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Hospitais perdem 45 milhões com novo modelo de pagamento

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Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 11, 2010 9:59 am

Hospitais perdem 45 milhões com novo modelo de pagamento

por ANA TOMÁS RIBEIRO
Hoje

Hospitais perdem 45 milhões com novo modelo de pagamento Ng1253957

Simulação do sistema de financiamento apresentado pelo Governo mostra que 18 unidades do País vão piorar resultados

Dezoito hospitais, entre eles os maiores do País, estão em risco de perder pelo menos 45 milhões de euros em relação a 2009, porque o Estado lhes vai pagar menos pelos cuidados prestados. É este o impacto do novo modelo de financiamento do Governo para as unidades de saúde, recebido com duras críticas pelos administradores hospitalares, que ameaçam demitir-se.

As estimativas resultam da simulação do impacto do novo sistema em 34 hospitais, feita pela própria Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) em conjunto com a consultora Arthur D Little, e a que o DN teve acesso.

Entre os hospitais que perdem nos resultados operacionais estão o Garcia de Orta, em Almada, o Amadora-Sintra, o IPO do Porto, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (com os Hospitais de Santa Maria e Pulido Valente), e de Lisboa Ocidental (com os hospitais de São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz). Mas também o Hospital de São João, no Porto, o Centro Hospitalar de Coimbra, os hospitais de Faro e de Santarém e os Hospitais da Universidade de Coimbra (ver infografia).

De acordo com a mesma simulação enviada aos gestores hospitalares, dos 34 hospitais 12 vão melhorar os resultados com a aplicação do novo modelo de financiamento e dois irão manter a actual situação.

Mas isso não é o suficiente para acalmar a polémica que já se instalou nos hospitais públicos do País. O presidente do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Adalberto Campos, foi o primeiro a demitir-se, tendo regressado ao Millennium bcp no início deste mês. Mas pode haver mais demissões já esta semana. Uma delas poderá ser a de Artur Vaz, o presidente do conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra. Segundo fontes da unidade, a administração apresenta hoje aos directores as consequências da aplicação do novo modelo na vida do hospital. E em função da aceitação ou não das condições pelos quadros o gestor tomará uma decisão.

Já as administrações dos hospitais da Região Norte optaram por tomar uma posição solidária com o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Fernando Araújo, que recusou aceitar a proposta apresentada pela ACSS.

Assim, nenhum hospital do Norte aplicará o novo modelo de financiamento, disseram ontem ao DN fontes da administração do Hospital de São João e do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (ver texto ao lado).

Segundo os gestores dos hospitais que perdem com o novo modelo, este tem algumas virtudes, como o de privilegiar os incentivos à qualidade, mas para algumas unidades, sobretudo para as que produzem mais, é "desastroso" e obrigará a um corte de custos que pode pôr em causa a qualidade do serviço. A questão, dizem, "é que produzindo o mesmo vamos passar a ganhar menos por cada doente atendido." Isto apenas porque se muda de grupo de financiamento. Mesmo os gestores das unidades que ganham, como é o caso do Curry Cabral, consideram o documento, do ponto de vista teórico, bem elaborado, mas distante da realidade.

In DN

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Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 13, 2010 11:09 am

Ministério cede a hospitais e adia financiamento

por ANA BELA FERREIRA
Hoje

Hospitais perdem 45 milhões com novo modelo de pagamento Ng1254863

Novo modelo, que previa perdas de 45 milhões para 18 unidades, foi suspenso

O Ministério da Saúde (MS) adiou a polémica com os administradores hospitalares ao suspender a aplicação do novo modelo de financiamento hospitalar, que, como o DN escreveu, iria colocar 18 hospitais a perder pelo menos 45 milhões de euros. Assim, a contratualização com os hospitais vai ser feita este ano com base no modelo em vigor em 2009. Uma atitude que o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, considera "sensata".

No despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Oscar Gaspar, a suspensão é justificada pelo "constrangimento orçamental que caracteriza o Orçamento do Estado 2010 (...) e a dificuldade acrescida decorrente da necessidade de adaptação a um novo modelo". Acrescentando " o facto de o modelo só ter estado em condições de ser dado a conhecer na íntegra e com todos os seus impactos em Janeiro de 2010". Mas as críticas e as ameaças de demissão dos administradores hospitalares também devem ter influenciado esta decisão.

Apesar da suspensão, o mais certo é que o modelo, desenvolvido pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), seja aplicado no próximo ano. Já que o despacho apenas refere que não estavam reunidas as condições para que o modelo fosse aplicado já este ano. Uma ideia apoiada por Pedro Lopes. "Este é um bom modelo, mas as coisas têm impacto concreto e têm de ser conversadas com tempo", refere. O dirigente acrescenta que durante este ano haverá tempo para discutir este novo modelo.

Agora as Administrações Regionais de Saúde (ARS) têm mais de 3,5 mil milhões de euros para a contratualização. O MS determina ainda que as ARS "iniciem de imediato as negociações inerentes ao processo de contratualização hospitalar, que deverão ser ultimadas até ao dia 1 de Março", pode ler-se no despacho.

O modelo que a tutela queria aplicar previa perdas de 45 milhões de euros para 18 hospitais, entre os quais estavam os maiores do País, tal como o DN avançou na quinta-feira passada. Das 34 unidades de saúde, 12 iam melhorar os resultados e dois mantinham a actual situação.

Estas mudanças provocaram fortes críticas por parte dos administradores hospitalares e levou alguns a equacionar a sua continuidade. O administrador do Hospital Santa Maria acabou mesmo por se demitir. Também a ARS do Norte reagiu contra este novo modelo e recusou aceitar a proposta apresentada pela ACSS para esta região.

In DN

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