Soros avisa que a Alemanha poderá ser odiada na Europa
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Soros avisa que a Alemanha poderá ser odiada na Europa
Soros avisa que a Alemanha poderá ser odiada na Europa
por DN.ptHoje
George Soros
Fotografia © Reuters
Em vésperas de mais um Conselho Europeu, o investidor George Soros diz
estar pessimista em relação à solução que será encontrada para tentar
resolver a crise na Zona Euro e afirma que os líderes estão numa corrida
contra o tempo. Numa entrevista hoje divulgada pelo 'site' da revista
alemã 'Spiegel', o magnata americano e de origem húngara alerta para o
risco de a Alemanha poder vir a transformar-se numa potência imperial e
odiada.
Na entrevista, Soros, de 81
anos de idade, refere que a Alemanha, cansada de ser o garante da
estabilidade do euro face às graves crises da dívida de outros países,
poderá decidir ser ela a abandonar a moeda única da União Europeia, mas
alerta para o custo tremendo que isso poderia vir a ter.
"Eu li o
relatório do Ministério das Finanças da Alemanha, que estima os custos
de uma saída da Zona Euro em termos de de emprego e atividade económica,
ambos os quais são bastantes reais. E, por ser esse o caso, a Alemanha
fará sempre o mínimo para preservar o euro. Mas fazer o mínimo irá, no
entanto, perpetuar a situação em que os países endividados da Europa têm
que pagar prémios tremendos para refinanciar a as suas dívidas. O
resultado será uma Europa em que a Alemanha é vista como uma potência
imperial que não é amada e admirada pelo resto da Europa, mas sim odiada
e resistida, porque irá ser percecionada como uma potência opressora".
Questionado
sobre porque é que deverá a Alemanha arcar com toda a culpa, Soros
reconhece que os países endividados não fizeram as reformas estruturais
necessárias e estão por isso em desvantagem em relação aos alemães, mas
lembra que as desvantagens estão a ser ainda mais evidenciadas através
das políticas punitivas que estão agora em vigor. "A Itália tem de
gastar todos os anos 6% dos seu PIB apenas para ficar equilibrada com a
Alemanha porque tem que pagar muito mais para refinanciar a sua dívida.
Não é possível que, dessa forma, a Itália possa fechar o fosso de
competitividade que tem em relação à Alemanha".
Lembrando o Plano
Marshall americano que permitiu a reconstrução da Europa a seguir à
Segunda Guerra Mundial, Soros refere que a Alemanha da chanceler Angela
Merkel não quer comprometer-se com nada parecido com esse plano de
ajuda.
Questionado sobre o enorme custo que teria para a Alemanha
um "Plano Marshall europeu", quando comparado ao custo que o verdadeiro
Plano Marshall teve em termos de PIB dos EUA, Soros responde:
"Disparates. Quanto mais abrangente e convincente for um programa de
redução de dívida, menos é provável que ele venha a falhar. E
lembrem-se, tal como a Alemanha está grata aos EUA pelo Plano Marshall,
também a Itália estaria grata à Alemanha por ajudá-la a baixar os seus
custos de refinanciamento. Se isso acontecesse, a Alemanha poderia fixar
as condições. E a Itália ficaria satisfeita em cumpri-las, porque iria
beneficiar delas, não em reconhecer que esta oportunidade é um erro
trágico e histórico dos alemães".
por DN.ptHoje
George Soros
Fotografia © Reuters
Em vésperas de mais um Conselho Europeu, o investidor George Soros diz
estar pessimista em relação à solução que será encontrada para tentar
resolver a crise na Zona Euro e afirma que os líderes estão numa corrida
contra o tempo. Numa entrevista hoje divulgada pelo 'site' da revista
alemã 'Spiegel', o magnata americano e de origem húngara alerta para o
risco de a Alemanha poder vir a transformar-se numa potência imperial e
odiada.
Na entrevista, Soros, de 81
anos de idade, refere que a Alemanha, cansada de ser o garante da
estabilidade do euro face às graves crises da dívida de outros países,
poderá decidir ser ela a abandonar a moeda única da União Europeia, mas
alerta para o custo tremendo que isso poderia vir a ter.
"Eu li o
relatório do Ministério das Finanças da Alemanha, que estima os custos
de uma saída da Zona Euro em termos de de emprego e atividade económica,
ambos os quais são bastantes reais. E, por ser esse o caso, a Alemanha
fará sempre o mínimo para preservar o euro. Mas fazer o mínimo irá, no
entanto, perpetuar a situação em que os países endividados da Europa têm
que pagar prémios tremendos para refinanciar a as suas dívidas. O
resultado será uma Europa em que a Alemanha é vista como uma potência
imperial que não é amada e admirada pelo resto da Europa, mas sim odiada
e resistida, porque irá ser percecionada como uma potência opressora".
Questionado
sobre porque é que deverá a Alemanha arcar com toda a culpa, Soros
reconhece que os países endividados não fizeram as reformas estruturais
necessárias e estão por isso em desvantagem em relação aos alemães, mas
lembra que as desvantagens estão a ser ainda mais evidenciadas através
das políticas punitivas que estão agora em vigor. "A Itália tem de
gastar todos os anos 6% dos seu PIB apenas para ficar equilibrada com a
Alemanha porque tem que pagar muito mais para refinanciar a sua dívida.
Não é possível que, dessa forma, a Itália possa fechar o fosso de
competitividade que tem em relação à Alemanha".
Lembrando o Plano
Marshall americano que permitiu a reconstrução da Europa a seguir à
Segunda Guerra Mundial, Soros refere que a Alemanha da chanceler Angela
Merkel não quer comprometer-se com nada parecido com esse plano de
ajuda.
Questionado sobre o enorme custo que teria para a Alemanha
um "Plano Marshall europeu", quando comparado ao custo que o verdadeiro
Plano Marshall teve em termos de PIB dos EUA, Soros responde:
"Disparates. Quanto mais abrangente e convincente for um programa de
redução de dívida, menos é provável que ele venha a falhar. E
lembrem-se, tal como a Alemanha está grata aos EUA pelo Plano Marshall,
também a Itália estaria grata à Alemanha por ajudá-la a baixar os seus
custos de refinanciamento. Se isso acontecesse, a Alemanha poderia fixar
as condições. E a Itália ficaria satisfeita em cumpri-las, porque iria
beneficiar delas, não em reconhecer que esta oportunidade é um erro
trágico e histórico dos alemães".
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117583
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