Viva a República ou como correu bem o congresso dos reformados
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Viva a República ou como correu bem o congresso dos reformados
Viva a República ou como correu bem o congresso dos reformados
Almeida Santos (87), Pezarat Correia (82), Manuel Alegre (78), Alfredo Bruto da Costa (75), Carlos do Carmo (74), Boaventuta Sousa Santos (73), Vasco Lourenço (72), Bento Domingues (69), António Capucho (68), Ruben de Carvalho (68), Helena Roseta (66), Pinto Ramalho (66), Vítor Ramalho (65), Rosário Gama (65), Pacheco Pereira (64) e outros centos juntaram-se em algazarra na Aula Magna, nem mesmo faltando ao evento a inefável Pilar del Rio, que lá estava em representação de Saramago e da fundação que a fundo perdido vai recebendo do Estado os restos da magnanimidade que nos arruinou. O Congresso em defesa do passado foi eloquente testemunho da falta de sabedoria de quem nada aprendeu com 40 anos de usufruto do poder exclusivo, não deixou nem obra material, nem obra cívica, ludibriou os portugueses com quimeras que sabiam inalcançáveis, espalhou o facilitismo, a cultura da rabugice e do chupismo, arruinou a Universidade, destruiu as Forças Armadas, promoveu a mediocridade, impôs um tipo absolutamente novo de censura invisível que acabou por transformar os portugueses em sociedade incapaz de pensar. Esta tirania que não dá pelo nome está a viver os últimos dias. O dinheiro acabou - eles bem o sabem - pelo que o apelo à violência é um aceno a nova turbamulta que lhes garanta adiar o fatal dia em que Portugal terá de virar a página a esta III República.
O congresso, ao contrário do suposto elã, foi mais demonstração de fraqueza que afirmação de poder desse regime saído da Constituição de 76. Não compreendem - pois não vivem como os outros - que aquela mole grisalha que ali estava para os aplaudir não faz revolução alguma, que ali estão para contrariar os imparáveis ventos que, diz a sociologia política, assolam qualquer regime envelhecido. Perante o espectáculo da passada 5ª feira, aqueles que quiserem dar o passo decidido para a mudança, podê-lo-ão fazer sem grande risco.
Em registo final, marcado pela sabedoria - para isso servem os filósofos - ocorre-me a consabida frase de Shopenhauer, para quem "só podemos formular um juízo correcto sobre coisas passadas e um prognóstico acertado sobre as coisas do futuro, quando estas não nos dizem respeito; quer dizer, quando em nada afectam os nossos interesses".
Publicada por Combustões à(s) 24.11.13 Sem comentários: Em registo final, marcado pela sabedoria - para isso servem os filósofos - ocorre-me a consabida frase de Shopenhauer, para quem "só podemos formular um juízo correcto sobre coisas passadas e um prognóstico acertado sobre as coisas do futuro, quando estas não nos dizem respeito; quer dizer, quando em nada afectam os nossos interesses".
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