Eleições Legislativas 2009
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Eleições Legislativas 2009
CAMPANHA ELEITORAL DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Mensagem recebida via e-mail, com o pedido de a fazer passar:
"A TODOS:
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ( e não só...)
--------------------------------------------------------------------------------
O TEU FUTURO SÓ DEPENDE DE TI.
Assim chegará aos 700 000 funcionários públicos, que deixaram de o ser desde 1 de Janeiro de 2009 com a Lei 12-A.
Sr. Primeiro Ministro
É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar publicamente os funcionários públicos, de fazer tudo para colocar a população contra nós, de alterar os direitos adquiridos para a aposentação, nem de aprovar o novo regime de Vínculos Carreiras e Remunerações que acaba com as carreiras, as garantias que tínhamos e os direitos adquiridos que tínhamos , que é um insulto a quem presta tão nobre serviço à Nação.
Não tinha procedido a despedimentos, para de seguida contratar novos colegas, com quem simpatiza mais.
Não tinha criado o SIADAP desta forma, para promover e contemplar quem dá graxa aos chefes, e impedido a carreira a quase todos os funcionários. Não chega uma vida inteira para chegar ao meio da carreira em muitas situações.
Não tinha criado um sistema de escolha dos dirigentes que fazem o que lhe interessa, podendo até serem de fora do sistema, acabando com os concursos e com as oportunidades para os que são já funcionários públicos experientes e reconhecidos.
NÃO TINHA DESTRUÍDO A FUNÇÃO PUBLICA, DEIXANDO O VAZIO, POIS ATÉ NEM SABE O QUE É, ESTA NOBRE FUNÇÃO DE SERVIR TODOS, INDEPENDENTE DAS RAÇAS, SITUAÇÃO SOCIAL E ASCENDÊNCIA FAMILIAR
As maiorias só favorecem os poderosos, as classes trabalhadoras que produzem riqueza saem sempre a perder. É fácil para quem tem vencimentos chorudos vir à televisão pedir para que apertemos o cinto.
Chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% dos votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover todas estas enormes afrontas.
Somos 700 000, o equivalente a 14% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de 3 meses, grande parte dos funcionários votarem em massa em todos os partidos excepto no PS, este partido não só não terá mais a maioria mas perderá as próximas eleições e será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos funcionários públicos.
Colegas, quem foi capaz de aguentar a perseguição, a desmotivação, a perda de horizontes para a sua vida, sentir que pode ser despedido a qualquer momento com os mapas anuais de pessoal, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto e votar a derrota do PS.
Em Portugal há partidos para todos os gostos, quer à direita quer à esquerda do PS, é só escolher; maiorias nunca mais. Os funcionários públicos, para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS, têm a capacidade de o derrotar, basta para isso que convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são mais de 1 000 000.
Os Funcionários Públicos deverão estar unidos, esta união deverá ser para continuar, e têm uma ferramenta poderosa ao seu alcance, a Internet, que nos põe em contacto permanente uns com os outros.
Façamos contas:
Se esta mensagem vai ser enviada a 10 colegas. Se cada um dos colegas enviar a mais 10 dá 100.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1000. Se estes enviarem a mais 10 dá 10 000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 100 000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1 000 000.
Assim se vê a nossa força.
Não a menosprezes.
Usa-a."
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ( e não só...)
--------------------------------------------------------------------------------
O TEU FUTURO SÓ DEPENDE DE TI.
Assim chegará aos 700 000 funcionários públicos, que deixaram de o ser desde 1 de Janeiro de 2009 com a Lei 12-A.
Sr. Primeiro Ministro
É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar publicamente os funcionários públicos, de fazer tudo para colocar a população contra nós, de alterar os direitos adquiridos para a aposentação, nem de aprovar o novo regime de Vínculos Carreiras e Remunerações que acaba com as carreiras, as garantias que tínhamos e os direitos adquiridos que tínhamos , que é um insulto a quem presta tão nobre serviço à Nação.
Não tinha procedido a despedimentos, para de seguida contratar novos colegas, com quem simpatiza mais.
Não tinha criado o SIADAP desta forma, para promover e contemplar quem dá graxa aos chefes, e impedido a carreira a quase todos os funcionários. Não chega uma vida inteira para chegar ao meio da carreira em muitas situações.
Não tinha criado um sistema de escolha dos dirigentes que fazem o que lhe interessa, podendo até serem de fora do sistema, acabando com os concursos e com as oportunidades para os que são já funcionários públicos experientes e reconhecidos.
NÃO TINHA DESTRUÍDO A FUNÇÃO PUBLICA, DEIXANDO O VAZIO, POIS ATÉ NEM SABE O QUE É, ESTA NOBRE FUNÇÃO DE SERVIR TODOS, INDEPENDENTE DAS RAÇAS, SITUAÇÃO SOCIAL E ASCENDÊNCIA FAMILIAR
As maiorias só favorecem os poderosos, as classes trabalhadoras que produzem riqueza saem sempre a perder. É fácil para quem tem vencimentos chorudos vir à televisão pedir para que apertemos o cinto.
Chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% dos votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover todas estas enormes afrontas.
Somos 700 000, o equivalente a 14% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de 3 meses, grande parte dos funcionários votarem em massa em todos os partidos excepto no PS, este partido não só não terá mais a maioria mas perderá as próximas eleições e será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos funcionários públicos.
Colegas, quem foi capaz de aguentar a perseguição, a desmotivação, a perda de horizontes para a sua vida, sentir que pode ser despedido a qualquer momento com os mapas anuais de pessoal, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto e votar a derrota do PS.
Em Portugal há partidos para todos os gostos, quer à direita quer à esquerda do PS, é só escolher; maiorias nunca mais. Os funcionários públicos, para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS, têm a capacidade de o derrotar, basta para isso que convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são mais de 1 000 000.
Os Funcionários Públicos deverão estar unidos, esta união deverá ser para continuar, e têm uma ferramenta poderosa ao seu alcance, a Internet, que nos põe em contacto permanente uns com os outros.
Façamos contas:
Se esta mensagem vai ser enviada a 10 colegas. Se cada um dos colegas enviar a mais 10 dá 100.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1000. Se estes enviarem a mais 10 dá 10 000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 100 000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1 000 000.
Assim se vê a nossa força.
Não a menosprezes.
Usa-a."
Última edição por BUFFA em Seg Set 07, 2009 8:49 am, editado 1 vez(es)
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
O PS NAO GANHA!!!! Ainda me lembro do VITAL sempre a dizer , VAMOS GANHAR. As sondagens dizem isso!!! Agora dizem , mas notasse que nao estao a acreditar no que dizem!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Eleições Legislativas 2009
Mas o maior, FOI O sr. viriato A DIZER QUE IA abrir o champagne PARA CELEBRAR A vitoria do PS!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Eleições Legislativas 2009
RONALDO ALMEIDA escreveu:Mas o maior, FOI O sr. viriato A DIZER QUE IA abrir o champagne PARA CELEBRAR A vitoria do PS!!!
Nao considero Champagne como Vinho mas sim uma mistela com gaz carbonico ...é como um peido engarrafado
Um Vinho é tinto livre de gazes e de cor agarrada na pelicula da pele da Uva onde estao as boas causas
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Eleições Legislativas 2009
Vitor mango escreveu:RONALDO ALMEIDA escreveu:Mas o maior, FOI O sr. viriato A DIZER QUE IA abrir o champagne PARA CELEBRAR A vitoria do PS!!!
Nao considero Champagne como Vinho mas sim uma mistela com gaz carbonico ...é como um peido engarrafado
Um Vinho é tinto livre de gazes e de cor agarrada na pelicula da pele da Uva onde estao as boas causas
O VIRIATO DISSE QUE IA CELEBRAR, que ja tinha a garrafa!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Eleições Legislativas 2009
Vale a pena
por Pedro Passos Coelho
O nervosismo pré-eleitoral não tem ajudado à clarificação política. E, na ausência de sondagens que ajudem os partidos a tomar o pulso aos eleitores e a afinar melhor as suas estratégias, os apoiantes encartados ou os simples analistas têm-se ocupado a especular sobre as mais variadas teorias onde vão espraiando o seu construtivismo governativo.
Como pano de fundo, predomina a ideia de que ninguém terá um resultado muito expressivo, muito menos uma maioria absoluta - os socialistas porque desmereceram tal resultado nestes últimos quatro anos de governo e os social-democratas porque podem ainda não o ter merecido na oposição.
Assim, tem-se vindo a antecipar o cenário de uma legislatura, se não incompleta pelo menos acidentada, e em que, à esquerda e à direita do espectro parlamentar, os que insistirem em governar sozinhos terão a vida difícil e pouco acrescentarão em actividade reformadora por exiguidade de apoio parlamentar, enquanto os que se coligarem poderão ter de enfrentar tensões de difícil solução dada a divergência profunda de opiniões, programas ou personalidades. Em suma, não reina o optimismo quanto à capacidade do Parlamento que sair das próximas eleições legislativas para gerar soluções estáveis e profícuas.
Percebe-se que, neste ambiente algo depressivo, se tenha reaberto a discussão sobre políticas de alianças - e, no caso do PSD, lá vai voltando à baila ora a teoria do Bloco Central ora a eventualidade de uma coligação com o CDS-PP. Tenho-me geralmente batido contra estes exercícios pela razão prática de que eles acentuam um certo conformismo com a eventualidade de resultados minimalistas e creio que essa mera circunstância reforça a possibilidade de tais resultados ocorrerem.
Ora, quando se tem a ambição de alcançar um nível mais elevado de confiança por parte do eleitorado, envolvendo um importante compromisso de governo, não se pode perder demasiado tempo especulando sobre o que se fará no caso de essa confiança não ser conquistada. Ou se pressente que as pessoas têm razões para limitar o voto de confiança num determinado partido, e então procura-se em tempo útil ampliar as possibilidades de sucesso apresentando uma coligação pré-eleitoral, coisa que o PSD não fez e ainda bem, ou simplesmente não se perde tempo a discutir o que fazer com um resultado menos mau quando o que se pretende é um resultado bom que permita governar.
Há, no entanto, uma ideia que tem vindo a germinar em determinados meios do PSD e que merece ser analisada. É a ideia, talvez um tanto romântica, de que o PSD pode repetir nestas eleições o sucedido em 1985 com Cavaco Silva, ou seja, na eventualidade de ganhar as eleições com uma margem escassa, vir o PSD a formar um governo minoritário que prepare o terreno para ganhar a maioria absoluta no prazo de dois anos.
Considero esta ideia fantasista e falaciosa e, nessa medida, julgo que ela pode ser mais prejudicial que útil em vésperas de campanha eleitoral. Aqui seguem algumas razões explicativas mais evidentes.
Em primeiro lugar, a situação económica que vivemos hoje é muito diferente da de 1985. Há quase 25 anos atrás o país começava lentamente a sair de uma crise económica e social muito dura, que tinha implicado uma perda acentuada do rendimento real e um forte desemprego. Hoje, infelizmente, ainda estamos longe da recuperação. Pelo contrário, continuamos o mergulho numa crise que se prevê prolongada, estando ainda para vir, em grande medida, todo o recorte de aspectos negativos que causam depressão social e política e que desgastam quem está no governo.
Em segundo lugar, em 1985, as medidas difíceis e duras de combate à crise estavam tomadas, ou seja, o "trabalho sujo" de governo já tinha ficado feito por Hernani Lopes no seio do anterior Bloco Central. Hoje, infelizmente, receio bem que tudo o que é difícil e impopular esteja por fazer, a começar na ausência de medidas que sustentem umas finanças públicas saudáveis e a acabar na indefinição quanto a uma nova estratégia económica que relance um tecido produtivo mais dinâmico e competitivo, gerador de riqueza e de emprego mais qualificado.
Em terceiro lugar, e ao contrário do que acontecia em 1985, actualmente o governo não dispõe de autonomia em matéria de política monetária e cambial. Quer isto dizer que o governo português já não tem à sua disposição o mesmo tipo de instrumentos e ferramentas que permitiriam, num relativo curto espaço de tempo (dois a três anos) aplicar a mesma receita de então com idêntico grau de eficácia.
Ou seja, em vez de desvalorizar a moeda para melhorar a competitividade externa ou reduzir o crédito para contrair o consumo e o défice externo, hoje podemos apenas aumentar impostos, cortar e "congelar" despesa pública ou desenvolver políticas de ganhos de eficiência nas políticas públicas mais pesadas visando diminuir o défice e encetar reformas que permitam aumentar a produtividade.
Mas, dadas as condições de partida, os resultados destas políticas nos primeiros anos serão escassos, insuficientes e demorados e certamente não empolgarão o país em direcção à maioria absoluta. Por outro lado, a hipotética vitimização governativa como resposta a uma improvável inviabilização de tais medidas por parte de um parlamento hostil seria uma táctica de sucesso bastante duvidoso, pois não evitaria ter de acomodar durante dois anos a insatisfação gerada por uma crise tão profunda.
Por fim, e em termos políticos, poderá dizer-se que entre o actual Presidente da República e a presumível primeiro-ministro do PSD existe alguma simpatia política que facilitaria a vida do governo minoritário, como entre Ramalho Eanes e Cavaco Silva em 1985. Mas, ao contrário de então, isso pode significar agora muito pouco na ausência de um instrumento útil como foi o PRD em 1985.
E, hoje, o Bloco de Esquerda não só não tem o significado operacional do PRD face ao PS, como seguramente não funciona em cumplicidade com o Presidente da República.
Em conclusão, por muitos motivos pode até acontecer que o PSD venha a governar sozinho e com um resultado escasso - e, nesse caso, fará seguramente o melhor que puder e souber durante o tempo que lhe consentirem.
Mas, deixemo-nos de romantismos serôdios, tal situação não tem nada de muito desejável nem de particularmente virtuoso, quer para o PSD quer para o país. Insisto, portanto, que é necessário lutar por um resultado mais largo, cabendo a quem disputa as eleições encontrar o tempo e o modo apropriado de confrontar o país com a necessidade de um tal resultado dever ser atingido. Para não haver dúvidas sobre o caminho a seguir nem sobre a vontade de mudança do país.
Assim o PSD consiga transmitir ao eleitorado a confiança de que este precisa para sentir que vale a pena. Eu ainda acredito que vale a pena.
Como pano de fundo, predomina a ideia de que ninguém terá um resultado muito expressivo, muito menos uma maioria absoluta - os socialistas porque desmereceram tal resultado nestes últimos quatro anos de governo e os social-democratas porque podem ainda não o ter merecido na oposição.
Assim, tem-se vindo a antecipar o cenário de uma legislatura, se não incompleta pelo menos acidentada, e em que, à esquerda e à direita do espectro parlamentar, os que insistirem em governar sozinhos terão a vida difícil e pouco acrescentarão em actividade reformadora por exiguidade de apoio parlamentar, enquanto os que se coligarem poderão ter de enfrentar tensões de difícil solução dada a divergência profunda de opiniões, programas ou personalidades. Em suma, não reina o optimismo quanto à capacidade do Parlamento que sair das próximas eleições legislativas para gerar soluções estáveis e profícuas.
Percebe-se que, neste ambiente algo depressivo, se tenha reaberto a discussão sobre políticas de alianças - e, no caso do PSD, lá vai voltando à baila ora a teoria do Bloco Central ora a eventualidade de uma coligação com o CDS-PP. Tenho-me geralmente batido contra estes exercícios pela razão prática de que eles acentuam um certo conformismo com a eventualidade de resultados minimalistas e creio que essa mera circunstância reforça a possibilidade de tais resultados ocorrerem.
Ora, quando se tem a ambição de alcançar um nível mais elevado de confiança por parte do eleitorado, envolvendo um importante compromisso de governo, não se pode perder demasiado tempo especulando sobre o que se fará no caso de essa confiança não ser conquistada. Ou se pressente que as pessoas têm razões para limitar o voto de confiança num determinado partido, e então procura-se em tempo útil ampliar as possibilidades de sucesso apresentando uma coligação pré-eleitoral, coisa que o PSD não fez e ainda bem, ou simplesmente não se perde tempo a discutir o que fazer com um resultado menos mau quando o que se pretende é um resultado bom que permita governar.
Há, no entanto, uma ideia que tem vindo a germinar em determinados meios do PSD e que merece ser analisada. É a ideia, talvez um tanto romântica, de que o PSD pode repetir nestas eleições o sucedido em 1985 com Cavaco Silva, ou seja, na eventualidade de ganhar as eleições com uma margem escassa, vir o PSD a formar um governo minoritário que prepare o terreno para ganhar a maioria absoluta no prazo de dois anos.
Considero esta ideia fantasista e falaciosa e, nessa medida, julgo que ela pode ser mais prejudicial que útil em vésperas de campanha eleitoral. Aqui seguem algumas razões explicativas mais evidentes.
Em primeiro lugar, a situação económica que vivemos hoje é muito diferente da de 1985. Há quase 25 anos atrás o país começava lentamente a sair de uma crise económica e social muito dura, que tinha implicado uma perda acentuada do rendimento real e um forte desemprego. Hoje, infelizmente, ainda estamos longe da recuperação. Pelo contrário, continuamos o mergulho numa crise que se prevê prolongada, estando ainda para vir, em grande medida, todo o recorte de aspectos negativos que causam depressão social e política e que desgastam quem está no governo.
Em segundo lugar, em 1985, as medidas difíceis e duras de combate à crise estavam tomadas, ou seja, o "trabalho sujo" de governo já tinha ficado feito por Hernani Lopes no seio do anterior Bloco Central. Hoje, infelizmente, receio bem que tudo o que é difícil e impopular esteja por fazer, a começar na ausência de medidas que sustentem umas finanças públicas saudáveis e a acabar na indefinição quanto a uma nova estratégia económica que relance um tecido produtivo mais dinâmico e competitivo, gerador de riqueza e de emprego mais qualificado.
Em terceiro lugar, e ao contrário do que acontecia em 1985, actualmente o governo não dispõe de autonomia em matéria de política monetária e cambial. Quer isto dizer que o governo português já não tem à sua disposição o mesmo tipo de instrumentos e ferramentas que permitiriam, num relativo curto espaço de tempo (dois a três anos) aplicar a mesma receita de então com idêntico grau de eficácia.
Ou seja, em vez de desvalorizar a moeda para melhorar a competitividade externa ou reduzir o crédito para contrair o consumo e o défice externo, hoje podemos apenas aumentar impostos, cortar e "congelar" despesa pública ou desenvolver políticas de ganhos de eficiência nas políticas públicas mais pesadas visando diminuir o défice e encetar reformas que permitam aumentar a produtividade.
Mas, dadas as condições de partida, os resultados destas políticas nos primeiros anos serão escassos, insuficientes e demorados e certamente não empolgarão o país em direcção à maioria absoluta. Por outro lado, a hipotética vitimização governativa como resposta a uma improvável inviabilização de tais medidas por parte de um parlamento hostil seria uma táctica de sucesso bastante duvidoso, pois não evitaria ter de acomodar durante dois anos a insatisfação gerada por uma crise tão profunda.
Por fim, e em termos políticos, poderá dizer-se que entre o actual Presidente da República e a presumível primeiro-ministro do PSD existe alguma simpatia política que facilitaria a vida do governo minoritário, como entre Ramalho Eanes e Cavaco Silva em 1985. Mas, ao contrário de então, isso pode significar agora muito pouco na ausência de um instrumento útil como foi o PRD em 1985.
E, hoje, o Bloco de Esquerda não só não tem o significado operacional do PRD face ao PS, como seguramente não funciona em cumplicidade com o Presidente da República.
Em conclusão, por muitos motivos pode até acontecer que o PSD venha a governar sozinho e com um resultado escasso - e, nesse caso, fará seguramente o melhor que puder e souber durante o tempo que lhe consentirem.
Mas, deixemo-nos de romantismos serôdios, tal situação não tem nada de muito desejável nem de particularmente virtuoso, quer para o PSD quer para o país. Insisto, portanto, que é necessário lutar por um resultado mais largo, cabendo a quem disputa as eleições encontrar o tempo e o modo apropriado de confrontar o país com a necessidade de um tal resultado dever ser atingido. Para não haver dúvidas sobre o caminho a seguir nem sobre a vontade de mudança do país.
Assim o PSD consiga transmitir ao eleitorado a confiança de que este precisa para sentir que vale a pena. Eu ainda acredito que vale a pena.
Militante do PSD e gestor
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=385100
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Considero o pensamento de Pedro Passos Coelho 100% acertado.
Acrescento apenas que lhe falta o salto qualitativo, difícil de defender, e que é a necessidade de se constituir um novo BLOCO CENTRAL, ainda que para isso fosse necessário que o primeiro ministro não fosse nem Sócrates nem Ferreira Leite.
Acrescento apenas que lhe falta o salto qualitativo, difícil de defender, e que é a necessidade de se constituir um novo BLOCO CENTRAL, ainda que para isso fosse necessário que o primeiro ministro não fosse nem Sócrates nem Ferreira Leite.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Eleições Legislativas 2009
Ou seja, em vez de desvalorizar a moeda para melhorar a competitividade externa ou reduzir o crédito para contrair o consumo e o défice externo, hoje podemos apenas aumentar impostos, cortar e "congelar" despesa pública ou desenvolver políticas de ganhos de eficiência nas políticas públicas mais pesadas visando diminuir o défice e encetar reformas que permitam aumentar a produtividade.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Eleições Legislativas 2009
Legislativas 2009
PG acompanha os 10 debates Minuto a Minuto
Primeiro frente-a-frente das legislativas é hoje, dia 2
http://www.parlamentoglobal.pt/parlamentoglobal/actualidade/Legislativas2009/2009/9/1/010909_DEBATES_PUB.htm
a listagem de debates até dia 12, encontra-se no link acima.
PG acompanha os 10 debates Minuto a Minuto
Primeiro frente-a-frente das legislativas é hoje, dia 2
São 10 os debates televisivos que antecipam as eleições Legislativas. Começam amanhã, dia 2 de Setembro.
Depois de toda a polémica e das críticas de que foi alvo, José Sócrates acabou por aceitar o frente-a-frente com todos os candidatos.
A emitir pela TVI, os 45 minutos previstos para o primeiro frente-a-frente, entre José Sócrates e Paulo Portas, vão ter um lugar de destaque. Minuto a Minuto, serão acompanhados pela equipa do Parlamento Global.
Desta forma, e tal como já vem sendo hábito - quer nos debates quinzenais, quer nas últimas eleições - os internautas vão poder participar activamente nestas discussões cujo objectivo último é uma interacção, o mais directa possível, entre a política e a sociedade civil.
Eis a lista de todos os debates que começam amanhã e terminam no dia 12 de Setembro. Todos, a não perder no Blogue, em directo, Minuto a Minuto:
Depois de toda a polémica e das críticas de que foi alvo, José Sócrates acabou por aceitar o frente-a-frente com todos os candidatos.
A emitir pela TVI, os 45 minutos previstos para o primeiro frente-a-frente, entre José Sócrates e Paulo Portas, vão ter um lugar de destaque. Minuto a Minuto, serão acompanhados pela equipa do Parlamento Global.
Desta forma, e tal como já vem sendo hábito - quer nos debates quinzenais, quer nas últimas eleições - os internautas vão poder participar activamente nestas discussões cujo objectivo último é uma interacção, o mais directa possível, entre a política e a sociedade civil.
Eis a lista de todos os debates que começam amanhã e terminam no dia 12 de Setembro. Todos, a não perder no Blogue, em directo, Minuto a Minuto:
http://www.parlamentoglobal.pt/parlamentoglobal/actualidade/Legislativas2009/2009/9/1/010909_DEBATES_PUB.htm
a listagem de debates até dia 12, encontra-se no link acima.
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Sangue na arena com Socrates e Portas,
Agora !
Agora !
Pena não haver letras a jorrarem sangue......
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
BUFFA escreveu:[
Pena não haver letras a jorrarem sangue......
entao nao ha???!!
Terminator- Pontos : 2544
Re: Eleições Legislativas 2009
então e gostaram do "debate" ... debate com aspas ... ?
kakilo não é debate não é nada. Aquilo é tempo de antena ....
e a constança ... faltou-lhe as unhas .....out of control
kakilo não é debate não é nada. Aquilo é tempo de antena ....
e a constança ... faltou-lhe as unhas .....out of control
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
http://diario.iol.pt/artmedia.html?id=1086442&pagina_actual=1&tipo=2&mul_id=13161581
o debate sócrates/portas neste link
o debate sócrates/portas neste link
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
BUFFA escreveu:então e gostaram do "debate" ... debate com aspas ... ?
kakilo não é debate não é nada. Aquilo é tempo de antena ....
e a constança ... faltou-lhe as unhas .....out of control
soh vi a parte final. do k vi, soh ouvi socrates a acusar portas de nao ter resolvido os problemas quando lah esteve. nao arranjou melhores argumentos. nao, nao gostei.
a constança estava nervosa, nao sei...ela as vezes parece meia gaga...
aguardemos o proximo
Terminator- Pontos : 2544
Re: Eleições Legislativas 2009
estive a ouvir o frente a frenta na SIC N, com a paula teixeira da cruz e Maria de belém
pelo que ouvi é que estes debates estão demasiado formatados e que foi o PM que fez determinadas exigências quanto ao formato e perguntas.
os senhores jornalistas não poderão pôr o pézinho fora do risco...
VIVA LA DEMOCRÁCIA.....
ainda agora começou e já estou nauseado.
Não devo aguentar até ao fim das autárquicas.
acho que desligo a ficha muito antes.
Além de que eu sei bem em quem votar, nem sequer preciso de qualquer campanha para me decidir.
pelo que ouvi é que estes debates estão demasiado formatados e que foi o PM que fez determinadas exigências quanto ao formato e perguntas.
os senhores jornalistas não poderão pôr o pézinho fora do risco...
VIVA LA DEMOCRÁCIA.....
ainda agora começou e já estou nauseado.
Não devo aguentar até ao fim das autárquicas.
acho que desligo a ficha muito antes.
Além de que eu sei bem em quem votar, nem sequer preciso de qualquer campanha para me decidir.
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Pode ser bom perder as eleições. Saiba porquê
Publicado em 03 de Setembro de 2009
i
Publicado em 03 de Setembro de 2009
"Se a família política de Cavaco ganhar as eleições isso prejudica a reeleição do Presidente", diz o dirigente do PS, o soarista Vítor Ramalho
Vida tão estranha: perder as próximas eleições pode significar ganhar, a prazo, com maioria absoluta. A vitória do PS tende a favorecer a reeleição de Cavaco Silva, assim como a vitória do PSD estimula que em 2011 venha a ser eleito um candidato presidencial de esquerda. Confuso? Um bocado, mas a um mês das legislativas é desta realpolitik que se fala nos bastidores do PS e do PSD. Tempos interessantes.
O dirigente do PS Vítor Ramalho assume sem complexos que a vitória do PSD pode ser negativa para Cavaco Silva. "Se o PSD ganhar as eleições, tenho a certeza de que vai prejudicar a reeleição de Cavaco Silva."
Para o presidente da Federação de Setúbal do PS, o próximo governo tem que governar "num período de tremenda crise, com uma situação financeira e económica gravíssima". Vítor Ramalho é economista e afirma ter a certeza de que "as consequências da crise vão sentir-se mais do que neste momento": "A crise não acabou. O próximo governo vai sofrer um desgaste sério, qualquer que ele seja." Com a agravante de não haver maiorias absolutas à vista: mesmo uma maioria natural PSD/CDS parece a Vítor Ramalho um cenário "remoto".
"Cavaco Silva sofrerá o mesmo desgaste que o governo, porque um governo liderado por Manuela Ferreira Leite pertence à família íntima do Presidente da República", sustenta o dirigente do PS. Na mesma linha de raciocínio, uma vitória do PSD com uma esquerda maioritária no Parlamento, mas liberta dos constrangimentos de ser governo num momento de crise, abre a porta a uma candidatura triunfal de esquerda nas presidenciais.
Na opinião de Vítor Ramalho, desde sempre "soarista", esse candidato não será necessariamente Manuel Alegre. "Pode haver muitos candidatos que façam o pleno da esquerda, mas é difícil que um deles seja Manuel Alegre. O candidato que pode unir a esquerda não poderá ser nenhuma figura cuja ligação a uma parte da esquerda seja mais profunda do que à outra parte", considera Ramalho, considerando que a aproximação de Manuel Alegre ao Bloco de Esquerda, rival directo do PCP, pode ter alienado o apoio oficial dos comunistas.
Vítor Ramalho diz em voz alta o que muitos, mesmo dentro do PSD, afirmam em voz baixa. A menos que seja possível constituir um bloco central perfeito - o que está longe de estar adquirido - uma vitória do PSD sem maioria pode não servir os interesses da reeleição de Cavaco Silva, por muito que o Presidente da República não goste de José Sócrates e as relações entre os dois tenham atingido o ponto zero, desde a acusação de Cavaco ao PS de "falta de lealdade" a propósito do Estatuto dos Açores.
Dois anos de governo Marcelo Rebelo de Sousa lançou para o debate político a iminência de um governo de curta duração, quando, em reacção ao programa do PSD, afirmou que o texto era bom para estas eleições "e também para daqui a dois anos". Mas ontem o maior adversário interno de Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho, veio considerar esta ideia "fantasista e falaciosa", lembrando que a história (Cavaco Silva 1985-1987) não se repete e que sonhar que um governo minoritário se pode transformar, daqui a dois anos, em governo maioritário é um erro.
Segundo Pedro Passos Coelho, ganhar as eleições sem maioria não é favorável, a prazo, ao PSD, porque terá de combater uma crise sem apoio parlamentar que o tornará impopular e derrotável a breve trecho. "Deixemo-nos de romantismos serôdios. Tal situação não tem nada de muito desejável nem de particularmente virtuoso, quer para o PSD, quer para o país."
Resta dizer que, inversamente, a eleição em Setembro de um Sócrates fragilizado, sem maioria absoluta, é o melhor que pode acontecer a Cavaco. O Presidente aumentará de forma exponencial os seus poderes, o que favorece a sua reeleição em 2011. E nessa altura, com Sócrates desgastado até ao tutano, talvez o país esteja pronto para receber o PSD com maioria absoluta. É neste cenário que "trabalham" muitos social-democratas que sonham substituir Ferreira Leite.
Vida tão estranha: perder as próximas eleições pode significar ganhar, a prazo, com maioria absoluta. A vitória do PS tende a favorecer a reeleição de Cavaco Silva, assim como a vitória do PSD estimula que em 2011 venha a ser eleito um candidato presidencial de esquerda. Confuso? Um bocado, mas a um mês das legislativas é desta realpolitik que se fala nos bastidores do PS e do PSD. Tempos interessantes.
O dirigente do PS Vítor Ramalho assume sem complexos que a vitória do PSD pode ser negativa para Cavaco Silva. "Se o PSD ganhar as eleições, tenho a certeza de que vai prejudicar a reeleição de Cavaco Silva."
Para o presidente da Federação de Setúbal do PS, o próximo governo tem que governar "num período de tremenda crise, com uma situação financeira e económica gravíssima". Vítor Ramalho é economista e afirma ter a certeza de que "as consequências da crise vão sentir-se mais do que neste momento": "A crise não acabou. O próximo governo vai sofrer um desgaste sério, qualquer que ele seja." Com a agravante de não haver maiorias absolutas à vista: mesmo uma maioria natural PSD/CDS parece a Vítor Ramalho um cenário "remoto".
"Cavaco Silva sofrerá o mesmo desgaste que o governo, porque um governo liderado por Manuela Ferreira Leite pertence à família íntima do Presidente da República", sustenta o dirigente do PS. Na mesma linha de raciocínio, uma vitória do PSD com uma esquerda maioritária no Parlamento, mas liberta dos constrangimentos de ser governo num momento de crise, abre a porta a uma candidatura triunfal de esquerda nas presidenciais.
Na opinião de Vítor Ramalho, desde sempre "soarista", esse candidato não será necessariamente Manuel Alegre. "Pode haver muitos candidatos que façam o pleno da esquerda, mas é difícil que um deles seja Manuel Alegre. O candidato que pode unir a esquerda não poderá ser nenhuma figura cuja ligação a uma parte da esquerda seja mais profunda do que à outra parte", considera Ramalho, considerando que a aproximação de Manuel Alegre ao Bloco de Esquerda, rival directo do PCP, pode ter alienado o apoio oficial dos comunistas.
Vítor Ramalho diz em voz alta o que muitos, mesmo dentro do PSD, afirmam em voz baixa. A menos que seja possível constituir um bloco central perfeito - o que está longe de estar adquirido - uma vitória do PSD sem maioria pode não servir os interesses da reeleição de Cavaco Silva, por muito que o Presidente da República não goste de José Sócrates e as relações entre os dois tenham atingido o ponto zero, desde a acusação de Cavaco ao PS de "falta de lealdade" a propósito do Estatuto dos Açores.
Dois anos de governo Marcelo Rebelo de Sousa lançou para o debate político a iminência de um governo de curta duração, quando, em reacção ao programa do PSD, afirmou que o texto era bom para estas eleições "e também para daqui a dois anos". Mas ontem o maior adversário interno de Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho, veio considerar esta ideia "fantasista e falaciosa", lembrando que a história (Cavaco Silva 1985-1987) não se repete e que sonhar que um governo minoritário se pode transformar, daqui a dois anos, em governo maioritário é um erro.
Segundo Pedro Passos Coelho, ganhar as eleições sem maioria não é favorável, a prazo, ao PSD, porque terá de combater uma crise sem apoio parlamentar que o tornará impopular e derrotável a breve trecho. "Deixemo-nos de romantismos serôdios. Tal situação não tem nada de muito desejável nem de particularmente virtuoso, quer para o PSD, quer para o país."
Resta dizer que, inversamente, a eleição em Setembro de um Sócrates fragilizado, sem maioria absoluta, é o melhor que pode acontecer a Cavaco. O Presidente aumentará de forma exponencial os seus poderes, o que favorece a sua reeleição em 2011. E nessa altura, com Sócrates desgastado até ao tutano, talvez o país esteja pronto para receber o PSD com maioria absoluta. É neste cenário que "trabalham" muitos social-democratas que sonham substituir Ferreira Leite.
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BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
BUFFA escreveu:
Resta dizer que, inversamente, a eleição em Setembro de um Sócrates fragilizado, sem maioria absoluta, é o melhor que pode acontecer a Cavaco. O Presidente aumentará de forma exponencial os seus poderes, o que favorece a sua reeleição em 2011. E nessa altura, com Sócrates desgastado até ao tutano, talvez o país esteja pronto para receber o PSD com maioria absoluta. É neste cenário que "trabalham" muitos social-democratas que sonham substituir Ferreira Leite.[/justify]
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o pior, eh se nessa altura, jah nao vai haver pais para governar....
Terminator- Pontos : 2544
Re: Eleições Legislativas 2009
É neste cenário que "trabalham" muitos social-democratas que sonham substituir Ferreira Leite.
E é aqui que está o desespero do PSD, que está a ver a vóvó a calcorrear as ruas do país, com a expressão de quem anda a fazer um frete tremendo, mas dando graças a Deus por se ter livrado de comícios, que ainda a diminuiriam mais, aos olhos do eleitorado.
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Eleições Legislativas 2009
editorial
A sombra da TVI na campanha eleitoral
A decisão da Administração da Media Capital de suspender o Jornal Nacional da TVI apresentado às sextas-feiras pela jornalista Manuela Moura Guedes (também directora adjunta do canal televisivo) é um facto político relevante - independentemente de qualquer juízo sobre os conteúdos do programa.
Estando-se a três semanas do acto eleitoral que decidirá da governação do País, ninguém de bom senso (e muito menos ninguém que faça da comunicação social o "seu meio") poderia duvidar das repercussões óbvias da decisão na campanha eleitoral. E se dúvidas poderá haver, num sentido ou no outro, sobre o tema que estaria subjacente ao programa - o 'caso Freeport' -, a decisão da Administração da Media Capital (isto é, do grupo espanhol Prisa) funcionará, tão-só, como um amplificador negativo dessas dúvidas junto da opinião pública.
Algumas explicações são devidas pelo accionista maioritário da empresa, já que a bomba eleitoral lançada em tempo de campanha tem de ter um nexo. Ou é uma decisão meramente empresarial, baseada em factores de ordem disciplinar ou deontológica - o que tem de ser inequivocamente demonstrado -,ou é uma intervenção desastrada na actualidade política, resultando em prejuízo de um lado (obviamente o PS), a favor de outro, e podendo configurar um caso de atentado à liberdade de informação.
Não é irrelevante a declaração do presidente da ERC, que classificou de "absolutamente inaceitável" a decisão, com "uma consequência objectiva de interferência num processo eleitoral". Tal como é relevante a reacção dos partidos - o PS pedindo uma intervenção da própria ERC e distanciando-se com vigor da decisão e as oposições acusando os socialistas de responsáveis por "um dos maiores atentados à liberdade de informação desde o 25 de Abril" (na dura reacção do PSD). Quer se queira, quer não, a sombra dos 'casos TVI' - este e o TVI-PT - projectar-se-á, por via de um grupo de media espanhol, na campanha eleitoral portuguesa.
DN
A sombra da TVI na campanha eleitoral
A decisão da Administração da Media Capital de suspender o Jornal Nacional da TVI apresentado às sextas-feiras pela jornalista Manuela Moura Guedes (também directora adjunta do canal televisivo) é um facto político relevante - independentemente de qualquer juízo sobre os conteúdos do programa.
Estando-se a três semanas do acto eleitoral que decidirá da governação do País, ninguém de bom senso (e muito menos ninguém que faça da comunicação social o "seu meio") poderia duvidar das repercussões óbvias da decisão na campanha eleitoral. E se dúvidas poderá haver, num sentido ou no outro, sobre o tema que estaria subjacente ao programa - o 'caso Freeport' -, a decisão da Administração da Media Capital (isto é, do grupo espanhol Prisa) funcionará, tão-só, como um amplificador negativo dessas dúvidas junto da opinião pública.
Algumas explicações são devidas pelo accionista maioritário da empresa, já que a bomba eleitoral lançada em tempo de campanha tem de ter um nexo. Ou é uma decisão meramente empresarial, baseada em factores de ordem disciplinar ou deontológica - o que tem de ser inequivocamente demonstrado -,ou é uma intervenção desastrada na actualidade política, resultando em prejuízo de um lado (obviamente o PS), a favor de outro, e podendo configurar um caso de atentado à liberdade de informação.
Não é irrelevante a declaração do presidente da ERC, que classificou de "absolutamente inaceitável" a decisão, com "uma consequência objectiva de interferência num processo eleitoral". Tal como é relevante a reacção dos partidos - o PS pedindo uma intervenção da própria ERC e distanciando-se com vigor da decisão e as oposições acusando os socialistas de responsáveis por "um dos maiores atentados à liberdade de informação desde o 25 de Abril" (na dura reacção do PSD). Quer se queira, quer não, a sombra dos 'casos TVI' - este e o TVI-PT - projectar-se-á, por via de um grupo de media espanhol, na campanha eleitoral portuguesa.
DN
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Não é irrelevante a declaração do presidente da ERC, que classificou de "absolutamente inaceitável" a decisão, com "uma consequência objectiva de interferência num processo eleitoral". Tal como é relevante a reacção dos partidos - o PS pedindo uma intervenção da própria ERC e distanciando-se com vigor da decisão e as oposições acusando os socialistas de responsáveis por "um dos maiores atentados à liberdade de informação desde o 25 de Abril" (na dura reacção do PSD). Quer se queira, quer não, a sombra dos 'casos TVI' - este e o TVI-PT - projectar-se-á, por via de um grupo de media espanhol, na campanha eleitoral portuguesa.
a manela vai gemer por ai pelos cantos pela infantilidade que fez
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Eleições Legislativas 2009
Mário Soares "Muita gente está indisposta com José Sócrates"
Publicado em 05 de Setembro de 2009
Publicado em 05 de Setembro de 2009
Segundo Mário Soares, o Partido Socialista já não pode chegar à maioria absoluta. E "ninguém pode ter a certeza que vai ganhar. O próprio Sócrates não tem", confessa
Mário Soares começou a escrever o seu testemunho político-ideológico. Vai chamar-se "Um Político Assume-se" e ainda só vai em 1949, a altura em que saiu do PCP. Mário Soares recebeu o i na sua fundação, na Rua de São Bento, mesmo em frente à Assembleia da República, acabado de chegar do Vau, no Algarve, onde nessa manhã tinha tomado um grande banho de mar. O ex-Presidente da República aproveitou as férias para trabalhar no seu testemunho político. A ideia surgiu-lhe quando trabalhava no seu último livro, "Elogio da Política", que ontem foi lançado em Lisboa.
Falámos no dia em que se soube que a administração da Media Capital, detentora da TVI, tinha cancelado o "Jornal Nacional", de Manuela Moura Guedes. Mário Soares que, ao contrário da maioria dos socialistas, simpatiza com a ex-subdirectora de informação da TVI, recusa associar o fim do "Jornal Nacional" ao problema da liberdade de expressão. "Mas o que tem a liberdade de expressão a ver com isto? Não foi o governo que suspendeu o noticiário, foram os empresários!", diz ao i.
Soares sabe que o PS já não terá maioria absoluta e nem sequer tem a certeza da vitória. Certeza só uma: com uma vitória do PSD e uma esquerda sociologicamente maioritária será aberta "uma crise violenta no país". "Dar a vitória à direita é um erro que a esquerda pagará muito caro."
Com o i, Soares fala da infância, do seu gosto pela escrita, dos avós "cavadores rurais". Só não quer falar das supostas escutas a Belém: "Isso é baixa política."
Escreveu um livro para reabilitar a política num momento de descrédito. O que o levou a fazer isto?
Durante os anos do neoliberalismo, para simplificar, dos dois mandatos do Bush, houve uma propaganda sistemática para desacreditar a política, os políticos e os partidos. Mas, desacreditando-se os políticos e os partidos, desacredita-se também a democracia. E isso é péssimo.
Já tinha a ideia de lançar o livro na campanha eleitoral?
Não, isso não. Há um ano e tal fui procurado pelo António José Teixeira, director de uma nova colecção da editora Sextante, que me disse que queria um livro meu. Comecei a trabalhar o livro, mas com constantes interrupções. Tenho uma vida ocupadíssima. O trabalho da fundação, da Fundação Portugal-África, artigos, prefácios, etc., na altura tinha dois programas na televisão... Escrevo para o "El País", todos os meses, para o "Diário de Notícias" todas as semanas e para a "Visão". Fora os convites que aparecem para conferências... Tenho uma pilha de convites para Setembro e Outubro...
Continua sempre de um lado para o outro?
Estou a tentar travar o mais possível. O que eu gostava de fazer, nesta fase final da minha vida, era escrever bastante. Escrever porque nunca tive tempo para isso. Tenho o gosto da escrita.
Nunca pensou escrever um romance?
Pensei! Até comecei a escrever um romance quando estava na cadeia. Chegou a estar mais ou menos esboçado, em dois ou três capítulos... Chamava-se "Concordata", era um romance mais ou menos neo-realista, passado na classe média alta. Havia um personagem, da alta burguesia que era casado pela Igreja Católica e que se apaixonou...
Não era um romance político?
Não tinha a ver com política, mas com a luta contra a Concordata, que impedia o divórcio...
Começou a escrevê-lo no Aljube?
Escrevi uma parte no Aljube, a outra em Caxias, mas ficou a meio. Quando saí da prisão fui ter com o Barradas de Carvalho, de quem era muito amigo. Éramos praticamente irmãos, até ao fim, ele foi comunista, eu deixei de ser logo no começo do percurso. E também com o Carlos Oliveira, éramos os três muito amigos. Mas eu era ainda mais íntimo do Barradas do que do Carlos, porque ele tinha feito a universidade em Coimbra. Eles disseram que gostavam de conhecer o livro e combinámos um jantar. Fomos depois para casa do Barradas, que tinha um grande escritório. Comecei a ler o primeiro capítulo. Quando cheguei ao segundo, vejo primeiro o Barradas e depois o Carlos a dormir a sono solto! Adormeceram ambos! Eu fechei-lhes a luz e vim-me embora [risos]. Cheguei à conclusão final de que o romance não prestava. Eles tinham adormecido! Depois disseram que não, que estava cansados, tinham bebido ao jantar... Mas eu não continuei o romance. Também não estava muito satisfeito com ele e na altura tinha muitas outras coisas que fazer. Foi a única tentativa que fiz. Não sei onde tenho isso, mas tenho algures, porque eu nunca deito fora os meus papéis. Escrevi sempre coisas de vária natureza. Tenho 58 livros publicados. Tive uma vida tão rica, e continuo a ter, de contacto com tanta gente de várias categorias sociais e intelectuais, portugueses e estrangeiros, que gostaria de ainda escrever outros livros, retratos de pessoas, descrição de situações e eventos, reflexões várias...
E as suas memórias?
As memórias, não. As memórias são interessantes quando as pessoas viveram acontecimentos muito importantes. Um Churchill ou um De Gaulle. Mas não quando escrevem banalidades. Julguei--me sempre um cidadão comum, nada de excepcional.
Para muita gente é a pessoa mais importante da democracia...
Sou o que sou, tenho a consciência dos meus limites. Não vale a pena discutirmos isso. Tenho algumas qualidades, tenho alguns defeitos, como qualquer pessoa. Sou de origem camponesa. A minha mãe era uma senhora muito modesta da região de Santarém (Pernes) e o meu pai um homem também de proveniência humilde de Leiria. Os meus avós eram cavadores rurais.
Mas as pessoas julgam que o dr. Soares nasceu em berço de ouro...
Nasci num berço protegido, isso é verdade. Não nasci em berço de ouro, porque os meus pais não eram ricos, eram pobres. Quando veio o 28 de Maio, tinha eu dois anos, o meu pai era deputado pelo Partido Democrático (da dissidência Álvaro de Castro, mais à esquerda), era vogal do Conselho Superior de Finanças, actual Tribunal de Contas e era professor dos Pupilos do Exército. No dia seguinte, foi encerrado e extinto o Parlamento, deixou de ser deputado. Depois, foi demitido do Conselho Superior de Finanças. Dois anos depois, foi expulso dos Pupilos do Exército. O meu pai teve uma vida muito difícil.
De repente, ficou desempregado...
Não ficou desempregado porque ficou "empregado" como conspirador permanente! Foi logo preso, depois entrou na clandestinidade. Teve uma vida muito aventurosa. A última revolução em que o meu pai participou a sério foi a revolução de 26 de Agosto de 1931. Os republicanos perderam contra os situacionistas. Mas 1931 também foi o ano da República espanhola, de modo que o meu pai passou a vida a fazer a navette entre os conspiradores portugueses que estavam fugidos em Espanha - os "budas", assim chamados - protegidos do Azaña e a organizar em Portugal os republicanos, a gente anti-situacionista do reviralho, como se dizia. Ele regressou a casa um pouco antes da guerra de Espanha, em 1935, depois de uma longa prisão nos Açores. Só nessa altura voltou a ter possibilidade de fazer qualquer coisa. A minha mãe, que era muito solidária e muito dedicada ao meu pai, mas não era uma pessoa que percebesse muito de política, tinha o sentimento campesino de que não se podia viver assim, de empréstimos. Influenciou-o para ele fundar um colégio. Então ele fundou o Colégio Moderno e a vida começou a melhorar. O colégio foi-se desenvolvendo, tendo cada vez maior prestígio e começou a ser lucrativo. E ele pôde pagar as suas dívidas todas e ficámos a viver com um certo desafogo.
Lembra-se da primeira vez que pensou em política, na infância?
Na minha infância não podia deixar de pensar em política. O meu pai estava preso, eu ia vê-lo. Diziam-me: "Tens de tratar o teu pai por senhor Araújo", que era o pseudónimo que ele tinha. Dizia que era um africanista em férias. A polícia não era tão eficiente como foi depois. Tivemos férias em vários sítios com o meu pai na clandestinidade. Lembro-me dessa revolução de 26 de Agosto de 1931, que me marcou bastante. Assisti, ouvi os bombardeamentos. Vivíamos na casa onde eu nasci, na Rua Gomes Freire, ao pé da Polícia Judiciária, mais para o lado do Campo Santana, paredes meias com o Rilhafoles (risos).
Nasceu no Campo Santana?
Nasci, num segundo andar da Rua Gomes Freire, herói do liberalismo. Por baixo vivia a família Moniz Pereira, que foram os meus grandes amigos de infância. O Moniz Pereira, treinador, e o outro que foi coronel das Forças Armadas, saneado na altura do 25 de Abril, injustamente, aliás.
No seu livro, culpa os políticos pelo descrédito da política...
Em parte. Além da propaganda dirigida, ao serviço dos grandes interesses económicos.
A ética republicana deixou de ser praticada à maneira dos republicanos?
Não, não deixou de ser. A maior parte dos políticos é gente séria. Agora, evidentemente, alguns utilizaram a política para interesse próprio. É preciso que os políticos saibam que quem quer ganhar dinheiro não vai para a política, vai para empresas, para onde quiser. Mas não para a política. A política não é para ganhar dinheiro, é para servir os outros. E foi essa sempre a minha maneira de ver e de viver a política.
Critica quem ocupou cargos no governo e depois foi para empresas...
Sim, sobretudo pessoas que fizeram negócios como ministros, para favorecer empresas e depois, no final, foram dirigir essas mesmas empresas! Isso é o pior que pode acontecer.
É o caso do ex-ministro do PS Pina Moura?
Não quero citar casos, mas é um dos casos conhecidos.
Culpa também o sistema mediático por ter vindo prejudicar a política...
O sistema mediático é muito dirigido pelo poder económico. O que eu culpo não é o sistema mediático, o que culpo são os grandes negócios que se fazem e que retiram muita da liberdade e da possibilidade de escrever o que querem aos jornalistas. A situação hoje dos jornalistas é muito difícil. Os grandes jornalistas estão praticamente afastados dos grandes jornais. Fazem outras coisas, ensinam jornalismo. Onde está o Adelino Gomes, onde está o Mário Mesquita, onde estão os grandes jornalistas que apareceram no 25 de Abril? É verdade que hoje é muito difícil ser jornalista.
A administração da TVI suspendeu o "Jornal Nacional" de Manuela Moura Guedes. E a direcção de informação demitiu-se. O senhor não concordava com o "Jornal Nacional", mas acha que a suspensão faz sentido?
Não tenho de concordar ou não. Achava-o demasiado agressivo. Pessoalmente, sempre simpatizei com a Manuela Moura Guedes. Mas a suspensão foi uma decisão da empresa. Não do poder político. Não faço ideia nenhuma do que se passa dentro da empresa. A empresa parece estar mal, ao contrário do que diziam. É pena, mas é assim.
Não acha que pode estar aqui em causa a liberdade de expressão?
É o que vão dizer, com certeza. Mas o que tem a liberdade de expressão a ver com isso? Não foi o governo que suspendeu o noticiário, foram os empresários. Não vamos fazer processos de intenção. Mas num período eleitoral vai haver quem os faça, os que não gostam do governo.
É contra a legalização dos lóbis, acha que também prejudicam a política?
Sou. Os lóbis estão paredes-meias com os paraísos ficais, responsáveis pela crise económica que vivemos e da qual ainda não saímos. Há sintomas de melhoria, mas ainda não saímos da crise. Para sair da crise, é preciso um novo paradigma, não económico, mas político, que possa dizer alguma coisa às pessoas e que se empenhe nas questões sociais e ambientais.
Mário Soares começou a escrever o seu testemunho político-ideológico. Vai chamar-se "Um Político Assume-se" e ainda só vai em 1949, a altura em que saiu do PCP. Mário Soares recebeu o i na sua fundação, na Rua de São Bento, mesmo em frente à Assembleia da República, acabado de chegar do Vau, no Algarve, onde nessa manhã tinha tomado um grande banho de mar. O ex-Presidente da República aproveitou as férias para trabalhar no seu testemunho político. A ideia surgiu-lhe quando trabalhava no seu último livro, "Elogio da Política", que ontem foi lançado em Lisboa.
Falámos no dia em que se soube que a administração da Media Capital, detentora da TVI, tinha cancelado o "Jornal Nacional", de Manuela Moura Guedes. Mário Soares que, ao contrário da maioria dos socialistas, simpatiza com a ex-subdirectora de informação da TVI, recusa associar o fim do "Jornal Nacional" ao problema da liberdade de expressão. "Mas o que tem a liberdade de expressão a ver com isto? Não foi o governo que suspendeu o noticiário, foram os empresários!", diz ao i.
Soares sabe que o PS já não terá maioria absoluta e nem sequer tem a certeza da vitória. Certeza só uma: com uma vitória do PSD e uma esquerda sociologicamente maioritária será aberta "uma crise violenta no país". "Dar a vitória à direita é um erro que a esquerda pagará muito caro."
Com o i, Soares fala da infância, do seu gosto pela escrita, dos avós "cavadores rurais". Só não quer falar das supostas escutas a Belém: "Isso é baixa política."
Escreveu um livro para reabilitar a política num momento de descrédito. O que o levou a fazer isto?
Durante os anos do neoliberalismo, para simplificar, dos dois mandatos do Bush, houve uma propaganda sistemática para desacreditar a política, os políticos e os partidos. Mas, desacreditando-se os políticos e os partidos, desacredita-se também a democracia. E isso é péssimo.
Já tinha a ideia de lançar o livro na campanha eleitoral?
Não, isso não. Há um ano e tal fui procurado pelo António José Teixeira, director de uma nova colecção da editora Sextante, que me disse que queria um livro meu. Comecei a trabalhar o livro, mas com constantes interrupções. Tenho uma vida ocupadíssima. O trabalho da fundação, da Fundação Portugal-África, artigos, prefácios, etc., na altura tinha dois programas na televisão... Escrevo para o "El País", todos os meses, para o "Diário de Notícias" todas as semanas e para a "Visão". Fora os convites que aparecem para conferências... Tenho uma pilha de convites para Setembro e Outubro...
Continua sempre de um lado para o outro?
Estou a tentar travar o mais possível. O que eu gostava de fazer, nesta fase final da minha vida, era escrever bastante. Escrever porque nunca tive tempo para isso. Tenho o gosto da escrita.
Nunca pensou escrever um romance?
Pensei! Até comecei a escrever um romance quando estava na cadeia. Chegou a estar mais ou menos esboçado, em dois ou três capítulos... Chamava-se "Concordata", era um romance mais ou menos neo-realista, passado na classe média alta. Havia um personagem, da alta burguesia que era casado pela Igreja Católica e que se apaixonou...
Não era um romance político?
Não tinha a ver com política, mas com a luta contra a Concordata, que impedia o divórcio...
Começou a escrevê-lo no Aljube?
Escrevi uma parte no Aljube, a outra em Caxias, mas ficou a meio. Quando saí da prisão fui ter com o Barradas de Carvalho, de quem era muito amigo. Éramos praticamente irmãos, até ao fim, ele foi comunista, eu deixei de ser logo no começo do percurso. E também com o Carlos Oliveira, éramos os três muito amigos. Mas eu era ainda mais íntimo do Barradas do que do Carlos, porque ele tinha feito a universidade em Coimbra. Eles disseram que gostavam de conhecer o livro e combinámos um jantar. Fomos depois para casa do Barradas, que tinha um grande escritório. Comecei a ler o primeiro capítulo. Quando cheguei ao segundo, vejo primeiro o Barradas e depois o Carlos a dormir a sono solto! Adormeceram ambos! Eu fechei-lhes a luz e vim-me embora [risos]. Cheguei à conclusão final de que o romance não prestava. Eles tinham adormecido! Depois disseram que não, que estava cansados, tinham bebido ao jantar... Mas eu não continuei o romance. Também não estava muito satisfeito com ele e na altura tinha muitas outras coisas que fazer. Foi a única tentativa que fiz. Não sei onde tenho isso, mas tenho algures, porque eu nunca deito fora os meus papéis. Escrevi sempre coisas de vária natureza. Tenho 58 livros publicados. Tive uma vida tão rica, e continuo a ter, de contacto com tanta gente de várias categorias sociais e intelectuais, portugueses e estrangeiros, que gostaria de ainda escrever outros livros, retratos de pessoas, descrição de situações e eventos, reflexões várias...
E as suas memórias?
As memórias, não. As memórias são interessantes quando as pessoas viveram acontecimentos muito importantes. Um Churchill ou um De Gaulle. Mas não quando escrevem banalidades. Julguei--me sempre um cidadão comum, nada de excepcional.
Para muita gente é a pessoa mais importante da democracia...
Sou o que sou, tenho a consciência dos meus limites. Não vale a pena discutirmos isso. Tenho algumas qualidades, tenho alguns defeitos, como qualquer pessoa. Sou de origem camponesa. A minha mãe era uma senhora muito modesta da região de Santarém (Pernes) e o meu pai um homem também de proveniência humilde de Leiria. Os meus avós eram cavadores rurais.
Mas as pessoas julgam que o dr. Soares nasceu em berço de ouro...
Nasci num berço protegido, isso é verdade. Não nasci em berço de ouro, porque os meus pais não eram ricos, eram pobres. Quando veio o 28 de Maio, tinha eu dois anos, o meu pai era deputado pelo Partido Democrático (da dissidência Álvaro de Castro, mais à esquerda), era vogal do Conselho Superior de Finanças, actual Tribunal de Contas e era professor dos Pupilos do Exército. No dia seguinte, foi encerrado e extinto o Parlamento, deixou de ser deputado. Depois, foi demitido do Conselho Superior de Finanças. Dois anos depois, foi expulso dos Pupilos do Exército. O meu pai teve uma vida muito difícil.
De repente, ficou desempregado...
Não ficou desempregado porque ficou "empregado" como conspirador permanente! Foi logo preso, depois entrou na clandestinidade. Teve uma vida muito aventurosa. A última revolução em que o meu pai participou a sério foi a revolução de 26 de Agosto de 1931. Os republicanos perderam contra os situacionistas. Mas 1931 também foi o ano da República espanhola, de modo que o meu pai passou a vida a fazer a navette entre os conspiradores portugueses que estavam fugidos em Espanha - os "budas", assim chamados - protegidos do Azaña e a organizar em Portugal os republicanos, a gente anti-situacionista do reviralho, como se dizia. Ele regressou a casa um pouco antes da guerra de Espanha, em 1935, depois de uma longa prisão nos Açores. Só nessa altura voltou a ter possibilidade de fazer qualquer coisa. A minha mãe, que era muito solidária e muito dedicada ao meu pai, mas não era uma pessoa que percebesse muito de política, tinha o sentimento campesino de que não se podia viver assim, de empréstimos. Influenciou-o para ele fundar um colégio. Então ele fundou o Colégio Moderno e a vida começou a melhorar. O colégio foi-se desenvolvendo, tendo cada vez maior prestígio e começou a ser lucrativo. E ele pôde pagar as suas dívidas todas e ficámos a viver com um certo desafogo.
Lembra-se da primeira vez que pensou em política, na infância?
Na minha infância não podia deixar de pensar em política. O meu pai estava preso, eu ia vê-lo. Diziam-me: "Tens de tratar o teu pai por senhor Araújo", que era o pseudónimo que ele tinha. Dizia que era um africanista em férias. A polícia não era tão eficiente como foi depois. Tivemos férias em vários sítios com o meu pai na clandestinidade. Lembro-me dessa revolução de 26 de Agosto de 1931, que me marcou bastante. Assisti, ouvi os bombardeamentos. Vivíamos na casa onde eu nasci, na Rua Gomes Freire, ao pé da Polícia Judiciária, mais para o lado do Campo Santana, paredes meias com o Rilhafoles (risos).
Nasceu no Campo Santana?
Nasci, num segundo andar da Rua Gomes Freire, herói do liberalismo. Por baixo vivia a família Moniz Pereira, que foram os meus grandes amigos de infância. O Moniz Pereira, treinador, e o outro que foi coronel das Forças Armadas, saneado na altura do 25 de Abril, injustamente, aliás.
No seu livro, culpa os políticos pelo descrédito da política...
Em parte. Além da propaganda dirigida, ao serviço dos grandes interesses económicos.
A ética republicana deixou de ser praticada à maneira dos republicanos?
Não, não deixou de ser. A maior parte dos políticos é gente séria. Agora, evidentemente, alguns utilizaram a política para interesse próprio. É preciso que os políticos saibam que quem quer ganhar dinheiro não vai para a política, vai para empresas, para onde quiser. Mas não para a política. A política não é para ganhar dinheiro, é para servir os outros. E foi essa sempre a minha maneira de ver e de viver a política.
Critica quem ocupou cargos no governo e depois foi para empresas...
Sim, sobretudo pessoas que fizeram negócios como ministros, para favorecer empresas e depois, no final, foram dirigir essas mesmas empresas! Isso é o pior que pode acontecer.
É o caso do ex-ministro do PS Pina Moura?
Não quero citar casos, mas é um dos casos conhecidos.
Culpa também o sistema mediático por ter vindo prejudicar a política...
O sistema mediático é muito dirigido pelo poder económico. O que eu culpo não é o sistema mediático, o que culpo são os grandes negócios que se fazem e que retiram muita da liberdade e da possibilidade de escrever o que querem aos jornalistas. A situação hoje dos jornalistas é muito difícil. Os grandes jornalistas estão praticamente afastados dos grandes jornais. Fazem outras coisas, ensinam jornalismo. Onde está o Adelino Gomes, onde está o Mário Mesquita, onde estão os grandes jornalistas que apareceram no 25 de Abril? É verdade que hoje é muito difícil ser jornalista.
A administração da TVI suspendeu o "Jornal Nacional" de Manuela Moura Guedes. E a direcção de informação demitiu-se. O senhor não concordava com o "Jornal Nacional", mas acha que a suspensão faz sentido?
Não tenho de concordar ou não. Achava-o demasiado agressivo. Pessoalmente, sempre simpatizei com a Manuela Moura Guedes. Mas a suspensão foi uma decisão da empresa. Não do poder político. Não faço ideia nenhuma do que se passa dentro da empresa. A empresa parece estar mal, ao contrário do que diziam. É pena, mas é assim.
Não acha que pode estar aqui em causa a liberdade de expressão?
É o que vão dizer, com certeza. Mas o que tem a liberdade de expressão a ver com isso? Não foi o governo que suspendeu o noticiário, foram os empresários. Não vamos fazer processos de intenção. Mas num período eleitoral vai haver quem os faça, os que não gostam do governo.
É contra a legalização dos lóbis, acha que também prejudicam a política?
Sou. Os lóbis estão paredes-meias com os paraísos ficais, responsáveis pela crise económica que vivemos e da qual ainda não saímos. Há sintomas de melhoria, mas ainda não saímos da crise. Para sair da crise, é preciso um novo paradigma, não económico, mas político, que possa dizer alguma coisa às pessoas e que se empenhe nas questões sociais e ambientais.
Última edição por BUFFA em Sáb Set 05, 2009 1:29 am, editado 1 vez(es)
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
continuaçao
i
E como é esse novo paradigma?
O Obama definiu isso muito bem, na sua posse e nos discursos que tem feito. É preciso que a economia seja dirigida por Estados fortes que tenham a capacidade de impedir que se façam determinadas negociatas e não deixem à solta os predadores do património de cada uma das nações.
Neste momento, o Obama é o único...?
Não, não é o único! Desencadeou um movimento social e político com um dinamismo extraordinário à sua volta. Acho que começa a haver uma reacção muito positiva mesmo dentro dos partidos socialistas europeus que foram muito colonizados pelo neoliberalismo. Sobretudo, desde Blair e a chamada Terceira Via, que eu sempre considerei muito negativa.
Mas este PS é inspirado no Blair...
Foi. Realmente, ao princípio, em 2004, talvez fosse um pouco inspirado por Blair. Depois, percebeu, com a crise. Como todos os partidos socialistas europeus estão a perceber. Veja o que se está a passar com o SPD na Alemanha, com o PS em França, apesar de todas as dificuldades que eles têm. Mas eu confio na actual líder, Martine Aubry, fiz com ela uma entrevista para a RTP1 muito interessante. Espero que o socialismo europeu dê uma grande volta. Este Brown é melhor que o Blair, mas de qualquer maneira não é um homem ainda capaz de dar a volta. Tem de aparecer um novo líder no Partido Trabalhista inglês. O próprio movimento socialista, a Internacional Socialista e o Partido Socialista Europeu têm de ser refundados. O presidente Sarkozy diz que é preciso refundar o capitalismo e é verdade. Não foi todo o sistema capitalista que falhou! Não queremos voltar a um sistema totalitário, de má memória, em que o Estado tenha todas as alavancas na mão e por essa via não haja liberdade, que haja só funcionários em vez de cidadãos. Não é isso que eu quero! Eu conheço bem o que foi o comunismo, militei contra, apesar de ter sido comunista na minha juventude. Até 1949! Depois, percebi que o comunismo era um "colossal embuste". Quando culpo o comunismo não culpo propriamente Marx, embora ele tenha lá alguns genes que são graves, como a "ditadura do proletariado". Mas culpo Lenine e sobretudo Estaline e todos os que se seguiram. Foram verdadeiros monstros, com os Gulags. Não nos esqueçamos disso! Temos de fazer com que o capitalismo seja um sistema controlado, em que a globalização da economia esteja sujeita a princípios éticos e jurídicos sólidos. Mas para isso é preciso construir um novo paradigma, que está em curso. Obama teve a grande vantagem de ter sido o primeiro a dizê-lo, sendo o presidente de um dos países mais importantes do mundo.
Que conselho daria a um jovem que hoje queira entrar na política?
Ser verdadeiro e coerente com ele próprio. Ter valores morais, ser solidário e um cidadão participativo. Eu tenho uma visão humanista da política.
Regressou agora de férias. O que andou a ler?
O meu amigo Sousa Tavares mandou-me o último romance dele. Li-o e gosto dos livros do Sousa Tavares. Houve muitos intelectuais que acharam que o livro era fraco em relação aos outros... Não considero isso. Lê-se muito bem e é interessante. Mas o que li fundamentalmente, este Verão, foram livros para ajudar a elaborar o meu próximo livro, que se vai chamar "Um Político Assume-se". Ainda não estou se não a meio, quando saí do Partido Comunista! Este livro tem como subtítulo "Ensaio Autobiográfico Político-Ideológico". Não vou falar da minha vida, vou falar das razões pelas quais fiz as minhas escolhas políticas e ideológicas. É nisso que estou a trabalhar.
Não faz as memórias, mas faz um testemunho político...
É o meu testemunho político-ideológico. Não escrevo memórias, porque estou voltado para o futuro e não para o passado...
Vai participar nesta campanha eleitoral?
Não, dou as minhas opiniões, mas mais nada do que isso. Não quero fazer política partidária. Já passou essa fase, para mim.
Tem a certeza de que o PS vai ganhar as eleições ou está na dúvida?
Ninguém pode ter a certeza, o próprio Sócrates não tem a certeza. Mas tem condições e está a lutar por isso com determinação. Não espero que o Partido Socialista possa ter a maioria absoluta. Há uma coisa má para José Sócrates. E injustamente. Por uma razão ou outra, muita gente está indisposta com ele, o que é estranhíssimo, mas é assim. Mas, a meu ver, o que conta é o futuro, nestas eleições. Dar a vitória à direita - por ser contra o PS - é um erro que a esquerda pagará muito caro.
Por que razão acha que isto aconteceu?
A luta entre o Bloco e o PCP. Cada um deles quer estar mais à esquerda do que o outro e para isso têm de atacar o Partido Socialista. Mas isto vai passar no dia a seguir as eleições. Espero. Se eles tiverem de se haver com um governo de Ferreira Leite, vai ser duro para todos.
O PS cometeu erros que levaram a esta situação?
O próprio Sócrates reconheceu que cometeu erros. Todos os políticos cometem erros. Mas fez muitas coisas, com muita coragem e determinação. É um homem sincero, que acredita naquilo que está a fazer, que tem vis política realmente. Tem sido atacado, como ninguém foi, neste país, antes dele.
Os resultados eleitorais são uma incógnita...
Acredito no bom senso do povo português. Tem revelado ter muito bom senso, mesmo quando me fez perder algumas eleições (risos).
Acha que é possível repetir a experiência do bloco central?
Não, neste momento não tem sentido nenhum. Agora, se o eleitorado der, e eu acho que não vai dar, uma vitória ao PSD, isso levar-nos-á a um descalabro que vai custar muito caro ao país e à esquerda em particular.
Uma vitória do PSD poderia abrir uma crise?
Abria uma crise violenta. Toda a esquerda, que é sociologicamente maioritária, estaria a manifestar-se contra o governo. É estranho que um país que tem 55 ou 60 por cento de maioria de esquerda possa ser governado pela direita, que é minoritária, mesmo que ganhasse neste momento as eleições.
Enquanto Presidente da República alguma vez se sentiu escutado?
Não, nunca me senti escutado.
Saíram umas notícias recentes, vindas de Belém, que sugerem suspeitas de escutas...
Já sei, mas não vou entrar por aí. Isso é baixa política, desculpará. Pode ser justo criticar o governo, pode ser justo dizer que o governo é mais arrogante ou menos arrogante, mais dialogante ou menos dialogante, mas não se pode dizer que o governo está a asfixiar a democracia portuguesa! Isto só pode ser dito por quem nunca viveu em ditadura, ou não sabe o que foi a ditadura, a Polícia Política, a censura, as perseguições e o livre-arbítrio. Mas a verdade é que hoje todos podem dizer o que quiserem. Com perfeita impunidade. Dizem que não há liberdade em Portugal? É fácil. Em ditadura nunca o fariam, nem os que têm idade para isso o fizeram.... Será que é preciso passar seis meses sem democracia, em Portugal, para melhorar a situação? Foi assim que Salazar começou e ficou no poder 48 anos! Cuidado! Quem for dessa opinião não é inocente.
O Obama definiu isso muito bem, na sua posse e nos discursos que tem feito. É preciso que a economia seja dirigida por Estados fortes que tenham a capacidade de impedir que se façam determinadas negociatas e não deixem à solta os predadores do património de cada uma das nações.
Neste momento, o Obama é o único...?
Não, não é o único! Desencadeou um movimento social e político com um dinamismo extraordinário à sua volta. Acho que começa a haver uma reacção muito positiva mesmo dentro dos partidos socialistas europeus que foram muito colonizados pelo neoliberalismo. Sobretudo, desde Blair e a chamada Terceira Via, que eu sempre considerei muito negativa.
Mas este PS é inspirado no Blair...
Foi. Realmente, ao princípio, em 2004, talvez fosse um pouco inspirado por Blair. Depois, percebeu, com a crise. Como todos os partidos socialistas europeus estão a perceber. Veja o que se está a passar com o SPD na Alemanha, com o PS em França, apesar de todas as dificuldades que eles têm. Mas eu confio na actual líder, Martine Aubry, fiz com ela uma entrevista para a RTP1 muito interessante. Espero que o socialismo europeu dê uma grande volta. Este Brown é melhor que o Blair, mas de qualquer maneira não é um homem ainda capaz de dar a volta. Tem de aparecer um novo líder no Partido Trabalhista inglês. O próprio movimento socialista, a Internacional Socialista e o Partido Socialista Europeu têm de ser refundados. O presidente Sarkozy diz que é preciso refundar o capitalismo e é verdade. Não foi todo o sistema capitalista que falhou! Não queremos voltar a um sistema totalitário, de má memória, em que o Estado tenha todas as alavancas na mão e por essa via não haja liberdade, que haja só funcionários em vez de cidadãos. Não é isso que eu quero! Eu conheço bem o que foi o comunismo, militei contra, apesar de ter sido comunista na minha juventude. Até 1949! Depois, percebi que o comunismo era um "colossal embuste". Quando culpo o comunismo não culpo propriamente Marx, embora ele tenha lá alguns genes que são graves, como a "ditadura do proletariado". Mas culpo Lenine e sobretudo Estaline e todos os que se seguiram. Foram verdadeiros monstros, com os Gulags. Não nos esqueçamos disso! Temos de fazer com que o capitalismo seja um sistema controlado, em que a globalização da economia esteja sujeita a princípios éticos e jurídicos sólidos. Mas para isso é preciso construir um novo paradigma, que está em curso. Obama teve a grande vantagem de ter sido o primeiro a dizê-lo, sendo o presidente de um dos países mais importantes do mundo.
Que conselho daria a um jovem que hoje queira entrar na política?
Ser verdadeiro e coerente com ele próprio. Ter valores morais, ser solidário e um cidadão participativo. Eu tenho uma visão humanista da política.
Regressou agora de férias. O que andou a ler?
O meu amigo Sousa Tavares mandou-me o último romance dele. Li-o e gosto dos livros do Sousa Tavares. Houve muitos intelectuais que acharam que o livro era fraco em relação aos outros... Não considero isso. Lê-se muito bem e é interessante. Mas o que li fundamentalmente, este Verão, foram livros para ajudar a elaborar o meu próximo livro, que se vai chamar "Um Político Assume-se". Ainda não estou se não a meio, quando saí do Partido Comunista! Este livro tem como subtítulo "Ensaio Autobiográfico Político-Ideológico". Não vou falar da minha vida, vou falar das razões pelas quais fiz as minhas escolhas políticas e ideológicas. É nisso que estou a trabalhar.
Não faz as memórias, mas faz um testemunho político...
É o meu testemunho político-ideológico. Não escrevo memórias, porque estou voltado para o futuro e não para o passado...
Vai participar nesta campanha eleitoral?
Não, dou as minhas opiniões, mas mais nada do que isso. Não quero fazer política partidária. Já passou essa fase, para mim.
Tem a certeza de que o PS vai ganhar as eleições ou está na dúvida?
Ninguém pode ter a certeza, o próprio Sócrates não tem a certeza. Mas tem condições e está a lutar por isso com determinação. Não espero que o Partido Socialista possa ter a maioria absoluta. Há uma coisa má para José Sócrates. E injustamente. Por uma razão ou outra, muita gente está indisposta com ele, o que é estranhíssimo, mas é assim. Mas, a meu ver, o que conta é o futuro, nestas eleições. Dar a vitória à direita - por ser contra o PS - é um erro que a esquerda pagará muito caro.
Por que razão acha que isto aconteceu?
A luta entre o Bloco e o PCP. Cada um deles quer estar mais à esquerda do que o outro e para isso têm de atacar o Partido Socialista. Mas isto vai passar no dia a seguir as eleições. Espero. Se eles tiverem de se haver com um governo de Ferreira Leite, vai ser duro para todos.
O PS cometeu erros que levaram a esta situação?
O próprio Sócrates reconheceu que cometeu erros. Todos os políticos cometem erros. Mas fez muitas coisas, com muita coragem e determinação. É um homem sincero, que acredita naquilo que está a fazer, que tem vis política realmente. Tem sido atacado, como ninguém foi, neste país, antes dele.
Os resultados eleitorais são uma incógnita...
Acredito no bom senso do povo português. Tem revelado ter muito bom senso, mesmo quando me fez perder algumas eleições (risos).
Acha que é possível repetir a experiência do bloco central?
Não, neste momento não tem sentido nenhum. Agora, se o eleitorado der, e eu acho que não vai dar, uma vitória ao PSD, isso levar-nos-á a um descalabro que vai custar muito caro ao país e à esquerda em particular.
Uma vitória do PSD poderia abrir uma crise?
Abria uma crise violenta. Toda a esquerda, que é sociologicamente maioritária, estaria a manifestar-se contra o governo. É estranho que um país que tem 55 ou 60 por cento de maioria de esquerda possa ser governado pela direita, que é minoritária, mesmo que ganhasse neste momento as eleições.
Enquanto Presidente da República alguma vez se sentiu escutado?
Não, nunca me senti escutado.
Saíram umas notícias recentes, vindas de Belém, que sugerem suspeitas de escutas...
Já sei, mas não vou entrar por aí. Isso é baixa política, desculpará. Pode ser justo criticar o governo, pode ser justo dizer que o governo é mais arrogante ou menos arrogante, mais dialogante ou menos dialogante, mas não se pode dizer que o governo está a asfixiar a democracia portuguesa! Isto só pode ser dito por quem nunca viveu em ditadura, ou não sabe o que foi a ditadura, a Polícia Política, a censura, as perseguições e o livre-arbítrio. Mas a verdade é que hoje todos podem dizer o que quiserem. Com perfeita impunidade. Dizem que não há liberdade em Portugal? É fácil. Em ditadura nunca o fariam, nem os que têm idade para isso o fizeram.... Será que é preciso passar seis meses sem democracia, em Portugal, para melhorar a situação? Foi assim que Salazar começou e ficou no poder 48 anos! Cuidado! Quem for dessa opinião não é inocente.
i
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Falámos no dia em que se soube que a administração da Media Capital, detentora da TVI, tinha cancelado o "Jornal Nacional", de Manuela Moura Guedes. Mário Soares que, ao contrário da maioria dos socialistas, simpatiza com a ex-subdirectora de informação da TVI, recusa associar o fim do "Jornal Nacional" ao problema da liberdade de expressão. "Mas o que tem a liberdade de expressão a ver com isto? Não foi o governo que suspendeu o noticiário, foram os empresários!", diz ao i.
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Re: Eleições Legislativas 2009
Admin escreveu:
Falámos no dia em que se soube que a administração da Media Capital, detentora da TVI, tinha cancelado o "Jornal Nacional", de Manuela Moura Guedes. Mário Soares que, ao contrário da maioria dos socialistas, simpatiza com a ex-subdirectora de informação da TVI, recusa associar o fim do "Jornal Nacional" ao problema da liberdade de expressão. "Mas o que tem a liberdade de expressão a ver com isto? Não foi o governo que suspendeu o noticiário, foram os empresários!", diz ao i.
Admin- Admin
- Pontos : 5709
Louçã: PS está «aflito» com o BE
Louçã: PS está «aflito» com o BE
Francisco Louçã considera que os resultados do seu partido nas eleições europeias estão a causar «aflição» aos socialistas.
No final de uma reunião com o secretário-geral da CGTP, o bloquista disse que vê «sem nenhuma preocupação» os apelos dos socialistas no voto útil à esquerda e que é o PS que «está aflito nesta campanha eleitoral».
«Nas últimas eleições o BE já teve quase metade dos votos do PS, entendamo-nos bem sobre a razão das dificuldades do PS», sublinhou.
O líder do Bloco acrescentou que «quem votou no PS percebeu que foi enganado no desrespeito em relação aos professores, à educação, à promoção da saúde, ao desenvolvimento de uma segurança social que assegure o futuro e em relação à criação de emprego» e que o eleitorado «não pode ser enganado duas vezes».
«Esta maioria absoluta teve todas as condições e foi um dos factores da brutalidade social contra os mais fracos», reforçou.
«Um responsável político como José Sócrates, que na oposição vota contra um Código do Trabalho de Bagão Félix e depois desmente por completo as suas posições, uma vez que tem o poder de decisão, para prejudicar os trabalhadores, para promover o não pagamento das horas extraordinárias, para incentivar a precariedade, é evidentemente alguém cuja palavra não pode ser considerada», disse.
Louçã afirmou ainda que «quem falhou sempre nas questões económicas e sociais mais importantes foi o PS». «Como é que pode agora pedir um crédito eleitoral para continuar a falhar às pessoas que precisam de uma resposta à precariedade e ao desemprego?», questionou.
Questionado sobre as palavras de António Costa, que na convenção do PS acusou o PCP e o BE de apenas quererem impedir que o seu partido governe, Louçã acusou os socialistas de «repetirem sempre as mesmas afirmações»: «A esquerda tem de contar com a esquerda, a esquerda tem de contar com a solidariedade, com a justiça, e para isso não pode contar com o PS.»
DN
Francisco Louçã considera que os resultados do seu partido nas eleições europeias estão a causar «aflição» aos socialistas.
No final de uma reunião com o secretário-geral da CGTP, o bloquista disse que vê «sem nenhuma preocupação» os apelos dos socialistas no voto útil à esquerda e que é o PS que «está aflito nesta campanha eleitoral».
«Nas últimas eleições o BE já teve quase metade dos votos do PS, entendamo-nos bem sobre a razão das dificuldades do PS», sublinhou.
O líder do Bloco acrescentou que «quem votou no PS percebeu que foi enganado no desrespeito em relação aos professores, à educação, à promoção da saúde, ao desenvolvimento de uma segurança social que assegure o futuro e em relação à criação de emprego» e que o eleitorado «não pode ser enganado duas vezes».
«Esta maioria absoluta teve todas as condições e foi um dos factores da brutalidade social contra os mais fracos», reforçou.
«Um responsável político como José Sócrates, que na oposição vota contra um Código do Trabalho de Bagão Félix e depois desmente por completo as suas posições, uma vez que tem o poder de decisão, para prejudicar os trabalhadores, para promover o não pagamento das horas extraordinárias, para incentivar a precariedade, é evidentemente alguém cuja palavra não pode ser considerada», disse.
Louçã afirmou ainda que «quem falhou sempre nas questões económicas e sociais mais importantes foi o PS». «Como é que pode agora pedir um crédito eleitoral para continuar a falhar às pessoas que precisam de uma resposta à precariedade e ao desemprego?», questionou.
Questionado sobre as palavras de António Costa, que na convenção do PS acusou o PCP e o BE de apenas quererem impedir que o seu partido governe, Louçã acusou os socialistas de «repetirem sempre as mesmas afirmações»: «A esquerda tem de contar com a esquerda, a esquerda tem de contar com a solidariedade, com a justiça, e para isso não pode contar com o PS.»
DN
LJSMN- Pontos : 1769
Deputados convidados a participar no "Dia da Natalidade"
Dia da Natalidade: Quatro mil assinaturas para deputados ajudarem a fazer "nascer" efeméride
Lisboa, 07 Set (Lusa) - Mais de quatro mil assinaturas vão ser entregues na Assembleia da República com vista à criação do Dia da Natalidade, a celebrar-se um ano depois, uma medida com a qual os promotores esperam alertar a sociedade portuguesa.
Lusa
12:34 Segunda-feira, 7 de Set de 2009
Lisboa, 07 Set (Lusa) - Mais de quatro mil assinaturas vão ser entregues na Assembleia da República com vista à criação do Dia da Natalidade, a celebrar-se um ano depois, uma medida com a qual os promotores esperam alertar a sociedade portuguesa.
A ideia partiu dos promotores do evento Barrigas de Amor, um espaço que se realiza anualmente em Oeiras e que é desenhado a pensar nas grávidas e nas mães.
A pensar que um dia este evento pode terminar, e "tendo em conta a importância da natalidade", os promotores do Barrigas de Amor decidiram iniciar uma recolha de assinaturas para obrigar os deputados a debater e a votar a criação de um Dia da Natalidade.
"O Barrigas de Amor poderá acabar, mas com a criação do Dia da Natalidade existirá pelo menos um dia em que se falará sobre a importância do tema", explicou hoje a organização do evento.
Os peticionários pretendem, desta forma, que, "anualmente, a 09 de Setembro (mês nove), as grávidas e as mães sejam reconhecidas como as mulheres que contribuem para o equilíbrio demográfico de Portugal, um dos países mais envelhecidos do mundo".
Na quarta-feira - dia que os organizadores da iniciativa acreditam anteceder o Dia da Natalidade em um ano - realizar-se-á um conjunto de acções com vista à dinamização da ideia, nomeadamente a distribuição de um guia sobre os direitos dos pais, junto às instalações da Segurança Social, em Lisboa.
A criação de uma balada dedicada ao tema, da autoria dos Fingertips, e a emissão de uma lotaria alusiva ao dia são outras das iniciativas com que os promotores esperam alertar a sociedade portuguesa para a importância da efeméride.
SMM.
Lusa/Fim.
Lisboa, 07 Set (Lusa) - Mais de quatro mil assinaturas vão ser entregues na Assembleia da República com vista à criação do Dia da Natalidade, a celebrar-se um ano depois, uma medida com a qual os promotores esperam alertar a sociedade portuguesa.
Lusa
12:34 Segunda-feira, 7 de Set de 2009
Lisboa, 07 Set (Lusa) - Mais de quatro mil assinaturas vão ser entregues na Assembleia da República com vista à criação do Dia da Natalidade, a celebrar-se um ano depois, uma medida com a qual os promotores esperam alertar a sociedade portuguesa.
A ideia partiu dos promotores do evento Barrigas de Amor, um espaço que se realiza anualmente em Oeiras e que é desenhado a pensar nas grávidas e nas mães.
A pensar que um dia este evento pode terminar, e "tendo em conta a importância da natalidade", os promotores do Barrigas de Amor decidiram iniciar uma recolha de assinaturas para obrigar os deputados a debater e a votar a criação de um Dia da Natalidade.
"O Barrigas de Amor poderá acabar, mas com a criação do Dia da Natalidade existirá pelo menos um dia em que se falará sobre a importância do tema", explicou hoje a organização do evento.
Os peticionários pretendem, desta forma, que, "anualmente, a 09 de Setembro (mês nove), as grávidas e as mães sejam reconhecidas como as mulheres que contribuem para o equilíbrio demográfico de Portugal, um dos países mais envelhecidos do mundo".
Na quarta-feira - dia que os organizadores da iniciativa acreditam anteceder o Dia da Natalidade em um ano - realizar-se-á um conjunto de acções com vista à dinamização da ideia, nomeadamente a distribuição de um guia sobre os direitos dos pais, junto às instalações da Segurança Social, em Lisboa.
A criação de uma balada dedicada ao tema, da autoria dos Fingertips, e a emissão de uma lotaria alusiva ao dia são outras das iniciativas com que os promotores esperam alertar a sociedade portuguesa para a importância da efeméride.
SMM.
Lusa/Fim.
LJSMN- Pontos : 1769
Re: Eleições Legislativas 2009
http://www.euparticipo.org/legislativas2009/
Eu participo.....
http://www.euparticipo.org/legislativas2009/
Eu participo.....
http://www.euparticipo.org/legislativas2009/
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Ferreira Leite usa carro do Estado em campanha eleitoral na Madeira
07.09.2009 - 16h04
público
07.09.2009 - 16h04
Manuela Ferreira Leite usou hoje um carro do Governo Regional da Madeira, pertença do Estado Português, para fazer campanha eleitoral no Funchal. A líder do PSD fez várias deslocações na viatura oficial, ao lado de Alberto João Jardim, numa visita à ilha que foi sempre apresentada com uma acção da campanha eleitoral do PSD.
Confrontada com o facto de participar numa inauguração, quando critica a utilização de dinheiros públicos para fazer campanha, Ferreira Leite respondeu “Aqui fazer uma inauguração não gasta dinheiro. Tenho de me envergonhar por haver uma inauguração?”.
Manuela Ferreira Leite afirmou também que não encontra “asfixia democrática” na Madeira. A presidente do PSD justifica que “aqui quem legitima o poder é o voto do povo”. “Não está aqui ninguém por imposição, está aqui alguém em resultado dos votos”, frisou.
E o primeiro-ministro “não está legitimado pelos votos”?, questionaram os jornalistas. “Também é assim. É evidente que não estou a pôr em causa a legitimidade da legislatura do engenheiro José Sócrates”, reconheceu Ferreira Leite. A líder social-democrata insiste que “há asfixia democrática no continente” porque, diz, ela própria tem “sentido esses aspectos: todos os jornalistas, todos os empresários, muitas pessoas da sociedade civil percebem que estão sob algum tipo de retaliação, estão sob algum tipo de chantagem em relação aquilo que é susceptível de fazer caso ousem criticar o governo”.
Confrontada com o facto de participar numa inauguração, quando critica a utilização de dinheiros públicos para fazer campanha, Ferreira Leite respondeu “Aqui fazer uma inauguração não gasta dinheiro. Tenho de me envergonhar por haver uma inauguração?”.
Manuela Ferreira Leite afirmou também que não encontra “asfixia democrática” na Madeira. A presidente do PSD justifica que “aqui quem legitima o poder é o voto do povo”. “Não está aqui ninguém por imposição, está aqui alguém em resultado dos votos”, frisou.
E o primeiro-ministro “não está legitimado pelos votos”?, questionaram os jornalistas. “Também é assim. É evidente que não estou a pôr em causa a legitimidade da legislatura do engenheiro José Sócrates”, reconheceu Ferreira Leite. A líder social-democrata insiste que “há asfixia democrática no continente” porque, diz, ela própria tem “sentido esses aspectos: todos os jornalistas, todos os empresários, muitas pessoas da sociedade civil percebem que estão sob algum tipo de retaliação, estão sob algum tipo de chantagem em relação aquilo que é susceptível de fazer caso ousem criticar o governo”.
público
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Eleições Legislativas 2009
Líder social-democrata visita arquipélago
Ferreira Leite elogia exemplo da Madeira como "bastião inamovível" e "bom governo PSD"
07.09.2009 - 13h46 Lusa
Manuela Ferreira Leite considerou hoje que a Madeira é exemplo de um "bastião inamovível" e de "um bom governo do PSD", durante a primeira visita da social-democrata ao arquipélago desde que assumiu a liderança do partido.
O trânsito parou em algumas ruas da baixa do Funchal para ver passar a líder social-democrata na sua primeira visita à Madeira como presidente do partido. Acompanhada por Alberto João Jardim, Ferreira Leite foi recebida junto à estátua do descobridor da Madeira, João Gonçalves Zarco, ao som do hino do PSD tocado por uma banda musical do PSD/M, e percorreu várias ruas da cidade acompanhada por muitos dirigentes, deputados, candidatos do partido.
Questionada sobre a razão de só agora se ter deslocado a esta região, Ferreira Leite, explicou que "só agora foi possível dentro da volta da campanha eleitoral". "Seria inaceitável não vir à Madeira que é um exemplo típico um bastião inamovível do PSD, que é um exemplo do bom governo do PSD, é o local do continente e das ilhas, de todo o Portugal, em que a política social-democrata tem mais efeitos visíveis no que é o êxito, o progresso o desenvolvimento e bem-estar das pessoas", afirmou.
A líder do PSD rejeitou a crítica de que existe "asfixia democrática" neste arquipélago, argumentando que "quem legitima o poder é o voto do povo e não está ninguém aqui por imposição, é em resultado dos votos". "Acho que há asfixia democrática no continente", adiantou, apontando que "todos os jornalistas, todos os empresários, muitas das pessoas da sociedade civil, percebem que estão sob algum tipo de chantagem".
Em relação à Madeira, Ferreira Leite julga que "há comunicação social contra o governo, mas no continente muitas das vozes que são audíveis sofrem a respectiva retaliação".
Contrariou ainda a opinião dos que classificam de virtual a candidatura de Alberto João Jardim à Assembleia da República, sustentando que "ele é muito real e não está a candidatar-se a dois cargos ao mesmo tempo".
Garantiu também que está no programa eleitoral do PSD a correcção das injustiças que têm sido feitas à Madeira.
"A única coisa que sei é que a Madeira foi altamente discriminada, fortemente perseguida pelo facto de ser do PSD. Não vou governar com base na cor dos eleitores, mas em nome dos interesses de Portugal", afiançou.
Disse ainda não se sentir "absolutamente nada incomodada" por participar hoje numa inauguração do presidente do Governo Regional, o Centro Cívico das Furnas, no concelho da Ribeira Brava, concluindo que tem criticado que se tenha utilizado dinheiros públicos para fazer campanha e fazer uma inauguração não gasta dinheiros públicos".
O programa de Manuela Ferreira Leite à Madeira inclui ainda uma deslocação à freguesia da Tábua, concelho da Ribeira Brava, para uma homenagem ao mais antigo autarca do país, António Ramos.
O trânsito parou em algumas ruas da baixa do Funchal para ver passar a líder social-democrata na sua primeira visita à Madeira como presidente do partido. Acompanhada por Alberto João Jardim, Ferreira Leite foi recebida junto à estátua do descobridor da Madeira, João Gonçalves Zarco, ao som do hino do PSD tocado por uma banda musical do PSD/M, e percorreu várias ruas da cidade acompanhada por muitos dirigentes, deputados, candidatos do partido.
Questionada sobre a razão de só agora se ter deslocado a esta região, Ferreira Leite, explicou que "só agora foi possível dentro da volta da campanha eleitoral". "Seria inaceitável não vir à Madeira que é um exemplo típico um bastião inamovível do PSD, que é um exemplo do bom governo do PSD, é o local do continente e das ilhas, de todo o Portugal, em que a política social-democrata tem mais efeitos visíveis no que é o êxito, o progresso o desenvolvimento e bem-estar das pessoas", afirmou.
A líder do PSD rejeitou a crítica de que existe "asfixia democrática" neste arquipélago, argumentando que "quem legitima o poder é o voto do povo e não está ninguém aqui por imposição, é em resultado dos votos". "Acho que há asfixia democrática no continente", adiantou, apontando que "todos os jornalistas, todos os empresários, muitas das pessoas da sociedade civil, percebem que estão sob algum tipo de chantagem".
Em relação à Madeira, Ferreira Leite julga que "há comunicação social contra o governo, mas no continente muitas das vozes que são audíveis sofrem a respectiva retaliação".
Contrariou ainda a opinião dos que classificam de virtual a candidatura de Alberto João Jardim à Assembleia da República, sustentando que "ele é muito real e não está a candidatar-se a dois cargos ao mesmo tempo".
Garantiu também que está no programa eleitoral do PSD a correcção das injustiças que têm sido feitas à Madeira.
"A única coisa que sei é que a Madeira foi altamente discriminada, fortemente perseguida pelo facto de ser do PSD. Não vou governar com base na cor dos eleitores, mas em nome dos interesses de Portugal", afiançou.
Disse ainda não se sentir "absolutamente nada incomodada" por participar hoje numa inauguração do presidente do Governo Regional, o Centro Cívico das Furnas, no concelho da Ribeira Brava, concluindo que tem criticado que se tenha utilizado dinheiros públicos para fazer campanha e fazer uma inauguração não gasta dinheiros públicos".
O programa de Manuela Ferreira Leite à Madeira inclui ainda uma deslocação à freguesia da Tábua, concelho da Ribeira Brava, para uma homenagem ao mais antigo autarca do país, António Ramos.
público
.... cada cavadela, cada minhoca ....
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