Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
5 participantes
Vagueando na Notícia :: sala OCEANO :: Historia de Portugal- e - Portugal no Mundo :: Primeira viagem ao Oriente - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Página 1 de 6
Página 1 de 6 • 1, 2, 3, 4, 5, 6
Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Iniciamos aqui a publicaçao de um extenso relatorio de viagens feito pelo meu amiggo Poças que desde tenra idade palmilhou pelos 4 cantos do mundo reunindo preciosos documentos da nossa historia
Trata.se de uma documentaçao de muita valia cuja publicação aqui é possivel pela amizade pessoal
PRIMEIRA VIAGEM
AO
EXTREMO ORIENTE
NOTA
Este texto foi escrito durante a viagem, nos intervalos das deslocações, nas paragens de autocarros, nos aviões, nos barcos, à beira do mar, enfim, nas horas de descanso nos hotéis, em bancos de jardim, nas mesas de cafés...
As datas e dados históricos carecem de verificação pois foram obtidos das mais diversas fontes (jornais, livros/guias, museus, conversas, etc), sempre durante a viagem.
Foi escrito sem preocupações nem ambições literárias, nem com a intenflo de vir a ser publicado, mas tio-somente como auxiliar de memória e referência fuwra para mim próprio. Depois desta viagem já fiz mais duas com a mesma duraç&o ao Oriente e as recordações dos episódios, itinerários, nomes de pessoas e de lugares, começam a baralhar-se. A consulta dos “Diários” é essencial para reavivar a memória.
Alguns extractos do texto foram publicados na revista ‘Magazine — Grande Informação”.
AGRADECIMENTO
A Ethel pela sua paciência e persistência em dactilografar o texto até ao fim, n~o obstante as dificuldades em decifrar a minha caligrafia (muitas vezes escrita sobre ojoelho), agravadas pelo seu pouco conhecimento da língua portuguesa.
José Ezequiel Poças Gomes
Quinta de Rio Alcaide, 1 de Março de 2009
pagina um
VIAGEM AO ORIENTE Inicio 12-09-2003
Fim 15-03-2004
….A visita ao Taj-Mahal suscitou-me a curiosidade de conhecer melhor a história do seu erector, Shah-Jallan, e a dos seus aguerridos antepassados maometanos
A penetração do Islão na India não é diferente do que se passou com a expansão daquela religião no resto do Mundo. Desde aquela fatídica revelação em que Aflah instruiu o Profeta ~1aomé de que poderia, a partir daquele momento, usar a força das espadas como meio de persuasão para converter infieis, o Islão não mais parou de utilizar as maiores atrocidades para se instalar nas diversas partes do Globo Para quê missionários se o próprio Deus lhes ordenou que usassem as espadas
Unificadas pela força as diversas tribus da Peninsula Arábica, sucessivas bordas islâmicas submeteram a Sina, a Mesopotâmia, Palestina, Egipto, Norte de Africa, Marrocos, Península Ibérica atravessando os Pirinéus para subjugar a Europa, só parando às portas de Paris onde Carlos Martel os susteve. Para Oriente o avanço foi Idêntico chegando à China. Quanto à India a agressão islâmica começou no Sec. XI pela espada de Mahmud de Gahzni, pequena cidade afgã entre Kabul e Kandahar. Para Gahzni carreou Mahmud os tesouros saqueados no Norte de India transformando a pequena e obscura cidade em opulenta capital do seu reino
Das atrocidades perpetradas por Mahmud avulta a execução de 70.000 hindus que obstinadamente defenderam o seu templo á divindade Shiva, na cidade de Somnath.
Os Séculos seguintes viram sucessivas invasões islamicas porem a ferro e fogo o Morte da India atingindo o apogeu com a descida desde Samarcanda,.. em 1398, dos exércitos do sanguinário Tamerlão, que tinham ordens expressas do tirano para saquear, arrasar e queimar todas as povoações por onde passassem e de passar pelo fio da espada todos os hindus em quem pusessem a vista em cima... Após o saque, destruição e incêndio de Deli, 100000 hindus (segundo alguns autores a totalidade da população) Ibram degolados. Declarando-se a peste nas hostes muçulmanas, Tamerlão ordena o regresso a Samarcando. Formou-se então a maior caravana que a Mia jamais vira ... filas intermináveis de elefantes, cavalos e camelos, levaram da India os seus tesouros e as mais belas mulheres para abastecerem os harens de Samarcanda...
Em 1527 já com os portugueses em Goa, é a vez de Babur ou Babar, ele próprio descendente de Tamerlão e de Gengis Cão. Fiel ás tradições familiares e aos ensinamentos de Maomé, comete as mais horrendas atrocidades, de entre as quais avulta a de mandar degolar, de uma só vez, 15.000 indianos,. .Babur não regressa aos desertos afgàos; prefere ocupar a terra alheia e ficando na India até o programa
Se Imperador.COfll ele começa a dinastia Mogol (Mogul. ou •Mugal) de qüe irâo sobressair o seu neto Akba (amigo dos português e casado com a portuguesa Maria, de Goa, aqui conhecida por Mariam e o neto de Akbar, Shah )ahan, Directorr do Taj-Mahal
Trata.se de uma documentaçao de muita valia cuja publicação aqui é possivel pela amizade pessoal
PRIMEIRA VIAGEM
AO
EXTREMO ORIENTE
NOTA
Este texto foi escrito durante a viagem, nos intervalos das deslocações, nas paragens de autocarros, nos aviões, nos barcos, à beira do mar, enfim, nas horas de descanso nos hotéis, em bancos de jardim, nas mesas de cafés...
As datas e dados históricos carecem de verificação pois foram obtidos das mais diversas fontes (jornais, livros/guias, museus, conversas, etc), sempre durante a viagem.
Foi escrito sem preocupações nem ambições literárias, nem com a intenflo de vir a ser publicado, mas tio-somente como auxiliar de memória e referência fuwra para mim próprio. Depois desta viagem já fiz mais duas com a mesma duraç&o ao Oriente e as recordações dos episódios, itinerários, nomes de pessoas e de lugares, começam a baralhar-se. A consulta dos “Diários” é essencial para reavivar a memória.
Alguns extractos do texto foram publicados na revista ‘Magazine — Grande Informação”.
AGRADECIMENTO
A Ethel pela sua paciência e persistência em dactilografar o texto até ao fim, n~o obstante as dificuldades em decifrar a minha caligrafia (muitas vezes escrita sobre ojoelho), agravadas pelo seu pouco conhecimento da língua portuguesa.
José Ezequiel Poças Gomes
Quinta de Rio Alcaide, 1 de Março de 2009
pagina um
VIAGEM AO ORIENTE Inicio 12-09-2003
Fim 15-03-2004
….A visita ao Taj-Mahal suscitou-me a curiosidade de conhecer melhor a história do seu erector, Shah-Jallan, e a dos seus aguerridos antepassados maometanos
A penetração do Islão na India não é diferente do que se passou com a expansão daquela religião no resto do Mundo. Desde aquela fatídica revelação em que Aflah instruiu o Profeta ~1aomé de que poderia, a partir daquele momento, usar a força das espadas como meio de persuasão para converter infieis, o Islão não mais parou de utilizar as maiores atrocidades para se instalar nas diversas partes do Globo Para quê missionários se o próprio Deus lhes ordenou que usassem as espadas
Unificadas pela força as diversas tribus da Peninsula Arábica, sucessivas bordas islâmicas submeteram a Sina, a Mesopotâmia, Palestina, Egipto, Norte de Africa, Marrocos, Península Ibérica atravessando os Pirinéus para subjugar a Europa, só parando às portas de Paris onde Carlos Martel os susteve. Para Oriente o avanço foi Idêntico chegando à China. Quanto à India a agressão islâmica começou no Sec. XI pela espada de Mahmud de Gahzni, pequena cidade afgã entre Kabul e Kandahar. Para Gahzni carreou Mahmud os tesouros saqueados no Norte de India transformando a pequena e obscura cidade em opulenta capital do seu reino
Das atrocidades perpetradas por Mahmud avulta a execução de 70.000 hindus que obstinadamente defenderam o seu templo á divindade Shiva, na cidade de Somnath.
Os Séculos seguintes viram sucessivas invasões islamicas porem a ferro e fogo o Morte da India atingindo o apogeu com a descida desde Samarcanda,.. em 1398, dos exércitos do sanguinário Tamerlão, que tinham ordens expressas do tirano para saquear, arrasar e queimar todas as povoações por onde passassem e de passar pelo fio da espada todos os hindus em quem pusessem a vista em cima... Após o saque, destruição e incêndio de Deli, 100000 hindus (segundo alguns autores a totalidade da população) Ibram degolados. Declarando-se a peste nas hostes muçulmanas, Tamerlão ordena o regresso a Samarcando. Formou-se então a maior caravana que a Mia jamais vira ... filas intermináveis de elefantes, cavalos e camelos, levaram da India os seus tesouros e as mais belas mulheres para abastecerem os harens de Samarcanda...
Em 1527 já com os portugueses em Goa, é a vez de Babur ou Babar, ele próprio descendente de Tamerlão e de Gengis Cão. Fiel ás tradições familiares e aos ensinamentos de Maomé, comete as mais horrendas atrocidades, de entre as quais avulta a de mandar degolar, de uma só vez, 15.000 indianos,. .Babur não regressa aos desertos afgàos; prefere ocupar a terra alheia e ficando na India até o programa
Se Imperador.COfll ele começa a dinastia Mogol (Mogul. ou •Mugal) de qüe irâo sobressair o seu neto Akba (amigo dos português e casado com a portuguesa Maria, de Goa, aqui conhecida por Mariam e o neto de Akbar, Shah )ahan, Directorr do Taj-Mahal
Última edição por Vitor mango em Sáb Jun 02, 2012 10:36 am, editado 2 vez(es)
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 2
o mais bela monumento ao Amor que a hurrtan~dade possui..” Seguni palavras de Ferreira de Castro.
Até aos nossos dias o islão não mais deixou de atormentar a India pois as entre os dois credos continuam em diversos pontos do sub-continente.
O TAJ-MAHAL — Este lindíssimo monumento é feito de mármore bi transportado por elefantes, cavalos e camelos, de pedreiras no Rajas~o, km de distância. Frisos em baixo relevo: trabalhados no mármore embutidos de pedras semi-preciosas, s~o a principal decoração.
Consoante a luminosidade do firmamento o edifício oferece à diferentes tonalidades e, por isso, os tuiistas vão vê-lo em diferentes hor dia.
Tivemos a sorte de um guia culto, homem de meia-idade, natur Bengala (Calcutá), espirituoso e simpático, que além do Taj-Mahal nos le visitar o Forte de Agra, construido pelo grande chefe Akbar, avôdo erect Taj-Maha L.
Em Portugal, nos meses que precederam o inicio da viagem, fiz aly leituras para prepará-la e escolher o itinerário, aparecendo .o nome de em muitos textos relativos ao que acontecéu por estas paragens.em mead Séc. XVI. ALem do seu harem, bem provido de centenas de escuLturais beld Akbar tinha várias esposas oficiais das quais se destacou peto carinho qt dedicou, a segunda esposa, a portuguesa Maria, aqui conhecida por Ma goesa cristã a quem o imperador ofereceu um pequeno palácio revesi ouro, que ainda está de pé (mas sem nenhum ouro, é claro) e
mencionado nos livros turisticos por Casa de Ouro ou por Palácio, de la Situa-se o referido palácio em Fatehpur Sikri, a 37 kms de Agra. Quando morreu, Pdcbar mandou erigir em sua homenagem um imponente mauso beira da estrada que liga Agra a Delhi, onde repousam os seus restos mo~
Devido à influência de Maria sobre o Imperador, as relações de P0 com o poderoso Império Mogol foram excelentes durante o reinado de A~ as nossas posseções na costa de Malabar usufruiram de uma relaUva ac politico-militar. Embora maometano, Akbar n~o deveria estar muito conv das teorias de Maomé pois quis estudar outras religiões e mandou vir 0 quem lhe explicasse os mistérios da religião católica. Tambern quis ou teorias de outros credos e assim na süa corte rodeou-se de filósc pensadores representantes das várias
o mais bela monumento ao Amor que a hurrtan~dade possui..” Seguni palavras de Ferreira de Castro.
Até aos nossos dias o islão não mais deixou de atormentar a India pois as entre os dois credos continuam em diversos pontos do sub-continente.
O TAJ-MAHAL — Este lindíssimo monumento é feito de mármore bi transportado por elefantes, cavalos e camelos, de pedreiras no Rajas~o, km de distância. Frisos em baixo relevo: trabalhados no mármore embutidos de pedras semi-preciosas, s~o a principal decoração.
Consoante a luminosidade do firmamento o edifício oferece à diferentes tonalidades e, por isso, os tuiistas vão vê-lo em diferentes hor dia.
Tivemos a sorte de um guia culto, homem de meia-idade, natur Bengala (Calcutá), espirituoso e simpático, que além do Taj-Mahal nos le visitar o Forte de Agra, construido pelo grande chefe Akbar, avôdo erect Taj-Maha L.
Em Portugal, nos meses que precederam o inicio da viagem, fiz aly leituras para prepará-la e escolher o itinerário, aparecendo .o nome de em muitos textos relativos ao que acontecéu por estas paragens.em mead Séc. XVI. ALem do seu harem, bem provido de centenas de escuLturais beld Akbar tinha várias esposas oficiais das quais se destacou peto carinho qt dedicou, a segunda esposa, a portuguesa Maria, aqui conhecida por Ma goesa cristã a quem o imperador ofereceu um pequeno palácio revesi ouro, que ainda está de pé (mas sem nenhum ouro, é claro) e
mencionado nos livros turisticos por Casa de Ouro ou por Palácio, de la Situa-se o referido palácio em Fatehpur Sikri, a 37 kms de Agra. Quando morreu, Pdcbar mandou erigir em sua homenagem um imponente mauso beira da estrada que liga Agra a Delhi, onde repousam os seus restos mo~
Devido à influência de Maria sobre o Imperador, as relações de P0 com o poderoso Império Mogol foram excelentes durante o reinado de A~ as nossas posseções na costa de Malabar usufruiram de uma relaUva ac politico-militar. Embora maometano, Akbar n~o deveria estar muito conv das teorias de Maomé pois quis estudar outras religiões e mandou vir 0 quem lhe explicasse os mistérios da religião católica. Tambern quis ou teorias de outros credos e assim na süa corte rodeou-se de filósc pensadores representantes das várias
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 3
religiôes conhecidas na época — budistas, jainistas, binduistas, persas De tudo quanto ouviu nenhum o convenceu e não se converteu a outra religião, mas tentou criar uma religião universal que congregasse o melhor de todas as religiões existentes — a religião Deen-Llahi, que apenas durou alguns anos após a sua morte.
O seu vasto tmpério e as sublevações constantes que nele tinham lugar obrigavam Akbar a deslocaçóes permanentes com Os Seus exércitos, muita~ vezes fazendo-se acompanhar da corte e dos filósofos estrangeiros. Foi durante uma dessas marchas para Norte, a caminho de Lahore, que um dos jesuitas que o acompanhavam, o açoriano Bento de Góis, abandonou a comitiva para efectuar uma das mais extraordinárias travessias da Asia de que bá registos e que acabaria por levá-lo á morte.
Parece que Bento de Góis deixou a longa caravana dos exércitos e da muLtidão que os seguia, sem dar disso conhecimento ao imperador, com o pretexto de que a distancia entre a frente onde Âkbar seguia e a retaguarda onde seguiam os jesuítas, era muito grande, alegando dificuldades de comunicação. provavelmente a realidade seria que o jesuita teria receio que Akbar não autorizasse a sua partida!
Acompanhado de um criado cristão goês, Bento de Góis pôs-se a caminho do Norte á procura do reino do Cataio (China). Para evitar as montanhas deu a volta pelo Paquistão, Afeganistão, Mongólia, ficando retido por doença a algumas centenas de quilómetros de Pequim, onde os jesuítas ali residentes receberam uma carta sua a pedir socorro. O Padre italiano Ricci, chefe da missão jesuíta em Pequim, foi ao seu encontro. Bento de Góis agonizava febril sem dinheiro para alimentos nem para médico que o assistisse, numa cidadezinha hostil do Norte da China. Góis e Ricci que ainda
religiôes conhecidas na época — budistas, jainistas, binduistas, persas De tudo quanto ouviu nenhum o convenceu e não se converteu a outra religião, mas tentou criar uma religião universal que congregasse o melhor de todas as religiões existentes — a religião Deen-Llahi, que apenas durou alguns anos após a sua morte.
O seu vasto tmpério e as sublevações constantes que nele tinham lugar obrigavam Akbar a deslocaçóes permanentes com Os Seus exércitos, muita~ vezes fazendo-se acompanhar da corte e dos filósofos estrangeiros. Foi durante uma dessas marchas para Norte, a caminho de Lahore, que um dos jesuitas que o acompanhavam, o açoriano Bento de Góis, abandonou a comitiva para efectuar uma das mais extraordinárias travessias da Asia de que bá registos e que acabaria por levá-lo á morte.
Parece que Bento de Góis deixou a longa caravana dos exércitos e da muLtidão que os seguia, sem dar disso conhecimento ao imperador, com o pretexto de que a distancia entre a frente onde Âkbar seguia e a retaguarda onde seguiam os jesuítas, era muito grande, alegando dificuldades de comunicação. provavelmente a realidade seria que o jesuita teria receio que Akbar não autorizasse a sua partida!
Acompanhado de um criado cristão goês, Bento de Góis pôs-se a caminho do Norte á procura do reino do Cataio (China). Para evitar as montanhas deu a volta pelo Paquistão, Afeganistão, Mongólia, ficando retido por doença a algumas centenas de quilómetros de Pequim, onde os jesuítas ali residentes receberam uma carta sua a pedir socorro. O Padre italiano Ricci, chefe da missão jesuíta em Pequim, foi ao seu encontro. Bento de Góis agonizava febril sem dinheiro para alimentos nem para médico que o assistisse, numa cidadezinha hostil do Norte da China. Góis e Ricci que ainda
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
nota esta imagem nao é a colocada no relatorio - por dificuldades tecnicas
TAJ Mahal
TAJ Mahal
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 4
tiveram tempo de trocar algumas palavras antes de o português exalar o 1 suspiro, chegaram então á conclusão de que Cataio e China etBm um; mesma nação, terminando ali o equívoco que grassava na Europa, de
tratava de duas nações distintas.
Bento de Góls nasceu nos Açores e foi baptizado com outro 1 Desconhecem-se as razões por que mudou de nome ao che9ar a GO protagonista de uma das mais extraordinárias travessias da Asia de qi memória, mais um feito quase esquecido, tanto internadonaimente dentro de poitas. Esta aventura em que um jesuíta se disfarça com aferentes conforme as necessidades do momento, para poder prosseguir viagem através de regiões Ignotas e hostis, se tivesse sido levada a cat um francês ou inglês, teria lugar em todos os manuais de histójia... Cc filho de um país pequeno.. o resultado é quase cair no esquecimento, entre os seus...
Se ponderarmos, por exemplo, no feito do explorador inglês Living que toda a gente conhece nos 4 cantos do mundo e o compararmos coo quase desconhecido Gonçalo da Silveira que (apenas...) 300 anos ant Uvingstone, explorou o interior da Africa Austrai, vindo a acabar os seu cozinhado num pote de barro pela tribo Matabele, no actual Zimbabwe, que a história é escrita não apenas pelos vencedores mas também pelos mais poderosos e ricos.
Visitámos Fatehpur Sikh, património da humanidade, Foi constru~ Akbar para capital do reino e abandonada logo de seguida por
descoberto tardiamente, que o local era multo carente em água. Talvez ao abandono súbito a cidadela está muito bem preservada. Lá encontra Palácio de Maria feito de pedra vermelha próximo dos palácios das esposas eg&imas. A primeira esposa era urna princesa maometana, a Se a cristã Maria e a terceira uma princesa hindu.
Peito destes três pequenos paiacetes e no mesmo recinto, tinha Akbar harém provido de três centenas de concubinas para se desenfast monotonia de apenas 3 esposas oficiais...
Os 40 km entre Agra e Fatehpur Sikri são um festival de miséria, de pc de exotismo e de tráfego inconcebível. Ursos amestrados e pres cabrestos fazem piruetas na beira da estrada paro os turistas fotografe troco de umas magras rupias. Vacas sagradas, camelos puxando carros b riquexós ás centenas, bicicletas, alguns automóveis de modelo muito máquinas agrícolas rudimentares adaptadas com carroças de madeiri transportarem possageiros, pedes aos milhares tudo se amontoa ao lor estrada, cada um a querer seguir o seu caminho. Ao fim do dia as sagradas regressam dos seus pastos e por vezes decidem deitarem-se ti da estrada a remoer a erva que durante o dia acumularam nas suas sa panças,
tiveram tempo de trocar algumas palavras antes de o português exalar o 1 suspiro, chegaram então á conclusão de que Cataio e China etBm um; mesma nação, terminando ali o equívoco que grassava na Europa, de
tratava de duas nações distintas.
Bento de Góls nasceu nos Açores e foi baptizado com outro 1 Desconhecem-se as razões por que mudou de nome ao che9ar a GO protagonista de uma das mais extraordinárias travessias da Asia de qi memória, mais um feito quase esquecido, tanto internadonaimente dentro de poitas. Esta aventura em que um jesuíta se disfarça com aferentes conforme as necessidades do momento, para poder prosseguir viagem através de regiões Ignotas e hostis, se tivesse sido levada a cat um francês ou inglês, teria lugar em todos os manuais de histójia... Cc filho de um país pequeno.. o resultado é quase cair no esquecimento, entre os seus...
Se ponderarmos, por exemplo, no feito do explorador inglês Living que toda a gente conhece nos 4 cantos do mundo e o compararmos coo quase desconhecido Gonçalo da Silveira que (apenas...) 300 anos ant Uvingstone, explorou o interior da Africa Austrai, vindo a acabar os seu cozinhado num pote de barro pela tribo Matabele, no actual Zimbabwe, que a história é escrita não apenas pelos vencedores mas também pelos mais poderosos e ricos.
Visitámos Fatehpur Sikh, património da humanidade, Foi constru~ Akbar para capital do reino e abandonada logo de seguida por
descoberto tardiamente, que o local era multo carente em água. Talvez ao abandono súbito a cidadela está muito bem preservada. Lá encontra Palácio de Maria feito de pedra vermelha próximo dos palácios das esposas eg&imas. A primeira esposa era urna princesa maometana, a Se a cristã Maria e a terceira uma princesa hindu.
Peito destes três pequenos paiacetes e no mesmo recinto, tinha Akbar harém provido de três centenas de concubinas para se desenfast monotonia de apenas 3 esposas oficiais...
Os 40 km entre Agra e Fatehpur Sikri são um festival de miséria, de pc de exotismo e de tráfego inconcebível. Ursos amestrados e pres cabrestos fazem piruetas na beira da estrada paro os turistas fotografe troco de umas magras rupias. Vacas sagradas, camelos puxando carros b riquexós ás centenas, bicicletas, alguns automóveis de modelo muito máquinas agrícolas rudimentares adaptadas com carroças de madeiri transportarem possageiros, pedes aos milhares tudo se amontoa ao lor estrada, cada um a querer seguir o seu caminho. Ao fim do dia as sagradas regressam dos seus pastos e por vezes decidem deitarem-se ti da estrada a remoer a erva que durante o dia acumularam nas suas sa panças,
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 6
Rio Ganges
A principal atracção de Varanasi (pelos ingleses crismada Benar os Gales ou santuários em escadaria de pedra á beira da Ganges indianos chamado Ganga) nos quais têm lugar cerimónias religiosas e o cremados os corpos dos defuntos hindús.
Há cerca de 100 Gates, todos na mesma margem do Ganges. O sáo o coração da cidade e neles vêm desembocar estreitíssimas vielas, mais estreitas que as de Alfama, sempre apinhadas de gente. -
Rituais íntimos têm tjgar á vista de toda a gente na margem banhos, lavagens, oferendas, rezas, cremaçôes, canticos, lamentações.. feito em publico. No Gate Mir, que visitámos já de noite no dia da cheg~ homem de meia-idade desabafou comigo que quem ardia naquela fogu a sua mulher e na fo9ueira ao lado ardia a filha, ambas falecidas & natural havia já alguns anos, mas que só agora tinha canseguidc dinheiro suficiente para trazer os corpos da sua aldeia longínqua e crer beira do Rio Sagrado!
Em alguns Gates se concentram as cremações enquanto outros utilizados para orações e banhos, O principal Gate de cremaÇ~O ct N4anikarnika e para visitá-lo, em vez de seguir pelas vielas, alugámos urt a algumas centenas de metros de distãncia. Três remadores manej2 com destreza sobre as águas lamacentas do Ganges, não sem que eu algum receio por o rio ir enormemente cheio devido ás copiosas chu últimos dias que coinddiram com o fim da monção. Devido á cheia, Gates estão parcialmente submersos, concentrando-se as actividac poucos espaços que a água não cobriu. No Manikarnica, 100 degraL debaixo da água e as 10 fogueiras que ardem a queimar outros tantos apertam-se num pequeno terreiro encostado ás casas. A margem do
falta a foto que nao consegui meter mas vou pensar como
Rio Ganges
A principal atracção de Varanasi (pelos ingleses crismada Benar os Gales ou santuários em escadaria de pedra á beira da Ganges indianos chamado Ganga) nos quais têm lugar cerimónias religiosas e o cremados os corpos dos defuntos hindús.
Há cerca de 100 Gates, todos na mesma margem do Ganges. O sáo o coração da cidade e neles vêm desembocar estreitíssimas vielas, mais estreitas que as de Alfama, sempre apinhadas de gente. -
Rituais íntimos têm tjgar á vista de toda a gente na margem banhos, lavagens, oferendas, rezas, cremaçôes, canticos, lamentações.. feito em publico. No Gate Mir, que visitámos já de noite no dia da cheg~ homem de meia-idade desabafou comigo que quem ardia naquela fogu a sua mulher e na fo9ueira ao lado ardia a filha, ambas falecidas & natural havia já alguns anos, mas que só agora tinha canseguidc dinheiro suficiente para trazer os corpos da sua aldeia longínqua e crer beira do Rio Sagrado!
Em alguns Gates se concentram as cremações enquanto outros utilizados para orações e banhos, O principal Gate de cremaÇ~O ct N4anikarnika e para visitá-lo, em vez de seguir pelas vielas, alugámos urt a algumas centenas de metros de distãncia. Três remadores manej2 com destreza sobre as águas lamacentas do Ganges, não sem que eu algum receio por o rio ir enormemente cheio devido ás copiosas chu últimos dias que coinddiram com o fim da monção. Devido á cheia, Gates estão parcialmente submersos, concentrando-se as actividac poucos espaços que a água não cobriu. No Manikarnica, 100 degraL debaixo da água e as 10 fogueiras que ardem a queimar outros tantos apertam-se num pequeno terreiro encostado ás casas. A margem do
falta a foto que nao consegui meter mas vou pensar como
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 7
tinha um palmo de terra livre para a nossa barca encostar, ocupada que estava por barcos carregados de madeira que seria vendida aos familiares dos defuntos depois de pesada em enormes balanças. O único pedaço de chão que poderia ser utilizado para o nosso desembarque estava ocupado por uma manada de cerca de 30 búfalos que, refastelados, dormiam a sesta dentro de água: Com a ajudadas gentes de terra conseguimos abrir uma clareira entre os ruminantes e desembarcar.
O reboliço era enorme á nossa volta; uns a pôr lenha nas fogueiras, outros a pesar a madeira e acarretá-la, outros ainda b-ansportando corpos mortos em padiolas de bambu para demolhá-los na sagrada água do Ganges antes de os colocarem nas piras de lenha. As padiolas são leves e muito estreitas, á medida do cadáver, o qual se for de mulher vai envolto em tecidos brilhantes vermelhos e dourados sendo homem o tecido é branco, Um dos corpos de mulher que passou numa viela mesmo encostada á minha cabeça, tinha, a fazer de almofada onde apoiava a nuca, pedaços de bosta seca de vaca sagrada;.
Ao sairmos da barca e pormos os pés em terra, logo o arrais chamou um rapaz que trabalha no Gate ‘e recomendou-lhe que nos fosse mostrar o que havia para ver. Subindo várias escadarias o rapaz levou-nos a uma enorme sala onde jaziam no’ chão, em cima de tapetes e esteiras, alguns corpos humanos moribundos. Era a ‘Sala Dos Que Esperam, a Morte”. Ali apresentou-nos a um velhote franzino com ares de intelectual que passou a ser o nosso guia. Levou¬nos a uma torre de onde se via em baixo toda a azáfama da cremação, os búfalos sonolentos dentro de água, o vai e vem dos barcos no rio, os corpos nas padiolas a irem ser demolhados’ no rio regressando depois ás fogueiras, a lenha a ser pesada e transportada ás costas de carregadores semi-nus, o fumo das fogueiras a elevar-se no ar, enfim todo o burburinho do Cate. Ali ficámos especados e incrédulos durante algum tempo, ouvindo as explicações do. homem franzino, que era afinal, o chefe do Cate.
No meio da multidão. não se vislumbrava uma única mulher, porque, seçundo o nosso homem, as mulheres sendo mais sensíveis, começariam a chorar e o seu barulho afugentaria os espíritos e perturbaria a sua caminhada até o Nirvana.
A madeira transportada nas barcas para alimentar as fogueiras e cremar os corpos é toda de um determinado tipo .de árvore — Banyan - (a mesma árvore à sombra da qual Buda meditou durante vários anos), a qual, ao arder, tem a particularidade de absorver o odores da carne queimada. Vem de muito longe, do Estado de Bihar. Para cremar um corpo são necessários 180 ou 200 kgs. Os ricos são cremados com madeira de sândalo por causa do seu perfume. Os pobres, para remediar, compram um quilo ou dois de serradura de sândalo que atiram para cima da fogueira significando com esse gesto que, se tivessem posses, também honienageariam o seu defunto cremando-o com’ madeira sândalo.
Seçundo a religiãohindu não são cremados alguns grupos de pessoas consideradas limpas e ainøa cubos grupos de pessoas cuja queima empestaria o ar, Do primeiro grupqzem parte as crianças e as mulheres grávidas (a pureza das crianç ‘.i’’ é transmitida às mães pelo cordão umbilical). No segundo grupo ~~1”’’! leprosos (a doença poderia contaminar os fumos
tinha um palmo de terra livre para a nossa barca encostar, ocupada que estava por barcos carregados de madeira que seria vendida aos familiares dos defuntos depois de pesada em enormes balanças. O único pedaço de chão que poderia ser utilizado para o nosso desembarque estava ocupado por uma manada de cerca de 30 búfalos que, refastelados, dormiam a sesta dentro de água: Com a ajudadas gentes de terra conseguimos abrir uma clareira entre os ruminantes e desembarcar.
O reboliço era enorme á nossa volta; uns a pôr lenha nas fogueiras, outros a pesar a madeira e acarretá-la, outros ainda b-ansportando corpos mortos em padiolas de bambu para demolhá-los na sagrada água do Ganges antes de os colocarem nas piras de lenha. As padiolas são leves e muito estreitas, á medida do cadáver, o qual se for de mulher vai envolto em tecidos brilhantes vermelhos e dourados sendo homem o tecido é branco, Um dos corpos de mulher que passou numa viela mesmo encostada á minha cabeça, tinha, a fazer de almofada onde apoiava a nuca, pedaços de bosta seca de vaca sagrada;.
Ao sairmos da barca e pormos os pés em terra, logo o arrais chamou um rapaz que trabalha no Gate ‘e recomendou-lhe que nos fosse mostrar o que havia para ver. Subindo várias escadarias o rapaz levou-nos a uma enorme sala onde jaziam no’ chão, em cima de tapetes e esteiras, alguns corpos humanos moribundos. Era a ‘Sala Dos Que Esperam, a Morte”. Ali apresentou-nos a um velhote franzino com ares de intelectual que passou a ser o nosso guia. Levou¬nos a uma torre de onde se via em baixo toda a azáfama da cremação, os búfalos sonolentos dentro de água, o vai e vem dos barcos no rio, os corpos nas padiolas a irem ser demolhados’ no rio regressando depois ás fogueiras, a lenha a ser pesada e transportada ás costas de carregadores semi-nus, o fumo das fogueiras a elevar-se no ar, enfim todo o burburinho do Cate. Ali ficámos especados e incrédulos durante algum tempo, ouvindo as explicações do. homem franzino, que era afinal, o chefe do Cate.
No meio da multidão. não se vislumbrava uma única mulher, porque, seçundo o nosso homem, as mulheres sendo mais sensíveis, começariam a chorar e o seu barulho afugentaria os espíritos e perturbaria a sua caminhada até o Nirvana.
A madeira transportada nas barcas para alimentar as fogueiras e cremar os corpos é toda de um determinado tipo .de árvore — Banyan - (a mesma árvore à sombra da qual Buda meditou durante vários anos), a qual, ao arder, tem a particularidade de absorver o odores da carne queimada. Vem de muito longe, do Estado de Bihar. Para cremar um corpo são necessários 180 ou 200 kgs. Os ricos são cremados com madeira de sândalo por causa do seu perfume. Os pobres, para remediar, compram um quilo ou dois de serradura de sândalo que atiram para cima da fogueira significando com esse gesto que, se tivessem posses, também honienageariam o seu defunto cremando-o com’ madeira sândalo.
Seçundo a religiãohindu não são cremados alguns grupos de pessoas consideradas limpas e ainøa cubos grupos de pessoas cuja queima empestaria o ar, Do primeiro grupqzem parte as crianças e as mulheres grávidas (a pureza das crianç ‘.i’’ é transmitida às mães pelo cordão umbilical). No segundo grupo ~~1”’’! leprosos (a doença poderia contaminar os fumos
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 8
da fogueira e afectar os ffirnillai~s e presentes durante a cremação) e mortos vitimas de mordedura de cobra (o veneno queimado poderia propac se na atmosfera). Estas pessoas, cuja cremação é proibida, s~o atiradas Ganges atadas a um pedregulho, mas como nem sempre s~o bem atac acontecE multas vezes, ao andar de barco no Ganges, cruzarmo-nos
corpos mortos flutuando rio a baixo alguns dos Quais chegariam a Calcutá não fora a abundância de crocodilos estacionados em uma curva do rio, algu a jusante de Varanasi.
Aquela meia hora no cimo da torre, sozinhos com o nosso esquelél guia /admlnistrador do Gate, foi o ponto alto da estadia em Varan~ Estávamos por cima da multidão, das fogueiras, dos búfalos, do rio e burburinho. Dali se desfrutava uma azáfama surpreendente e exótica, De sút o vento mudou e o fumo das 10 fogueiras que cremavam outros tar~ cadáveres veio na direcção da torre e envolveu-nos; embora o vento e o fui não cheirassem a carne queimada, não pude evitar uma sensaç~o de vómit nojo; já ia para cuspir a saliva que de repente cresceu com repulsa na miri boca, quando me embrei de que esse gesto poderia ferir as susceptibilldac religiosas do nosso interlocutor e . tive de engolir...
Na descida da torre passamos outra vez pela “Sala dos Moribundos fomos convidados pelo Chefe a contribuir com algumas rupias para compi enha para queimar uma velhota Que ali estava deitada no chão à espera morte, a qual, á nossa chegada se mexeu emitindo um quase impercepti\ ruído, presumi que para dar a entender que ainda estava viva. Contribuím com rupias suficientes para comprar duas arrobas de lenha e saímos
emocionados, e ao mesmo tempo convencidos de que a nossa esmola ii contilbuir para aumentar o nosso <arma...
Já em baixo, junto das fogueiras, vimos os “intocáveis” ou”párias” qi debaixo de um pequeno torreão. se sentam nos intervalos do seu trabalho atiçar as fogueiras. Pertencem à casta mais baixa da India, são quase Su humanos e aceitam com resignação a sua inferioridade. Para eles s~ reservados os trabalhos mais duros, mais sujos e degradantes, e sào eh também os guardiões do fogo sagrado que há 3.000 anos (três mil ...) arc sem parar num canto do Gate e do qual, com archotes de erva seca, é tirado fogo para atear as piras de lenha dentro das quais estão os defuntos hindu Seria sacrilégio atear as fogueiras com fósforos ou com isqueiros.
da fogueira e afectar os ffirnillai~s e presentes durante a cremação) e mortos vitimas de mordedura de cobra (o veneno queimado poderia propac se na atmosfera). Estas pessoas, cuja cremação é proibida, s~o atiradas Ganges atadas a um pedregulho, mas como nem sempre s~o bem atac acontecE multas vezes, ao andar de barco no Ganges, cruzarmo-nos
corpos mortos flutuando rio a baixo alguns dos Quais chegariam a Calcutá não fora a abundância de crocodilos estacionados em uma curva do rio, algu a jusante de Varanasi.
Aquela meia hora no cimo da torre, sozinhos com o nosso esquelél guia /admlnistrador do Gate, foi o ponto alto da estadia em Varan~ Estávamos por cima da multidão, das fogueiras, dos búfalos, do rio e burburinho. Dali se desfrutava uma azáfama surpreendente e exótica, De sút o vento mudou e o fumo das 10 fogueiras que cremavam outros tar~ cadáveres veio na direcção da torre e envolveu-nos; embora o vento e o fui não cheirassem a carne queimada, não pude evitar uma sensaç~o de vómit nojo; já ia para cuspir a saliva que de repente cresceu com repulsa na miri boca, quando me embrei de que esse gesto poderia ferir as susceptibilldac religiosas do nosso interlocutor e . tive de engolir...
Na descida da torre passamos outra vez pela “Sala dos Moribundos fomos convidados pelo Chefe a contribuir com algumas rupias para compi enha para queimar uma velhota Que ali estava deitada no chão à espera morte, a qual, á nossa chegada se mexeu emitindo um quase impercepti\ ruído, presumi que para dar a entender que ainda estava viva. Contribuím com rupias suficientes para comprar duas arrobas de lenha e saímos
emocionados, e ao mesmo tempo convencidos de que a nossa esmola ii contilbuir para aumentar o nosso <arma...
Já em baixo, junto das fogueiras, vimos os “intocáveis” ou”párias” qi debaixo de um pequeno torreão. se sentam nos intervalos do seu trabalho atiçar as fogueiras. Pertencem à casta mais baixa da India, são quase Su humanos e aceitam com resignação a sua inferioridade. Para eles s~ reservados os trabalhos mais duros, mais sujos e degradantes, e sào eh também os guardiões do fogo sagrado que há 3.000 anos (três mil ...) arc sem parar num canto do Gate e do qual, com archotes de erva seca, é tirado fogo para atear as piras de lenha dentro das quais estão os defuntos hindu Seria sacrilégio atear as fogueiras com fósforos ou com isqueiros.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
p'agina 9
.foto nao incluida por erros tecnicos
dte Mariikarnika (lenha para crem~~o)
KUSHINACAR (Estado de Utar Pradesh, Norte da India) Na rota para Norte, a caminho do Nepal e dos contrafortes dos Himalaias, atravessa-se uma região que está para os budistas como a Terra Santa da Palestina está para os cristãos. Aqui nasceu e por aqui deambulou, meditou, pregou e morreu, há 2.500 anos: o Principe 3autama Sidarta, mais conhecido por Buda (o Iluminado). Há muitas parecenças entre os dois grandes filósofos da antiguidade, fundadores das duas principais religiões dos nossos dias — budismo e o cristianismo. Nascido Gautama Sidarta, o príncipe indiano foi coçnominado Buda (o Iluminado ou Esclarecido). O hebreu Yeshua, terá sido conhecido no seu tempo por Yeshua ben Pandhera e por Yeshua ben Stada, mas ficou para a posteridade como nome grego de Cristo (o Messias).
Buda nasceu em Lumbini (Nepal) junto da fronteira com a India. Aos 29 anos sola-se em Bodhgaya a meditar; aos 36 saiu pela mundo a pregar a sua mensagem sendo o seu primeiro sermão em Sarnah a 10 kms de Varanasi. Morreu em Kushinagar, de onde escrevo estas notas. Em Lumbini há pouco para vêr! Os milénios, as invasões, as intempéries, apagaram os vestigios dos antigos templos.E a Kushinagar que se dirigem as peregrinações do mundo budista. Escavações feitas em 1870 puseram a descoberto uma enorme estátua de Buda reclinado, esculpida há 1.500 anos e que é, actualmente, a principal atracção dos peregrinos budistas. Em volta da estátua os crentes circulam com uma cornpostura identica á dos católicos em Fátima ou em redor do túmulo de S.to António, em Pádua. A maneira de colocar asmãos, junto ao peito, paPma contra palma, e as leves vénias que fazem com a cabeça, lembram muito os rituais católicos. Aliás, o :~mportamento dos budistas nos templos é muito parecido com o dos católicos:, - silencioso e comedido. Nada da tealralidade maometana com lavagt$de •. p~ e mãos, cabeçadas no chão virados para
.foto nao incluida por erros tecnicos
dte Mariikarnika (lenha para crem~~o)
KUSHINACAR (Estado de Utar Pradesh, Norte da India) Na rota para Norte, a caminho do Nepal e dos contrafortes dos Himalaias, atravessa-se uma região que está para os budistas como a Terra Santa da Palestina está para os cristãos. Aqui nasceu e por aqui deambulou, meditou, pregou e morreu, há 2.500 anos: o Principe 3autama Sidarta, mais conhecido por Buda (o Iluminado). Há muitas parecenças entre os dois grandes filósofos da antiguidade, fundadores das duas principais religiões dos nossos dias — budismo e o cristianismo. Nascido Gautama Sidarta, o príncipe indiano foi coçnominado Buda (o Iluminado ou Esclarecido). O hebreu Yeshua, terá sido conhecido no seu tempo por Yeshua ben Pandhera e por Yeshua ben Stada, mas ficou para a posteridade como nome grego de Cristo (o Messias).
Buda nasceu em Lumbini (Nepal) junto da fronteira com a India. Aos 29 anos sola-se em Bodhgaya a meditar; aos 36 saiu pela mundo a pregar a sua mensagem sendo o seu primeiro sermão em Sarnah a 10 kms de Varanasi. Morreu em Kushinagar, de onde escrevo estas notas. Em Lumbini há pouco para vêr! Os milénios, as invasões, as intempéries, apagaram os vestigios dos antigos templos.E a Kushinagar que se dirigem as peregrinações do mundo budista. Escavações feitas em 1870 puseram a descoberto uma enorme estátua de Buda reclinado, esculpida há 1.500 anos e que é, actualmente, a principal atracção dos peregrinos budistas. Em volta da estátua os crentes circulam com uma cornpostura identica á dos católicos em Fátima ou em redor do túmulo de S.to António, em Pádua. A maneira de colocar asmãos, junto ao peito, paPma contra palma, e as leves vénias que fazem com a cabeça, lembram muito os rituais católicos. Aliás, o :~mportamento dos budistas nos templos é muito parecido com o dos católicos:, - silencioso e comedido. Nada da tealralidade maometana com lavagt$de •. p~ e mãos, cabeçadas no chão virados para
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 10
Meca nem a gritaria dos imans do alto dos minaretes a chamar os fiéis p~ rez&.
Até o ambiente do hotel governamental onde nos hospedamos Kushinagar (o Pathik Niwas) parecia o de uma residencial em Fáuma g por irmãos laicos
Apesar de originário da India, o budismo tem menos adeptos neste do que o próprio cristianismo contando apenas com 8 milhões de crentes. mais difundido na China, Japão e Sueste da Asia. Os seus adeptos pref€ cerca de 8% da população mundial. Muitas comunidades budistas espalh pela Asia construiram aqui os seus templos em honra do Senhor Buda. peregrlnaçôes organizadas pelos crentes dos diferentes países para virem vi o local onde Buda morreu. No dia da nossa visita ao Santuário de Kushinaç em particular á estátua do Buda reclinado, contactámos com alguns peregr de Srilanca (Ceilão). estavam acompanhados de muitos monges trajandi tradicionais tunicas de cor amarelada.
Tendo Gautama Sidarta vindo ao mundo 500 anos antes de Jesus C
e tendo vivido em terras tão afastadas, é notável a semelhança das douti
que ambos defendiam. Sidarta insurgiu-se contra o sistema de castas do
os bramanes eram os mais beneficiados e contra os sacerdotes que expiora
o povo. Yeshua igualmente se revoltou contra os “colonizadores ‘ romanos
ocupavam a Palestina e contra os farisetus do templo que pregavam uma
e faziam outra.M,bos se preocuparam com as injustiças e os sofrimentos
seus povos1 denunciaram os opressores e apontaram o caminho — a rectidi
a verdade.
Buda isolou-se durante 6 anos a meditar debaixo de uma árvore ban em Bodhgaya e saiu de lá para pregar as concius&s a que chegou depoi:
tanto meditar: - A vida é soifimento (Dukkha), causado pelo desejo das cc terrenas (Tanha). Pode conseguir-se o aliVio do sofrimento elimirTando Tai Eliminar ranha consegue-se seguindo Oito Nobres Caminhos, a saber: -A compreensão; a recta intenção; a recta existencia, etc
Todo o Norte da India que atravessámos é uma grande e fértil plai irrigada pelo Ganjes e seus tributárlos. Durante centenas de qtuilórn€ apenas se veem campos de arrâs ponteados aqui e ali por cidades e miseráveis, sujas e de tráfego caótico.
TANSEN (Nepal) — O Nepal é o pais mais alto do mundo mas dentro das suas fronteiras uma extensa pianicie tropical que é a contInu~ da grande planicie do Estado Indiano de Utar Pradesh e que se chama Ti Depois das formalidades fronteiriças em Sonauli atravessámos o Ter~ caminho das montanhas que se vislumbram ao longe. O martírio, é o me que na India com as camionetas de transportes públicos superlotadas e calor infernal diflcil de suportar. As frequentes paragens, multas v prolongadas e por razões que nos parecem fúteis, levam ao desespero. O de vida aparente da população aumenta drasticamente logo que se atraves:
fronteira — as pessoas andam melhor vestidas, as casas melhor aspecto pouco lixo e a população em geral é mais comunicativa e afável. Começa ver-se as primeiras caras redondas com olhos rasgados que prenunciar
Meca nem a gritaria dos imans do alto dos minaretes a chamar os fiéis p~ rez&.
Até o ambiente do hotel governamental onde nos hospedamos Kushinagar (o Pathik Niwas) parecia o de uma residencial em Fáuma g por irmãos laicos
Apesar de originário da India, o budismo tem menos adeptos neste do que o próprio cristianismo contando apenas com 8 milhões de crentes. mais difundido na China, Japão e Sueste da Asia. Os seus adeptos pref€ cerca de 8% da população mundial. Muitas comunidades budistas espalh pela Asia construiram aqui os seus templos em honra do Senhor Buda. peregrlnaçôes organizadas pelos crentes dos diferentes países para virem vi o local onde Buda morreu. No dia da nossa visita ao Santuário de Kushinaç em particular á estátua do Buda reclinado, contactámos com alguns peregr de Srilanca (Ceilão). estavam acompanhados de muitos monges trajandi tradicionais tunicas de cor amarelada.
Tendo Gautama Sidarta vindo ao mundo 500 anos antes de Jesus C
e tendo vivido em terras tão afastadas, é notável a semelhança das douti
que ambos defendiam. Sidarta insurgiu-se contra o sistema de castas do
os bramanes eram os mais beneficiados e contra os sacerdotes que expiora
o povo. Yeshua igualmente se revoltou contra os “colonizadores ‘ romanos
ocupavam a Palestina e contra os farisetus do templo que pregavam uma
e faziam outra.M,bos se preocuparam com as injustiças e os sofrimentos
seus povos1 denunciaram os opressores e apontaram o caminho — a rectidi
a verdade.
Buda isolou-se durante 6 anos a meditar debaixo de uma árvore ban em Bodhgaya e saiu de lá para pregar as concius&s a que chegou depoi:
tanto meditar: - A vida é soifimento (Dukkha), causado pelo desejo das cc terrenas (Tanha). Pode conseguir-se o aliVio do sofrimento elimirTando Tai Eliminar ranha consegue-se seguindo Oito Nobres Caminhos, a saber: -A compreensão; a recta intenção; a recta existencia, etc
Todo o Norte da India que atravessámos é uma grande e fértil plai irrigada pelo Ganjes e seus tributárlos. Durante centenas de qtuilórn€ apenas se veem campos de arrâs ponteados aqui e ali por cidades e miseráveis, sujas e de tráfego caótico.
TANSEN (Nepal) — O Nepal é o pais mais alto do mundo mas dentro das suas fronteiras uma extensa pianicie tropical que é a contInu~ da grande planicie do Estado Indiano de Utar Pradesh e que se chama Ti Depois das formalidades fronteiriças em Sonauli atravessámos o Ter~ caminho das montanhas que se vislumbram ao longe. O martírio, é o me que na India com as camionetas de transportes públicos superlotadas e calor infernal diflcil de suportar. As frequentes paragens, multas v prolongadas e por razões que nos parecem fúteis, levam ao desespero. O de vida aparente da população aumenta drasticamente logo que se atraves:
fronteira — as pessoas andam melhor vestidas, as casas melhor aspecto pouco lixo e a população em geral é mais comunicativa e afável. Começa ver-se as primeiras caras redondas com olhos rasgados que prenunciar
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 11
aproximação a regiões habitadas por gentes de raça mongol. Deixámos para trás a India, sem saudades. A Angela resumiu em poucas palavras o que levada vários parágrafos a explicar. Disse ela a determinada altura: - A India é um grande esgoto...
No meu livro de recordes, as povoações marroquinas de Larache e Duar¬Suakin (esta ultima no sitio mesmo onde teve lugar a batalha de Alcácer-Quibir) detinham até há pouco o nada invejável título de locais mais imundos e sujos que alguma vez v!. Pois bem, foram ambas substituidas não por uma ou outra terra Indiana das muitas que vi ao longo do trajecto, mas pelo país inteiro ou pelo menos pela parte que atravessamos. E como se fosse uma gigantesca latrina onde chafurdam pessoas e animais, riquexós e motoretas; onde se cozinha, se come e se dorme rodeado de porcaria. As chLivas intensas transformam ruas em rios de lama onde lixo e escrementos flutuam e onde os condutores dos riquexós têm de meter os pés e as pernas para prosseguirem viagem e levar os clientes ao destino, O ‘comércio” é de um primitivismo incrível:
Lojinhas do tamanho de uma cama sucedem-se ás centenas ao longo de estradas, ruas e caminhos; têm um aspecto imundo, com as paredes pretas da côr do alcatrão; no chão de terra batida amontoam-se os produtos para venda e sentam-se os donos, a filharada, amigos e vizinhos, que como é óbvio, não cabendo todos dentro do tugúrio sentam-se fora, na berma da estrada ou em cima do asfalto (se o há). Mesmo sem contar com as pessoas que circulam nas vias públicas, estas já estão cheias de gente suja e esquelética que vive, come, dorme e faz as suas necessidades, em cima do asfalto... Como viajamos sozinhos sem ser em grupos organizados por agencias de viagem, somos constantemente a’vo da abordagem por mendigos, rufias e proxenetas que. querem á nossa custa facturar algumas rupias. O engenho desta gente para conseguir esse objectivo e a sua desfaçatez não tem limites.Exemplos? — No bom hotel onde ficámos em Varanasi, os empregados da recepção procuraram insistentemente convencer-nos de que havia uma greve nos transportes publicos que iria durar 3 dias; deveriamos pois dormir mais 3 noites até que tudo voltasse á normahdade~ Nada disso era verdade e pretendiam “apenas’ que ficassemos mais uns dias ali hospedados.
Em Delhi, ao querermos comprar, na estação ferroviária, os bilhetes para Agra, fomos informados de que a bilheteira estava encerrada para obras e de que poderíamos comprar os bilhetes num guichet do outro lado da rua.Durante o telefonenia que o homem do guichet fez para confirmar os nossos bilhetes escreveu num pedaço de papel o numero 79.Acabada a conversa telefónica fomos informados de que já não havia bilhetes e que 79 era o numero de pessoas que estavam á nossa frente na lista de espera e de imediato começou a convencer-nos de que uma vez que não havia bilhetes o melhor era aproveitarmos o tempo para visitar o Rajast~o e a sua bela capital Jaipur, mostrando fotos de belos hoteis e monumentos e dando preços especiais (por ser nosso amigo.) para uma excursão de alguns dias..Foi malcriado conosco quando rejeitei a proposta. Afinal eu apenas queria um bilhete de combóio para Agra e perdera ali uma hora. Por incdvel que pareça e apesar da minha experiência de viage,~, para comprar o bilhete para Agra ainda caí em mais duas agencias onde jiose do passeio ao Rajastão se repetiu; só variava era o
aproximação a regiões habitadas por gentes de raça mongol. Deixámos para trás a India, sem saudades. A Angela resumiu em poucas palavras o que levada vários parágrafos a explicar. Disse ela a determinada altura: - A India é um grande esgoto...
No meu livro de recordes, as povoações marroquinas de Larache e Duar¬Suakin (esta ultima no sitio mesmo onde teve lugar a batalha de Alcácer-Quibir) detinham até há pouco o nada invejável título de locais mais imundos e sujos que alguma vez v!. Pois bem, foram ambas substituidas não por uma ou outra terra Indiana das muitas que vi ao longo do trajecto, mas pelo país inteiro ou pelo menos pela parte que atravessamos. E como se fosse uma gigantesca latrina onde chafurdam pessoas e animais, riquexós e motoretas; onde se cozinha, se come e se dorme rodeado de porcaria. As chLivas intensas transformam ruas em rios de lama onde lixo e escrementos flutuam e onde os condutores dos riquexós têm de meter os pés e as pernas para prosseguirem viagem e levar os clientes ao destino, O ‘comércio” é de um primitivismo incrível:
Lojinhas do tamanho de uma cama sucedem-se ás centenas ao longo de estradas, ruas e caminhos; têm um aspecto imundo, com as paredes pretas da côr do alcatrão; no chão de terra batida amontoam-se os produtos para venda e sentam-se os donos, a filharada, amigos e vizinhos, que como é óbvio, não cabendo todos dentro do tugúrio sentam-se fora, na berma da estrada ou em cima do asfalto (se o há). Mesmo sem contar com as pessoas que circulam nas vias públicas, estas já estão cheias de gente suja e esquelética que vive, come, dorme e faz as suas necessidades, em cima do asfalto... Como viajamos sozinhos sem ser em grupos organizados por agencias de viagem, somos constantemente a’vo da abordagem por mendigos, rufias e proxenetas que. querem á nossa custa facturar algumas rupias. O engenho desta gente para conseguir esse objectivo e a sua desfaçatez não tem limites.Exemplos? — No bom hotel onde ficámos em Varanasi, os empregados da recepção procuraram insistentemente convencer-nos de que havia uma greve nos transportes publicos que iria durar 3 dias; deveriamos pois dormir mais 3 noites até que tudo voltasse á normahdade~ Nada disso era verdade e pretendiam “apenas’ que ficassemos mais uns dias ali hospedados.
Em Delhi, ao querermos comprar, na estação ferroviária, os bilhetes para Agra, fomos informados de que a bilheteira estava encerrada para obras e de que poderíamos comprar os bilhetes num guichet do outro lado da rua.Durante o telefonenia que o homem do guichet fez para confirmar os nossos bilhetes escreveu num pedaço de papel o numero 79.Acabada a conversa telefónica fomos informados de que já não havia bilhetes e que 79 era o numero de pessoas que estavam á nossa frente na lista de espera e de imediato começou a convencer-nos de que uma vez que não havia bilhetes o melhor era aproveitarmos o tempo para visitar o Rajast~o e a sua bela capital Jaipur, mostrando fotos de belos hoteis e monumentos e dando preços especiais (por ser nosso amigo.) para uma excursão de alguns dias..Foi malcriado conosco quando rejeitei a proposta. Afinal eu apenas queria um bilhete de combóio para Agra e perdera ali uma hora. Por incdvel que pareça e apesar da minha experiência de viage,~, para comprar o bilhete para Agra ainda caí em mais duas agencias onde jiose do passeio ao Rajastão se repetiu; só variava era o
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 12
numero de pessoas na lista de espera.. Perdemos com isto uma tarde acabandi por saber que de facto a bilheteira estava em obras ... mas que o bilhete S~ podia comprar dentro ,daestaç~o, em uma biIhete~ra provisória... A goIpad~ está muito bem ~organizada POIS OS informadores estão disfarçados d~ funcionários dos caminhos dé fent~
Estas Golpadas Indianas” espreitam a cada canto desde o bHhete d~ autocarro que desce logo de preço se exigimos que escrevam o preço em un papel, até o motorista de taxi afirmar que o hotel para onde o mandamo seguir tem pulgas e que o hotel que ele sugere é melhor, mais borato mai bonito e sem pulgas e que, alem do mais, está situado próximo de muita atracçôes turisticas e, muito importante, que está apenas a insistir por sr nosso amigo.. pois não recebe qualquer comissão do dono do hotel..!
POKHARA (Nepal) Depois de Katemandu esta cidade é a mal procurada pelos turistas que visitam o Nepal. Situa-se entre altas montanhas beira de um dos 3 lagos que existem no fundo de um vale. Como pano
fundo tem as neves perpétuas do Anapurna, o maciço montanhoso mais alt dos Himalaias, logo a seguir ao Everest. Muitos turistas que se deslocam a Nepal têm como principal objectIvo fazer grandes caminhadas a pé, já que par chegar aos campos/base de onde se iniciam as escaladas é forçoso percorrE enormes distanciasAcho a paisagem muito parecida com a da Ilha da Madeir~ todavia mais exuberante, devido á muita pluviosidadeQuem vem da India fk muito admirado com a diferença entre os dois países. Ao caos indiano sucede ordem do lado de cá da fronteira. A sujidade indiana os nepaleses contrap&i multo asseio nas ruas e nas casas, jardins pequenos muito bem cuidados e, p~ todo o lado muitas muitas flores. A população apresenta já traços mongólia embora haja um pouco de tudo, desde o tipo quase indiano a outros qt refletem a mistura das duas raças. O denominador comum é •aU simpaU hospitobllidade e a maneira muito agradável como abordam os estrangeiros 1 aqui tarnbem comunidades tibetanas que fugiram á ocupação chinesa do libe na década de 50; dedicam-se á produção de artesanato feito com ossos laque e à tecelagem de tapetes típicos tibetanos que vendem aos turistas.
numero de pessoas na lista de espera.. Perdemos com isto uma tarde acabandi por saber que de facto a bilheteira estava em obras ... mas que o bilhete S~ podia comprar dentro ,daestaç~o, em uma biIhete~ra provisória... A goIpad~ está muito bem ~organizada POIS OS informadores estão disfarçados d~ funcionários dos caminhos dé fent~
Estas Golpadas Indianas” espreitam a cada canto desde o bHhete d~ autocarro que desce logo de preço se exigimos que escrevam o preço em un papel, até o motorista de taxi afirmar que o hotel para onde o mandamo seguir tem pulgas e que o hotel que ele sugere é melhor, mais borato mai bonito e sem pulgas e que, alem do mais, está situado próximo de muita atracçôes turisticas e, muito importante, que está apenas a insistir por sr nosso amigo.. pois não recebe qualquer comissão do dono do hotel..!
POKHARA (Nepal) Depois de Katemandu esta cidade é a mal procurada pelos turistas que visitam o Nepal. Situa-se entre altas montanhas beira de um dos 3 lagos que existem no fundo de um vale. Como pano
fundo tem as neves perpétuas do Anapurna, o maciço montanhoso mais alt dos Himalaias, logo a seguir ao Everest. Muitos turistas que se deslocam a Nepal têm como principal objectIvo fazer grandes caminhadas a pé, já que par chegar aos campos/base de onde se iniciam as escaladas é forçoso percorrE enormes distanciasAcho a paisagem muito parecida com a da Ilha da Madeir~ todavia mais exuberante, devido á muita pluviosidadeQuem vem da India fk muito admirado com a diferença entre os dois países. Ao caos indiano sucede ordem do lado de cá da fronteira. A sujidade indiana os nepaleses contrap&i multo asseio nas ruas e nas casas, jardins pequenos muito bem cuidados e, p~ todo o lado muitas muitas flores. A população apresenta já traços mongólia embora haja um pouco de tudo, desde o tipo quase indiano a outros qt refletem a mistura das duas raças. O denominador comum é •aU simpaU hospitobllidade e a maneira muito agradável como abordam os estrangeiros 1 aqui tarnbem comunidades tibetanas que fugiram á ocupação chinesa do libe na década de 50; dedicam-se á produção de artesanato feito com ossos laque e à tecelagem de tapetes típicos tibetanos que vendem aos turistas.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Nos lagos há abundância de peixe que é servido aos turistas nos
restaurantes. Apesar de os lagos serem grandes não há barcos a motor e
apenas a remos que os turistas alugam para passeios. Um exemplo que deveria
ser seguido na nossa Barragem de Castelo do Bode, da qual bebem água 3
milhões de portugueses e ninguem parece importar-se que milhares de barcos
a motor lancem nas suas águas os residuos da combustão, fugas de ólio,
detritos, etc ... As margens são densamente arborizadas e na zona onde se
situa o nosso hotel Giri Guest House, há pouco tráfego de carros e motoretas o
que faz deste suburbio, chamado Lake Side, um paraíso para descansar — por
isso aqui ficamos 5 dias — a repousar do desconforto que foi a travessia da
India. A maioria dos turistas são jovens (com pernas fortes para caminhadas) e
as nacionalidades predominantes são a australiana e israelita. O custo de vida é
barato; a moeda local é a rupia nepalesa; o euro vale mais 10 rupias que o
dolar.
Vim aqui encontrar uma situação de guerrilha que em número de vftimas
não fica atrás da colombiana; nos primeiros dias desta semana foram mortas
32 pessoas em recontros entre as forças da ordem e os guerrilheiros maoistas
que actuam sobretudo no leste do país, longe dos centros urbanos. Destas
mortes cinco eram militares.Compro regularmente um dos dois jornais em
lingua inglesa que aqui se publicam e todos os dias há notícias de desacatos
pelos maoistas. Por enquanto os turistas têm sido poupados e os principais
alvos são militares, polícias e os familiares destes que ficaram nas suas terras
de origem, nas montanhas, prosseguindo ali as suas lides agrícolas.
SHERPAS e GURKAS — Os Sherpas são talvez o grupo étnico mais
conhecido no estrangeiro, por viverem próximo do Everest e servirem de guias
e carregadores a quem explora aquela zona dos Himalaias. Oriundos do Tibete
fixaram-se na zona do Everest ha 500 anos e com o aparecimento do cultivo da
fotos nao consigo meter ( so com Flick ????
restaurantes. Apesar de os lagos serem grandes não há barcos a motor e
apenas a remos que os turistas alugam para passeios. Um exemplo que deveria
ser seguido na nossa Barragem de Castelo do Bode, da qual bebem água 3
milhões de portugueses e ninguem parece importar-se que milhares de barcos
a motor lancem nas suas águas os residuos da combustão, fugas de ólio,
detritos, etc ... As margens são densamente arborizadas e na zona onde se
situa o nosso hotel Giri Guest House, há pouco tráfego de carros e motoretas o
que faz deste suburbio, chamado Lake Side, um paraíso para descansar — por
isso aqui ficamos 5 dias — a repousar do desconforto que foi a travessia da
India. A maioria dos turistas são jovens (com pernas fortes para caminhadas) e
as nacionalidades predominantes são a australiana e israelita. O custo de vida é
barato; a moeda local é a rupia nepalesa; o euro vale mais 10 rupias que o
dolar.
Vim aqui encontrar uma situação de guerrilha que em número de vftimas
não fica atrás da colombiana; nos primeiros dias desta semana foram mortas
32 pessoas em recontros entre as forças da ordem e os guerrilheiros maoistas
que actuam sobretudo no leste do país, longe dos centros urbanos. Destas
mortes cinco eram militares.Compro regularmente um dos dois jornais em
lingua inglesa que aqui se publicam e todos os dias há notícias de desacatos
pelos maoistas. Por enquanto os turistas têm sido poupados e os principais
alvos são militares, polícias e os familiares destes que ficaram nas suas terras
de origem, nas montanhas, prosseguindo ali as suas lides agrícolas.
SHERPAS e GURKAS — Os Sherpas são talvez o grupo étnico mais
conhecido no estrangeiro, por viverem próximo do Everest e servirem de guias
e carregadores a quem explora aquela zona dos Himalaias. Oriundos do Tibete
fixaram-se na zona do Everest ha 500 anos e com o aparecimento do cultivo da
fotos nao consigo meter ( so com Flick ????
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 14
batata passaram de nómadas a sedentários. S~o muito resistentes e leais e como todos os nepaleses tudo o que transportam nas costas é suportado uma cinta apoiada na testa..
Os Gurkas são soldados aguerridos e beticosos, originários da Magar, na zona de Tansen, onde.dormlmOS a nossa primeira noIte rio N~ Foram o osso mais duro de roer quando da unlficaç~o do país As quaI~dades belicistas n~o passaram despercebidas aos britanicos que dur muito tempo tiveram regimentos gurkas nos seus exérdtos utflizando-O5 diversos pontos do globo. A sua reputação mantem-se e ainda hoje há n,flit gurkas ao seiviço de outras nações (India, h-ábia, etc.) e as remessas das poupanças para a terra natal são um Importante contributo para o progress Nepal. Alguns dos pequenos hoteis nas margens do lago Phewa e em Pok pertencem a fanRias gurkasNão longe do nosso hoteizinho em POldiara. e
o Museu Gurka.
KATEMANDU — Estou encantado com a sknpatia, civismo e maneiras dos nepaleses. Mesmo aqueles que sobrevivem de activic relacionadas com o turismo, são correctos e menos persistentes que em o países.
No Nepal não há comboios. As deslocações fazem-Se em camionet viagens são sempre desconfortáveis devido a constantes paragens para ri dos mi~tare5 que procuram armas maolstas nas bagagens dos passageir estado das estradas é mau porque são danificadas todos os anos pelas cl intensas da monsão e não há dinheiro para repará-las; o seu traçz incriveirnente dificil pois tem de vencer encostas ingremes de mont altíssimas e atravessar rios caudalosos em vales profundos. As médI~ velocIdade são muito baixas e pata percorrer 100 km são muitas necessárias 5 ou 6 horas.
A monção acabou a semana passada e com ela as abunc chuvasAo longo do trajecto Pokhara — Katemandu os desmoronament terras provocados pelas chuvas arrastou troços Inteiros da estrada, a1 pontes e casas para o fundo dos rios, tendo a camioneta de seguir por d provisórios e peilgosos. Estes desmoronamentos repetem-Se todos os an vertentes das montanhas são muito ingremes e é muito fácil as terras e 1 cederem quando saturadas de água, arrastando á sua frente florestas, c tudo o que encontrarem no caminho.
Apesar da crise económica internaCional da crise dinástica nepalesa guerilha maoista a capital do Nepal — Katemandu — está cheia de tt sobretudo jovenS.A parte velha da cidade e as zonas dos templos, em pai a Praça Durbar são de um exotismo surpreendente o que justifica a vinc de gente de todo o mundo, O clima é sub-tropical com forte pluviosii pequenas amplitudes témiicasjsto, aliado a solos profundos dá como re! vegetação luxuriante e multas flores. A religião predominante é o hindu parece muWo estranho ver nepaleses de traços mongólicos a adorar 5 Ganês, pois de certo modo associo o hinduismo á raça indiana.
Katemandu está cheia dé artesanato de boa qualidade com coisas Interessantes para comprar, mas o que é mais oferecido nas was aos tu “bálsamo de tigre’, marijuana e achixe. O unguento de tigre vem
batata passaram de nómadas a sedentários. S~o muito resistentes e leais e como todos os nepaleses tudo o que transportam nas costas é suportado uma cinta apoiada na testa..
Os Gurkas são soldados aguerridos e beticosos, originários da Magar, na zona de Tansen, onde.dormlmOS a nossa primeira noIte rio N~ Foram o osso mais duro de roer quando da unlficaç~o do país As quaI~dades belicistas n~o passaram despercebidas aos britanicos que dur muito tempo tiveram regimentos gurkas nos seus exérdtos utflizando-O5 diversos pontos do globo. A sua reputação mantem-se e ainda hoje há n,flit gurkas ao seiviço de outras nações (India, h-ábia, etc.) e as remessas das poupanças para a terra natal são um Importante contributo para o progress Nepal. Alguns dos pequenos hoteis nas margens do lago Phewa e em Pok pertencem a fanRias gurkasNão longe do nosso hoteizinho em POldiara. e
o Museu Gurka.
KATEMANDU — Estou encantado com a sknpatia, civismo e maneiras dos nepaleses. Mesmo aqueles que sobrevivem de activic relacionadas com o turismo, são correctos e menos persistentes que em o países.
No Nepal não há comboios. As deslocações fazem-Se em camionet viagens são sempre desconfortáveis devido a constantes paragens para ri dos mi~tare5 que procuram armas maolstas nas bagagens dos passageir estado das estradas é mau porque são danificadas todos os anos pelas cl intensas da monsão e não há dinheiro para repará-las; o seu traçz incriveirnente dificil pois tem de vencer encostas ingremes de mont altíssimas e atravessar rios caudalosos em vales profundos. As médI~ velocIdade são muito baixas e pata percorrer 100 km são muitas necessárias 5 ou 6 horas.
A monção acabou a semana passada e com ela as abunc chuvasAo longo do trajecto Pokhara — Katemandu os desmoronament terras provocados pelas chuvas arrastou troços Inteiros da estrada, a1 pontes e casas para o fundo dos rios, tendo a camioneta de seguir por d provisórios e peilgosos. Estes desmoronamentos repetem-Se todos os an vertentes das montanhas são muito ingremes e é muito fácil as terras e 1 cederem quando saturadas de água, arrastando á sua frente florestas, c tudo o que encontrarem no caminho.
Apesar da crise económica internaCional da crise dinástica nepalesa guerilha maoista a capital do Nepal — Katemandu — está cheia de tt sobretudo jovenS.A parte velha da cidade e as zonas dos templos, em pai a Praça Durbar são de um exotismo surpreendente o que justifica a vinc de gente de todo o mundo, O clima é sub-tropical com forte pluviosii pequenas amplitudes témiicasjsto, aliado a solos profundos dá como re! vegetação luxuriante e multas flores. A religião predominante é o hindu parece muWo estranho ver nepaleses de traços mongólicos a adorar 5 Ganês, pois de certo modo associo o hinduismo á raça indiana.
Katemandu está cheia dé artesanato de boa qualidade com coisas Interessantes para comprar, mas o que é mais oferecido nas was aos tu “bálsamo de tigre’, marijuana e achixe. O unguento de tigre vem
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 15
caixinhas metálicas redondas e serve para tudo desde panarícios ás inflamações da garganta e ao mau-olhado... Acho que faria sucesso na Feira de 5. Mamede como alternativa á já gasta fórmula da banha de cobra... Os meus planos de viagem previam seguir do Nepal para o Tibete e dali para o interior da China. Devido à conjugação de vários factores tivemos de alterar o programa e vamos retroceder para sul a caminho de Calcutá e depois para a Tailandia. A leitura de dois excelentes livros sobre o T~bete mais despertou a minha curiosidade em conhecer aquele país situado no alto planalto considerado o Teto do Mundo. ‘Sete Anos no Tibete’ da autoria do austriaco Heinrich 1-larrer e “The Hotel on tbe Roof of tbe World’ de Alec le Sueur tornaram aquele pais como que familiar, como se já o tivesse visitado por mais que uma vez. Nomes como Barkhor, Potala Norbulingka, Yak, Uasa, etc., representam imagens que eu pensei poder ver com os meus próprios olhos dentro de dias.
Para o turista/aventureiro que viaja individualmente, como é o meu caso, a melhor maneira de entrar no libete é pela China depois de visitar uma das grandes metrópoles que toda a gente gostaria de ver - Pequim, Xangai, Cantão, hong Kong ou N1acau ou então subindo do Vietnam, do Laos ou do Camboja.
Nepal — Viagem no tejadilho da camioneta
Partindo do Nepal só se pode entrar no Tibete fazendo parte de um grupo organizado por agencias especializadas o que sai muito cam e é arriscado por razôes de saude: a doença-de-altitude.Todavia a entrada mais utirizada pelos turistas ~identais é de avião de Katemandu para Llasa. Alem das expedições ao Everest e do “tracking’ nos Anapurnas, estas idas ao Tibete a partir de Katemandu s~o o sustentáculo das agências de viagem do Nepal. Como as autoridad~ . Øwiesa s levantam muitos obstáculos aos viajantes
indivirli ‘ais- as ~ . rpalmpnfp ni mmm ‘,icir~r 1 T’h~Fo FAm d~ 1~
caixinhas metálicas redondas e serve para tudo desde panarícios ás inflamações da garganta e ao mau-olhado... Acho que faria sucesso na Feira de 5. Mamede como alternativa á já gasta fórmula da banha de cobra... Os meus planos de viagem previam seguir do Nepal para o Tibete e dali para o interior da China. Devido à conjugação de vários factores tivemos de alterar o programa e vamos retroceder para sul a caminho de Calcutá e depois para a Tailandia. A leitura de dois excelentes livros sobre o T~bete mais despertou a minha curiosidade em conhecer aquele país situado no alto planalto considerado o Teto do Mundo. ‘Sete Anos no Tibete’ da autoria do austriaco Heinrich 1-larrer e “The Hotel on tbe Roof of tbe World’ de Alec le Sueur tornaram aquele pais como que familiar, como se já o tivesse visitado por mais que uma vez. Nomes como Barkhor, Potala Norbulingka, Yak, Uasa, etc., representam imagens que eu pensei poder ver com os meus próprios olhos dentro de dias.
Para o turista/aventureiro que viaja individualmente, como é o meu caso, a melhor maneira de entrar no libete é pela China depois de visitar uma das grandes metrópoles que toda a gente gostaria de ver - Pequim, Xangai, Cantão, hong Kong ou N1acau ou então subindo do Vietnam, do Laos ou do Camboja.
Nepal — Viagem no tejadilho da camioneta
Partindo do Nepal só se pode entrar no Tibete fazendo parte de um grupo organizado por agencias especializadas o que sai muito cam e é arriscado por razôes de saude: a doença-de-altitude.Todavia a entrada mais utirizada pelos turistas ~identais é de avião de Katemandu para Llasa. Alem das expedições ao Everest e do “tracking’ nos Anapurnas, estas idas ao Tibete a partir de Katemandu s~o o sustentáculo das agências de viagem do Nepal. Como as autoridad~ . Øwiesa s levantam muitos obstáculos aos viajantes
indivirli ‘ais- as ~ . rpalmpnfp ni mmm ‘,icir~r 1 T’h~Fo FAm d~ 1~
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 16
grupo, ~m vistos coT~ tudo isso pn
exorbitante. Por ouboiaO::ttrf de doença-de-aldtude PC
atmosfera em Liasa, devido á aldtud tiStfflos 30% de oxigénio do que
nivel do mar- O mais aconselhavel é Ir por terra e fazei- paragens de um ou dias para aclimatizar e adaptar o organismo á pressão atmosférica. Era o eu queda fazer mas não fui autorizado.
Há dois anos senti-me mal em La Paz, na Bolivia, por causa da altitud agora n~o quero correr os mesmos tlsms. Há comprimidos que ajudam segundo me consta, alguns hoteis em Ilaso têm tubos nos quartos i fornecem oxigénio e há ainda a mezinha de beber 3 litros de água por dia compensar o organismo.... Mas o melhor mesmo é ir por terra, fazer algur paragens e ir gradualmente adaptando-se à altitude.
De vez em quando há sublevações no Tibete contra a opres comunista chinesa que tem pretendido destruir a cultura do país; quando i acontece os chineses fecham as fronteiras e não deixam entrar ninguém não haver testemunhas da repressão. Em Der, quando pretendi obter o v na Embaixada da China, tudo corda bem até ao momento em que perguntai porque posto fronteiriço damos entrar. Quando falámos em Tlbetc funcionário devolveu de imediato os passaportes e disse que vistos par 1]bete .só em Katemandu. Soube ainda que tem havido casos de estrange com visto válido para entrar na China que se põem a caminho da fronteira Tibete, por terra, a quem é recusada à entrada tendo que regressa Katemandu. Por todas estas razões e por à Angelo n~o ter muito mais tempc férias pois tem de se apresentar ao trabalho, em Londres, no dia 12 Outubro, resolvemos pormo-nos a caminho de Banguecoque de onde part seu voo de regresso.
PARQUE NATURAL de CHITUAN Viemos aqui para fazer um ~s fotográfico” encavalitados em cima de um eiefante que, coro mais ~passageiros” ás costas (um casal de turistas franceses) percorreu :05 trilhos Parque á procura de outros bichos para nós vermos e fotografarmos. A ak indigena Sauraha é o unico aglomerado populacional dentro do perimetro Parque e fbi lã que nos instalámos, O Parque tem mil kms quadrados de. án a maior concenfraçâo de rinocerontes de um sô corno (os rinocero, africanos têm dois cornos). Aiem dos passeios de elefante, os atract principais são a muita bicharada que se pode observer e que ir rinocerontes, tigres de Bengaia, leopardos, golfinhos de água doce, crocod cobras e outros répteis e muitas aves. Actualmente existem 544 rinos e
grupo, ~m vistos coT~ tudo isso pn
exorbitante. Por ouboiaO::ttrf de doença-de-aldtude PC
atmosfera em Liasa, devido á aldtud tiStfflos 30% de oxigénio do que
nivel do mar- O mais aconselhavel é Ir por terra e fazei- paragens de um ou dias para aclimatizar e adaptar o organismo á pressão atmosférica. Era o eu queda fazer mas não fui autorizado.
Há dois anos senti-me mal em La Paz, na Bolivia, por causa da altitud agora n~o quero correr os mesmos tlsms. Há comprimidos que ajudam segundo me consta, alguns hoteis em Ilaso têm tubos nos quartos i fornecem oxigénio e há ainda a mezinha de beber 3 litros de água por dia compensar o organismo.... Mas o melhor mesmo é ir por terra, fazer algur paragens e ir gradualmente adaptando-se à altitude.
De vez em quando há sublevações no Tibete contra a opres comunista chinesa que tem pretendido destruir a cultura do país; quando i acontece os chineses fecham as fronteiras e não deixam entrar ninguém não haver testemunhas da repressão. Em Der, quando pretendi obter o v na Embaixada da China, tudo corda bem até ao momento em que perguntai porque posto fronteiriço damos entrar. Quando falámos em Tlbetc funcionário devolveu de imediato os passaportes e disse que vistos par 1]bete .só em Katemandu. Soube ainda que tem havido casos de estrange com visto válido para entrar na China que se põem a caminho da fronteira Tibete, por terra, a quem é recusada à entrada tendo que regressa Katemandu. Por todas estas razões e por à Angelo n~o ter muito mais tempc férias pois tem de se apresentar ao trabalho, em Londres, no dia 12 Outubro, resolvemos pormo-nos a caminho de Banguecoque de onde part seu voo de regresso.
PARQUE NATURAL de CHITUAN Viemos aqui para fazer um ~s fotográfico” encavalitados em cima de um eiefante que, coro mais ~passageiros” ás costas (um casal de turistas franceses) percorreu :05 trilhos Parque á procura de outros bichos para nós vermos e fotografarmos. A ak indigena Sauraha é o unico aglomerado populacional dentro do perimetro Parque e fbi lã que nos instalámos, O Parque tem mil kms quadrados de. án a maior concenfraçâo de rinocerontes de um sô corno (os rinocero, africanos têm dois cornos). Aiem dos passeios de elefante, os atract principais são a muita bicharada que se pode observer e que ir rinocerontes, tigres de Bengaia, leopardos, golfinhos de água doce, crocod cobras e outros répteis e muitas aves. Actualmente existem 544 rinos e
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
paginas 17
A viagem de Katemandu até aqui foi demorada, cansativa e perigosa. Tudo por causa das chuvas torrenciais dos ultimos dias que fizeram desmoronar muitas vertentes das montanhas arrastando á sua passagem para os fundos dos rios troços inteiros da estrada bem como pontes, socalcos de campos cuilivados, algumas casas troncos de árvores e pedregulhos. Os 15 krs entre Mugling e Narayanghat demoraram 6 horas a percorrer. Dentro da camioneta sufocava-se com o ar quente e humido e durante as numerosas e demoradas paragens era um alivia vir para a rua apanhar chuva e respirar ar fresco.Pouto comemos durante o dia e quando finalmente chegamos a Chituan, e saímos dd camioneta com os sapatos na mao, calças arregaçadas e as pernas com lama até aos joelhos e ainda com a roupa encharcada pela chuva, lama e suor, foi com enorme satisfação que vimos á nossa espera o motorista da Ram Forest Guest House que logo recolheu as nossas bagagens e as colocou no seu enferrujado jeep.Uma refeiçao neparesa vegetariana preparada enquanto no chuveiro nos limpavamos dos quilos de lama e suor que envolviam o nosso corpo, fez-nos recuperar as forças e ir para a cama mais optimistas.
A manha do dia seguinte foi passada a descansar das fadigas da véspera. De tarde lá fomos no velho jeep ferrujento ao encontro dos elefantes que já nos esperavam devidamente aparelhados com as celas” quadradas de madeira, seguras por uma cilha bem apertada que passa por debaixo do ventre do animal, O tratador/conductor vai sentado em cima do pescoço do paquiderme de modo a que as suas pernas fiquem debaixo das orelbas do bicho e é com elas queo:.dirige. Para montarmos, o elefante fez marcha a tit conduzido pelos toqu~dos:joelhos do tratador egiieteu a trazeira debaixo de uma plataforma de mãddra. para onde subiramos por uma tosca escada de madeira. A caixa dorso do elefante tem capacidade para 4 pessoas e tem çt’a volta ria ni ‘ai nnç ~n~rnmnc Pi ,c~mn~nnc r~ninbn
A viagem de Katemandu até aqui foi demorada, cansativa e perigosa. Tudo por causa das chuvas torrenciais dos ultimos dias que fizeram desmoronar muitas vertentes das montanhas arrastando á sua passagem para os fundos dos rios troços inteiros da estrada bem como pontes, socalcos de campos cuilivados, algumas casas troncos de árvores e pedregulhos. Os 15 krs entre Mugling e Narayanghat demoraram 6 horas a percorrer. Dentro da camioneta sufocava-se com o ar quente e humido e durante as numerosas e demoradas paragens era um alivia vir para a rua apanhar chuva e respirar ar fresco.Pouto comemos durante o dia e quando finalmente chegamos a Chituan, e saímos dd camioneta com os sapatos na mao, calças arregaçadas e as pernas com lama até aos joelhos e ainda com a roupa encharcada pela chuva, lama e suor, foi com enorme satisfação que vimos á nossa espera o motorista da Ram Forest Guest House que logo recolheu as nossas bagagens e as colocou no seu enferrujado jeep.Uma refeiçao neparesa vegetariana preparada enquanto no chuveiro nos limpavamos dos quilos de lama e suor que envolviam o nosso corpo, fez-nos recuperar as forças e ir para a cama mais optimistas.
A manha do dia seguinte foi passada a descansar das fadigas da véspera. De tarde lá fomos no velho jeep ferrujento ao encontro dos elefantes que já nos esperavam devidamente aparelhados com as celas” quadradas de madeira, seguras por uma cilha bem apertada que passa por debaixo do ventre do animal, O tratador/conductor vai sentado em cima do pescoço do paquiderme de modo a que as suas pernas fiquem debaixo das orelbas do bicho e é com elas queo:.dirige. Para montarmos, o elefante fez marcha a tit conduzido pelos toqu~dos:joelhos do tratador egiieteu a trazeira debaixo de uma plataforma de mãddra. para onde subiramos por uma tosca escada de madeira. A caixa dorso do elefante tem capacidade para 4 pessoas e tem çt’a volta ria ni ‘ai nnç ~n~rnmnc Pi ,c~mn~nnc r~ninbn
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 18
da selva sendo o piirneiro troço através de campo aberto, sem árvore capim alto de cerca de 3 metros, O passeio na floresta foi muito a’ tendo visto logo de inicio dois rinocerontes que nada se assustaram nossa presença tendo continuado a pastar calmamente. Mais alem vir veado e algumas aves. No regresso, depois de deixada a mia da flon atravessarmos um caminho junto ao quartel dos militares vimos um
rinoceronte que apesar de bébé deveria pesar 300 quilos, e que pachorrentamente cerca de algumas pessoas..Expiicaram-nos que se 1 um rino órt~o que os sojdados adoptaram como mascote dando—lhe cor rancho e cuidando dere.
A determinada altura do passeio urna rajada de vento fez voar boné e, para espanto de todos os exploradores’Ç o elefante pegou nel ponta da tromba tirando-o do meio do mato deu-o ao tratador que, 1 vez, mo devolveu.
Tendo já atravessado a Africa várias vezes de Norte para Sul e pare Oeste e visitado as principais reservas naturais africanas (Ser Gorongoza, Kruger, Wanki Etosha, etc.) muito me admirei da docilidade bichos indianos quando comparada com a braveza dos africanos que só ver-se de longe e que fogem mal detetam a presença humana. Com facto com o senhor francês meu companheiro de safari e concluim deveria ser devido ao convivio dos bichos com a dócil alma Indiana..
No dia seguinte estava programado um passeio de canoa em um atravessa o Parque e é afluente do Ganges, e lá fomos com um barqu€ Sr. Giri, dono do hoter, que fez questão de nos acompanhar. Passámos ii uma dezena de crocodilos com Angela muito nervosa com medo que virasse, e observámos muitas aves e em particular pavôes selvagens em bandos de margem para margem. Deu-me particular alegria ver pica-peixes (king flsher) com a sua plumagem azul metálica, iguaizinli poucos que ainda existem no Rio Alcaide.Estas aves têm uma particul~ curiosa de que só ~ve conhecimento quando aprendi a faFar polaco:
Pingua os pica-peixes têm o nome de ‘gimorod que significa na~ Inverno..
O passeio de canoa levou-nas ao Centro de Reprodução de a onde muitos estavam amarrados pelos pés com grossas correntes de estacas cravadas na terra. Surpreendeu-me observer que as elefant contrário de outros mamíferos têm as têtas entre as pernas diar Brincámos com as crias dando-lhes erva e bananas, assisumos á Cava desinfecção do útero de uma elefanta que abortara dias antes e, é tirámos muitas fotografias.
Por achar um miúdo de doze anos muito parecido com o encarreg; Centro de Reprodução perguntei se era seu filho. Não era e contou história dramática do rapaz e dos seus 3 irmãos, cujo pai foi atac esfacelado por um tigre, quando cortava erva para os elefantes. Os pec s~o agora cuidados pelos restantes trabalhadores do Centro. Os tigi Bengala preferem a carne humana á de qualquer outro bibaroco. Creio q~ por causa dessa preferência gastronómica dos tigres que os panfletos tu’ do Parque Natural da Foz do Ganges, em Calcutá recomendam aos vis~ para não saírem das embarcações em que visitam os canais do deIta.
da selva sendo o piirneiro troço através de campo aberto, sem árvore capim alto de cerca de 3 metros, O passeio na floresta foi muito a’ tendo visto logo de inicio dois rinocerontes que nada se assustaram nossa presença tendo continuado a pastar calmamente. Mais alem vir veado e algumas aves. No regresso, depois de deixada a mia da flon atravessarmos um caminho junto ao quartel dos militares vimos um
rinoceronte que apesar de bébé deveria pesar 300 quilos, e que pachorrentamente cerca de algumas pessoas..Expiicaram-nos que se 1 um rino órt~o que os sojdados adoptaram como mascote dando—lhe cor rancho e cuidando dere.
A determinada altura do passeio urna rajada de vento fez voar boné e, para espanto de todos os exploradores’Ç o elefante pegou nel ponta da tromba tirando-o do meio do mato deu-o ao tratador que, 1 vez, mo devolveu.
Tendo já atravessado a Africa várias vezes de Norte para Sul e pare Oeste e visitado as principais reservas naturais africanas (Ser Gorongoza, Kruger, Wanki Etosha, etc.) muito me admirei da docilidade bichos indianos quando comparada com a braveza dos africanos que só ver-se de longe e que fogem mal detetam a presença humana. Com facto com o senhor francês meu companheiro de safari e concluim deveria ser devido ao convivio dos bichos com a dócil alma Indiana..
No dia seguinte estava programado um passeio de canoa em um atravessa o Parque e é afluente do Ganges, e lá fomos com um barqu€ Sr. Giri, dono do hoter, que fez questão de nos acompanhar. Passámos ii uma dezena de crocodilos com Angela muito nervosa com medo que virasse, e observámos muitas aves e em particular pavôes selvagens em bandos de margem para margem. Deu-me particular alegria ver pica-peixes (king flsher) com a sua plumagem azul metálica, iguaizinli poucos que ainda existem no Rio Alcaide.Estas aves têm uma particul~ curiosa de que só ~ve conhecimento quando aprendi a faFar polaco:
Pingua os pica-peixes têm o nome de ‘gimorod que significa na~ Inverno..
O passeio de canoa levou-nas ao Centro de Reprodução de a onde muitos estavam amarrados pelos pés com grossas correntes de estacas cravadas na terra. Surpreendeu-me observer que as elefant contrário de outros mamíferos têm as têtas entre as pernas diar Brincámos com as crias dando-lhes erva e bananas, assisumos á Cava desinfecção do útero de uma elefanta que abortara dias antes e, é tirámos muitas fotografias.
Por achar um miúdo de doze anos muito parecido com o encarreg; Centro de Reprodução perguntei se era seu filho. Não era e contou história dramática do rapaz e dos seus 3 irmãos, cujo pai foi atac esfacelado por um tigre, quando cortava erva para os elefantes. Os pec s~o agora cuidados pelos restantes trabalhadores do Centro. Os tigi Bengala preferem a carne humana á de qualquer outro bibaroco. Creio q~ por causa dessa preferência gastronómica dos tigres que os panfletos tu’ do Parque Natural da Foz do Ganges, em Calcutá recomendam aos vis~ para não saírem das embarcações em que visitam os canais do deIta.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 19
GUNDRUGH e DÊDOS!!! - Falaram-me pela primeira vez deste prato tradicional nepalês uns rapazes que viajaram comigo no tejadilbo da camioneta no tal trajecto em que poucos kms demoraram muitas horas a percorrer. Aliás, alguns panfletos turisticos sugerem os tectQs das comionetas como o melhor local para usufruir das espectaculares peisagens nepalesas. É preciso n~o ter vertigens e ter bons pulsos para sê agarrar e n~o ser cataputtado nas curvas, buracos e travagens bruscas... Alegres e divertidos os rapazes cantaram folclor nepalês para eu ouvir, queriam muito que eu lhes falasse de Europa e igualmente queriam ouvir as minhas inipressbes sobre o seu país. Perguntaram se eu já tinha provado “Gundrugh and Dêdos”... Achavam muita piada á maneira como eu pronunciava o nome do tal prato e de vez em quando pediam para eu repetir o que os divertia imenso, rindo-se e batendo palmas... ExpCicaram como se prepara o tal petisco e, quando cheguei a Chituan contei a história dos rapazes e do ‘Gundrugh” ao sr. Giri, gestor e dono do hoteizinho Ram Forest Guest House que logo se prontificou a mandar o cozinheiro comprar os ingredientes necessários para preparar a nossa ultima refeição no Nepal Não deve havêr especialidade culinária com nome mais apropriado sobretudo no que respeita aos “Dêdos” visto que no Nepal ninguem come com talheres, usando exclusivamente os dedos para meter a comida na boca. “Dêdos” é uma massa de farinha de milho, muito elástica e colante, que com os dedos se demolha numa tijela com molho de ervas (Gundrugh) e á qual se junta um pouco de picante contido em um pires e se leva á boca com os ...dêdos... Gostei enormemente deste prato e só foi pena ter dele conhecimento no ultimo dia da estadia no Nepal...
Deixámos Chituan e pusemo-nos a caminho da India atravessando de novo, e agora no sentido Norte-Sul, a única parte plana do Nepal - o Terai - o qual é a continuação da enorme planicle gangética indiana. A Angela detesta.a India por causa da sujidade, da miséria) dos pedintes, dos riquexós, das “golpadas indianas”, enfim ... do caos. Para ela foi um grande sacrifício voltar a entrar na India.
A população do Terei é mais indiana que nepalesa e a bagunça já é mais indiana. A camioneta estDirou um pneu a 10 kms de Hetauda e tivemos de procurar outro meio de transporte. Chegámos de noite á fronteira e procurámos o hotel com o pomposo nome de Shab Paradise que nos havia sido sugerido pelo sr. Giri, de Cbituan. O quarto parecia bom á primeira vista e instalámo-nos. Saímos para jantar deixando, por lapso, a luz acesa... Ao regressarmos o quarto estava tão cheio de insectos que para entrar tínhamos de os afastar esbracejando. A Ángela, que quando jovem deve ter sido escuteira, tem sempre solução para estas emergências e despejou um frasco de aerossol no quarto refugiando-nos no banheiro; seguidamente foi a vez do banheiro levar com o insecticida e refugiarmo-nos no quarto.. ,A mortandade foi terrível e os lençóis ficaram pretos com tantos mosquitos, formigas voadoras, moscas e outros bichinhos. Sacudidos os lençóis foram substituídos por tecidos de seda comprados em Agra que: e~avam bem embalados no fundo da mala para serem só tirados na.d~~ à Europa,.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 20
CALCUTÁ ou KOLKOTA - Esta populosa ddade situa-se na margem
Rio Hooghly que embora seja chamado de rio não é mais do que um dc muitos canais do deita do Ganges por onde se escoa a água do potentoso ii para •o Golfo de Bengala.Os Ingleses ao substituirem os holandeses corr potencla colonial nestas paragens assentaram arraiais na ddade de Hooghty, kms a montante de onde se situa agora Calcutá. l-Iooghly que antes dc holandeses tinha sido uma próspera feitoria portuguesa com numeros mercadores lusitanos, lgre4as, conventos e uma população flutuani heterogënia de escravos de Africa, marinheiros chlnos, europeus e malaios mencionada pelos nossos cronistas com o nome de Ugolim. Por o canal
começado a assorear e por, com o passar dos tempos o. calado dos barcos aumentando, os ingleses resolveram deixar a portuguesa tigolim e l]ansferir movimento portuário para águas mais profundas, no mesmo canal, 40 Im mais a baixo, onde haviam três aldeias, uma das quais chamada Kolkota.
A história de Ugolim, que no fundo é a antecessora de Calcutá, come~ em 1537 quando os portugueses se fixaram em Satgaon nas margens do can~ flveram pouca sorte porque passado pouco tempo as águas mudaram de cun e õ canal secou. Um português de nome Pedro Tavares estabeleceu-se enU na margem do novo canal formando um aglomerado de casas e arrecadaçõi utilizando para a sua construção um capim de nome ‘ugola” do qual derivou nome por que a povoação passou a ser conhecida — Ugolim. O próprio can que antes se chamava Saraswati passou a chamar-se canal ou rio Ugolim qi ainda hoje se mantem mas escrito á inglesa — Hooghly.
Junto a igolim e mais próximo das águas do canal os portugues’ construiram um ancoradoiro para os barcos atracarem a que chamaram Band~ que na lingua local significa porto.Era conhecido por “o bandel de Ugolirn” e hoje uma pequena cidade que mantem o nome Dandel. A localização des entreposto commercial por Pedro Tavares, na foz do rio Ganges, denõta granc visão comercial do mercador poituguês, pois subindo o rio tinha acesso coração do Império Mogol, á sua capital Agra e a outras importantes cidades interior da India. Calcutá com os seus 20 milhões de pessoas é un consequência do povoamento iniciado por Pedro Tavares e prova real des visão,
Os ingleses, que normalmente gostam de colher, em exclusivo, todos louros da glória, bem se esforçam por deturpar ou omitir factos históricos qi n~o os beneficiem e este caso de ligolim é mais um entre muitos. O ivro/gi que utilizo nesta viagem pura e simplesmente ignora o contributo português i formação de Calcutá.
O poderoso Ganges drena as águas de grande parte da verter meridional dos Himalaias e da grande planicie que se estende desde o sopé
morttanhas até ao Golfo de Bengala, transportando em suspensão milhões toneladas de sedimentos, sem falar nas toneladas de cinzas, ossos e corp humanos que~ ao longo do rio e em especial na cidade de Varanasi, lançados nas suas sagradas águas. Estas aluviões depositam-se junto da formando numeras ilhas de terreno muito fertil, separadas por miriades canais que, conjuntamente com o deita do Rio Bramaputra, constituem o ma~ deita do Mundo.
CALCUTÁ ou KOLKOTA - Esta populosa ddade situa-se na margem
Rio Hooghly que embora seja chamado de rio não é mais do que um dc muitos canais do deita do Ganges por onde se escoa a água do potentoso ii para •o Golfo de Bengala.Os Ingleses ao substituirem os holandeses corr potencla colonial nestas paragens assentaram arraiais na ddade de Hooghty, kms a montante de onde se situa agora Calcutá. l-Iooghly que antes dc holandeses tinha sido uma próspera feitoria portuguesa com numeros mercadores lusitanos, lgre4as, conventos e uma população flutuani heterogënia de escravos de Africa, marinheiros chlnos, europeus e malaios mencionada pelos nossos cronistas com o nome de Ugolim. Por o canal
começado a assorear e por, com o passar dos tempos o. calado dos barcos aumentando, os ingleses resolveram deixar a portuguesa tigolim e l]ansferir movimento portuário para águas mais profundas, no mesmo canal, 40 Im mais a baixo, onde haviam três aldeias, uma das quais chamada Kolkota.
A história de Ugolim, que no fundo é a antecessora de Calcutá, come~ em 1537 quando os portugueses se fixaram em Satgaon nas margens do can~ flveram pouca sorte porque passado pouco tempo as águas mudaram de cun e õ canal secou. Um português de nome Pedro Tavares estabeleceu-se enU na margem do novo canal formando um aglomerado de casas e arrecadaçõi utilizando para a sua construção um capim de nome ‘ugola” do qual derivou nome por que a povoação passou a ser conhecida — Ugolim. O próprio can que antes se chamava Saraswati passou a chamar-se canal ou rio Ugolim qi ainda hoje se mantem mas escrito á inglesa — Hooghly.
Junto a igolim e mais próximo das águas do canal os portugues’ construiram um ancoradoiro para os barcos atracarem a que chamaram Band~ que na lingua local significa porto.Era conhecido por “o bandel de Ugolirn” e hoje uma pequena cidade que mantem o nome Dandel. A localização des entreposto commercial por Pedro Tavares, na foz do rio Ganges, denõta granc visão comercial do mercador poituguês, pois subindo o rio tinha acesso coração do Império Mogol, á sua capital Agra e a outras importantes cidades interior da India. Calcutá com os seus 20 milhões de pessoas é un consequência do povoamento iniciado por Pedro Tavares e prova real des visão,
Os ingleses, que normalmente gostam de colher, em exclusivo, todos louros da glória, bem se esforçam por deturpar ou omitir factos históricos qi n~o os beneficiem e este caso de ligolim é mais um entre muitos. O ivro/gi que utilizo nesta viagem pura e simplesmente ignora o contributo português i formação de Calcutá.
O poderoso Ganges drena as águas de grande parte da verter meridional dos Himalaias e da grande planicie que se estende desde o sopé
morttanhas até ao Golfo de Bengala, transportando em suspensão milhões toneladas de sedimentos, sem falar nas toneladas de cinzas, ossos e corp humanos que~ ao longo do rio e em especial na cidade de Varanasi, lançados nas suas sagradas águas. Estas aluviões depositam-se junto da formando numeras ilhas de terreno muito fertil, separadas por miriades canais que, conjuntamente com o deita do Rio Bramaputra, constituem o ma~ deita do Mundo.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 21
Após Albuquerque ter feita de Goa a capital do Oriente português, o deita do Ganges passou a ser o Local de esconderígio dos foragidos á lei, dos malfeitores refratários e renegados, que nas ilhas do deita tinham a sobrevivencia assegurada pela ‘piLhagem e extorsão das populações indefesas. Homens corajosos, rudes e violentos, habituados ao fragor e crueldade das batalhas, em breve os chefes locais se apercederam de que tinham naqueles lusitanos, preciosos auxiraries nas suas lutas regionais contratando-os para integrar as fileiras dos seus exércitos e para os instruirem nas artes de fazer a guerra, chegando alguns a ser comandantes das suas tropas.
O mau exemplo destes fora-da-lei portugueses em muito prejudicou o trabalho de evangelizaçào dos missionários Agostinhos no Deita e para trazer ao bom caminho estes irrequietos lusitanos e facilitar a evangelização dos nativos foram construidos em 1599 um mosteiro e uma igreja em Ugolim.
ONDE HÁ PORTUGUESES HÁ MILAGRES... — Nestas minhas andanças pelos sítios mais”desvairados” quando tenho conhecimento da existencia de ruirias ou vestigios da passagem dos portugueses faço sempre o possfvel por ir ver. canhecendo esta ‘mania’ a minha companheira de viagem, Angela Ksiazek, procurou convencer-me a ir antes dar um passeio de barco pelos canais do deita em um parque natural e reserva de tigres, aves e outros bichos, já que as rumas de Hooglily deveriam ter pouca importancia dado o nenhum relevo que o nosso guia Lhes dedica.
Felizmente prevaleceu o interesse pelas ‘ “pedras portuguesas’ e tomámos o cornbôio de Calcutá para Bandel (40 kms) onde fomos encontrar uma missão católica com um padre italiano, a funcionar em plenaPor ser domingo havia muitos indianos cristâos passeando nos ciaustros com as famílias, visitando a igreja, fazendo oferendas e algumas freiras que se ocupavam de uma pequena loginha onde vendiam artigos religiosos. Tudo em um ambiente muito civilizado e limpo, completamente em contraste com o que se vê fora daquele santuário. A igreja é da evocação de Nossa Senhora da Boa Viagem e tem ao lado um convento de freiras.
No jardim, o mastro de uma nau portuguesa relembra um milagre que ocorreu no rio. A própria imagem da N. Senhora da “Happy Voyage’ tem tambem no seu “curricuium” o seguinte milagre: Em 1.632, quando a cidade foi destruida e saqueada pelos mogóis, Frei Jo~o da Cruz pediu a um rapaz de nome Tiago, que levasse a imagem a nado para a oufra margem e procurasse entregá-la em outra comunidade crist& das muitas que havia naquela época na Deita e’que não eram alvo da ira mogo!. (A ira do Imperador era toda contra Ugolim por esta ter apoiado outro candidato á sucessão). Acontece que o jovem Tiago não aguentou a corrente e a imagem foi para o fundo do rio.. Os anos passaram, Ugolim foi reconstruida com a ajuda do mesmo Imperador que a havia mandado destruir e, uma bela manhL a imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem foi encontrada fora da água, na margem da rio. Está agora no seu altar, com as suas roupagens azuis e aos seus pés vêm rezar, cristãos de toda a Ind ia
O MILAGRE”DOS’ELEFANTES — (Um pouco de história) — Desde
Após Albuquerque ter feita de Goa a capital do Oriente português, o deita do Ganges passou a ser o Local de esconderígio dos foragidos á lei, dos malfeitores refratários e renegados, que nas ilhas do deita tinham a sobrevivencia assegurada pela ‘piLhagem e extorsão das populações indefesas. Homens corajosos, rudes e violentos, habituados ao fragor e crueldade das batalhas, em breve os chefes locais se apercederam de que tinham naqueles lusitanos, preciosos auxiraries nas suas lutas regionais contratando-os para integrar as fileiras dos seus exércitos e para os instruirem nas artes de fazer a guerra, chegando alguns a ser comandantes das suas tropas.
O mau exemplo destes fora-da-lei portugueses em muito prejudicou o trabalho de evangelizaçào dos missionários Agostinhos no Deita e para trazer ao bom caminho estes irrequietos lusitanos e facilitar a evangelização dos nativos foram construidos em 1599 um mosteiro e uma igreja em Ugolim.
ONDE HÁ PORTUGUESES HÁ MILAGRES... — Nestas minhas andanças pelos sítios mais”desvairados” quando tenho conhecimento da existencia de ruirias ou vestigios da passagem dos portugueses faço sempre o possfvel por ir ver. canhecendo esta ‘mania’ a minha companheira de viagem, Angela Ksiazek, procurou convencer-me a ir antes dar um passeio de barco pelos canais do deita em um parque natural e reserva de tigres, aves e outros bichos, já que as rumas de Hooglily deveriam ter pouca importancia dado o nenhum relevo que o nosso guia Lhes dedica.
Felizmente prevaleceu o interesse pelas ‘ “pedras portuguesas’ e tomámos o cornbôio de Calcutá para Bandel (40 kms) onde fomos encontrar uma missão católica com um padre italiano, a funcionar em plenaPor ser domingo havia muitos indianos cristâos passeando nos ciaustros com as famílias, visitando a igreja, fazendo oferendas e algumas freiras que se ocupavam de uma pequena loginha onde vendiam artigos religiosos. Tudo em um ambiente muito civilizado e limpo, completamente em contraste com o que se vê fora daquele santuário. A igreja é da evocação de Nossa Senhora da Boa Viagem e tem ao lado um convento de freiras.
No jardim, o mastro de uma nau portuguesa relembra um milagre que ocorreu no rio. A própria imagem da N. Senhora da “Happy Voyage’ tem tambem no seu “curricuium” o seguinte milagre: Em 1.632, quando a cidade foi destruida e saqueada pelos mogóis, Frei Jo~o da Cruz pediu a um rapaz de nome Tiago, que levasse a imagem a nado para a oufra margem e procurasse entregá-la em outra comunidade crist& das muitas que havia naquela época na Deita e’que não eram alvo da ira mogo!. (A ira do Imperador era toda contra Ugolim por esta ter apoiado outro candidato á sucessão). Acontece que o jovem Tiago não aguentou a corrente e a imagem foi para o fundo do rio.. Os anos passaram, Ugolim foi reconstruida com a ajuda do mesmo Imperador que a havia mandado destruir e, uma bela manhL a imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem foi encontrada fora da água, na margem da rio. Está agora no seu altar, com as suas roupagens azuis e aos seus pés vêm rezar, cristãos de toda a Ind ia
O MILAGRE”DOS’ELEFANTES — (Um pouco de história) — Desde
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pag 22
encravados no meio da maioria da população hinduista, mas só em 1526 E vindo do Norte muçulmano á frente de poderoso exército, submeteu ai jugo não só os sultanatos mas tambem as populações hindus. Em v~ regressar á sua terra de origem, Babur prefere ficar na India. Escolhendo para capital, funda um Império aque os historiadores convendonararn ch de Império Mago! o qual viria a constituir a Idade de Ouro da Tr,dia, monumentos que construiu e pelo relevo dado á cultura, ás letras e ás pelos descendentes de Babur.
Mogol, Mogul, Mugal ou Mughal, foi o nome dado pelos indianos aos inva vindos do Norte maometano, das regiões em redor de Samarcanda, pensarem erradamente, que se tratava de mongóis.
Akbar, filho de Babur era amigo dos portugueses e tinha como seg esposa uma portuguesa - Maria -. Querendo instruir-se sobre a religião escreveu uma carta ao Superior dos Jesuitas em Goa para que lhe env quem o esclarecesse.
Rezava assim a dita carta:
Ao Padre Chefe, em nome de Deus.
Carta de Jalahuddin Muhamad Akbar, rei pela vontade de Deus.
Padres do Colégio de S. Paulo, sabeis que eu sou um grande a~ vosso. Envio-vos o meu Embaixador Abdulah e Domingo Pires a fim de pedir que me envleis com eles, dois dos vossos, instruidos em ciências. deverão trazer com eles o livro da vossa lei, em particular os Evangelhos.”
A carta continua mais alguns parégrafos e termina: eles serão II de regressar quando lhes aprouver. Tambem não deixarei de os cumula honras e apropriadas recompensas.Quanto ás suas pessoas não ::deverãc nenhum receio. Picarão debaixo da minha protecção e empenho a m palavra pela sua segurança.”
Andaria neste convite o dêdo de Maryam, a segunda esposa, g cristã, para quem Akbar construira em Fatehpur Sikri um mini-palacete ficou conhecido por ~PaIácio de Maria e por tasa de Ouro’, por ser reves a ouro?
A Akbar sucedeu seu filho Jahangir que continuou amigo portugueses. Com a morte de Jahangir começaram os problemas portugueses de Ugolim. Sucedeu-lhe o filho lQiurnm que para chegar ao tr matou ou mandou matar seis principes que tinham sobre ele prioridade sucessãoNessa luta pelo poder, a Missão Catjílica de Ugolim tomou par contra o indomável Khurram que uma vez alcançada a vidória contra os irmãos e instalado no trono em Agra, com o nome de Shah Jahan, descansou enquanto se não vingou dessa afronta O seu Império estendi; desde o Golfo de Bengala até ao Afeg~istâo. Foi ele o erector do .Taj-Ma. Ao contrário do pai e do avô, Shah Jahan não casou com nenhuma princ hindu nem mulher cristã e, instrumenjalizada pelos radicais sunítas marH destruir templos hinduistas e cristãos. Ugolim (Hooghly) foi arrasada
Governador de Bengala a mando do Imperador. Os portugueses resistirar, prolongado cerco mas acabaram por saumbir.Alguns conseguiram fugir ma maioria foram feitos prisioneiros e, ~JnInhando a pé durante 11 meses,
encravados no meio da maioria da população hinduista, mas só em 1526 E vindo do Norte muçulmano á frente de poderoso exército, submeteu ai jugo não só os sultanatos mas tambem as populações hindus. Em v~ regressar á sua terra de origem, Babur prefere ficar na India. Escolhendo para capital, funda um Império aque os historiadores convendonararn ch de Império Mago! o qual viria a constituir a Idade de Ouro da Tr,dia, monumentos que construiu e pelo relevo dado á cultura, ás letras e ás pelos descendentes de Babur.
Mogol, Mogul, Mugal ou Mughal, foi o nome dado pelos indianos aos inva vindos do Norte maometano, das regiões em redor de Samarcanda, pensarem erradamente, que se tratava de mongóis.
Akbar, filho de Babur era amigo dos portugueses e tinha como seg esposa uma portuguesa - Maria -. Querendo instruir-se sobre a religião escreveu uma carta ao Superior dos Jesuitas em Goa para que lhe env quem o esclarecesse.
Rezava assim a dita carta:
Ao Padre Chefe, em nome de Deus.
Carta de Jalahuddin Muhamad Akbar, rei pela vontade de Deus.
Padres do Colégio de S. Paulo, sabeis que eu sou um grande a~ vosso. Envio-vos o meu Embaixador Abdulah e Domingo Pires a fim de pedir que me envleis com eles, dois dos vossos, instruidos em ciências. deverão trazer com eles o livro da vossa lei, em particular os Evangelhos.”
A carta continua mais alguns parégrafos e termina: eles serão II de regressar quando lhes aprouver. Tambem não deixarei de os cumula honras e apropriadas recompensas.Quanto ás suas pessoas não ::deverãc nenhum receio. Picarão debaixo da minha protecção e empenho a m palavra pela sua segurança.”
Andaria neste convite o dêdo de Maryam, a segunda esposa, g cristã, para quem Akbar construira em Fatehpur Sikri um mini-palacete ficou conhecido por ~PaIácio de Maria e por tasa de Ouro’, por ser reves a ouro?
A Akbar sucedeu seu filho Jahangir que continuou amigo portugueses. Com a morte de Jahangir começaram os problemas portugueses de Ugolim. Sucedeu-lhe o filho lQiurnm que para chegar ao tr matou ou mandou matar seis principes que tinham sobre ele prioridade sucessãoNessa luta pelo poder, a Missão Catjílica de Ugolim tomou par contra o indomável Khurram que uma vez alcançada a vidória contra os irmãos e instalado no trono em Agra, com o nome de Shah Jahan, descansou enquanto se não vingou dessa afronta O seu Império estendi; desde o Golfo de Bengala até ao Afeg~istâo. Foi ele o erector do .Taj-Ma. Ao contrário do pai e do avô, Shah Jahan não casou com nenhuma princ hindu nem mulher cristã e, instrumenjalizada pelos radicais sunítas marH destruir templos hinduistas e cristãos. Ugolim (Hooghly) foi arrasada
Governador de Bengala a mando do Imperador. Os portugueses resistirar, prolongado cerco mas acabaram por saumbir.Alguns conseguiram fugir ma maioria foram feitos prisioneiros e, ~JnInhando a pé durante 11 meses,
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 23
longo do Rio Ganges, 4.000 cristãos, na sua maioria de etnia Indiana, chegaram a Agra esfarrapados e famintos, para serem justiçados pelo Imperador. Durante o cativeiro, estes cristãos engrossaram as fileiras dos trabalhadores que costruiram o Taj-Mahal. Apenas suavizou as agruras do cativeiro destes cristãos de Ugolim a ajuda dos jesuitas e de outros cristãos de Agra, que o Imperador não molestou por a sua ira ser toda contra os habitantes de Ugolim, por não o terem apoiado quando, ainda principe, lutava contra o pai e os irmãos.
De entre os prisioneiros e frades sobressaia a figura do Frei João da Cruz que durante a caminhada de 11 meses, desde a foz do Ganges até Agra, não tinha poupado esforços para ajudar e socorrer os mais necessitados.
Em Agra os frades foram condenados á morte por espezinhamento de elefantes. Nos dias que antecederam a execução os elefantes foram picados e torturados e foi-lhes dada pouca comida para mais os enervar. No seu livro l-lasrat Amir Khusrau de Delhi” o autor Mohammad Abib descreve o processo de execução dos condenados a espezinhamento por elefantes:
Os desgraçados eram amarrados dois a dois pelo pescoço, e colocados diante dos elefantes. Estes elevavam-os até a altura das suas defesas de marfim, enrolando para isso a tromba em volta de um dos corpos, separando-o em seguida do outro, o qual por um movimento brusco era atirado ao ar com toda a violencia. As cordas ofendiam as carnes, rasgando-as, mas dado o caso que o elefante não tivesse conseguido separar as cabeças dos troncos, o possante animal para o efeito amesúBdo, separava-os imediatamente com os dentes, Os troncos mutilados eram depois amanados por grupos de dez, e os elefantes erguendo-os com a tromba, colocavam aquela massa sangrenta diante do trono do rei. Seguidamente eram triturados pelas patas dos elefantes. Os despojos eram posteriomiente pasto de aves de rapina e de felinos.”
O treino dos possantes paquldermes neste oficio de carrascos era alvo dos maiores cuidados. Utilftavam para o seu ensino almofadas que eles reduziam a farrapos e só depois de o animal ter dado provas é que lhes era entregue..matéria prima humana!
No dia aprazado para a execução dos condenados cristãos, a população de Agra veio em peso assistir ao espectáculo, incluindo o Imperador Shah Jahan e a sua corte. Soltas as feras na arena, dirigiram-se aos frades e um dos elefantes pegou com a tromba no ancião Frei João da Cruz e, em vez de o maltratar, dirigiu-se á tilbuna onde se encontrava Shah Jahan, ajoelhando-se perante o Imperador... (Historical Facts Relating the Augustinian Convent of Bandel, 1899, pág.9) e (Or. Wise in the Bengal Catholic Herald, 1842, pég.298).
Perante tal ‘milagre” Shah Jahan achou que andava ali a mão divina e libertou os frades e os cativos cristãos (cerca de 4.000) que, com a sua ajuda regressaram a UgolIm, desta vez descendo o sagrado Ganges em embarcações fornecidas pelo próprio Imperador, vencendo rapidamente a distancia que a pé, pela margem, lhes tinha demorado 11 meses a percorrer. Shah Jahan ajudou ainda os frades a reconstruir os templos que ele próprio antes mandara destruir e cedeu, para uso da Mis~o, uma extensa área de terreno de 777 BIghas~ (cerca de 100 hectares) entre ligolim e Bandel.
longo do Rio Ganges, 4.000 cristãos, na sua maioria de etnia Indiana, chegaram a Agra esfarrapados e famintos, para serem justiçados pelo Imperador. Durante o cativeiro, estes cristãos engrossaram as fileiras dos trabalhadores que costruiram o Taj-Mahal. Apenas suavizou as agruras do cativeiro destes cristãos de Ugolim a ajuda dos jesuitas e de outros cristãos de Agra, que o Imperador não molestou por a sua ira ser toda contra os habitantes de Ugolim, por não o terem apoiado quando, ainda principe, lutava contra o pai e os irmãos.
De entre os prisioneiros e frades sobressaia a figura do Frei João da Cruz que durante a caminhada de 11 meses, desde a foz do Ganges até Agra, não tinha poupado esforços para ajudar e socorrer os mais necessitados.
Em Agra os frades foram condenados á morte por espezinhamento de elefantes. Nos dias que antecederam a execução os elefantes foram picados e torturados e foi-lhes dada pouca comida para mais os enervar. No seu livro l-lasrat Amir Khusrau de Delhi” o autor Mohammad Abib descreve o processo de execução dos condenados a espezinhamento por elefantes:
Os desgraçados eram amarrados dois a dois pelo pescoço, e colocados diante dos elefantes. Estes elevavam-os até a altura das suas defesas de marfim, enrolando para isso a tromba em volta de um dos corpos, separando-o em seguida do outro, o qual por um movimento brusco era atirado ao ar com toda a violencia. As cordas ofendiam as carnes, rasgando-as, mas dado o caso que o elefante não tivesse conseguido separar as cabeças dos troncos, o possante animal para o efeito amesúBdo, separava-os imediatamente com os dentes, Os troncos mutilados eram depois amanados por grupos de dez, e os elefantes erguendo-os com a tromba, colocavam aquela massa sangrenta diante do trono do rei. Seguidamente eram triturados pelas patas dos elefantes. Os despojos eram posteriomiente pasto de aves de rapina e de felinos.”
O treino dos possantes paquldermes neste oficio de carrascos era alvo dos maiores cuidados. Utilftavam para o seu ensino almofadas que eles reduziam a farrapos e só depois de o animal ter dado provas é que lhes era entregue..matéria prima humana!
No dia aprazado para a execução dos condenados cristãos, a população de Agra veio em peso assistir ao espectáculo, incluindo o Imperador Shah Jahan e a sua corte. Soltas as feras na arena, dirigiram-se aos frades e um dos elefantes pegou com a tromba no ancião Frei João da Cruz e, em vez de o maltratar, dirigiu-se á tilbuna onde se encontrava Shah Jahan, ajoelhando-se perante o Imperador... (Historical Facts Relating the Augustinian Convent of Bandel, 1899, pág.9) e (Or. Wise in the Bengal Catholic Herald, 1842, pég.298).
Perante tal ‘milagre” Shah Jahan achou que andava ali a mão divina e libertou os frades e os cativos cristãos (cerca de 4.000) que, com a sua ajuda regressaram a UgolIm, desta vez descendo o sagrado Ganges em embarcações fornecidas pelo próprio Imperador, vencendo rapidamente a distancia que a pé, pela margem, lhes tinha demorado 11 meses a percorrer. Shah Jahan ajudou ainda os frades a reconstruir os templos que ele próprio antes mandara destruir e cedeu, para uso da Mis~o, uma extensa área de terreno de 777 BIghas~ (cerca de 100 hectares) entre ligolim e Bandel.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Mano Mango,
Isto sem meter umas miúdas, não dá pica...
Isto sem meter umas miúdas, não dá pica...
Anarca- Admin
- Pontos : 1203
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
carissimo mano anarcaAnarca escreveu:Mano Mango,
Isto sem meter umas miúdas, não dá pica...
Ha fotos mas tenho o Flickr cheio e ter descoberto o programa OCR ( que transforma um texto impresso em letras foi obra ...ainda o domino mal
mas
sei que o anarca andou pelas asias
e Vou falar com o Poças e cravar-lhe uma fotos e fazer depois de publicar todo o documento uma analise com debate e fotos
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
seguem-se as paginas 24...25...26...27
Depois amanha opu depois ha mais
Depois amanha opu depois ha mais
Quando visitei a igreja ainda antes de ter lido estas histórias, um rapaz no seu rato domingueiro, acompanhado da sua mWher trajando sari e filho adolescente mostrou-me do alto da torre da igreja, os terrenos ofer por Shah Jahan á Missão; estão hoje ocupados com o casario de Bandel.
O frade João da Cruz que 30 anos antes, no vigor da juventude, sido o grande impulsionador da construção da igreja demolida, já n& ânimo para recomeçar tudo de novo. Deixou a outros a tarefa de con~ nova igreja. Retirou-se para Goa onde faleceu em Julho de 1638. sepultado na Igreja de NOSSa Senhora da Graça. Pelá lnscriçào na sepulcral se sabe que nasceu em Alpedrinha, tendo sido miss~onári Bengala onde operou muitas maravilhas.
Calcutá apesar de mostrar a mesma miséria, caos, sugidE desconforto de Bombaim ou Delhi é, apesar de tudo, mais sim; Continuam, como por todo o Fado na India, os espectáculos confrangedoi pedintes sem membros que se arrastam sobre a barriga; crianças
esqueléticas no meio dos detritos procurando algo para comer; cen milhares de seres humanos que dormem na rua, tendo por cama um pedi cartão, um farrapo ou uma tábua; Vêm-se anomalias físicas nunca dantes como a que vi há dias de um rapaz com um pé descomunal, redondo, co’ 40 cms de diametro, em que os .dêdos pareciam chouriços vermelhos esp~ em volta do pé, ou aquele outro sem artlculaçaes nos joelhos que se desl como se os membros fossem dois paus... A India desmoraliza e, infelizn acho que não tem conserto...O sistema das castas n~o proph desenvolvimento e os atritos entre maometanos e hindus fazem radk ambos. Estes vêm na oitodoxla religiosa uma maneira de congregar toc hinduistas, fazendo reviver conceitos ultrapassados e práticas religiosas se iam desvanecendo como a do ‘ sati (proibida por lei mas ainda prat em que a mulher se imola na mesma fogueira onde arde o defunto maric a existencia de ‘Conselhos Cien~flcos” que distribuem comunicados á imr garantindo que a urina das vacas (para os hindus um animal sagrado propriedades curauvas de várias doenças quando ingerida de detem fomia.. .E uma religião que conta com 300.000 deuses... As viúvas são exc da sociedade e rejeitadas pela própria ~rnília; os casamentos são combi multas vezes com os nubentes ainda em idade infantil e se um deles jovem o que sobrevive fica condenado ao ostracismo e ao isolament 400.000 viúvas com menos de 10 anos proscritas da famifla. E mais fácil
o convivio com um leproso do que com uma viúva.
A má organização da sociedade, o excesso demográfico, a corrupç~ lutas religiosas entre maometanos e hindús, o sistema de castas, etc., 1 com que haja tanta miséria neste país. Ninguem impa, ninguem cuida esgotos são a céu aberto.. As pessoas urinam e defecam quando e ond~ dá na mal gana... quere haja ou não pessoas por perto...
A passagem por aqui dos britanicos como potência colonial ter
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Desh da India dividiu tanibem os campos de produção de juta (que ficaram no Bangla Desh) das fábricas de processamento que estavam e estio (fechadas) em Calcutá. A economia nunca mais recuperou dessa tirania: os campos que produziam a juta deixaram de produzir por não, terem fábricas para a processor; do outro lado da fronteira as fábçicas continuam fechadas ‘por falta de matéria prima.. .E mais um caso t(pico da politica de “devide to rule’ a que Impia Albion nos habituou
Pedro Tavares, fundador de Ugolim e do seu Bandel, em meados do Século )~1, estaria longe de imaginar que o seu assentamento iria dar origem ao aparecimento de urna das cidades mais populosas da terra — Calcutá — e que a sua iniciativa ficaria para sempre ligada á evangelização das populações do DeIta, expansão comercial e militar lusitana no Oriente e a muitos outros acontêcimerltos de que a história de Ugolini está recheada.
Um desses acontecimentos é a expedição ao Tibete levada a cabo por jesuitas que partindo de Ugolim pretendiam encontrar um caminho alternativo para o abastecimento da sua missão em Tsaparang, no Tibete Ocidental (fundada em 1624 pelo Padre António de Andrade). O caminho utilizado até então por Cachemira era perigoso e difícil.
Em Agosto de 1626, o grupo partiu de Dacca nessa época a maior cidade do Golfo de Bengala com 200.000 habitantes, actualmente capital do Bangla Desh. Era o grupo constituido pelo Frade Cace{a, natural de’ Aviz no Alentejo, chefe da expedição; por Frei João Cabral, de Celorico de Basto e pelo Irmão Bartolomeu Fonteboa, de Itália. Seguiam ainda com o grupo dois rapazes cristãos de Goa e o Frade Figueiredo que por viver há muito no Deita se prontificou a acompanhá-los pois conhecia muitos oficiais mogóis na região.
Presos e libertados várias vezes pelo caminho, prosseguiram viagem tendo o Irmão Fonteboa regressado a Ugolim por se sentir fraco de saúde, tendo aí falecido passados poucos dias. Seguiram o curso do Rio Bramaputra e chegaram ao reino de Pandu onde foram bem recebidos pelo monarca. Sete meses depois de partirem de Ugolim começaram a subir os Himalaias e chegaram ao Butão. Dali a Shigatze, segunda cidade do Tibete. Do grupo inicial apenas o Frade ‘Cabral sobreviveu, informando o superior da Ordem de que também esté caminho alternativo para evangelizar o libete era muito difícil, longo e perigoso.
BANGUECOQUE ( 10 de Outubro de 2003 ) - Viemos de avião de Calcutá por a situação politica da Birmania não permitir vir por terra e por a Arigela ter já poucos dias de férias pois tem de regressar a Londres e ao trabalho. A chegada a Tailandla constituiu uma enorme surpreza por não estar à espera de encontrar um país tão próspero e bem organizado. O contraste com a India é abissal 1 O aeroporto é moderno e o pessoal eficiente. Logo ali reservamos hotel para duas noites em Banguecoque e outras duas em Pataya. Incluido no pacote estava o transporte de táxi do aeroporto para o hotel e um passeio com guia profissional para ocupar o dia seguinte. Achámos os preços baratos não obstante a categoria dos dois hoteis. O trajecto do aeroporto para o hotel foi feito num carro de luxo, com ar condicionado, conduzido por um jovem muito atencioso. Não nos cansavamos de observer como as avenidas
nc
estavam limpas e ajardinadas e como o tráfego fluia, sem as buzi constantes da India , por tapetes de asfalto sem buracos. Era horad~ com as pessoas a sairem dos empregos e a regressarem a casa. Ap grande distancia entre o aeroporto e a cidade não ouvimos um buzinadela dürante o trajecto.
O trauma da India ainda n~o nos deixara e parecia que ti acabado de aterrar em um país europeu ... sem buzinadelas, sem riquex buracos na estrada, sem vacas sagradas a entopir o transito, sem mo lixo ‘por todo o lado, sem gente a dormir no chão nem charcos na estr; porcos a chafurdar... Chegados ao hotel o motorista tirou do carro as malas e sem esperar pela go~eta que lhe queriamos dar, fez uma vénI~ as mãos palma contra palma, junto ao peito e ,.. lá se foi... Este hotel, Watergate, foi o melhor até agora nesta viagem — moderno, bonito e es Os empregados uniformizados não ficam à espera que lhes solicitemos mas eles próprios se antecipam procurando antever os desejos e nece5 dos clientes!
No pacote subscrito no aeroporto estava induida para o dia urna visIta guiada a alguns templos da capital São templos budistas, a predominante da Tailandia. Há cerca de 400 na capial e 32.000
Esperávamos ser incluidos em um grupo grande com um guia comum autocarro e altifalante em punho, mas em vez disso vimos chegar ao 110 Jimousine com ar condicionado em que amos apenas eu e Angela, o m e urna franzina guia turistica. Lá fomos ver o Buda em ouro maciço que toneladas e meia, bem como ‘ vários outros monumenos onde predominam os dourados. No fim do dia, tal como na India e Nepal, levados a lojas próprias para turistas, onde se pode comprar o que de se fabrica no país. Como sempre a Angela não se fez rogada e de primeira sortida apareceu carregada de joalharia para ela; mãe e i paragem seguinte foi numa loja de tecidos de seda e estandõ eu já compras regressei ao hotel com a guia e o motorista . A Angela lá ficot medidas para calças, vestidos blusas e tailleures que no dia seguinti entregues no hotel uma hora antes de sairmos para Pataya. Trata~se alfaiataria e atelier de alta costura com uma organização impecável. A li 350 alfaiates a trabalhar em 3 turnos apenas em artigos de seda. Pr qualquer peça de roupa num ápice de acordo com o tempo dispor! c#ente.AIém de providenciarem um transporte para a Angela regressar depois de escolher os tecidos para as várias peças de roupa e de medidas, algumas horas depois outro motorista da empre~a veio a’ buscá-la para fazer as provas. No dia seguinte ao fim da manhã 10 ~E roupa devldamente acondicionadas em sacos muito chiques própric viajar, foram entregues pontualmente ne recepção do hotel, pouco ai viajarmos para Pataya. Para minha surpreza hji contemplado com uma e umas cuecas de seda pois a Angef~ levou (sorrateiramente) roupa mmi servir de modelo quando a vieram buscar para as provas,.,
PATAVA - Os tailandeses sào de uma cortesia Inexcedivel, respeitadores e. não atiram lixo para o chão! Tudo está impecávE limpo.O tráfego intensissimo decorre sem atropelos ou buzin
Pedro Tavares, fundador de Ugolim e do seu Bandel, em meados do Século )~1, estaria longe de imaginar que o seu assentamento iria dar origem ao aparecimento de urna das cidades mais populosas da terra — Calcutá — e que a sua iniciativa ficaria para sempre ligada á evangelização das populações do DeIta, expansão comercial e militar lusitana no Oriente e a muitos outros acontêcimerltos de que a história de Ugolini está recheada.
Um desses acontecimentos é a expedição ao Tibete levada a cabo por jesuitas que partindo de Ugolim pretendiam encontrar um caminho alternativo para o abastecimento da sua missão em Tsaparang, no Tibete Ocidental (fundada em 1624 pelo Padre António de Andrade). O caminho utilizado até então por Cachemira era perigoso e difícil.
Em Agosto de 1626, o grupo partiu de Dacca nessa época a maior cidade do Golfo de Bengala com 200.000 habitantes, actualmente capital do Bangla Desh. Era o grupo constituido pelo Frade Cace{a, natural de’ Aviz no Alentejo, chefe da expedição; por Frei João Cabral, de Celorico de Basto e pelo Irmão Bartolomeu Fonteboa, de Itália. Seguiam ainda com o grupo dois rapazes cristãos de Goa e o Frade Figueiredo que por viver há muito no Deita se prontificou a acompanhá-los pois conhecia muitos oficiais mogóis na região.
Presos e libertados várias vezes pelo caminho, prosseguiram viagem tendo o Irmão Fonteboa regressado a Ugolim por se sentir fraco de saúde, tendo aí falecido passados poucos dias. Seguiram o curso do Rio Bramaputra e chegaram ao reino de Pandu onde foram bem recebidos pelo monarca. Sete meses depois de partirem de Ugolim começaram a subir os Himalaias e chegaram ao Butão. Dali a Shigatze, segunda cidade do Tibete. Do grupo inicial apenas o Frade ‘Cabral sobreviveu, informando o superior da Ordem de que também esté caminho alternativo para evangelizar o libete era muito difícil, longo e perigoso.
BANGUECOQUE ( 10 de Outubro de 2003 ) - Viemos de avião de Calcutá por a situação politica da Birmania não permitir vir por terra e por a Arigela ter já poucos dias de férias pois tem de regressar a Londres e ao trabalho. A chegada a Tailandla constituiu uma enorme surpreza por não estar à espera de encontrar um país tão próspero e bem organizado. O contraste com a India é abissal 1 O aeroporto é moderno e o pessoal eficiente. Logo ali reservamos hotel para duas noites em Banguecoque e outras duas em Pataya. Incluido no pacote estava o transporte de táxi do aeroporto para o hotel e um passeio com guia profissional para ocupar o dia seguinte. Achámos os preços baratos não obstante a categoria dos dois hoteis. O trajecto do aeroporto para o hotel foi feito num carro de luxo, com ar condicionado, conduzido por um jovem muito atencioso. Não nos cansavamos de observer como as avenidas
nc
estavam limpas e ajardinadas e como o tráfego fluia, sem as buzi constantes da India , por tapetes de asfalto sem buracos. Era horad~ com as pessoas a sairem dos empregos e a regressarem a casa. Ap grande distancia entre o aeroporto e a cidade não ouvimos um buzinadela dürante o trajecto.
O trauma da India ainda n~o nos deixara e parecia que ti acabado de aterrar em um país europeu ... sem buzinadelas, sem riquex buracos na estrada, sem vacas sagradas a entopir o transito, sem mo lixo ‘por todo o lado, sem gente a dormir no chão nem charcos na estr; porcos a chafurdar... Chegados ao hotel o motorista tirou do carro as malas e sem esperar pela go~eta que lhe queriamos dar, fez uma vénI~ as mãos palma contra palma, junto ao peito e ,.. lá se foi... Este hotel, Watergate, foi o melhor até agora nesta viagem — moderno, bonito e es Os empregados uniformizados não ficam à espera que lhes solicitemos mas eles próprios se antecipam procurando antever os desejos e nece5 dos clientes!
No pacote subscrito no aeroporto estava induida para o dia urna visIta guiada a alguns templos da capital São templos budistas, a predominante da Tailandia. Há cerca de 400 na capial e 32.000
Esperávamos ser incluidos em um grupo grande com um guia comum autocarro e altifalante em punho, mas em vez disso vimos chegar ao 110 Jimousine com ar condicionado em que amos apenas eu e Angela, o m e urna franzina guia turistica. Lá fomos ver o Buda em ouro maciço que toneladas e meia, bem como ‘ vários outros monumenos onde predominam os dourados. No fim do dia, tal como na India e Nepal, levados a lojas próprias para turistas, onde se pode comprar o que de se fabrica no país. Como sempre a Angela não se fez rogada e de primeira sortida apareceu carregada de joalharia para ela; mãe e i paragem seguinte foi numa loja de tecidos de seda e estandõ eu já compras regressei ao hotel com a guia e o motorista . A Angela lá ficot medidas para calças, vestidos blusas e tailleures que no dia seguinti entregues no hotel uma hora antes de sairmos para Pataya. Trata~se alfaiataria e atelier de alta costura com uma organização impecável. A li 350 alfaiates a trabalhar em 3 turnos apenas em artigos de seda. Pr qualquer peça de roupa num ápice de acordo com o tempo dispor! c#ente.AIém de providenciarem um transporte para a Angela regressar depois de escolher os tecidos para as várias peças de roupa e de medidas, algumas horas depois outro motorista da empre~a veio a’ buscá-la para fazer as provas. No dia seguinte ao fim da manhã 10 ~E roupa devldamente acondicionadas em sacos muito chiques própric viajar, foram entregues pontualmente ne recepção do hotel, pouco ai viajarmos para Pataya. Para minha surpreza hji contemplado com uma e umas cuecas de seda pois a Angef~ levou (sorrateiramente) roupa mmi servir de modelo quando a vieram buscar para as provas,.,
PATAVA - Os tailandeses sào de uma cortesia Inexcedivel, respeitadores e. não atiram lixo para o chão! Tudo está impecávE limpo.O tráfego intensissimo decorre sem atropelos ou buzin
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Infelizmente são uma raça feia fisicamente: magrinhos, pernas arqueadas e feições pouco harmoniosas. E raro ver-se uma mulher bonita e todavia há milhares de alemães, americanos, russos e de outras nacionalidades que veem para a Tailandia por causa das meninas.,, A Angela ficou chocada ao ver tantos velhotes caquéticos acompanhados de jovens tailandesas passeando-se pelas ruas e esplanadas de Pataya , a praia cosmopolita mais próxima de Bangucoque. Alguns velhotes já mal podem mexer os pés mas mesmo assim são seguidos pelas suas companheiras, normalmente a dois ou três metros de distância Europeus de meia idade acompanhados das suas belas bá poucos e jovens então não há nenhuns. E conhecido em todo o Mundo que Pataya é a capitar do turismo sexual do Sueste da Asia. Até os livros falam disso. Fiquei no entanto admirado de não ter visto ainda aquelas balzaquianas alemãs e inglesas que vão para férias à procura de sexo fácil e barato nos trópicos. Será que a pouca corpuléncia dos machos tailandeses e as suas feições asiáticas não seduzem as matronas anglo-saxónicas?
Do nosso quarto no 270 andar do Mark Land Hotel temos uma vista muito bonita sobre a baia de Pataya e pode observar~se que toda a zona, a perder de vista, é muito arbori2ada. Foi bom ter vindo cá para ficar a conhecer, mas para descansar e curtir uns dias à beira-mar prefiro uma praia mais pequena e tranquila.
Em Banguecoque ainda visitãmos o último andar da torre que foi durante anos a mais alta da Asia (310 metros) e um passeio fluviaJ pelo rio Chao Phraia.
Tal como na maioria das terras por estas bandas também aqui os portugueses foram os primeiros a chegar e desde então Portugal tem mantido estreitas relações com este país. Em 1511 após a conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque, o português Duarte Fernarides é enviado como Embaixador do rei de Portugal à corte do rei Ramatibodi II, e em 1518 é assinado um acordo de comércio e amizade entre Portugal e o Rei do Siào o qual constitui o primeiro tratado que o Sião cerebrou com a Europa . A partir da assinatura do acordo chegaram muitos portugueses que se dedicaram ao comércio e sobretudo a ensinar a arte de construir fortalezas, de fabricar atinas e de fazer a Guerra, tendo muitos deles participado em batalhas contra os pa(ses vizinhos. Em reconhecimento dos serviços prestados foram concedidos terrenos para os portugueses se fixarem, mas em 1767 a Birmânia conquista a capital Ayutbaya e a corónia portuguesa desaparece. Mas o Rei Taksin lembrando-se da ajuda dos soldados portugueses, concede-lhes igualmente terrenos na nova capital Thomburi. Mais tarde, em 1786, o Rei Rama 1, cede de novo terrenos públicos para a instalação do Bairro do Rosário e o seu sucessor Rama 11 cede, em 1820, uma parcela de terreno à beira do Rio Chao Phraya para a construção da Embaixada de Portugal, que constitui hoje, a mais antiga residência diplomática em Banguecoque e continua sendo uma das mais valiosas construções históricas da capital tailandesa. Começada em 1830 mas nunca acabada, só em 1982, por iniciativa do Embaixador Meio Gouveia, sç concluiram as obras de restauro e acabamentos em estilo coronial português. E visita “obrigatória” dos barcos turisticos que percorrem o Rio Chao Phraya. Em 1984 foi-lhe atribuido um prémio pela Associação dos Arquitectos Siameses
Do nosso quarto no 270 andar do Mark Land Hotel temos uma vista muito bonita sobre a baia de Pataya e pode observar~se que toda a zona, a perder de vista, é muito arbori2ada. Foi bom ter vindo cá para ficar a conhecer, mas para descansar e curtir uns dias à beira-mar prefiro uma praia mais pequena e tranquila.
Em Banguecoque ainda visitãmos o último andar da torre que foi durante anos a mais alta da Asia (310 metros) e um passeio fluviaJ pelo rio Chao Phraia.
Tal como na maioria das terras por estas bandas também aqui os portugueses foram os primeiros a chegar e desde então Portugal tem mantido estreitas relações com este país. Em 1511 após a conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque, o português Duarte Fernarides é enviado como Embaixador do rei de Portugal à corte do rei Ramatibodi II, e em 1518 é assinado um acordo de comércio e amizade entre Portugal e o Rei do Siào o qual constitui o primeiro tratado que o Sião cerebrou com a Europa . A partir da assinatura do acordo chegaram muitos portugueses que se dedicaram ao comércio e sobretudo a ensinar a arte de construir fortalezas, de fabricar atinas e de fazer a Guerra, tendo muitos deles participado em batalhas contra os pa(ses vizinhos. Em reconhecimento dos serviços prestados foram concedidos terrenos para os portugueses se fixarem, mas em 1767 a Birmânia conquista a capital Ayutbaya e a corónia portuguesa desaparece. Mas o Rei Taksin lembrando-se da ajuda dos soldados portugueses, concede-lhes igualmente terrenos na nova capital Thomburi. Mais tarde, em 1786, o Rei Rama 1, cede de novo terrenos públicos para a instalação do Bairro do Rosário e o seu sucessor Rama 11 cede, em 1820, uma parcela de terreno à beira do Rio Chao Phraya para a construção da Embaixada de Portugal, que constitui hoje, a mais antiga residência diplomática em Banguecoque e continua sendo uma das mais valiosas construções históricas da capital tailandesa. Começada em 1830 mas nunca acabada, só em 1982, por iniciativa do Embaixador Meio Gouveia, sç concluiram as obras de restauro e acabamentos em estilo coronial português. E visita “obrigatória” dos barcos turisticos que percorrem o Rio Chao Phraya. Em 1984 foi-lhe atribuido um prémio pela Associação dos Arquitectos Siameses
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 28
A Taliandia tem séculos de b-adiçào de massagens corporais e a oferta e bem organizada que são poucos os turistas que escapam. Calhou-me sei massajado por um massagista masculino logo no dia da chegada. Na rec logo após cumpridas as formalidades de registo fomos brindados cada um vate gratuito para uma massagem de meia hora num requintado ga localizado no último andar do hotel. No
No dia seguinte já era a pagar e a Angela, que vai a todas, lá E hora marcada, para uma hora e meia de massagens aos pés, pernas e
Phuket é talvez o nome mais conhecido no estrangeiro Fogo d flanguecoque e Pataya, principalmente devido beleza das suas praias. E uma pequena ilha ligada ao continente por uma ponte. Dista de Bangi 900 kms que percorri em dois dias de autocarro. Ao longo do traje medida que se caminha para sul os campos de arrôs d~o lugar a plantações de coqueiros e de seringueiras O clima passa de tn equatorial e o coberto vegetal torna-se mais luxuriante. Tanto coquein seringueiras ( árvores da borracha ) estão alinhados nos campos tal pomares e eucaliptais na Europa Para extrair o latex é feito um corte da árvore a meio metro do solo. Ao ver estes bosques de árvores da lembrei-me vagamente das fotografias do compendio de geografia Ilidio mostrava aos alunos no Colégio de Tomar, explicando como os tinham arruinado a economia da Amazónia ao fazerem plantações em Qriente.O pensamento voou igualmente para Manaus e para o seu beli Amazonas onde o dinheiro proveniente da extracção do latex atraía os nomes da ópera daquele tempo. Depois de Milão e Paris passou a si entre os intérpretes do Belo Canto, fazer uma tournée na Amazónia.
• A travessia do pais confirmou as impressões cothidãs na caplt Pataya. Auto-estradas muito boas, bem cuidadas e ajardinadas; col asseio e a higiene nos pontos de paragem ao longo do trajecto ; a pesadelo que era viajar de autocarro na India; aqui toda a gente tem i para se sentar e o ar condicionado funciona. PJgumas camionetas teerr uma hospedeira. Ao longo dos 900 kms nao vi favelas nem bairros tão pouco vi aqueles magotes de gente ociosa sentados sem fazer longo das estradas, tão tipicos dos países tropicais. Aqui toda a pi parece estar activa e as casas, mesmo nas zonas rurais, teem bom as cidades e vilas estão bem cuidadas , limpas e ajardinadas e o trãnsit acessos modernos projectados com vistas largas a prever o futuro. muito ordeiro e respeitador. O único ponto negativo de falta de dvi:
detectei é o pouco respeito que os motoristas teem pelos pe&5 passadeiras pintadas no asfalto ou não, o automóvel tem sempre pr Enquanto que nos paises árabes os motoristas apitam forte em
passadeiras para os peões se afastarem, os tailandeses n~o se d~ trabalho..
Há dias, na zona central de Banguecoque, pedi ajuda a um tr para me orientar na direcção do hotel situado na badalada Khao San meu interlocutor chupavà a última passa do seu cigarro e querendo d a “beata” antes de me atender, e n~o querendo atirá-la para o chão, voltas à procura dum sítio para pôr a ponta do cigarro. Depois
A Taliandia tem séculos de b-adiçào de massagens corporais e a oferta e bem organizada que são poucos os turistas que escapam. Calhou-me sei massajado por um massagista masculino logo no dia da chegada. Na rec logo após cumpridas as formalidades de registo fomos brindados cada um vate gratuito para uma massagem de meia hora num requintado ga localizado no último andar do hotel. No
No dia seguinte já era a pagar e a Angela, que vai a todas, lá E hora marcada, para uma hora e meia de massagens aos pés, pernas e
Phuket é talvez o nome mais conhecido no estrangeiro Fogo d flanguecoque e Pataya, principalmente devido beleza das suas praias. E uma pequena ilha ligada ao continente por uma ponte. Dista de Bangi 900 kms que percorri em dois dias de autocarro. Ao longo do traje medida que se caminha para sul os campos de arrôs d~o lugar a plantações de coqueiros e de seringueiras O clima passa de tn equatorial e o coberto vegetal torna-se mais luxuriante. Tanto coquein seringueiras ( árvores da borracha ) estão alinhados nos campos tal pomares e eucaliptais na Europa Para extrair o latex é feito um corte da árvore a meio metro do solo. Ao ver estes bosques de árvores da lembrei-me vagamente das fotografias do compendio de geografia Ilidio mostrava aos alunos no Colégio de Tomar, explicando como os tinham arruinado a economia da Amazónia ao fazerem plantações em Qriente.O pensamento voou igualmente para Manaus e para o seu beli Amazonas onde o dinheiro proveniente da extracção do latex atraía os nomes da ópera daquele tempo. Depois de Milão e Paris passou a si entre os intérpretes do Belo Canto, fazer uma tournée na Amazónia.
• A travessia do pais confirmou as impressões cothidãs na caplt Pataya. Auto-estradas muito boas, bem cuidadas e ajardinadas; col asseio e a higiene nos pontos de paragem ao longo do trajecto ; a pesadelo que era viajar de autocarro na India; aqui toda a gente tem i para se sentar e o ar condicionado funciona. PJgumas camionetas teerr uma hospedeira. Ao longo dos 900 kms nao vi favelas nem bairros tão pouco vi aqueles magotes de gente ociosa sentados sem fazer longo das estradas, tão tipicos dos países tropicais. Aqui toda a pi parece estar activa e as casas, mesmo nas zonas rurais, teem bom as cidades e vilas estão bem cuidadas , limpas e ajardinadas e o trãnsit acessos modernos projectados com vistas largas a prever o futuro. muito ordeiro e respeitador. O único ponto negativo de falta de dvi:
detectei é o pouco respeito que os motoristas teem pelos pe&5 passadeiras pintadas no asfalto ou não, o automóvel tem sempre pr Enquanto que nos paises árabes os motoristas apitam forte em
passadeiras para os peões se afastarem, os tailandeses n~o se d~ trabalho..
Há dias, na zona central de Banguecoque, pedi ajuda a um tr para me orientar na direcção do hotel situado na badalada Khao San meu interlocutor chupavà a última passa do seu cigarro e querendo d a “beata” antes de me atender, e n~o querendo atirá-la para o chão, voltas à procura dum sítio para pôr a ponta do cigarro. Depois
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Primeira viagem ao Oriente ..ediçao vagueando e inedita .... - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
pagina 29
passadas para um lado e para o outro lá encontrou um buraquito do tamanho de um dedo na tampa de uma caixa de cimento de escoamento de águas... Não quis conspurcar o chão imaculadamente limpo de unia praça onde, naquele momento, circulavam centenas de pessoas...
Além dos templos sumptuosos que se veem por todo o lado e em cujas fachadas pontificam os dourados, os tailandeses colocam junto das suas casas umas miniaturas de templos em honra de Buda. Próximo desses minusculos templos poem mesas de pedra sobre as quais são colocados pratos com comida diversa que passado algum tempo vão buscar, já santificada, para comerem em família.
Estou em Phuket e hoje ao cair da tarde dei um passeio para ajudar a digestão do jantar. No passeio de uma rua sossegada deparei-me com o brazido de uma pequena fogueira quase extinta e junto três pratinhos alinhados ao lado do que restava da fogueira — um dos pratinhos tinha 2 bananas, outro tinha um copo com água e o terceiro prato tinha dois ovos..- Olhei em redor e não vi ninguém
Do ponto de vista étnico, à medida que avançamos para sul, a população vai mudando de feições e vai ficando mais parecida com a raça malaia o que não é de admirar jã que nos vamos aproximando da fronteira com a Malásia. A Tailandia é um país seguro para o viajante e tem pouca criminalidade. A população maometana da TaiLandia está concentrada nos estados do sul junto à fronteira com a Malásia que é um pafs maioritariamente islâmico e é precisamente aqui que há focos de instabilidade Pelo que tenho visto os muçulmanos não conseguem conviver em paz com os outros credos, sejam cristãos, budistas ou hindus. Onde há maometanos há focos de tensão com as outras comunidades religiosas e não havendo outros credos, digladiam-se entre si (sunitas contra xiitas, fundamentalistas contra conservadores, etc) de onde me surgiu o dito de que ‘Onde ha Islão, há provocação”!
Patong é a principal praia de Phuket e aqui estão localizados bóteis e alojamentos diversos, muito comércio, bares, dezenas de casas de massagens e uma intensa vida noturna. E uma espécie de Quarteira tropical. A praia é excelente para banhos e tem areia finissima. Perde todavia multo do seu encanto por estar apinhada de construçôes, de gente e de carros;E uma terra de sorrisos onde o turista é tratado como realeza, mas sem servilismo. Os tailandeses são um povo cativante, correcto e de boas maneiras, Continua aqui o mesmo sistema de Pataya quanto a turismo sexual e há ruas inteiras com bares, danceterias e gabinetes de massagens... A nossa passagem as meninas convidam para entrarmos para dar um pé de dansa, beber uma cerveja, sermos massajados, apenas para ouvirmos música, ou~ algo mais... Casas de massagens e de tatuagem são às dezenas e as meninas, sempre com sorrisos, quase nos puxam para dentro dos seus gabinetes... A capital da ilha chama-se igualmente Phuket e não fica à beira-mar. A ilha é muito montanhosa e. as lindissimas praias ficam encravadas no meio das montanhas sempre emolduradas por denso arvoredo. Em redor há inúmeras ilhotas com atractivos diversos desde mergulho nâs suas águas limpidas, visita a cavernas em que se entra de barco pelo mar, altas falésias talhadas a pique que constituem um paraíso para os escaladores, ilhas de coral, promontórios abruptos, santuários
passadas para um lado e para o outro lá encontrou um buraquito do tamanho de um dedo na tampa de uma caixa de cimento de escoamento de águas... Não quis conspurcar o chão imaculadamente limpo de unia praça onde, naquele momento, circulavam centenas de pessoas...
Além dos templos sumptuosos que se veem por todo o lado e em cujas fachadas pontificam os dourados, os tailandeses colocam junto das suas casas umas miniaturas de templos em honra de Buda. Próximo desses minusculos templos poem mesas de pedra sobre as quais são colocados pratos com comida diversa que passado algum tempo vão buscar, já santificada, para comerem em família.
Estou em Phuket e hoje ao cair da tarde dei um passeio para ajudar a digestão do jantar. No passeio de uma rua sossegada deparei-me com o brazido de uma pequena fogueira quase extinta e junto três pratinhos alinhados ao lado do que restava da fogueira — um dos pratinhos tinha 2 bananas, outro tinha um copo com água e o terceiro prato tinha dois ovos..- Olhei em redor e não vi ninguém
Do ponto de vista étnico, à medida que avançamos para sul, a população vai mudando de feições e vai ficando mais parecida com a raça malaia o que não é de admirar jã que nos vamos aproximando da fronteira com a Malásia. A Tailandia é um país seguro para o viajante e tem pouca criminalidade. A população maometana da TaiLandia está concentrada nos estados do sul junto à fronteira com a Malásia que é um pafs maioritariamente islâmico e é precisamente aqui que há focos de instabilidade Pelo que tenho visto os muçulmanos não conseguem conviver em paz com os outros credos, sejam cristãos, budistas ou hindus. Onde há maometanos há focos de tensão com as outras comunidades religiosas e não havendo outros credos, digladiam-se entre si (sunitas contra xiitas, fundamentalistas contra conservadores, etc) de onde me surgiu o dito de que ‘Onde ha Islão, há provocação”!
Patong é a principal praia de Phuket e aqui estão localizados bóteis e alojamentos diversos, muito comércio, bares, dezenas de casas de massagens e uma intensa vida noturna. E uma espécie de Quarteira tropical. A praia é excelente para banhos e tem areia finissima. Perde todavia multo do seu encanto por estar apinhada de construçôes, de gente e de carros;E uma terra de sorrisos onde o turista é tratado como realeza, mas sem servilismo. Os tailandeses são um povo cativante, correcto e de boas maneiras, Continua aqui o mesmo sistema de Pataya quanto a turismo sexual e há ruas inteiras com bares, danceterias e gabinetes de massagens... A nossa passagem as meninas convidam para entrarmos para dar um pé de dansa, beber uma cerveja, sermos massajados, apenas para ouvirmos música, ou~ algo mais... Casas de massagens e de tatuagem são às dezenas e as meninas, sempre com sorrisos, quase nos puxam para dentro dos seus gabinetes... A capital da ilha chama-se igualmente Phuket e não fica à beira-mar. A ilha é muito montanhosa e. as lindissimas praias ficam encravadas no meio das montanhas sempre emolduradas por denso arvoredo. Em redor há inúmeras ilhotas com atractivos diversos desde mergulho nâs suas águas limpidas, visita a cavernas em que se entra de barco pelo mar, altas falésias talhadas a pique que constituem um paraíso para os escaladores, ilhas de coral, promontórios abruptos, santuários
Vitor mango- Pontos : 118184
Página 1 de 6 • 1, 2, 3, 4, 5, 6
Tópicos semelhantes
» Primeira viagem ao Oriente - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
» Primeira viagem ao Oriente - voltamos a publicar esta viagem com imensos atrativos
» A viagem do nosso membro Poças ao Oriente
» Cocega para se meter a ler as viagens do Poças Publicaçao inedita NOSSA
» Notas sobre a viagem do Poças
» Primeira viagem ao Oriente - voltamos a publicar esta viagem com imensos atrativos
» A viagem do nosso membro Poças ao Oriente
» Cocega para se meter a ler as viagens do Poças Publicaçao inedita NOSSA
» Notas sobre a viagem do Poças
Vagueando na Notícia :: sala OCEANO :: Historia de Portugal- e - Portugal no Mundo :: Primeira viagem ao Oriente - Por Jose Ezequiel Poças Gomes
Página 1 de 6
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos