Lei que define Israel como 'Estado judaico' causa racha em coalizão de Netanyahu Felipe Amorim | São Paulo - 24/11/2014 - 13h16 Criticado por fixar direitos a judeus e discriminar minorias, novo projeto foi aprovado em sessão tensa no gabinete — analistas
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Lei que define Israel como 'Estado judaico' causa racha em coalizão de Netanyahu Felipe Amorim | São Paulo - 24/11/2014 - 13h16 Criticado por fixar direitos a judeus e discriminar minorias, novo projeto foi aprovado em sessão tensa no gabinete — analistas
Lei que define Israel como 'Estado judaico' causa racha em coalizão de Netanyahu
Felipe Amorim | São Paulo - 24/11/2014 - 13h16
Criticado por fixar direitos a judeus e discriminar minorias, novo projeto foi aprovado em sessão tensa no gabinete — analistas falam em eleições antecipadas
Com a aprovação da lei que define juridicamente Israel como um "Estado judaico", o mais recente passo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu coloca no cenário político nacional a possibilidade de ruptura da coalizão que sustenta seu governo, com posições cada vez mais radicais.
Em uma sessão turbulenta, o gabinete ministerial israelense aprovou no domingo (23/11) por 14 votos a 6 uma lei que modifica o status legal de Israel, ao fixá-lo como "Estado-nacional" do povo judeu. Segundo os críticos, o novo dispositivo é polêmico pois reserva "direitos nacionais" apenas à população judia, excluindo as minorias — árabes-muçulmanos e cristãos são atualmente 20% dos cidadãos israelenses.
Leia também: Acesso e controle de templos religiosos acirram conflito na região
Agência Efe
Netanyahu conseguiu que projeto alterando status jurídico do Estado de Israel fosse aprovado por 14 votos a 6 entre seu gabinete ministerial
A votação, com bate-boca entre o premiê e alguns de seus ministros, elucidou a existência de rachas políticos na coalizão governista. Já corre a notícia de uma eventual antecipação das eleições gerais, previstas para 2017; neste novo cenário, segundo analisa um colunista do jornal Haaretz, Netanyahu levaria a cabo uma reacomodação política, deixando-o mais próximo dos "parceiros naturais": a direita e os ultra-ortodoxos.
Ao mesmo jornal Haaretz, um dos membros do gabinete chegou a descrever a sessão do conselho como "uma erupção de pus que inundou a sala depois que alguém cutucou com força a ferida". As principais dissidências da equipe de Netanyahu foram os ministros da Finança, Yair Lapid (do partido centrista Yesh Atid), e a ministra da Justiça, Tzipi Livni (do também centrista Hatnua).
Leia Especial de Opera Mundi na ocasião dos 65 anos de criação do Estado de Israel
"O elefante na sala de estar é que você [Netanyahu] quer que nós [partidos Hatnua e Yesh Atid] votemos contra a lei para que você possa nos demitir", disse Livni, citada pelo jornal local Jerusalem Post. Em resposta, o premiê acusou a ministra da Justiça de ser "fraca"; Livni afirmou que Netanyahu "está destruindo o país". O ministro das Finanças, por sua vez, afirmou que a proposta é "eleitoreira".
Para entrar em vigor, a lei ainda precisa ser aprovada pelo Knesset, o Parlamento israelense. Inicialmente, a votação estava prevista para a próxima quarta (26/11), mas um acordo político entre lideranças partidárias resolveu adiar a sessão para a próxima semana, mostrando a preocupação das legendas em lidar com o tema.
Na mesma sessão, Netanyahu também conseguiu fazer passar uma peça que permite a cassação de uma série de direitos civis — como o de propriedade sobre residência — em caso de palestinos que tenham relações de parentesco com autores de ataques contra Israel.
Meses após o fim da Operação Margem Protetora, que durou 50 dias e matou mais de 2 mil palestinos na Faixa de Gaza (maioria civis) e 72 israelenses (66 soldados), a tensão em Israel voltou a subir em um conflito recentemente acirrado por questões religiosas — cujo foco principal é o acesso e o controle da região da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, local sagrado para o islã e também para o judaísmo [clique aqui para entender o que está em disputa no local].
Netanyahu: "há direitos só para judeus"
"Israel é um Estado judeu e democrático. Existem aqueles que querem que a democracia tenha precedência sobre o judaísmo, e aqueles que acham o contrário. Na lei que estou apresentando, os dois princípios são equivalentes e devem ser considerados igualmente", disse o premiê, respondendo às críticas de que a alteração era desnecessária após 66 anos de criado o Estado de Israel.
Agência Efe
Após ataques contra mesquitas e sinagogas na semana passada, sheik árabe e rabino apertam as mãos em Jerusalém
Para Netanyahu, Israel é a terra natal para todos os judeus do mundo, onde, insiste o premiê, há direitos iguais entre todos os cidadãos. "Mas há direitos nacionais apenas para a população judia. A bandeira, o hino, o direito que todo judeu tem de emigrar para Israel, além de outros símbolos nacionais", afirmou.
A aprovação da medida é necessária, segundo Netanyahu, pois muitos têm questionado o caráter de Israel como Estado-Nacional para o povo judeu. "Os palestinos se recusam a reconhecê-lo", diz o premiê.
Felipe Amorim | São Paulo - 24/11/2014 - 13h16
Criticado por fixar direitos a judeus e discriminar minorias, novo projeto foi aprovado em sessão tensa no gabinete — analistas falam em eleições antecipadas
Com a aprovação da lei que define juridicamente Israel como um "Estado judaico", o mais recente passo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu coloca no cenário político nacional a possibilidade de ruptura da coalizão que sustenta seu governo, com posições cada vez mais radicais.
Em uma sessão turbulenta, o gabinete ministerial israelense aprovou no domingo (23/11) por 14 votos a 6 uma lei que modifica o status legal de Israel, ao fixá-lo como "Estado-nacional" do povo judeu. Segundo os críticos, o novo dispositivo é polêmico pois reserva "direitos nacionais" apenas à população judia, excluindo as minorias — árabes-muçulmanos e cristãos são atualmente 20% dos cidadãos israelenses.
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Agência Efe
Netanyahu conseguiu que projeto alterando status jurídico do Estado de Israel fosse aprovado por 14 votos a 6 entre seu gabinete ministerial
A votação, com bate-boca entre o premiê e alguns de seus ministros, elucidou a existência de rachas políticos na coalizão governista. Já corre a notícia de uma eventual antecipação das eleições gerais, previstas para 2017; neste novo cenário, segundo analisa um colunista do jornal Haaretz, Netanyahu levaria a cabo uma reacomodação política, deixando-o mais próximo dos "parceiros naturais": a direita e os ultra-ortodoxos.
Ao mesmo jornal Haaretz, um dos membros do gabinete chegou a descrever a sessão do conselho como "uma erupção de pus que inundou a sala depois que alguém cutucou com força a ferida". As principais dissidências da equipe de Netanyahu foram os ministros da Finança, Yair Lapid (do partido centrista Yesh Atid), e a ministra da Justiça, Tzipi Livni (do também centrista Hatnua).
Leia Especial de Opera Mundi na ocasião dos 65 anos de criação do Estado de Israel
"O elefante na sala de estar é que você [Netanyahu] quer que nós [partidos Hatnua e Yesh Atid] votemos contra a lei para que você possa nos demitir", disse Livni, citada pelo jornal local Jerusalem Post. Em resposta, o premiê acusou a ministra da Justiça de ser "fraca"; Livni afirmou que Netanyahu "está destruindo o país". O ministro das Finanças, por sua vez, afirmou que a proposta é "eleitoreira".
Para entrar em vigor, a lei ainda precisa ser aprovada pelo Knesset, o Parlamento israelense. Inicialmente, a votação estava prevista para a próxima quarta (26/11), mas um acordo político entre lideranças partidárias resolveu adiar a sessão para a próxima semana, mostrando a preocupação das legendas em lidar com o tema.
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Netanyahu: "há direitos só para judeus"
"Israel é um Estado judeu e democrático. Existem aqueles que querem que a democracia tenha precedência sobre o judaísmo, e aqueles que acham o contrário. Na lei que estou apresentando, os dois princípios são equivalentes e devem ser considerados igualmente", disse o premiê, respondendo às críticas de que a alteração era desnecessária após 66 anos de criado o Estado de Israel.
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Para Netanyahu, Israel é a terra natal para todos os judeus do mundo, onde, insiste o premiê, há direitos iguais entre todos os cidadãos. "Mas há direitos nacionais apenas para a população judia. A bandeira, o hino, o direito que todo judeu tem de emigrar para Israel, além de outros símbolos nacionais", afirmou.
A aprovação da medida é necessária, segundo Netanyahu, pois muitos têm questionado o caráter de Israel como Estado-Nacional para o povo judeu. "Os palestinos se recusam a reconhecê-lo", diz o premiê.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Lei que define Israel como 'Estado judaico' causa racha em coalizão de Netanyahu Felipe Amorim | São Paulo - 24/11/2014 - 13h16 Criticado por fixar direitos a judeus e discriminar minorias, novo projeto foi aprovado em sessão tensa no gabinete — analistas
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Re: Lei que define Israel como 'Estado judaico' causa racha em coalizão de Netanyahu Felipe Amorim | São Paulo - 24/11/2014 - 13h16 Criticado por fixar direitos a judeus e discriminar minorias, novo projeto foi aprovado em sessão tensa no gabinete — analistas
Os americanos chamaram-lhe COBARDE e ele actua na area desse estigma
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