Arrepiante - Pena de morte
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Arrepiante - Pena de morte
"Picaram-me 18 vezes para me tirar a vida"
por HUGO COELHO
Hoje
Durante as duas horas que esteve deitado na sala de execução Romell Broom chorou de medo, gritou de dor mas não conseguiu morrer.
O negro de 53 anos é o primeiro em seis décadas nos EUA a poder contar a história da sua execução.
O insólito episódio aconteceu dia 15 de Setembro mas só ontem a AFP publicou o testemunho que convenceu o tribunal a adiar a execução e mergulhou os EUA no debate sobre os métodos de execução e a própria pena de morte. O condenado contou ao tribunal que foi picado 18 vezes por todo o corpo até o chefe da prisão ordenar aos carrascos que desistissem de "apanhar a veia para lhe dar a injecção e tirar-lhe a vida". Depois, um dos guardas ofereceu-lhe "um cigarro e um café".
Romell foi condenado à pena capital pela violação e assassínio de uma rapariga de 14 anos. Esteve 25 anos no corredor da morte antes do dia em que se deitou na maca para morrer. De acordo com a lei do estado do Ohio, o condenado devia receber pela veia uma anestesia e um paralisante dos músculos antes do químico que lhe faria parar o coração. Mas nenhum entrou no seu sangue.
"Estavam três guardas na sala, um à minha direita, um à esquerda e o outro aos meus pés. A enfermeira tentou três vezes apanhar as minhas veias no braço esquerda, o enfermeiro tentou três vezes as veias do meu braço direito."
Pouco depois os carrascos voltaram a tentar o braço esquerdo, mas a agulha "tocou no músculo porque me fez gritar", lia-se no texto divulgado pela AFP. Então, a enfermeira saiu da sala, onde quatro jornalistas e três familiares seguiam a execução.
Depois de uma pausa, regressou. Nessa altura, Romell mal conseguia "segurar" os braços que escorriam sangue e um dos guardas colocou-lhe a mão no ombro e disse "descontraia".
Os enfermeiros estavam decididos a tentar injectar os químicos pelas mãos e Romell ajudou-os a fazer o garrote. Mas mais uma vez não conseguiram e o guarda voltou a pôr-lhe a mão no ombro.
"Comecei a ficar nervoso. Chorava. Os enfermeiros picavam nas zonas feridas onde jorrava sangue. Pedi-lhes para pararem e pedi para falar com o meu advogado".
Mas nada. Os carrascos continuaram a missão. Enquanto ela picava a perna esquerda ele fazia o mesmo no tornozelo direito. "A dor atingiu o máximo. A agulha tocou no osso e eu gritei."
Ao fim de duas horas, o chefe da prisão mandou parar a execução e adiou-a uma semana. A ordem não foi cumprida porque um tribunal suspendeu a sentença. Romell ganhou tempo de vida mas não só para ele. O governador do estado, Ted Strickland, adiou outras duas execuções, agendadas para Outubro e Novembro. Strickland quer que o caso não se volte a repetir e está a dar tempo às prisões.
Romell é o primeiro a sobreviver a uma execução em 60 anos. Mas são menos raras as execuções que falham à primeira tentativa. Em 1983, no Alabama, um homem sobreviveu ao primeiro choque da cadeira eléctrica. A sua perna ficou queimada mas o coração continuou a bater. Em 2006, na Florida, um homem precisou de levar a injecção letal duas vezes.
DN
por HUGO COELHO
Hoje
Durante as duas horas que esteve deitado na sala de execução Romell Broom chorou de medo, gritou de dor mas não conseguiu morrer.
O negro de 53 anos é o primeiro em seis décadas nos EUA a poder contar a história da sua execução.
O insólito episódio aconteceu dia 15 de Setembro mas só ontem a AFP publicou o testemunho que convenceu o tribunal a adiar a execução e mergulhou os EUA no debate sobre os métodos de execução e a própria pena de morte. O condenado contou ao tribunal que foi picado 18 vezes por todo o corpo até o chefe da prisão ordenar aos carrascos que desistissem de "apanhar a veia para lhe dar a injecção e tirar-lhe a vida". Depois, um dos guardas ofereceu-lhe "um cigarro e um café".
Romell foi condenado à pena capital pela violação e assassínio de uma rapariga de 14 anos. Esteve 25 anos no corredor da morte antes do dia em que se deitou na maca para morrer. De acordo com a lei do estado do Ohio, o condenado devia receber pela veia uma anestesia e um paralisante dos músculos antes do químico que lhe faria parar o coração. Mas nenhum entrou no seu sangue.
"Estavam três guardas na sala, um à minha direita, um à esquerda e o outro aos meus pés. A enfermeira tentou três vezes apanhar as minhas veias no braço esquerda, o enfermeiro tentou três vezes as veias do meu braço direito."
Pouco depois os carrascos voltaram a tentar o braço esquerdo, mas a agulha "tocou no músculo porque me fez gritar", lia-se no texto divulgado pela AFP. Então, a enfermeira saiu da sala, onde quatro jornalistas e três familiares seguiam a execução.
Depois de uma pausa, regressou. Nessa altura, Romell mal conseguia "segurar" os braços que escorriam sangue e um dos guardas colocou-lhe a mão no ombro e disse "descontraia".
Os enfermeiros estavam decididos a tentar injectar os químicos pelas mãos e Romell ajudou-os a fazer o garrote. Mas mais uma vez não conseguiram e o guarda voltou a pôr-lhe a mão no ombro.
"Comecei a ficar nervoso. Chorava. Os enfermeiros picavam nas zonas feridas onde jorrava sangue. Pedi-lhes para pararem e pedi para falar com o meu advogado".
Mas nada. Os carrascos continuaram a missão. Enquanto ela picava a perna esquerda ele fazia o mesmo no tornozelo direito. "A dor atingiu o máximo. A agulha tocou no osso e eu gritei."
Ao fim de duas horas, o chefe da prisão mandou parar a execução e adiou-a uma semana. A ordem não foi cumprida porque um tribunal suspendeu a sentença. Romell ganhou tempo de vida mas não só para ele. O governador do estado, Ted Strickland, adiou outras duas execuções, agendadas para Outubro e Novembro. Strickland quer que o caso não se volte a repetir e está a dar tempo às prisões.
Romell é o primeiro a sobreviver a uma execução em 60 anos. Mas são menos raras as execuções que falham à primeira tentativa. Em 1983, no Alabama, um homem sobreviveu ao primeiro choque da cadeira eléctrica. A sua perna ficou queimada mas o coração continuou a bater. Em 2006, na Florida, um homem precisou de levar a injecção letal duas vezes.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Arrepiante - Pena de morte
COITADINHO................................E a menina de 14 ANOS?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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