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Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS

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Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS Empty Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS

Mensagem por Viriato Ter Jan 19, 2010 4:10 am


Sector pede apoio em determinadas especialidades ou em casos complexos.


Médicos e hospitais do sector privado solicitam todos os meses cerca de quatro mil primeiras consultas ao SNS, o que ao fim do ano dá um total de cerca de 60 mil consultas. De acordo com dados facultados por vários hospitais públicos, a percentagem de primeiras consultas com origem fora do SNS está entre os 3% e os 5% anualmente. Os pedidos devem-se sobretudo à incapacidade de dar resposta em certas especialidades ou áreas complexas. Mas os grandes grupos privados referem que são os médicos privados a título individual que referenciam.
Apesar de haver dois milhões de potenciais utentes das unidades privadas, seja através de seguros de saúde ou por subsistemas como a ADSE, há uma fatia que é solicitada por médicos do privado.
Segundo Natércia Miranda, coordenadora do Programa Consulta a Tempo e Horas, "foi feito um inquérito aos hospitais sobre a origem dos pedidos da consulta. Durante o mês de Setembro, 3% tiveram outras origens que não os centros de saúde ou os hospitais públicos".
Dados de 63 hospitais mostram que quase 3% das consultas são a pedido do "privado", ou seja, 3851 no total. A percentagem é mais alta em Lisboa do que noutras regiões, porque a oferta é maior. Se forem extrapolados para um ano (dois milhões de primeiras consultas), estes dados de um mês permitiriam concluir que até 60 mil consultas são pedidas por esta via.
Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, diz que "seja porque os privados não têm uma especialidade ou o plafond do seguro acabou, os hospitais públicos têm de aceitar estes doentes". E não está contra. "Se pensarmos bem, o facto de haver doentes a ser tratados pelo privado alivia a pressão sobre o sector público". Preocupantes são os casos de doentes com cancro, por exemplo, que iniciam o tratamento e não têm cobertura suficiente pelo seguro, o que obriga a acompanhamento no público por um novo médico.
Adalberto Campos Fernandes, administrador do Hospital de Santa Maria, calcula que 5% entram por iniciativa própria, o que não é possível em muitas unidades, ou "referenciados por carta por outro médico, que pede a admissão".
Na unidade e no público em geral, 80% dos doentes chegam pelo SNS e 15% de subsistemas. Se são realizadas 200 mil primeiras consultas/ano (20% do total), 10 mil serão solicitadas por utentes ou sector privado. Em Santa Maria, há "pedidos em áreas específicas. Temos competências únicas. É o caso da esclerose múltipla ou de endocrinologia pediátrica, para a qual nos referenciam doentes do privado e do SNS".
Em Faro, o hospital tem uma contabilização rigorosa. "São 8% das 25 mil primeiras consultas que produzimos ", diz a directora clínica Helena Gomes. Valores que correspondem a duas mil consultas.
O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental estima que os pedidos de privados sejam 2% das consultas. "Estes doentes vêm sobretudo de médicos que têm actividade individual. Para isso têm de enviar informação clínica, de forma a integrar as listas de espera", refere Pedro Abecassis, do conselho de administração. Das 110 mil primeiras consultas anuais, 2200 virão por esta via.
A maioria dos pedidos vem dos cuidados primários: "Há quatro vias de acesso: privados, centros de saúde, internamente pelos hospitais públicos ou entre hospitais do SNS", refere Natércia Miranda. São sobretudo os que chegam através dos cuidados primários que já estão inscritos e monitorizados na rede da consulta a tempo e horas.


Este assunto já aqui foi abordado muitas vezes. Os privados gostam das apendicites, estética, partos (quase sempre cesarianas) etc. Casos graves, de preferêcia no SNS. Lá é que há equipamento, saber e dinheiro. Porque as seguradoras não se dão bem com doenças prolongadas.... e/ou que exijam técnicas avançadas de tratamento.
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Mensagem por Vitor mango Ter Jan 19, 2010 4:24 am


Este assunto já aqui foi abordado muitas vezes. Os privados gostam das apendicites, estética, partos (quase sempre cesarianas) etc. Casos graves, de preferêcia no SNS. Lá é que há equipamento, saber e dinheiro. Porque as seguradoras não se dão bem com doenças prolongadas.... e/ou que exijam técnicas avançadas de tratamento.

entao se for na america
bye bye
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Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 19, 2010 5:05 am

Este assunto já aqui foi abordado muitas vezes. Os privados gostam das apendicites, estética, partos (quase sempre cesarianas) etc. Casos graves, de preferêcia no SNS. Lá é que há equipamento, saber e dinheiro. Porque as seguradoras não se dão bem com doenças prolongadas.... e/ou que exijam técnicas avançadas de tratamento.

Pessoalmente, tenho-me sempre dado muito bem com o SNS, cujos serviços prestados muito evoluiram em eficiência, no mandato de Correia de Campos.

Sempre entendi que o sector privado é mais uma máquina de fazer dinheiro e como tal, menos humanizada, como o prova o "despachar" de doentes para os SNS, quando os casos se agravam Seria lógico que, para prestação de serviços condizentes com o "status" propagandeado, essas unidades estivessem eficazmente apetrechadas, não?
Claro que as seguradoras não foram criadas, senão para deixar cair...tudo.

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Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS Empty Re: Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS

Mensagem por Viriato Ter Jan 19, 2010 7:14 am

João Ruiz escreveu:
Este assunto já aqui foi abordado muitas vezes. Os privados gostam das apendicites, estética, partos (quase sempre cesarianas) etc. Casos graves, de preferêcia no SNS. Lá é que há equipamento, saber e dinheiro. Porque as seguradoras não se dão bem com doenças prolongadas.... e/ou que exijam técnicas avançadas de tratamento.

Pessoalmente, tenho-me sempre dado muito bem com o SNS, cujos serviços prestados muito evoluiram em eficiência, no mandato de Correia de Campos.

Sempre entendi que o sector privado é mais uma máquina de fazer dinheiro e como tal, menos humanizada, como o prova o "despachar" de doentes para os SNS, quando os casos se agravam Seria lógico que, para prestação de serviços condizentes com o "status" propagandeado, essas unidades estivessem eficazmente apetrechadas, não?
Claro que as seguradoras não foram criadas, senão para deixar cair...tudo.

Há sempre quem goste de ser explorado... pelos vistos!

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Passei por tudo isto como sabe, caro João. E nunca me esqueço o momento em que o director clínico de um hospital privado, o Britsh Hospital, me chama e disse. Tire a sua mulher daqui. Leve-a para um hospital do SNS. E, com dois anos de atrazo, levei-a para o Curry Cabral. Foram de um profissionalismo inatacável. Só que já muito tarde. E com 20.000 euros já gastos porque o seguro há muito deixara de pagar .... A pólice não fora renovada no segundo ano. E isso é preciso que se saiba quando aparecem políticos a pretender substituir o SNS pela medicina privada como a solução milagrosa da sustentabilidade do sistema. Obama percebeu a tragédia. Nesse momento será talvez o seu desígnio mais conseguido. Assim o espero.
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Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS Empty Hospitais recusam doentes encaminhados pelos privados

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jan 20, 2010 10:32 am

Hospitais recusam doentes encaminhados pelos privados

por DIANA MENDES
Hoje

Privados pedem 4 mil consultas por mês ao SNS Ng1244591

Pacientes são obrigados a ir a centros de saúde. Um dos objectivos é desviar custos.

Há hospitais que estão a recusar colocar doentes que vêm de unidades privadas em lista de espera para consulta, remetendo-os para os centros de saúde. Segundo a Ordem dos Médicos (OM) e os próprios administradores hospitalares, o objectivo é imputar os custos das consultas aos cuidados primários, enquanto alguns hospitais consideram que a referenciação deve ser feita por médicos de família.

O bastonário da OM, Pedro Nunes, diz ao DN que "todos os dias acontecem situações destas, que implicam a duplicação de despesas. Já Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, calcula que "cerca de 5% das consultas realizadas do SNS sejam pedidas pelo privado", tal como o DN noticiou. Porém, admite, que "há hospitais que recusam aceitar doentes e os encaminham para os cuidados primários". Uma situação que não deve ocorrer, porque "os médicos podem fazer referenciação directa. Basta fazer um pedido e enviar informação clínica".

Pedro Nunes é muito crítico em relação a esta recusa. "Devíamos ficar satisfeitos por o sector privado tratar doentes que, de outra forma, iriam entupir mais os serviços públicos". Apelidando de burocrático o sistema público de saúde, o médico acrescenta que é "criminoso obrigar as pessoas a deslocarem-se e isso acontece com consultas e pedidos de exames". Além disso, os critérios podem mudar quando as pessoas são vistas por outros médicos, além de que "estamos a pagar por duas consultas para um mesmo objectivo".

Na sua opinião, esta situação ocorre devido a problemas técnicos, mas também por "questões económicas. Se as pessoas forem encaminhadas para os centros de saúde, os custos serão imputados a eles e não aos hospitais. Tenho pena que isso aconteça quando é o Estado que paga na mesma. A diferença é ser pago com o dinheiro do bolso direito ou do esquerdo". Mesmo que a razão seja bloquear a referenciação pelo privado, "os médicos não podem ser polícias.

Adalberto Campos Fernandes, presidente do conselho de administração do Hospital de Santa Maria, reconhece que a rede de referenciação está montada para que os cuidados primários encaminhem para os hospitais, mas diz que nunca se deve recusar um doente. "Os médicos do privado encaminham já com dados clínicos, além de que há pessoas que não têm médico de família ou não querem." Mesmo admitindo que possa haver casos em que a consulta não faz sentido, o gestor frisa que deve ser avaliada. "Deve predominar sempre o critério clínico."

Já Luís Afonso, da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, confirma ao DN que estas situações continuam a acontecer, mas em menor número. "No caso dos exames, já emitimos circulares e tem havido um esforço para cumprir". A articulação entre os dois níveis de cuidados "começa a estar mais facilitada", garante.

Pedro Lopes admite que o número de pedidos do privado irá diminuir: "As pequenas consultas vão continuar a existir, mas o grosso do privado é garantido por grandes hospitais, que já têm consultas na maior parte das áreas e respondem às necessidades."

In DN

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