Chávez diz que vai reconhecer 'qualquer resultado' em eleição Claudia Jardim De Caracas para a BBC Brasil
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Chávez diz que vai reconhecer 'qualquer resultado' em eleição Claudia Jardim De Caracas para a BBC Brasil
Chávez diz que vai reconhecer 'qualquer resultado' em eleição
Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao chegar para votar na periferia de Caracas
Presidente venezuelano votou em bairro da periferia de Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que reconhecerá os resultados das eleições regionais deste domingo e que a governabilidade do país não será afetada caso seu governo sofra um revés nas urnas.
"Sempre estamos preparados para reconhecer qualquer resultado", disse Chávez neste domingo, logo depois de votar.
"Sempre reconhecemos nossa derrota, inclusive grandes derrotas como a do ano passado, (do referendo) da reforma constitucional", afirmou.
De acordo com pesquisas, o governo deve ganhar a maioria dos Estados, mas dificilmente conseguirá repetir os resultados das eleições de 2004, quando conquistou 21 dos 23 Estados em disputa, além da capital Caracas.
Governabilidade
O presidente venezuelano chamou seus adversários a respeitarem os resultados das urnas e advertiu que, do contrário, o Estado fará cumprir a vontade popular.
"Se não reconhecerem (os resultados), pior para eles, morte política. Mas o Estado está preparado para fazer cumprir a vontade do povo, a decisão do povo que será anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)", disse. "Não vamos permitir que ninguém altere a paz da Venezuela."
Chávez disse que ainda que o governo sofra um revés nas urnas neste domingo, a governabilidade do país não será afetada.
"Depois de 10 anos de governo e de processo revolucionário político, social e econômico, (...) independentemente dos resultados dessa jornada, a Venezuela continuará sendo um país com alto grau de governabilidade", afirmou.
Votação
Os moradores de Caracas e de outros Estados despertaram às 3h30 (6h de Brasília) ao som de uma marcha militar e de fogos de artifício, iniciativa do partido do governo PSUV para incentivar os eleitores a comparecer às urnas.
Nos centros de votação da capital as filas começaram a ser formadas antes do amanhecer.
Chávez votou no bairro periférico de 23 de Enero, um dos redutos do chavismo em Caracas. Foi acompanhado das filhas, netos e dos candidatos chavistas às prefeituras da região metropolitana da capital.
Do lado de fora do centro de votação, centenas de simpatizantes esperavam para ver o presidente e arriscar um aperto de mão.
"Voto nos candidatos da revolução. Há muitas coisas que precisam melhorar, sim, principalmente a insegurança e o desemprego, mas continuo confiando neles", disse à BBC Brasil Jenny Boscan, uma das beneficiárias da missão Mãe do Bairro, que oferece pensão mensal de 640 bolívares (US$ 300) às mães solteiras de baixa renda.
Protagonista
Apesar de não concorrer a nenhum cargo, Chávez foi o principal protagonista da campanha eleitoral.
Temendo um avanço da oposição nos Estados em que seus simpatizantes estão descontentes com o governo, Chávez converteu o pleito em uma espécie de plebiscito, ao afirmar que o "futuro da revolução" e seu próprio futuro estão em jogo nestas eleições.
Mas nem todos em 23 de Enero pensam assim. Julio Rodriguez, trabalhador informal, disse à BBC Brasil que votou em Chávez em 1998, mas está decepcionado.
"Ele tem boas intenções na parte social, mas os benefícios não chegaram à população como deveriam devido à corrupção", afirmou.
"Talvez os candidatos da oposição também sejam assim, mas vou arriscar, no chavismo não voto nunca mais", disse Rodriguez.
Segundo o CNE, quase todas as urnas foram abertas até as 10h (12h30 em Brasília), mas houve atrasos em alguns locais de votação.
Apesar disso, a reitora do CNE, Tibisay Lucena, descartou a possibilidade de estender o horário de votação. "A maioria das mesas foram instaladas a tempo, não há necessidade", disse.
Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão um total de 23 governadores, 328 prefeitos, além de 233 legisladores regionais. O voto na Venezuela é facultativo.
Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao chegar para votar na periferia de Caracas
Presidente venezuelano votou em bairro da periferia de Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que reconhecerá os resultados das eleições regionais deste domingo e que a governabilidade do país não será afetada caso seu governo sofra um revés nas urnas.
"Sempre estamos preparados para reconhecer qualquer resultado", disse Chávez neste domingo, logo depois de votar.
"Sempre reconhecemos nossa derrota, inclusive grandes derrotas como a do ano passado, (do referendo) da reforma constitucional", afirmou.
De acordo com pesquisas, o governo deve ganhar a maioria dos Estados, mas dificilmente conseguirá repetir os resultados das eleições de 2004, quando conquistou 21 dos 23 Estados em disputa, além da capital Caracas.
Governabilidade
O presidente venezuelano chamou seus adversários a respeitarem os resultados das urnas e advertiu que, do contrário, o Estado fará cumprir a vontade popular.
"Se não reconhecerem (os resultados), pior para eles, morte política. Mas o Estado está preparado para fazer cumprir a vontade do povo, a decisão do povo que será anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)", disse. "Não vamos permitir que ninguém altere a paz da Venezuela."
Chávez disse que ainda que o governo sofra um revés nas urnas neste domingo, a governabilidade do país não será afetada.
"Depois de 10 anos de governo e de processo revolucionário político, social e econômico, (...) independentemente dos resultados dessa jornada, a Venezuela continuará sendo um país com alto grau de governabilidade", afirmou.
Votação
Os moradores de Caracas e de outros Estados despertaram às 3h30 (6h de Brasília) ao som de uma marcha militar e de fogos de artifício, iniciativa do partido do governo PSUV para incentivar os eleitores a comparecer às urnas.
Nos centros de votação da capital as filas começaram a ser formadas antes do amanhecer.
Chávez votou no bairro periférico de 23 de Enero, um dos redutos do chavismo em Caracas. Foi acompanhado das filhas, netos e dos candidatos chavistas às prefeituras da região metropolitana da capital.
Do lado de fora do centro de votação, centenas de simpatizantes esperavam para ver o presidente e arriscar um aperto de mão.
"Voto nos candidatos da revolução. Há muitas coisas que precisam melhorar, sim, principalmente a insegurança e o desemprego, mas continuo confiando neles", disse à BBC Brasil Jenny Boscan, uma das beneficiárias da missão Mãe do Bairro, que oferece pensão mensal de 640 bolívares (US$ 300) às mães solteiras de baixa renda.
Protagonista
Apesar de não concorrer a nenhum cargo, Chávez foi o principal protagonista da campanha eleitoral.
Temendo um avanço da oposição nos Estados em que seus simpatizantes estão descontentes com o governo, Chávez converteu o pleito em uma espécie de plebiscito, ao afirmar que o "futuro da revolução" e seu próprio futuro estão em jogo nestas eleições.
Mas nem todos em 23 de Enero pensam assim. Julio Rodriguez, trabalhador informal, disse à BBC Brasil que votou em Chávez em 1998, mas está decepcionado.
"Ele tem boas intenções na parte social, mas os benefícios não chegaram à população como deveriam devido à corrupção", afirmou.
"Talvez os candidatos da oposição também sejam assim, mas vou arriscar, no chavismo não voto nunca mais", disse Rodriguez.
Segundo o CNE, quase todas as urnas foram abertas até as 10h (12h30 em Brasília), mas houve atrasos em alguns locais de votação.
Apesar disso, a reitora do CNE, Tibisay Lucena, descartou a possibilidade de estender o horário de votação. "A maioria das mesas foram instaladas a tempo, não há necessidade", disse.
Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão um total de 23 governadores, 328 prefeitos, além de 233 legisladores regionais. O voto na Venezuela é facultativo.
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