Sair do euro condenaria Portugal "à mediocridade"
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Sair do euro condenaria Portugal "à mediocridade"
Sair do euro condenaria Portugal "à mediocridade"
28 Dezembro 2011 | 13:18
Lusa
Tamanho
Portugal deve continuar no euro "por razões políticas", ou estará condenado "à mediocridade e à irrelevância",
"Precisamos
do projecto do euro, não por razões meramente económicas mas por razões
políticas. Caso contrário, estaremos condenados à periferia, à
mediocridade e à irrelevância", afirmou Oliveira Martins, ministro das
Finanças na altura da introdução das notas e moedas do euro (2002) e
actual presidente do Tribunal de Contas.
Em entrevista à agência Lusa, Guilherme d'Oliveira Martins diz que, mesmo tendo em conta a crise financeira que agora afecta o país, valeu a pena para Portugal integrar a Zona Euro.
"Julgo
que não há dúvidas relativamente a isso. Basta ver os números, a
evolução no que se refere a grandes tendências de convergência", diz o
antigo ministro das Finanças. "Creio que estes dez anos são para
celebrar."
Oliveira Martins prevê que o euro será "duradouro",
apesar das dificuldades conjunturais e de uma "tendência que pode
ocorrer" no sentido da "progressiva irrelevância" das economias
europeias.
"O projecto do euro não é irreversível, não há nenhum
projecto humano que o seja, mas está para durar", afirma o presidente
do Tribunal de Contas. "Costumo perguntar aos meus alunos se o euro é
uma moeda forte ou fraca; todos me dizem que é forte. É uma moeda
respeitada internacionalmente. Esperemos que seja a base para uma
economia mais segura."
Oliveira Martins rejeita igualmente a
ideia de que voltar a ter moeda própria poderia ajudar Portugal a
superar a crise económica. Os efeitos positivos da desvalorização
cambial, argumenta, são muito exagerados pelos seus defensores.
"Essa
política das desvalorizações, que muitas vezes se invoca como espécie
de [saída para a crise], não corresponde de modo algum a uma salvação",
afirma. Optar por essa via "seria apenas aceitar a periferia e a
irrelevância".
28 Dezembro 2011 | 13:18
Lusa
Tamanho
Portugal deve continuar no euro "por razões políticas", ou estará condenado "à mediocridade e à irrelevância",
"Precisamos
do projecto do euro, não por razões meramente económicas mas por razões
políticas. Caso contrário, estaremos condenados à periferia, à
mediocridade e à irrelevância", afirmou Oliveira Martins, ministro das
Finanças na altura da introdução das notas e moedas do euro (2002) e
actual presidente do Tribunal de Contas.
Em entrevista à agência Lusa, Guilherme d'Oliveira Martins diz que, mesmo tendo em conta a crise financeira que agora afecta o país, valeu a pena para Portugal integrar a Zona Euro.
"Julgo
que não há dúvidas relativamente a isso. Basta ver os números, a
evolução no que se refere a grandes tendências de convergência", diz o
antigo ministro das Finanças. "Creio que estes dez anos são para
celebrar."
Oliveira Martins prevê que o euro será "duradouro",
apesar das dificuldades conjunturais e de uma "tendência que pode
ocorrer" no sentido da "progressiva irrelevância" das economias
europeias.
"O projecto do euro não é irreversível, não há nenhum
projecto humano que o seja, mas está para durar", afirma o presidente
do Tribunal de Contas. "Costumo perguntar aos meus alunos se o euro é
uma moeda forte ou fraca; todos me dizem que é forte. É uma moeda
respeitada internacionalmente. Esperemos que seja a base para uma
economia mais segura."
Oliveira Martins rejeita igualmente a
ideia de que voltar a ter moeda própria poderia ajudar Portugal a
superar a crise económica. Os efeitos positivos da desvalorização
cambial, argumenta, são muito exagerados pelos seus defensores.
"Essa
política das desvalorizações, que muitas vezes se invoca como espécie
de [saída para a crise], não corresponde de modo algum a uma salvação",
afirma. Optar por essa via "seria apenas aceitar a periferia e a
irrelevância".
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