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Ex-funcionário do governo americano é acusado de espionar para Cuba

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Mensagem por Vitor mango Dom Jun 07, 2009 1:55 pm

Ex-funcionário do governo americano é acusado de espionar para Cuba

Myers começou a trabalhar no departamento de Estado em 77.

Um ex-funcionário do Departamento de Estado americano e sua mulher foram indiciados nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, acusados de espionar para Cuba por mais de 30 anos.

Walter Myers, de 72 anos e Gwendolyn Myers, de 71, são acusados de fraude e de agir ilegalmente como agentes cubanos. Se considerados culpados, podem ser condenados a até 20 anos de prisão.

O casal foi preso na quinta-feira e se declarou inocente.

Uma operação do FBI levou à prisão dos dois. Um agente disfarçado, fingindo ser um espião cubano, extraiu informações sobre suas atividades.

Encontro com Fidel

Em depoimento divulgado pelo Departamento de Justiça americano, o agente do FBI afirmou que o casal explicou detalhes sobre suas atividades para o governo cubano.

Em 1978, um agente cubano teria contactado e cooptado os dois para que fornecessem informações para o governo do país.

Myers ingressou no Departamento de Estado em 1977, quando começou a ter acesso a documentos secretos.

Em 1982, casou-se com Gwendolyn. Ela trabalhava como analista em um banco em Washington e nunca recebeu permissão para acessar documentos secretos.

Documentos oficiais revelam que os métodos de espionagem foram se modernizando com o tempo, começando com mensagens em código Morse enviadas por meio de ondas curtas. Quando se aposentaram, em 2007, eles enviavam e-mails encriptados de lan houses.

As informações transmitidas eram, em sua maioria, de natureza econômica.

Os documentos dizem que o casal recebeu pouco dinheiro em troca das informações, prosseguindo como espiões por apoiarem o regime cubano.

Certa vez, Myers teria sido agraciado com um encontro de mais de 4 horas de duração com o líder cubano, Fidel Castro.

A investigação começou após uma análise do computador de Myers no Departamento de Estado ter indicado que ele acessou, entre 2006 e 2007, mais de 200 relatórios secretos sobre Cuba e que não teriam nenhuma relação com seu trabalho, ligado à Europa.
Vitor mango
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