Meteorologia

Relembrando a primeira mensagem :

Alerta amarelo devido a chuva forte



A protecção Civil accionou o aviso de alerta amarelo para hoje, em sete distritos do norte e centro do país, devido à possibilidade de chuva forte. Os alertas atingem as regiões de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu e Aveiro.

Segundo comunicado da Autoridade Nacional Protecção Civil (ANPC), esta situação poderá provocar um "aumento do número de acidentes de viação, devido à existência de piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água ou ao arrastamento de materiais sólidos para a via", bem como "inundações por transbordo, em linhas de água de regime torrencial ou não dominadas por albufeiras".

"Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem", e "possibilidade de inundação por transbordo de rios nas zonas historicamente mais vulneráveis e danos em estruturas montadas ou suspensas" são outros dos efeitos previstos.

A ANPC recomenda por isso que sejam tomadas medidas de prevenção e precaução, tais como "desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes que possam ser arrastados" e "a adopção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias ou com a redução da visibilidade".

Recomenda ainda o "não atravessamento de zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas", assim como "a adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas".

No outro extremo do país, a Protecção Civil lembra que até às 20h0 de 1 de Agosto permanece accionado o "alerta amarelo" para situação de tempo quente para os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Setúbal, Évora, Beja e Faro.

Msn Notícias

Mau tempo fez disparar resgates na serra da Estrela

por AMADEU ARAÚJO, V,
Hoje

Nos primeiros 12 dias do ano foram resgatadas mais pessoas do que em todo o ano passado. Chuva e vento forte vão continua

Em apenas 12 dias de mau tempo, o grupo de montanha da GNR realizou, na serra da Estrela, quase o dobro dos salvamentos feitos em 2009. Os nevões, cada vez mais constantes, levaram o distrito da Guarda a reforçar o dispositivo de resgate na neve. Para hoje prevê-se novo agravamento do estado do tempo, com chuva e vento forte.

Desde o início do ano e até à última terça-feira, os homens do grupo de montanha da GNR resgataram 242 pessoas. Em 2009 foram 179. Em declarações à Lusa, o capitão Marco Cruz, do grupo de montanha da GNR, adiantou ainda que no mesmo espaço de tempo "foi prestado auxílio a 124 condutores apanhados desprevenidos na Estrela pelo gelo e neve que dificultou a circulação rodoviária".

Os nevões, cada vez mais frequentes, levaram a cidade da Guarda a adquirir "mais e melhores meios técnicos que permitam, em circunstâncias de neve e gelo, servir prioritariamente à limpeza de todos os corredores urbanos de acesso ao Hospital Sousa Martins e à pista de helicópteros", anunciou o governador civil.

Segundo o tenente-coronel Carvalho Paixão, comandante do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR, houve "duas situações que inspiraram maior preocupação". Um grupo de 13 turistas chineses deslocou-se à Torre de táxi e acabou por não conseguir regressar à Covilhã devido ao "forte nevão que levou ao corte de estradas".

Noutro caso, três estudantes "foram à boleia para as pistas de esqui" e "ficaram sozinhos no maciço central". Os militares da Base Táctica de Busca e Resgate da Montanha da serra da Estrela "encontraram-nos apeados junto à zona envolvente da Torre".

Também em consequência dos temporais, mais de metade da produção de azeitona dos olivais tradicionais do Baixo Alentejo poderá estar perdida.

Chuvas torrenciais e ventos fortes que assolam a zona desde Dezembro estão a tornar "impossível fazer a apanha e a azeitona tem caído no chão, onde está a estragar-se há um mês".

Sebastião Rodrigues, presidente da Associação de Agricultores do concelho de Serpa, alertou que "há agricultores que desistiram de apanhar a azeitona do chão", por não ser rentável. Os concelhos mais afectados são de Serpa, Moura e Barrancos.

Com a apanha a ser suposta decorrer depois do Natal, neste momento "a situação é complicada" e Sebastião Rodrigues já conversou com o ministro da Agricultura, António Serrano, para "avaliar a situação e tentar arranjar formas de minimizar os prejuízos".

In DN

Madeira sob aviso vermelho devido a chuva forte

por Lília Bernardes com Lusa
Hoje


O Instituto de Meteorologia (IM) colocou hoje a Madeira sob aviso vermelho, o mais grave, devido à precipitação e à intensidade do vento, e em aviso amarelo a costa sul de Portugal continental, pela agitação marítima.

No arquipélago da Madeira, o IM adverte para períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes muito fortes e acompanhados de trovoada, e para o vento, de sentido leste/sueste, que vai soprar forte, com rajadas que podem atingir os 70 quilómetros por hora nas regiões montanhosas.

Este aviso foi ativado às 06:00 de hoje, e é válido até às 15:00.

O aviso vermelho alerta para uma "situação meteorológica de risco extremo", que leva o IM a recomendar que as pessoas se mantenham ao "corrente da evolução das condições meteorológicas" e sigam as orientações da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

A Lusa contactou a Protecção Civil da Madeira, que indicou estar a preparar os "mecanismos necessários", remetendo informação detalhada para cerca das 08:30/09:00.

Na costa sul do país, sob aviso amarelo, a previsão é para ondas com altura significativa, entre os dois e os 2,5 metros.

O aviso amarelo, o segundo menos grave de uma escala de quatro, refere-se a uma "situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica".

Para Portugal continental, o IM prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, aumentando gradualmente de nebulosidade no Algarve.

As temperaturas máximas previstas são de 15 graus Celsius no Porto, 16º em Lisboa, 17º em Faro, 21º no Funchal e 15º em Ponta Delgada.

A correspondente do DN no Funchal, Lília Bernardes, relata os efeitos do mau tempo que se faz sentir na Madeira:

Somam-se os estragos provocados pelas fortes chuvadas ocorridas na última noite e nesta manhã em São Roque do Faial e no Faial, concelho de Santana, Nordeste da Ilha da Madeira.

Um pouco por todo o lado surgem cascatas nos taludes das estradas e no troço da Via Expresso entre a Ribeira de São Roque do Faial e a Ribeira do Faial, uma derrocada atingiu a estrada.

A Escola Básica de São Roque do Faial e a estrutura desportiva, construídas no leito de cheia da ribeira e à cota do talvegue, ficaram alagadas com águas e há edifícios públicos implantados em locais de grande risco

In DN

"Apocalipse de neve" paralisa Washington

por H.T.
Hoje


Tempestade já fez dois mortos no estado da Virgínia.

Os internautas já lhe chamaram "snowpocalypse" - algo como "apocalipse de neve" - e a verdade é que a tempestade que se abateu sobre Washington deixou a capital federal dos Estados Unidos paralisada.
A neve, que cobriu com um manto branco de mais de 70 centímetros a capital, estava ainda a causar estragos em toda a Costa Leste dos Estados Unidos. Na Virgínia, o mau tempo foi mesmo responsável pela morte de duas pessoas e milhares de casas estavam sem electricidade.
As previsões meteorológicas apontam para as quedas de neve chegarem a um metro e a protecção civil aconselha os americanos a ficarem em casa até "o pior" passar.
Em Washington, enquanto alguns decidiram ir buscar os esquis ao armários para conseguir circular, outros assaltaram os supermercados para garantir que nada lhes faltará se o mau tempo se prolongar por mais dias.

E nem o Presidente Barack Obama escapava às consequências da neve. A sua comitiva, que habitualmente percorre as ruas da capital sem se preocupar com limites de velocidade, teve de circular a passo de caracol por causa da neve.

In DN

Frio polar instala-se em Portugal até domingo

por Lusa
Hoje


A temperatura em Portugal Continental vai sofrer uma descida acentuada a partir de hoje devido à passagem de uma massa de ar polar, situação "perfeitamente normal" nesta época do ano, disse à Lusa a meteorologista Maria João Frada.

Esta descida começou já a sentir-se hoje e levou o Instituto de Meteorologia (IM) a colocar oito distritos sob aviso amarelo devido ao frio, estando o distrito de Faro sob o mesmo nível de aviso, mas por causa da chuva.

O aviso amarelo é o segundo numa escala de quatro relativamente à gravidade de condições meteorológicas

Sob aviso amarelo devido a valores muito baixos nas temperaturas mínimas estão os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Portalegre.

Até domingo, as temperaturas em Portugal Continental vão oscilar entre máximas de 11 graus Celsius e mínimas de 3º.

A meteorologista do IM Maria João Fraga adiantou à Lusa que Portugal Continental está "sob ação de uma massa de ar polar, transportada na circulação de um anticiclone localizado sensivelmente sob a ilhas Britânicas".

Este anticiclone "dá origem a um vento de leste sobre o território do continente", que "vem do interior do continente Europeu", referiu.

A mesma fonte acrescentou que, no sul do país há registo de uma "uma depressão, com um sistema frontal associado, que vai afetar o estado do tempo durante o dia de hoje, essencialmente nas regiões do sul e do centro, em termos de precipitação".

Para hoje, o IM prevê céu muito nublado no norte, aumentando de nebulosidade ao longo do dia, períodos de chuva ou aguaceiros nas regiões centro e sul e pequenas descidas de temperatura em todas as regiões.

Quanto a temperaturas máximas, o IM estima 11º para o Porto, 7º para Lisboa, 10º para Faro, 21º para o Funchal e 16º para Ponta Delgada.

In DN

Fogões a lenha combatem frio abaixo de zero

por AMADEU ARAÚJO, V
Hoje


Termómetros vão continuar a baixar até amanhã. Vários distritos do Norte e Centro do País estão sob aviso amarelo

A venda de fogões a lenha e de salamandras "tem registado um aumento neste Inverno", asseguram os produtores destes tradicionais caloríferos, muito usados nas beiras. Objectos que vão fazer muita falta nos próximos dias, em que os termómetros vão continuar a descer em todo o País, esperando-se na próxima madrugada valores negativos em todo o interior.

"Este Inverno temos vendido mais fogões a lenha e salamandras", conta uma das responsáveis pela Metalúrgica do Eucalipto, em Povolide, Viseu. Cristina Rodrigues adianta que estes caloríferos, "que queimam tudo e consomem qualquer tipo de lenha, custam entre os 300 e os 500 euros". A responsável esclarece que se trata de equipamentos "com várias utilidades e que podem ser feitos à medida, pelo que tem havido muita procura", conclui.

Também na Joaninha, uma outra metalúrgica, em Mundão, se reconhece que "tem havido um incremento nas vendas". Jorge Magalhães, um dos "novos compradores", reconhece os benefícios. "Além de cozinhar e dar outro sabor aos pratos, aquece a água de uso doméstico e a casa." Jorge Magalhães, que "este Inverno" aderiu ao tradicional, salienta que "num dia gasta pouco mais que dez quilos de lenha".

Aquecimentos tradicionais bem-vindos nas Beiras, onde os termómetros devem voltar a descer, na próxima madrugada, a temperaturas negativas. A descida das temperaturas é explicada pelo Instituto de Meteorologia (IM) com a "acção de um anticiclone localizado nas Ilhas Britânicas, que transporta na sua circulação uma massa de ar continental, frio e seco".

De acordo com o IM, este anticiclone "dá origem a um vento de leste sobre o território do continente, que vem do interior do continente europeu". A influência deste anticiclone durará até amanhã e traduz-se "numa descida acentuada dos valores da temperatura mínima em todo o País", e em particular na região a norte.

A descida das temperaturas, para "valores muito baixos" levou o IM a colocar em aviso amarelo os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Portalegre. Faro regista o mesmo alerta, mas devido à chuva.

Até domingo, as temperaturas em Portugal continental vão oscilar entre máximas de 11 graus Celsius e mínimas de -3ºC.

Em Janeiro, segundo o IM, "os valores de temperatura assinalaram anomalias, relativamente aos valores médios de 1971-2000, de -1ºC na temperatura máxima e + 0,9ºC na temperatura mínima". Janeiro destacou-se pela queda de neve no Norte e Centro.

In DN

Frio: Portugal poderá adoptar plano de contingência

por Lusa
Hoje


Portugal poderá adoptar em breve um plano de contingência contra o frio, que mata mais do que o calor, tal como dispõe desde 2004 para as altas temperaturas, revelou hoje um responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o chefe da Divisão de Saúde Ambiental da DGS, Paulo Diegues, a criação de um plano de contingência contra o frio "poderá vir a ser equacionada", estando a mesma dependente dos recursos que são necessários.

Desde 2004 que Portugal tem um plano de contingência para as ondas de calor, depois de, entre 30 de Julho e 14 de gosto de 2003, o país ter estado sob o efeito de uma onda de calor que provocou 1953 mortes.

Este sistema pressupõe três níveis crescentes de alerta, a que corresponde um conjunto de medidas que visam minimizar os efeitos do calor.

Apesar do "frio matar mais do que o calor em Portugal", não existe ainda qualquer plano específico, mas antes "um conjunto de recomendações" que são disponibilizadas à população em geral, principalmente através da comunicação social.

A DGS está a acompanhar as notícias sobre a morte de idosos associada ao frio, embora este organismo do Ministério da Saúde não disponha de dados sobre o número de idosos que já perderam a vida devido às baixas temperaturas.

Só na segunda feira, quatro idosos morreram em Lisboa, um número anormalmente elevado e que se poderá explicar devido às baixas temperaturas, conforme admitiu uma fonte da PSP.

Paulo Diegues lembrou que as habitações portuguesas não estão adaptadas às baixas temperaturas e que esta poderá ser uma das razões para as mortes devido ao frio.

"As casas estão adaptadas a um clima temperado e não ao frio persistente", adiantou.

O especialista em saúde ambiental sublinhou que é muito difícil perceber quando é que se morre de frio ou se a morte se deveu a "factores de confundimento" e que normalmente acontecem nesta altura do ano, como a gripe.

In DN

Ninguém conta mortes por frio

por ELISABETE SILVA e HELDER ROBALO
Hoje


Em Portugal não existem estudos ou planos de contingência sobre a mortalidade durante as baixas temperaturas.

Em Portugal há mais pessoas a morrer durante o Inverno do que nos meses de calor, mas não se sabe quantas pessoas morrem em consequência directa do frio, devido à falta de estudos sobre este tema, ao contrário do que acontece com as ondas de calor. No entanto, está a ser equacionada a adopção de um plano de contingência para o frio, idêntico ao existente desde 2004 para o calor. Que, contudo, só deve produzir resultados mais exactos daqui a uns anos.

A justificação para a carência de estudos é a de que no País há mais tempo quente, sendo o fenómeno de vagas de frio raro e de pouca duração. Paulo Diegues, chefe da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção-Geral da Saúde (DGS), alertou para o facto de se verificarem mais mortes em época de frio, mas salientou que "há muitos factores que confundem as razões da mortalidade, como a gripe ou doenças crónicas".

Por exemplo, as recentes mortes de idosos verificadas em Lisboa não podem ser directamente relacionadas com o frio, como explicou ao DN José Pedro Pinto, da Santa Casa da Misericórdia: "Ninguém pode afirmar peremptoriamente que foi o frio que matou os idosos. Em Portugal não há mortes documentadas tendo como causa o frio."

Porém, Paulo Diegues confirmou que já foi encomendado o primeiro estudo sobre o impacte das vagas de frio e que poderá ser implementado um plano de contingência. "Actualmente, só existe para o tempo quente e que demorou uns sete anos até estar afinado. É um plano que engloba entidades como a Protecção Civil e, a nível local, as câmaras municipais."

Para Paulo Diegues faltam estruturas para que o controlo da mortalidade possa começar a ser feito em Portugal, sendo que a DGS acaba por limitar-se a difundir as habituais recomendações de cautela quando o frio se faz sentir com intensidade.

Nem nos hospitais são adoptadas medidas especiais. "Os hospitais geram as suas capacidades. Não há nenhum plano específico. Os profissionais de saúde estão preparados para as situações clínicas que possam surgir relacionadas com o frio", referiu Paulo Diegues. O mesmo acontece na Santa Casa da Misericórdia. "Nós temos uma relação diária com as pessoas, portanto não accionamos mecanismos especiais por causa do frio. Continuamos a realizar o nosso trabalho e claro que damos as recomendações necessárias", salientou José Pedro Pinto.

Com as baixas temperaturas a manterem-se, continua também a preocupação com os idosos e as crianças, mas igualmente com os sem-abrigo. Em Lisboa, a Câmara ainda não tinha equacionado abrir algumas estações de metro para receber quem necessita de um tecto, ao contrário do que sucede no Porto. Mas os sem-abrigo podem contar com a ajuda das organizações de solidariedade.

As casas em Portugal não estão preparadas para o frio. Um problema que tanto Paulo Diegues como José Pedro Pinto alertam, pois no País pensa-se mais no calor. E a verdade é que um estudo realizado por especialistas da Universidade de Dublin (Irlanda) conclui que Portugal é o país da União Europeia onde mais se morre por falta de isolamento das casas. Segundo a investigação, que analisou potenciais causas de morte no Inverno de 14 países, Portugal tem uma taxa de 28%, seguido por Espanha e Irlanda com 21%. O estudo refere que o facto destes países terem climas mais tem- perados faz com que a eficiência térmica nas habitações seja mais baixa.

In DN

Alerta para chuva forte em Lisboa, Leiria e Setúbal

por LusaHoje


A Autoridade Nacional de Protecção Civil alertou hoje para um agravamento do estado do tempo no final do dia de hoje, com períodos de chuva forte, sobretudo nos distritos de Lisboa, Setúbal e Leiria.

A protecção civil realça a possibilidade de cheias rápidas e inundações em meio urbano, bem como a formação de lençóis de água, e aconselha a limpeza de todos os sistemas de escoamento.

Todo o continente, à excepção do distrito de Évora, está em alerta amarelo, o terceiro de uma escala de quatro, segundo os alertas do Instituto de Meteorologia (IM).

O território da Madeira está em alerta vermelho, o máximo da escala de quatro e que corresponde a uma situação de risco extremo.

In DN

Plano Especial de Cheias no Tejo activado de madrugada

por Lusa
Hoje


A Protecção Civil activou hoje o Plano Especial de Cheias da Bacia do Tejo e alertou para um corte na Estrada Nacional 365, devido à subida do caudal do rio.

De acordo com o "site" da Protecção Civil, o Plano Especial de Cheias da Bacia do Tejo foi ativado pelas 02:40, e a EN 365 está cortada na zona de Reguengo do Alviela.

In DN

Alerta Laranja


Alerta Amarelo



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Curiosidade

Desde que foi criado o sistema de alerta da Protecção Civil, é a primeira vez que é instaurado um alerta Laranja no Continente!

LARANJA ?
E SE FOSSE UMA PESSEGADA
É KAKI EM LEIRIA NA CHOVE

DN

Rajadas assustam autoridades

por PATRÍCIA JESUS, PAULO JULIÃO
Hoje


Ventos de 150 km fazem Protecção Civil declarar, pela primeira vez, alerta laranja devido a tempestades

Ventos excepcionalmente fortes, até 150 quilómetros por hora, muita chuva e ondas até sete metros na costa ocidental. É este o cenário que se espera para hoje e que levou a Protecção Civil a colocar todo o País em alerta laranja - o segundo mais grave de uma escala de quatro níveis. Esta é a primeira vez que as autoridades fazem este alerta sem ser devido a incêndios.

A Protecção Civil já está a articular a resposta com as Forças Armadas para acorrer a eventuais problemas resultantes da tempestade que vai atingir o País, depois de passar pela Madeira. A situação vai agravar-se logo ao início da manhã no Sul do País, já que a tempestade vai percorrer o território de sul para norte, com rajadas comparáveis às de um furacão, diz o Instituto de Meteorologia.

A Protecção Civil já reuniu também com as empresas responsáveis pelas comunicações e electricidade. A EDP activou o plano de crise e tem cinco mil pessoas em prontidão para responder a problemas causados pelo vento, nomeadamente a queda de postes. A PT tem também 1500 empregados em estado de prontidão.

As autoridades olham com especial atenção para os rios Minho, Lima, Douro, Vouga e Tejo. Segundo o comandante nacional de operações, Gil Martins, a monitorização das descargas das barragens é feita em tempo real. E estas aproveitaram o dia de ontem para fazer descargas e ganhar capacidade de retenção para hoje.

Foi o que aconteceu no Douro: as autoridades colocaram ontem as barragens a descarregar - quer do lado português quer do lado espanhol. A ausência de chuva durante grande parte do dia de ontem "permitiu um cenário mais opti- mista", disse ao DN o responsável pelo Centro de Previsão de Cheias do Douro (CPCD). Isto porque "a água das chuvas demora de 6 a 8 horas a chegar ao rio e a engrossar o caudal", explicou Fragoso Gouveia. Ontem, na Régua, "o rio subiu quatro metros e inundou o cais e o mesmo aconteceu na margem sul", em Lamego.

Também a barragem do Alto Lindoso, em Ponte da Barca, realizou várias descargas para "aumentar a capacidade de encaixe do rio Lima", disse ao DN fonte da Protecção Civil de Viana do Castelo. Na quinta-feira, as barragens espanholas chegaram a debitar 2500 m3 de água por segundo no rio Minho, mas segundo a Protecção Civil não se registou qualquer situação de perigo.

Há registo apenas de parte de um acampamento cigano em Valença ter sido transferido para um polidesportivo, por precaução, situação que se irá manter durante o fim-de-semana.

O que vai acontecer hoje "depende de quanta água vai cair e onde", admite o coman-dante Gil Martins. O responsável lembra que estamos muito dependentes do que acontecer em Espanha no caso dos rios internacionais, mas garante que a coordenação tem sido muito boa.

Também no CPCD, as autoridades portuguesas "estão em contacto com as espanholas para coordenar as descargas das barragens do rio para que eventuais cheias possam ser mitigadas", disse Fragoso Gouveia.

As águas podem subir também na bacia do Tejo devido ao aumento dos caudais libertados pelas barragens espanholas e Castelo de Bode, um efeito que se começou a sentir ontem de manhã.

In DN

EUA em alerta com aviso de Tsunami no Hawai

por Lusa
Hoje


O tsunami provocado no Oceano Pacífico, na sequência do sismo de hoje ao largo do Chile, atingiu parte da costa do país e avança para o Hawai, confirmou o serviço meteorológico dos Estados Unidos (NOAA, em inglês).

Na localidade chilena de Talcahuano registaram-se ondas de 2,3 metros de altura acima do normal e em Coquimbo e Valparaiso rondavam os 1,3 metros, informou a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos dos Estados Unidos.

Na Ilha da Páscoa e nas Galápagos, as ondas superam os 0,3 metros quando comparadas com a sua altura normal.

Os governos chileno e equatoriano tinham ordenado a saída das populações residentes nas áreas mais baixas dessas ilhas.

O tsunami de 2004 no Oceano Índico, que matou mais de 226 mil pessoas, provocou ondas de 10 metros de altura na Indonésia.

Sirenes já soaram no Hawai

No Hawai, as sirenes de aviso soaram às 06:00 locais (16:00 em Lisboa) e a retirada dos habitantes das zonas costeiras está prevista para as 11:05 locais (21:05 em Lisboa), onde as ondas podem chegar aos dois metros.

O Aeroporto Internacional de Hilo, situado próximo da costa havaina, foi encerrado, mas os outros permanecem abertos.

As autoridades recomendaram às companhias navais e aos particulares que retirem as embarcações dos portos.

O NOAA referiu ainda que o tsunami pode provocar danos na costa de todas as ilhas do Hawai e sublinhou que "se devem tomar medidas urgentes para proteger vidas e propriedades".

O tsunami é formado por uma sucessão de ondas que se mantém entre cinco a 15 minutos antes de perderem força em terra e podem ser sucessivas.

O NOAA emitiu um alerta de tsunami para grande parte do Pacífico, incluindo o México, Perú, Equador, Nova Zelândia, Austrália, Indonésia, Japão e Filipinas, além do Chile e costa oeste dos Estados Unidos, Alasca e Columbia Britânica.

Segundo o último balanço, o sismo de magnitude 8,8 provocou pelo menos 122 mortos

In DN

EUA em alerta com aviso de Tsunami no Hawai

por Lusa
Hoje


O tsunami provocado no Oceano Pacífico, na sequência do sismo de hoje ao largo do Chile, atingiu parte da costa do país e avança para o Hawai, confirmou o serviço meteorológico dos Estados Unidos (NOAA, em inglês).

Na localidade chilena de Talcahuano registaram-se ondas de 2,3 metros de altura acima do normal e em Coquimbo e Valparaiso rondavam os 1,3 metros, informou a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos dos Estados Unidos.

Na Ilha da Páscoa e nas Galápagos, as ondas superam os 0,3 metros quando comparadas com a sua altura normal.

Os governos chileno e equatoriano tinham ordenado a saída das populações residentes nas áreas mais baixas dessas ilhas.

O tsunami de 2004 no Oceano Índico, que matou mais de 226 mil pessoas, provocou ondas de 10 metros de altura na Indonésia.

Sirenes já soaram no Hawai

No Hawai, as sirenes de aviso soaram às 06:00 locais (16:00 em Lisboa) e a retirada dos habitantes das zonas costeiras está prevista para as 11:05 locais (21:05 em Lisboa), onde as ondas podem chegar aos dois metros.

O Aeroporto Internacional de Hilo, situado próximo da costa havaina, foi encerrado, mas os outros permanecem abertos.

As autoridades recomendaram às companhias navais e aos particulares que retirem as embarcações dos portos.

O NOAA referiu ainda que o tsunami pode provocar danos na costa de todas as ilhas do Hawai e sublinhou que "se devem tomar medidas urgentes para proteger vidas e propriedades".

O tsunami é formado por uma sucessão de ondas que se mantém entre cinco a 15 minutos antes de perderem força em terra e podem ser sucessivas.

O NOAA emitiu um alerta de tsunami para grande parte do Pacífico, incluindo o México, Perú, Equador, Nova Zelândia, Austrália, Indonésia, Japão e Filipinas, além do Chile e costa oeste dos Estados Unidos, Alasca e Columbia Britânica.

Segundo o último balanço, o sismo de magnitude 8,8 provocou pelo menos 122 mortos

In DN

Mau tempo: culpa é do anticiclone dos Açores

por PATRÍCIA JESUS
Hoje


Temporal trouxe ventos médios de 85 km/hora e rajadas até 140. Quedas de árvores fizeram um morto, onze desalojados e deixaram um milhão sem luz durante a tarde. O pior já passou.

Anticiclone dos Açores está a deixar passar mais tempestades raras

Tempestades como a que ontem se abateu sobre Portugal, depressões intensas vindas do meio do Atlântico, são raras, mas este ano estão a atingir o Continente com mais frequência. Tudo porque o anticiclone dos Açores está enfraquecido e deslocado para sudoeste - logo, não está a conseguir bloquear estes temporais. O de ontem trouxe ventos que atingiram os 140 km/hora e deixaram um cenário de destruição: desabamentos, inundações, cortes de electricidade e quedas de árvores. Em Paredes, uma criança atingida por uma árvore acabou por morrer (ver pág. ao lado).

No total, a Protecção Civil respondeu a 4644 ocorrências. Mais de metade dos problemas - 2582 chamadas - foram provocados por quedas de árvores. Até às 19.00 tinham sido contabilizados 95 desabamentos, 141 deslizamentos, 801 inundações e 1025 quedas de estruturas, entre as quais postes de electricidade e telhados. Nove famílias ficaram desalojadas, quatro delas em Campo Maior.

A EDP, que tinha cinco mil funcionários de prevenção, não conseguiu mesmo assim evitar cortes que afectaram um milhão de clientes. As zonas mais atingidas foram Torres Vedras, Viseu, Guarda, Coimbra e Viana do Castelo. "A falha na distribuição de electricidade resultou de 720 avarias em linhas de média e alta tensão", sobretudo por causa da queda de árvores, adiantou João Torres, responsável pela distribuição. Ao fim da tarde estava reposta a energia eléctrica a 750 mil clientes.

Aliás, ao início da noite, a Protecção Civil levantou o alerta laranja que tinha emitido na sexta- -feira para todo o País - pela primeira vez, sem ser devido a incêndios. O próprio ministro da Administração Interna, Rui Pereira, admitira durante a tarde que o mau tempo inspirava "algum cuidado".

A agitação marítima obrigou também a encerrar as barras marítimas de Caminha, Vila Praia de Âncora, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Douro, Figueira da foz, São Martinho do Porto e Faro.

Os madeirenses, por outro lado, foram dormir preocupados com as previsões, que assustaram a ilha, ainda abalada pela tragédia de há uma semana, e acordaram com boas notícias. O vento e a chuva não tiveram consequências graves. Foi o mar que provocou mais destruição, arrasando as piscinas de dois complexos hoteleiros no Funchal.

"Estas tempestades são muito raras e muito perigosas. Felizmente esta afastou-se um pouco e Portugal foi atingido lateralmente, e a pressão no centro não desceu tanto como se esperava", explica o meteorologista Costa Alves. Isto porque quanto maiores forem as diferenças de pressão maior é a velocidade do vento.

Vânia Lopes, do gabinete de comunicação do Instituto de Meteorologia, explica que o enfraquecimento do anticiclone dos Açores que se tem verificado este Inverno - "abre caminho à passagem destas depressões", formadas mais a sul, no Atlântico. Aliás, a que atingiu a região oeste em Dezembro tinha as mesmas características.

A de ontem começou a formar--se logo na segunda-feira, ainda a sul da Madeira, em latitudes tropicais. O sistema de baixas pressões avançou depois sobre Madeira e Canárias e na quarta-feira chocou com uma massa de ar frio vinda do Árctico, que o alimentou. Cresceu e acabou por se transformar no que os especialistas chamam uma situação de ciclogénese explosiva - uma grande tempestade que evolui de forma rápida. "Outra das suas características é exactamente a rapidez: demoram poucas horas a atravessar todo o território", explica Costa Alves. O meteorologista lembra os temporais de Novembro de 1997 no Alentejo ou o que atingiu a região de Lisboa 30 anos antes, fazendo centenas de mortos - situações do mesmo tipo. Depois da passagem do temporal, hoje e amanhã, o tempo vai continuar nublado e com chuva.

In DN

Douro deverá galgar margens no Porto e Gaia

Hoje


Toda a zona ribeirinha duriense está em alerta vermelho devido ao mau tempo

O rio Douro poderá galgar as margens nas zonas ribeirinhas do Porto e Gaia hoje, pela hora do almoço, devido à subida do seu caudal, disse à Lusa fonte da Capitania do Douro.
Segundo a mesma fonte, as previsões apontam para uma subida das águas do rio, o que poderá alagar as zonas ribeirinhas destas duas cidades vizinhas cerca das 14:00.
O Centro de Previsão e Prevenção de Cheias do Douro alterou mesmo a fase de vigilância de pré emergência para emergência, em virtude do aumento dos caudais do rio, que passa a estar em alerta vermelho de cheia.
Contactado pela Lusa, o vereador da Proteção Civil da Câmara de Gaia, Mário Fontemanha, afirmou que as previsões apontam para cheia cerca das 14:30/15:00, porque as barragens de Alpendurada e Crestuma/Lever atingiram o ponto de saturação.
"O mar não está absorver a água que está a ser debitada pelas barragens, sendo previsível cheia esta tarde", disse o autarca.
Mário Fontemanha referiu ainda que todos os comerciantes da zona ribeirinha de Gaia estão já a salvaguardar os seus bens.
A autarquia de Gaia já colocou no terreno "várias equipas de piquete" das Águas de Gaia, bombeiros e polícia municipal, bem como funcionários para colaborarem, em caso de necessidade, na recolha de bens das casas ribeirinhas.
A agência tentou, sem sucesso, contactar o vereador da Câmara do Porto responsável pelo pelouro da Protecção Civil, Manuel Sampaio Pimentel.
Entretanto, uma informação difundida pelo Centro de Previsão e Prevenção de Cheias do Douro refere ser provável que as cheias atinjam o troço Foz - Crestuma, durante o período da preia-mar, entre as 13:00 e as 16:00, e as zonas de Crestuma, Arnelas, Avintes, Oliveira do Douro, Marina Freixo, Ribeira, cais de Gaia, Miragaia e Afurada.
" população, recomenda-se que se mantenha alerta à evolução da situação e tome as medidas preventivas relativas a bens.
Os habitantes destas zonas devem estar também atentos às instruções dos agentes da Protecção Civil.

In DN

Águas do Douro subiram e inundaram Miragaia

por Lusa
Hoje


Três famílias de Miragaia, no Porto, ficaram hoje desalojadas devido à subida do caudal do rio Douro que alagou aquela zona baixa da cidade, disse à Lusa o vereador da Câmara do Porto responsável pela Protecção Civil.

Segundo Manuel Sampaio Pimentel, a situação mais complicada com a subida do nível do Douro prende-se com três famílias de Miragaia, que ficaram desalojadas porque a água entrou nas suas habitações.

"A Câmara está a resolver o problema em colaboração com a Segurança Social" para realojar temporariamente estas famílias, afirmou o vereador.

Manuel Sampaio Pimentel referiu a tendência de que a partir das 15:30 o caudal do Douro estabilize e que não inunde mais zonas da cidade, uma vez que começa a baixa mar.

Contactado pela Lusa, o chefe do Centro de Previsão e Prevenção de Cheias do Douro, capitão de fragata Fragoso Gouveia, referiu que a quantidade de água deverá manter-se nas próximas horas.

"Temos indicadores que o caudal do Douro se vai manter como está agora, sendo previsível que na próxima praia mar, pelas 03:20, o cenário de alagamento seja idêntico ou que suba mais uns centímetros", adiantou.

Fragoso Gouveia explicou que "os caudais no troço Crestuma-Foz não vão diminuir, porque há muita água na bacia que tem que sair".

A grande dúvida que se coloca é se o mar terá capacidade para absorver toda a água debitada pelo Douro.

A zona do Cubo, na ribeira do Porto, não chegou a ser inundada pelas águas do Douro ao início da tarde, considerado o período mais crítico.

O vereador Manuel Sampaio Pimentel também considerou que esta será, certamente, uma noite de sobressalto para a população que vive na zona ribeirinha, designadamente a de Miragaia.

In DN

Primavera vai ser mais chuvosa que o normal

por PATRÍCIA JESUS
Hoje


Dezembro e Janeiro estiveram acima de valores médios, e agências internacionais apontam que os próximos três meses também ficarão. Até dia 10, o guarda-chuva continua a ser preciso.

Afinal, quando é que pára de chover? Esta é a pergunta na boca de muitos portugueses, já pouco habituados a Invernos tão rigorosos. Mas nos próximos dias é melhor não deixar o guarda-chuva em casa, porque o Instituto de Meteorologia prevê que o céu continue nublado e que a chuva continue a cair. E o cenário para a Primavera não é mais animador. As previsões sazonais do instituto meteorológico britânico (Met Office) e da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOOA, sigla nos EUA) apontam para uma estação mais chuvosa que o normal.

Vamos por partes. Ângela Lourenço, do Instituto de Meteorologia (IM), explica que nos próximos dez dias vamos continuar a ter céu nublado e chuva, com algumas abertas, mas nunca mais de dois dias secos seguidos. "Estamos a ser afectados predominantemente por depressões que se deslocam no Atlântico, de oeste para leste", diz. E, como o anticiclone dos Açores está enfraquecido e se tem mantido mais a sul, não está a bloquear o mau tempo: nem as tempestades que se formam no meio do Atlântico e atingem a Península depois de passar pela Madeira, como a deste fim-de-semana; nem as depressões frontais vindas de oeste.

Ou seja, vamos continuar a ser atingidos pelo desfile de depressões que fez de Dezembro passado o mês mais chuvoso deste século, com uma precipitação cerca de 60% acima do valor médio, e que manteve Janeiro também bem acima da média dos últimos 30 anos.

É possível então prever quando é que a chuva vai parar? "Até dia 10 não pára. É a resposta possível", diz a meteorologista. A partir daí, o instituto não se aventura em previsões. Ângela Lourenço diz que os sinais que têm das previsões mensais e sazonais de organismos internacionais "não têm um sinal estatisticamente significativo para os próximos meses" e que é difícil tirar conclusões.

Mas as conclusões provisórias desses mesmos organismos indicam que vamos ter uma Primavera chuvosa, muito diferente da do ano passado, que foi a mais seca desde 1931. No início do mês passado, o Met Office previa que Fevereiro, Março e Abril tivessem uma precipitação acima do normal. O NOOA prevê o mesmo para Março e Abril.

"O que é preciso ter em conta em relação a esta previsões é que o grau de erro é muito grande", explica a meteorologista. "As instituições que as fazem são muito credíveis mas as previsões sazonais ainda não", concorda Pedro Miranda, do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa. Essas dificuldades são bem ilustradas pelos falhanços dos últimos anos: em 2008, previa-se um dos Verões mais quentes de sempre, o que não se confirmou.

As previsões sazonais, para além do prazo de 15 dias, resultam de um conjunto de simulações - muitas dezenas - partindo de outras tantas situações-base, com pequenas variações dos parâmetros, explica Pedro Miranda. Às vezes, o conjunto de cenários dá uma tendência clara, mas quando divergem muito a incerteza é grande. A nível de temperaturas, por exemplo, o Met Office não indica nenhuma tendência para os próximos meses para Portugal, devido a essa incerteza. Como não indica, aliás, para o próprio Reino Unido a nível de precipitação.

In DN

França decreta estado de calamidade

Hoje


Ventos a 150 km/h causaram 61 mortos na Europa. Portugal, Espanha, França, Bélgica e Alemanha foram atingidos.

Quando saiu de casa de madrugada, pouco antes de a água atingir 1,80 metros no rés-do-chão da sua casa da ilha de Oléron, na costa atlântica francesa, Jacques Jézéquel apenas levou as calças e as pantufas. De volta ao local, horas mais tarde, contou ao Le Monde como os seus pertences haviam desaparecido. "As roupas, as óculos, os papéis... está tudo dentro de água". Mesmo assim, Jézéquel teve mais sorte do que os 51 franceses que perderam a vida durante a passagem da tempestade Xynthia. O Presidente Nicolas Sarkozy já desbloqueou três milhões de euros para apoio às vítimas e decretará hoje o estado de calamidade.

França foi o país mais afectado pela "tempestade perfeita", como a apelidaram os espanhóis. Mas esta causou morte e destruição também em Portugal, onde uma pessoa perdeu a vida devido ao mau tempo. Em Espanha, as autoridades registaram três mortos e na Alemanha, seis. Na Bélgica, a Xynthia tirou uma vida.

Enquanto a tempestade segue caminho para a Escandinávia, a França fazia ontem o balanço do mau tempo. E os estragos eram bem visíveis: estradas que abateram, edifícios destruídos, diques que não resistiram à força do mar e bairros inteiros invadidos pelas águas. A região da Vendée, na costa ocidental de França, foi a mais afectada, com 33 mortos e muitos estragos. Em todo o país, ao final do dia de ontem 70 mil pessoas continuavam sem electricidade.

"Temos de lançar a luz sobre este drama inaceitável e incompreensível", afirmou o Presidente Nicolas Sarkozy, citado pela AFP. O Chefe do Estado francês, que se deslocou às regiões mais atingidas pela tempestade, disse não compreender como uma situação destas pode acontecer "na França do século XXI. Como é que famílias inteiras são surpreendidas pelas águas enquanto dormem e morrem afogadas nas próprias casas?"

Sarkozy pediu uma inspecção para saber o que falhou nos diques que cederam e se alguma das mortes esteve relacionada com os erros de construção. Ontem este era o grande debate em França. A secretária de Estado do Ambiente, Chantal Jouanno, apelou a que se endureçam as regras de construção nas zonas inundáveis e atrás dos diques. A responsável lamentou que desde a grande tempestade de 1999 (que na altura fez 92 mortos) mais de cem mil edifícios tenham ficado destruídos em zonas inundáveis.

Os mais de 500 desalojados refugiaram-se em abrigos e em casa de familiares e amigos. Para domingo está prevista uma missa em memória das vítimas na catedral de Notre Dame em Paris.

O Governo francês já pediu a activação do fundo de solidariedade da União Europeia para reparar os estragos deixados pela tempestade Xynthia. Em 2009 recebera 109 milhões após a passagem da tempestade Klaus. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já prometeu apoio aos "países mais afectados".

In DN

Aproximação de depressão vai agravar estado do tempo

por Lusa
Hoje


A situação meteorológica deverá agravar-se a partir de sexta feira, altura em que uma nova depressão irá atingir o território nacional, originando chuva e vento forte em quase todo o país.

"Sexta feira voltará a ser um dia bastante complicado", alertou Idália Mendonça, do Instituto de Meteorologia (IM), dizendo que a chuva forte irá marcar presença em Portugal continental, sobretudo nas regiões centro e sul, com a força do vento a rondar os 45 Km/h, no litoral, e com possível ocorrência de trovoadas.

O agravamento das condições climatéricas começará, no entanto, a fazer-se sentir no arquipélago da Madeira, a partir das 12:00 de quinta feira, devido à "aproximação da depressão".

"Esta situação meteorológica tem a ver com a localização do anticiclone que está localizado junto às Ilhas Britânicas, a norte, e também devido à sua fraca intensidade, permitindo que as perturbações frontais que circulam no Atlântico, como é o caso das depressões, provoquem aguaceiros muito fortes", explicou a meteorologista do IM à Lusa.

Ao aproximar-se do arquipélago da Madeira, já na quinta feira, a depressão irá originar "precipitação forte a partir da tarde", assim como vento com rajadas que poderão atingir os 110 Km/H, "em especial nas zonas montanhosas".

A meteorologista adverte, no entanto, que as condições meteorológicas estão longe de se assemelhar às que provocaram o temporal na Madeira, em Fevereiro passado.

"Ao afastar-se [a depressão] do arquipélago e aproximar-se do continente, a partir de sul, as condições meteorológicas agravar-se-ão", disse ainda Idália Mendonça, referindo-se ao estado do tempo no centro e sul do país, a partir de sexta-feira.

De acordo com as previsões do IM, as condições meteorológicas irão atenuar-se no próximo fim de semana, sobretudo no domingo, embora no próximo dia 10 a situação se agrave devido "à aproximação de uma nova depressão", sendo esperada uma descida da temperatura.

In DN