Saída temporária da grécia do euro: documento circulou na mesa do Eurogrupo
Página 1 de 1
Saída temporária da grécia do euro: documento circulou na mesa do Eurogrupo
Saída temporária da grécia do euro: documento circulou na mesa do Eurogrupo
A dificuldade de um acordo entre a Grécia e os outros países do euro para um terceiro resgate confirmou-se. A última proposta apresentada pelo Governo de Atenas não foi suficiente para garantir o financiamento do país nos próximos três anos, menos ainda para encontrar abertura para uma reestruturação da sua dívida.
Fontes citadas pela Reuters disseram que houve consenso entre os ministros das Finanças dos outros 18 países do euro sobre a necessidade de executivo de Alexis Tsipras dar novos passos que garantam que honrará qualquer nova dívida. As discussões bloquearam devido à “falta de confiança” na capacidade do Governo de Atenas.
A reunião acabou à meia-noite, hora de Bruxelas, e recomeça na manhã deste domingo. A essa hora era dado como muito possível que uma decisão passasse para os líderes europeus na cimeira dos chefes de Estado e de Governo marcada para este domingo. O Eurogrupo procurou ainda chegar a uma declaração comum, tarefa difícil devido às divergências profundas.
“Tivemos uma discussão profunda sobre as propostas gregas. A questão da credibilidade e confiança também foi discutida e, claro, os assuntos financeiros. Mas não conseguimos terminar as nossas discussões e vamos continuar às 11h [10h de Lisboa]”, disse o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, limitando-se a afirmar que alcançar um acordo “é ainda muito difícil, mas os trabalhos ainda decorrem”.
A televisão pública finlandesa Yle noticiou que o ministro das Finanças de Helsínquia, Alexander Stubb, foi mandatado para negociar a saída da Grécia do euro, por exigência do partido eurocéptico Verdadeiros Finlandeses, segunda força política do país, que integra o Governo e ameaçará romper a coligação em caso de acordo com Atenas.
Com a reunião a decorrer, o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung noticiou a existência de um “documento interno” do ministério das Finanças de Berlim em que é colocada a hipótese de uma saída temporária da Grécia da zona euro, por cinco anos, caso Atenas não aprofundasse as propostas de reformas que apresentou. Mas nenhum documento com essa proposta foi distribuído, nem há indicações de que o assunto, que criou ruído à volta da reunião, tivesse sido discutido.
Bons princípios
O Eurogrupo deste sábado até foi antecedido por uma “boa” notícia, que se revelou insuficiente. Os três credores internacionais (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) fizeram uma avaliação “positiva” e declararam – segundo informações obtidas pela AFP – ver no plano apresentado por Tsipras “uma base de negociação”.
Outra fonte europeia disse que os credores ficaram “positivamente surpreendidos” com o documento enviado por Atenas, considerando que contém medidas muito similares às que foram apresentadas pela Comissão [Europeia] no final de Junho.
Mas à entrada da reunião as declarações já eram de reserva de outros membros do Eurogrupo na capacidade do Governo grego para adoptar as reformas com que se comprometeu – e que prevêem mais medidas de austeridade do que as anteriormente aceites por Atenas. “Vamos ter negociações extraordinariamente difíceis", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, acrescentando que "uma situação de esperança [na Grécia] foi destruída nos últimos meses de uma forma incrível.”
“Penso que vai ser uma reunião bastante difícil”, admitiu, também antes do início dos trabalhos Jeroen Dijsselbloem. “Ainda há críticas ao conteúdo das propostas” e “há um grande problema de confiança”, assumiu. “Como podemos esperar que este Governo aplique realmente o que está a prometer?”
O secretário de Estado das Finanças holandês, Eric Wiebes, disse que as instituições também emitiram críticas ao plano por ser “mais fraco do que deveria ser nalgumas áreas”. “[As instituições] sugeriram que só se começassem as negociações quando essas condições tiverem sido preenchidas", disse. O ministro das Finanças irlandês, Micheal Noonan, adiantou logo então que “provavelmente” seriam precisas “mais medidas”.
A maior parte dos ministros insistiu na importância de garantir que as reformas apresentadas pela Grécia são efectivamente adoptadas. Vários manifestaram dúvidas de que o Governo de Tsipras execute à risca um programa de austeridade muito semelhante ao que os eleitores gregos, seguindo a recomendação do seu executivo, rejeitaram por larga maioria no referendo de domingo passado.
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117475
Tópicos semelhantes
» Crise financeira Zona Euro (2)
» Economista exige saída da Alemanha do euro face à "chantagem da Grécia"
» Uma empresa está a disparar em bolsa com o rumor da saída da Grécia do euro
» Bancos centrais da Europa cogitam saída da Grécia da zona do euro
» Ultimato: Eurogrupo dá menos de uma semana à Grécia
» Economista exige saída da Alemanha do euro face à "chantagem da Grécia"
» Uma empresa está a disparar em bolsa com o rumor da saída da Grécia do euro
» Bancos centrais da Europa cogitam saída da Grécia da zona do euro
» Ultimato: Eurogrupo dá menos de uma semana à Grécia
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos