Tsipras pede reunião urgente com Merkel, Juncker e Draghi
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Tsipras pede reunião urgente com Merkel, Juncker e Draghi
Tsipras pede reunião urgente com Merkel, Juncker e Draghi
Miguel Castro Mendes (Bruxelas)
17/03/2015 - 18:45
Primeiro-ministro grego pede reunião à margem do Conselho Europeu, enquanto aumentam as preocupações sobre a situação financeira da Grécia.
Aumenta o clima de incerteza na Grécia LOUISA GOULIAMAKI/AFP
Uma reunião entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e os principais dirigentes europeus, incluindo Angela Merkel, Mario Draghi e Jean-Claude Juncker, deverá ter lugar na quinta-feira, pouco antes da cimeira europeia que reunirá durante dois dias todos os líderes da UE. Segundo a AFP, apenas a presença de Mario Draghi, presidente do BCE, ainda está em dúvida. O primeiro-ministro grego quer discutir com urgência as necessidades de financiamento a curto prazo de Atenas, numa altura em que aumentam os receios sobre as reservas de liquidez de que ainda dispõe a Grécia.
Desde o início da semana que se sabia que o Governo grego queria que a situação da Grécia fosse objecto de debate na cimeira europeia. Numa entrevista ao jornal grego Ethnos, publicada na segunda-feira e reproduzida pela AFP, Alexis Tsipras afirmou que a questão das necessidades de financiamento a curto prazo da Grécia "será resolvida a nível político até ao final de semana, se necessário na cimeira europeia".
No entanto, Donald Tusk, que preside ao Conselho Europeu, recusou-se a modificar a cimeira agendada, que terá como temas fortes a estratégia para uma união da energia, apresentada pela Comissão Juncker a 25 de Fevereiro, e a situação na Ucrânia. Do lado das instituições europeias a mensagem é clara: nesta fase, o Governo grego deve concentrar-se em iniciar o trabalho de reformas em conjunto com o "Grupo de Bruxelas", que reúne o Governo grego, as três instituições da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e o fundo de resgate europeu (o Mecanismo Europeu de Estabilidade – MEE). Até haver progressos nas negociações técnicas sobre o programa de reformas gregas, não se justificam mais discussões políticas, defende também a Comissão Europeia.
Gorada a tentativa de discutir a questão no Conselho Europeu, Tsipras terá então pedido a Tusk uma reunião na quinta-feira, antes do Conselho Europeu, com a chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, François Hollande, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do BCE, Mario Draghi. O porta-voz de Tusk, Preben Aamann, confirmou esta terça-feira que o presidente do Conselho Europeu já está em contacto com Tsipras e os outros líderes para organizar esse encontro à margem da cimeira.
Não é clara a verdadeira situação das finanças gregas, com alguns observadores a afirmar que a Grécia poderá ficar sem dinheiro ainda no mês de Março. Isto, apesar das garantias do ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, e do próprio Alexis Tsipras no domingo, de que a situação está controlada. Mas esta intensa actividade diplomática de Tsipras para discutir a questão o mais cedo possível com os parceiros europeus parece indicar que os sinais de alarme estão de facto a tocar em Atenas. E as dificuldades imediatas podem obrigar os líderes europeus a ter de considerar algum tipo de apoio adicional a Atenas. A Grécia reembolsou nesta segunda-feira mais 584 milhões de euros ao FMI, mas deverá pagar ainda mais 300 milhões na sexta-feira, e mais 460 milhões a 13 de Abril. Sem acesso aos mercados financeiros e com a última tranche do empréstimo europeu bloqueada até o final do mês de Abril, não se afiguram fáceis as próximas semanas para o Governo grego.
Dijsselbloem fala em controlo de capitais
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbleom, por seu lado, deu, também nesta terça-feira, uma entrevista à rádio holandesa BNR Nieuwsradio, em que alerta que a pressão sobre as reservas de liquidez da Grécia "aumentam a cada dia". O ministro das Finanças holandês mencionou a possibilidade de instaurar o controlo de capitais, caso a Grécia não chegue a acordo com os seus parceiros europeus, citando o exemplo de Chipre.
"Foi discutido o que pode acontecer se um país cair em graves dificuldades, que não tem de ser necessariamente um cenário de saída imediata [da zona euro]”, disse Dijsselbloem. "[No caso de Chipre] tivemos de tomar medidas radicais, os bancos fecharam por algum tempo, e os fluxos de capitais dentro e para fora do país ficaram dependentes de várias condições, mas podemos pensar em todo o tipo de cenários."
Em Março de 2013, há exactamente dois anos, o presidente do Eurogrupo, face a um cenário de bancarrota em Chipre, também antecipou as condições duras a que foi submetido o sistema financeiro cipriota, com amplas perdas para os depositantes e os accionistas. Nessa altura, Dijsselbloem foi igualmente muito criticado por ter falado antes de tempo, mas provou-se que o que disse veio mesmo a acontecer.
Desta vez, foi Atenas a manifestar de imediato a a sua indignação com as declarações do líder do Eurogrupo. "Seria útil que o senhor Dijsselbloem respeitasse o seu papel institucional na zona euro. É difícil para nós perceber as razões que o levam a fazer declarações que não estão de acordo com o papel que tem de desempenhar", disse o porta-voz do Governo grego, Gabriel Sakellaridis, acrescentando que a Grécia "não pode ser chantageada."
Miguel Castro Mendes (Bruxelas)
17/03/2015 - 18:45
Primeiro-ministro grego pede reunião à margem do Conselho Europeu, enquanto aumentam as preocupações sobre a situação financeira da Grécia.
Aumenta o clima de incerteza na Grécia LOUISA GOULIAMAKI/AFP
Uma reunião entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e os principais dirigentes europeus, incluindo Angela Merkel, Mario Draghi e Jean-Claude Juncker, deverá ter lugar na quinta-feira, pouco antes da cimeira europeia que reunirá durante dois dias todos os líderes da UE. Segundo a AFP, apenas a presença de Mario Draghi, presidente do BCE, ainda está em dúvida. O primeiro-ministro grego quer discutir com urgência as necessidades de financiamento a curto prazo de Atenas, numa altura em que aumentam os receios sobre as reservas de liquidez de que ainda dispõe a Grécia.
Desde o início da semana que se sabia que o Governo grego queria que a situação da Grécia fosse objecto de debate na cimeira europeia. Numa entrevista ao jornal grego Ethnos, publicada na segunda-feira e reproduzida pela AFP, Alexis Tsipras afirmou que a questão das necessidades de financiamento a curto prazo da Grécia "será resolvida a nível político até ao final de semana, se necessário na cimeira europeia".
No entanto, Donald Tusk, que preside ao Conselho Europeu, recusou-se a modificar a cimeira agendada, que terá como temas fortes a estratégia para uma união da energia, apresentada pela Comissão Juncker a 25 de Fevereiro, e a situação na Ucrânia. Do lado das instituições europeias a mensagem é clara: nesta fase, o Governo grego deve concentrar-se em iniciar o trabalho de reformas em conjunto com o "Grupo de Bruxelas", que reúne o Governo grego, as três instituições da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e o fundo de resgate europeu (o Mecanismo Europeu de Estabilidade – MEE). Até haver progressos nas negociações técnicas sobre o programa de reformas gregas, não se justificam mais discussões políticas, defende também a Comissão Europeia.
Gorada a tentativa de discutir a questão no Conselho Europeu, Tsipras terá então pedido a Tusk uma reunião na quinta-feira, antes do Conselho Europeu, com a chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, François Hollande, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do BCE, Mario Draghi. O porta-voz de Tusk, Preben Aamann, confirmou esta terça-feira que o presidente do Conselho Europeu já está em contacto com Tsipras e os outros líderes para organizar esse encontro à margem da cimeira.
Não é clara a verdadeira situação das finanças gregas, com alguns observadores a afirmar que a Grécia poderá ficar sem dinheiro ainda no mês de Março. Isto, apesar das garantias do ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, e do próprio Alexis Tsipras no domingo, de que a situação está controlada. Mas esta intensa actividade diplomática de Tsipras para discutir a questão o mais cedo possível com os parceiros europeus parece indicar que os sinais de alarme estão de facto a tocar em Atenas. E as dificuldades imediatas podem obrigar os líderes europeus a ter de considerar algum tipo de apoio adicional a Atenas. A Grécia reembolsou nesta segunda-feira mais 584 milhões de euros ao FMI, mas deverá pagar ainda mais 300 milhões na sexta-feira, e mais 460 milhões a 13 de Abril. Sem acesso aos mercados financeiros e com a última tranche do empréstimo europeu bloqueada até o final do mês de Abril, não se afiguram fáceis as próximas semanas para o Governo grego.
Dijsselbloem fala em controlo de capitais
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbleom, por seu lado, deu, também nesta terça-feira, uma entrevista à rádio holandesa BNR Nieuwsradio, em que alerta que a pressão sobre as reservas de liquidez da Grécia "aumentam a cada dia". O ministro das Finanças holandês mencionou a possibilidade de instaurar o controlo de capitais, caso a Grécia não chegue a acordo com os seus parceiros europeus, citando o exemplo de Chipre.
"Foi discutido o que pode acontecer se um país cair em graves dificuldades, que não tem de ser necessariamente um cenário de saída imediata [da zona euro]”, disse Dijsselbloem. "[No caso de Chipre] tivemos de tomar medidas radicais, os bancos fecharam por algum tempo, e os fluxos de capitais dentro e para fora do país ficaram dependentes de várias condições, mas podemos pensar em todo o tipo de cenários."
Em Março de 2013, há exactamente dois anos, o presidente do Eurogrupo, face a um cenário de bancarrota em Chipre, também antecipou as condições duras a que foi submetido o sistema financeiro cipriota, com amplas perdas para os depositantes e os accionistas. Nessa altura, Dijsselbloem foi igualmente muito criticado por ter falado antes de tempo, mas provou-se que o que disse veio mesmo a acontecer.
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Tsipras não é Coelho assustado e com o rabinho entre as pernas. Vai dar muito que fazer à Europa!
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