decidido harmonizar os sistemas sociais na União Europeia.
“A chanceler mantém as suas afirmações, que são tudo menos populismo, são muito sérias”, acrescentou Steegmans.
Na Alemanha, a lei impõe que as empresas concedam aos trabalhadores um mínimo de 20 dias de férias por ano.
No entanto, mercê de acordos coletivosde trabalho, este período é mais alargado em muitas empresas, quer do setor privado, quer do setor público, chegando a ultrapassar os 30 dias úteis.
Quanto à entrada na idade da reforma na Alemanha, passará gradualmente dos 65 para os 67 anos, em processo que decorrerá entre 2012 e 2029.
Em Portugal, os trabalhadores podem reformar-se aos 65 anos, e o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou repetidamente que não será necessário aumentar esta idade, devido às medidas de sustentabilidade implementadas na segurança social.
As medidas em questão acoplaram o aumento da idade da reforma ao aumento da esperança média de vida, o que significa que a idade da reforma em Portugal poderá chegar primeiro do que na Alemanha aos 67 anos.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Publicado em 18 de Maio de 2011 | Actualizado há 2 horas
A oposição alemã criticou hoje as exigências da chanceler Angela merkel para redução dos períodos de férias e aumento da idade da reforma nos chamados países periféricos da União Europeia com problemas financeiros, incluindo Portugal.
"A senhora Merkel aposta de novo no populismo e em agitar os ânimos, em vez de usar argumentos objetivos", disse hoje, em Berlim, o presidente do SPD, Sigmar Gabriel.
O líder social democrata considerou ainda "vergonhoso" que Angela Merkel "ponha em causa de forma tão leviana o ideal europeu dos seus antecessores" Konrad Adenauer, Willy Brandt, Helmut Schmidt e Gerhard Schroeder.
“Não são os trabalhadores e os pensionistas na Grécia os responsáveis pela crise financeira, mas sim os especuladores nas bolsas de valores e nos grandes bancos de investimento, só que a esses o governo não toca, e bloqueia a introdução de um impostos de transações financeiras”, acrescentou Gabriel.
Os Verdes, outra das forças com assento parlamentar na Alemanha, afirmaram, por seu turno, que a política europeia de Angela Merkel “continua a reduzir-se a frases feitas, ditas na praça pública e em comícios partidários”.
“As suas críticas a casos isolados, além de arbitrárias, só prejudicam a Grécia, Portugal ou a Espanha, e não refletem a realidade”, disse Cem Ozdemir, presidente dos ambientalistas.
Durante um comício em Meschede (Renânia), na segunda feira à noite, Angela Merkel, exigiu a unificação da idade da reforma e dos períodos de férias na União Europeia, criticando os sistemas vigentes na Grécia, Espanha e Portugal.
"Não se trata só de não contrair dívidas, em países como a Grécia, Espanha e Portugal, as pessoas não devem poder ir para a reforma mais cedo do que na Alemanha", afirmou a chanceler.
"Todos temos de fazer um esforço, isso é importante, não podemos ter a mesmo moeda, e uns terem muitas férias e outros poucas", advertiu Merkel.
O porta voz adjunto do governo, Christoph Steegmans, defendeu hoje as afirmações da chanceler, lembrando que na Cimeira Europeia de 24 e 25 de março foi decidido harmonizar os sistemas sociais na União Europeia.
“A chanceler mantém as suas afirmações, que são tudo menos populismo, são muito sérias”, acrescentou Steegmans.
Na Alemanha, a lei impõe que as empresas concedam aos trabalhadores um mínimo de 20 dias de férias por ano.
No entanto, mercê de acordos coletivosde trabalho, este período é mais alargado em muitas empresas, quer do setor privado, quer do setor público, chegando a ultrapassar os 30 dias úteis.
Quanto à entrada na idade da reforma na Alemanha, passará gradualmente dos 65 para os 67 anos, em processo que decorrerá entre 2012 e 2029.
Em Portugal, os trabalhadores podem reformar-se aos 65 anos, e o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou repetidamente que não será necessário aumentar esta idade, devido às medidas de sustentabilidade implementadas na segurança social.
As medidas em questão acoplaram o aumento da idade da reforma ao aumento da esperança média de vida, o que significa que a idade da reforma em Portugal poderá chegar primeiro do que na Alemanha aos 67 anos.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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