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CRISE NA EUROPA
21/10/2013 - 14h47 | Redação | São Paulo

Grupo de portugueses se reúne para agradecer "ajuda" de credores internacionais
Sem apoio da população, manifestantes do "Obrigado, troika" precisaram contactar 400 pessoas para "engrossar" o evento


Atualizada às 15h15

grupo de portugueses se vai se reunir nesta segunda-feira (21/10) para uma manifestação incomum: ao contrário da maioria dos protestos anteriores contra as medidas de austeridade implantadas por Lisboa, eles resolveram agradecer à troika (grupo de credores internacionais - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) pela "ajuda ao país".
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O objetivo do "Obrigado, troika" (nome dado pelos portugueses) é “agradecer a ajuda dos credores internacionais, no sentido de mostrarmos que Portugal precisa mostrar o seu reconhecimento”, disse uma das porta-vozes do grupo em entrevista ao jornal Público.

Agência Efe

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Portugal aprovou na semana passada proposta orçamentária federal para 2014, com mais cortes nos salários e pensões de servidores públicos pelo terceiro ano consecutivo, como forma de garantir uma economia estimada em € 3,9 bilhões. Funcionários do governo que ganham acima de € 600 por mês terão os salários reduzidos em até 12%, enquanto as pensões que ultrapassarem o mesmo patamar serão diminuídas em cerca de 10%.

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Mesmo assim, o grupo usou internet e mensagens SMS para promover o encontro e ajudar a troika a ganhar simpatizantes - sem muito sucesso, no entanto. Cerca de 400 pessoas precisaram ser "contactadas" de última hora para ajudar a engrossar o "Obrigado, troika". 
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Segundo informações da imprensa local, a organização não teme confronto com pessoas contrárias à troika. Rita Vasconcelos, em entrevista ao jornal Público, afirmou que muitas pessoas não conhecem o assunto e se deixam levar pela ação de manifestações na rua. “Os protestos que temos assistido contra a troika levam muitas pessoas para a rua. Provavelmente, essas pessoas não estão informadas”, disse.

Ela disse que, como outros portugueses, também sentiu os efeitos das medidas de austeridade. “Todos nós sentimos os efeitos, mas acredito naquilo que me dizem: é absolutamente necessário fazer o que está sendo feito”, analisa. “Se todos aceitassem estas medidas, pensando que é um sacrifício que estão a fazer, se calhar muita coisa já podia estar resolvida”.