Bolsa: Governo e oposição devem dar "sinais claros" que Portugal conseguirá sanear contas públicas
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Bolsa: Governo e oposição devem dar "sinais claros" que Portugal conseguirá sanear contas públicas
Bolsa: Governo e oposição devem dar "sinais claros" que Portugal conseguirá sanear contas públicas - Analistas
Lisboa, 03 fev (Lusa)
Os analistas hoje ouvidos pela agência Lusa apelaram à convergência de posições entre Governo e oposição de forma a transmitir "sinais claros" aos investidores de que Portugal conseguirá sanear as contas públicas.
Para Rui Bernardes Serra, economista-chefe do Montepio Geral, há neste momento uma clara preocupação com a governabilidade do país e por isso não é tempo para "querelas partidárias".
Um dos sinais de confiança que nesta atura poderiam ser transmitidos seria, na opinião do analista, a aprovação do Orçamento pelos três partidos da esfera do poder e não "a mera abstenção".
"O Programa de Estabilidade e Crescimento, que deverá ser apresentado pelo Governo português, em Bruxelas, terá que exibir de uma forma simultaneamente credível e ambiciosa a forma como o Governo se propõe reduzir o défice de 9,3 por cento do PIB, em 2009, para 3 por cento em 2013", disse ainda Rui Serra.
Para o economista, embora o Governo tenha afastado aumentos de impostos, poderá ser necessário fazê-lo, nomeadamente o IVA, atendendo ao facto dos cortes nas despesas demonstrarem, normalmente, uma "certa resiliência".
Na mesma linha, António Seladas, diretor de investimento do Millennium BCP manifestou a sua preocupação relativamente à situação do mercado português pelo facto de o que está a motivar a queda do PSI 20 serem fatores "exógenos" ao mercado.
"A estabilização dos mercados será difícil. O Orçamento de Estado não chegou. É necessário algo mais credível porque estas situações não são fáceis de gerir", avisou.
Segundo António Seladas, o PSI 20 sofreu quedas desta dimensão durante a crise do 'sub-prime', em outubro de 2008, mas nessa altura todos os mercados estão a cair.
"Não me lembro de uma situação semelhante à que estamos agora a viver", disse Paulo Rosa, da LJ Carregosa, acrescentando que o poder político não deverá nesta altura "subestimar o mercado de capitais", nem assumir uma posição de ataque às agências de 'rating'.
"Temos que aliviar a tensão e dar confiança aos investidores estrangeiros que conseguiremos baixar o défice para os 3 por cento através de medidas concretas", acrescentou.
O PSI 20 regista hoje um dos piores desempenhos do mundo, com a queda próxima dos 4 por cento a significar uma perda de 820,3 milhões de euros, praticamente o preço da terceira travessia sobre o rio Tejo.
O principal índice da bolsa portuguesa (PSI 20) seguia às 13:53 nos 7.526,05 pontos, contra os 7.832,86 pontos a fechou a sessão de terça-feira, durante a qual desvalorizou quase três por cento.
A forte queda da praça acionista nacional acontece no dia em que o custo do seguro contra um eventual incumprimento do Estado português no pagamento dos empréstimos feitos por investidores internacionais, conhecido como 'credit default swap' (CDS), atingiu um novo máximo, ultrapassando os 210 pontos.
Os investidores internacionais continuam, assim, a penalizar Portugal, depois de na quarta-feira o comissário europeu Joaquín Almunia ter afirmado que os problemas estruturais da Grécia afetam também outros países, como Portugal e Espanha.
Lisboa, 03 fev (Lusa)
Os analistas hoje ouvidos pela agência Lusa apelaram à convergência de posições entre Governo e oposição de forma a transmitir "sinais claros" aos investidores de que Portugal conseguirá sanear as contas públicas.
Para Rui Bernardes Serra, economista-chefe do Montepio Geral, há neste momento uma clara preocupação com a governabilidade do país e por isso não é tempo para "querelas partidárias".
Um dos sinais de confiança que nesta atura poderiam ser transmitidos seria, na opinião do analista, a aprovação do Orçamento pelos três partidos da esfera do poder e não "a mera abstenção".
"O Programa de Estabilidade e Crescimento, que deverá ser apresentado pelo Governo português, em Bruxelas, terá que exibir de uma forma simultaneamente credível e ambiciosa a forma como o Governo se propõe reduzir o défice de 9,3 por cento do PIB, em 2009, para 3 por cento em 2013", disse ainda Rui Serra.
Para o economista, embora o Governo tenha afastado aumentos de impostos, poderá ser necessário fazê-lo, nomeadamente o IVA, atendendo ao facto dos cortes nas despesas demonstrarem, normalmente, uma "certa resiliência".
Na mesma linha, António Seladas, diretor de investimento do Millennium BCP manifestou a sua preocupação relativamente à situação do mercado português pelo facto de o que está a motivar a queda do PSI 20 serem fatores "exógenos" ao mercado.
"A estabilização dos mercados será difícil. O Orçamento de Estado não chegou. É necessário algo mais credível porque estas situações não são fáceis de gerir", avisou.
Segundo António Seladas, o PSI 20 sofreu quedas desta dimensão durante a crise do 'sub-prime', em outubro de 2008, mas nessa altura todos os mercados estão a cair.
"Não me lembro de uma situação semelhante à que estamos agora a viver", disse Paulo Rosa, da LJ Carregosa, acrescentando que o poder político não deverá nesta altura "subestimar o mercado de capitais", nem assumir uma posição de ataque às agências de 'rating'.
"Temos que aliviar a tensão e dar confiança aos investidores estrangeiros que conseguiremos baixar o défice para os 3 por cento através de medidas concretas", acrescentou.
O PSI 20 regista hoje um dos piores desempenhos do mundo, com a queda próxima dos 4 por cento a significar uma perda de 820,3 milhões de euros, praticamente o preço da terceira travessia sobre o rio Tejo.
O principal índice da bolsa portuguesa (PSI 20) seguia às 13:53 nos 7.526,05 pontos, contra os 7.832,86 pontos a fechou a sessão de terça-feira, durante a qual desvalorizou quase três por cento.
A forte queda da praça acionista nacional acontece no dia em que o custo do seguro contra um eventual incumprimento do Estado português no pagamento dos empréstimos feitos por investidores internacionais, conhecido como 'credit default swap' (CDS), atingiu um novo máximo, ultrapassando os 210 pontos.
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