Obama anuncia retirada de 10 mil soldados do Afeganistão até o fim do ano
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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Obama anuncia retirada de 10 mil soldados do Afeganistão até o fim do ano
Obama anuncia retirada de 10 mil soldados do Afeganistão até o fim do ano
Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
Atualizado em 22 de junho, 2011 - 22:05 (Brasília) 01:05 GMT
Combates americanos no Afeganistão têm cada vez menos apoio da opinião pública dos EUA
Em meio a um deficit recorde no
orçamento e à crescente perda de apoio popular à presença militar no
Afeganistão, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou na noite desta
quarta-feira um cronograma que prevê a retirada das tropas americanas
no Afeganistão em um ritmo mais rápido do que o esperado por analistas.
A estratégia foi detalhada em um pronunciamento
na Casa Branca, transmitido ao vivo pela TV, no qual Obama confirmou que
a retirada começa no próximo mês e disse que, até o fim deste ano, 10
mil soldados americanos deverão deixar o Afeganistão.
Guerra do Afeganistão
Tópicos relacionados
Esse contingente faz parte dos 33
mil soldados extras enviados ao país por Obama no fim de 2009. Segundo o
presidente, até setembro de 2012 todos esses soldados terão voltado
para casa.
Os Estados Unidos têm atualmente cerca de 100
mil soldados no Afeganistão. Obama não deu detalhes, porém, sobre os
planos para retirar os cerca de 68 mil restantes.
Transição
Obama deseja transferir as ações de segurança para forças afegãs de maneira gradual até o fim de 2014.
O presidente disse que, após o retorno dos 33
mil soldados iniciais, as tropas americanas continuarão a voltar para
casa em um ritmo estável, à medida que as forças de segurança afegãs
assumam a liderança.
“Nossa missão vai mudar de combate para apoio.
Até 2014, esse processo de transição estará completo, e o povo afegão
será responsável por sua própria segurança”, disse.
Obama ressaltou que está cumprindo a promessa feita quando anunciou o reforço das tropas no Afeganistão.
“(Na ocasião) Deixei claro que nosso
comprometimento não seria por prazo indefinido e que nós começaríamos a
retirar nossas forças neste mês de julho”, disse.
“Nesta noite, eu posso dizer a vocês que nós estamos cumprindo essa promessa.”
Divisões
No entanto, há grandes divisões dentro do governo americano sobre a rapidez com a qual os militares devem deixar o Afeganistão.
Os planos anunciados nesta quarta-feira envolvem
uma retirada maior e mais rápida do que a recomendada por alguns
comandantes, que defendem uma redução limitada das forças americanas no
país asiático, como modo de evitar um possível retrocesso no combate ao
Talebã.
O próprio secretário de Defesa, Robert Gates –
que deverá deixar o cargo no fim do mês –, alertou recentemente que o
progresso conquistado até agora pode estar ameaçado caso a retirada não
ocorra de modo “organizado e coordenado”.
A opinião pública, porém, vem demonstrando
crescente rejeição à presença no Afeganistão, sentimento que aumentou
ainda mais após a morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden – morto no
início de maio em uma operação militar americana no Paquistão.
A pressão é agravada pela lenta recuperação
econômica dos Estados Unidos, que enfrentam deficit recorde de US$ 1,4
trilhão (cerca de R$ 2,2 trilhões) no orçamento, o risco de ultrapassar o
limite da dívida pública, que já atingiu o teto de US$ 14,3 trilhões
(cerca de R$ 22,7 trilhões), e a necessidade de cortar gastos.
Congresso
Iniciadas há quase dez anos, após os atentados
de 11 de setembro de 2001, as operações no Afeganistão custam atualmente
mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) por semana aos cofres
americanos, o que tem despertado cada vez mais críticas, tanto de
republicanos quanto de democratas.
Na semana passada, um grupo de 27 senadores de ambos os partidos enviou uma carta a Obama pedindo uma grande retirada.
“Os custos de prolongar a guerra superam em muito os benefícios”, dizia a carta.
Logo após o pronunciamento de Obama, a líder da
minoria democrata na Câmara dos Representantes (deputados federais),
Nancy Pelosi, divulgou uma nota na qual afirma que muitos no Congresso e
no país tinham esperança que a retirada das forças americanas ocorresse
mais cedo do que o estabelecido pelo presidente.
“E nós vamos continuar pressionando por um melhor resultado”, diz a nota.
“Concluir esta guerra vai nos permitir reduzir o
deficit e concentrar total atenção nas prioridades do povo americano:
criação de empregos e investimento no futuro de nossa nação por meio de
uma economia forte e vibrante para nossos filhos.”
Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
Atualizado em 22 de junho, 2011 - 22:05 (Brasília) 01:05 GMT
Combates americanos no Afeganistão têm cada vez menos apoio da opinião pública dos EUA
Em meio a um deficit recorde no
orçamento e à crescente perda de apoio popular à presença militar no
Afeganistão, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou na noite desta
quarta-feira um cronograma que prevê a retirada das tropas americanas
no Afeganistão em um ritmo mais rápido do que o esperado por analistas.
A estratégia foi detalhada em um pronunciamento
na Casa Branca, transmitido ao vivo pela TV, no qual Obama confirmou que
a retirada começa no próximo mês e disse que, até o fim deste ano, 10
mil soldados americanos deverão deixar o Afeganistão.
Guerra do Afeganistão
- Secretário de Defesa dos EUA confirma diálogo com o Talebã
- Análise: Morte de Bin Laden pode facilitar retirada americana do Afeganistão
Tópicos relacionados
- Afeganistão,
- Estados Unidos,
- Internacional
Esse contingente faz parte dos 33
mil soldados extras enviados ao país por Obama no fim de 2009. Segundo o
presidente, até setembro de 2012 todos esses soldados terão voltado
para casa.
Os Estados Unidos têm atualmente cerca de 100
mil soldados no Afeganistão. Obama não deu detalhes, porém, sobre os
planos para retirar os cerca de 68 mil restantes.
Transição
Obama deseja transferir as ações de segurança para forças afegãs de maneira gradual até o fim de 2014.
O presidente disse que, após o retorno dos 33
mil soldados iniciais, as tropas americanas continuarão a voltar para
casa em um ritmo estável, à medida que as forças de segurança afegãs
assumam a liderança.
“Nossa missão vai mudar de combate para apoio.
Até 2014, esse processo de transição estará completo, e o povo afegão
será responsável por sua própria segurança”, disse.
Obama ressaltou que está cumprindo a promessa feita quando anunciou o reforço das tropas no Afeganistão.
“(Na ocasião) Deixei claro que nosso
comprometimento não seria por prazo indefinido e que nós começaríamos a
retirar nossas forças neste mês de julho”, disse.
“Nesta noite, eu posso dizer a vocês que nós estamos cumprindo essa promessa.”
Divisões
No entanto, há grandes divisões dentro do governo americano sobre a rapidez com a qual os militares devem deixar o Afeganistão.
Os planos anunciados nesta quarta-feira envolvem
uma retirada maior e mais rápida do que a recomendada por alguns
comandantes, que defendem uma redução limitada das forças americanas no
país asiático, como modo de evitar um possível retrocesso no combate ao
Talebã.
O próprio secretário de Defesa, Robert Gates –
que deverá deixar o cargo no fim do mês –, alertou recentemente que o
progresso conquistado até agora pode estar ameaçado caso a retirada não
ocorra de modo “organizado e coordenado”.
A opinião pública, porém, vem demonstrando
crescente rejeição à presença no Afeganistão, sentimento que aumentou
ainda mais após a morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden – morto no
início de maio em uma operação militar americana no Paquistão.
A pressão é agravada pela lenta recuperação
econômica dos Estados Unidos, que enfrentam deficit recorde de US$ 1,4
trilhão (cerca de R$ 2,2 trilhões) no orçamento, o risco de ultrapassar o
limite da dívida pública, que já atingiu o teto de US$ 14,3 trilhões
(cerca de R$ 22,7 trilhões), e a necessidade de cortar gastos.
Congresso
Iniciadas há quase dez anos, após os atentados
de 11 de setembro de 2001, as operações no Afeganistão custam atualmente
mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) por semana aos cofres
americanos, o que tem despertado cada vez mais críticas, tanto de
republicanos quanto de democratas.
Na semana passada, um grupo de 27 senadores de ambos os partidos enviou uma carta a Obama pedindo uma grande retirada.
“Os custos de prolongar a guerra superam em muito os benefícios”, dizia a carta.
Logo após o pronunciamento de Obama, a líder da
minoria democrata na Câmara dos Representantes (deputados federais),
Nancy Pelosi, divulgou uma nota na qual afirma que muitos no Congresso e
no país tinham esperança que a retirada das forças americanas ocorresse
mais cedo do que o estabelecido pelo presidente.
“E nós vamos continuar pressionando por um melhor resultado”, diz a nota.
“Concluir esta guerra vai nos permitir reduzir o
deficit e concentrar total atenção nas prioridades do povo americano:
criação de empregos e investimento no futuro de nossa nação por meio de
uma economia forte e vibrante para nossos filhos.”
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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