Portugueses descobrem segredo do vírus do herpes
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Portugueses descobrem segredo do vírus do herpes
Portugueses descobrem segredo do vírus do herpes
FILOMENA NAVES
Descoberta. Investigadores do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, testaram a possibilidade de um pequeno fragmento de proteína, das muitas que o vírus do herpes contém, bastar ao sistema imunitário do hospedeiro para desencadear uma reacção de defesa. E descobriram que isso é mesmo assim
Um grupo de investigadores portugueses conseguiu pela primeira vez demonstrar experimentalmente que basta ao sistema imunológico reconhecer um pequeno fragmento de uma das muitas proteínas que existem no vírus herpes para desencadear a partir daí uma resposta imunitária e controlar a infecção.
O trabalho, realizado por uma equipa chefiada pelo virologista Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, é publicado hoje na revista PloS Pathogens, e tem implicações para a medicina. "Se funciona assim em ratinhos, é de supor que o mesmo processo ocorra também nos seres humanos, o que abre portas a estudos nesta área", afirmou ao DN Pedro Simas.
Já se sabia antes que aquele fragmento de proteína específico do vírus herpes que foi testado pela equipa portuguesa tinha um papel na resposta imunológica do hospedeiro. Mas com este trabalho foi possível ir agora mais longe: descobriu-se que o reconhecimento daquele pedacinho de proteína é suficiente para desencadear a resposta imunitária.
Esta não é, no entanto, a única novidade que emergiu do estudo realizado pela equipa do IMM. A outra prende-se com a intensidade da resposta imunitária do hospedeiro ao vírus invasor, que ficou agora melhor compreendida.
Nem todos os ratinhos (ou seres humanos) reagem da mesma maneira à proliferação dos vírus no organismo e à infecção que eles provocam, o que se traduz em mais ou menos carga viral no organismo. E quanto mais carga viral, mais grave a infecção. Mas porque é assim afinal?
O que os investigadores do IMM conseguiram perceber foi que a quantidade maior ou menor de vírus presentes no organismo depende da forma como as células T do sistema imunitário (cuja missão é sinalizar os intrusos) reconhecem o tal fragmente de proteína do herpes, o vírus que foi utilizado neste estudo.
"Esta variabilidade no reconhecimento do vírus determina a resposta mais ou menos eficaz do sistema imunitário e é por isso, por exemplo, que nem todas as pessoas ficam doentes quando surgem infecções virais", conclui Pedro Simas.
FILOMENA NAVES
Descoberta. Investigadores do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, testaram a possibilidade de um pequeno fragmento de proteína, das muitas que o vírus do herpes contém, bastar ao sistema imunitário do hospedeiro para desencadear uma reacção de defesa. E descobriram que isso é mesmo assim
Um grupo de investigadores portugueses conseguiu pela primeira vez demonstrar experimentalmente que basta ao sistema imunológico reconhecer um pequeno fragmento de uma das muitas proteínas que existem no vírus herpes para desencadear a partir daí uma resposta imunitária e controlar a infecção.
O trabalho, realizado por uma equipa chefiada pelo virologista Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, é publicado hoje na revista PloS Pathogens, e tem implicações para a medicina. "Se funciona assim em ratinhos, é de supor que o mesmo processo ocorra também nos seres humanos, o que abre portas a estudos nesta área", afirmou ao DN Pedro Simas.
Já se sabia antes que aquele fragmento de proteína específico do vírus herpes que foi testado pela equipa portuguesa tinha um papel na resposta imunológica do hospedeiro. Mas com este trabalho foi possível ir agora mais longe: descobriu-se que o reconhecimento daquele pedacinho de proteína é suficiente para desencadear a resposta imunitária.
Esta não é, no entanto, a única novidade que emergiu do estudo realizado pela equipa do IMM. A outra prende-se com a intensidade da resposta imunitária do hospedeiro ao vírus invasor, que ficou agora melhor compreendida.
Nem todos os ratinhos (ou seres humanos) reagem da mesma maneira à proliferação dos vírus no organismo e à infecção que eles provocam, o que se traduz em mais ou menos carga viral no organismo. E quanto mais carga viral, mais grave a infecção. Mas porque é assim afinal?
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