AJUSTE DIRECTO
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Por razões que não vêm ao caso, vou muito a Viana do Castelo. Porém, nunca tinha ouvido falar de Defensor de Moura. Dei pela sua existência há coisa de dois ou três meses, por causa das Presidenciais. Vi de passagem algumas suas intervenções nas charlas da televisão, o suficiente para perceber que, do bando dos cinco, é o que denota maior fair play. Boa imagem, boa preparação, discurso assertivo, isento de rodriguinhos piegas ou ênfase heróica. Um ano de campanha a sério e o apoio explícito e interessado do PS, e Defensor de Moura teria condições para bater-se de igual para igual com Cavaco Silva. No ponto em que as coisas estão tornou-se uma espécie de compère involuntário. Estou à-vontade para o dizer porque não vou votar a 23 de Janeiro.
Defensor de Moura tem dado informações relevantes do seu mandato de autarca. Uma delas diz respeito à realização das cerimónias do Dia de Portugal de 2008, em Viana do Castelo. Nesse ano, a Presidência da República queria dois concertos: um para o corpo diplomático, outro para o povo. Belém fez exigências de logística, impondo Kátia Guerreiro, fadista e mandatária da juventude de Cavaco em 2006, como artista principal. Mas a Câmara (então presidida por Defensor de Moura) não aceitou o cachet e as condições da fadista, tendo sido a Presidência da República a suportar todas as despesas da actuação de Kátia Guerreiro. Nada disto seria relevante não se desse o caso de a contratação ter sido feita por ajuste directo entre Belém e o agente da artista, sem que tal conste, como manda a lei, da base de contratos públicos.
Evidentemente, nada disto perturba o colunismo filet mignon sempre tão zeloso a pedir esclarecimentos a este mundo e o outro.
posted by Eduardo Pitta
Por razões que não vêm ao caso, vou muito a Viana do Castelo. Porém, nunca tinha ouvido falar de Defensor de Moura. Dei pela sua existência há coisa de dois ou três meses, por causa das Presidenciais. Vi de passagem algumas suas intervenções nas charlas da televisão, o suficiente para perceber que, do bando dos cinco, é o que denota maior fair play. Boa imagem, boa preparação, discurso assertivo, isento de rodriguinhos piegas ou ênfase heróica. Um ano de campanha a sério e o apoio explícito e interessado do PS, e Defensor de Moura teria condições para bater-se de igual para igual com Cavaco Silva. No ponto em que as coisas estão tornou-se uma espécie de compère involuntário. Estou à-vontade para o dizer porque não vou votar a 23 de Janeiro.
Defensor de Moura tem dado informações relevantes do seu mandato de autarca. Uma delas diz respeito à realização das cerimónias do Dia de Portugal de 2008, em Viana do Castelo. Nesse ano, a Presidência da República queria dois concertos: um para o corpo diplomático, outro para o povo. Belém fez exigências de logística, impondo Kátia Guerreiro, fadista e mandatária da juventude de Cavaco em 2006, como artista principal. Mas a Câmara (então presidida por Defensor de Moura) não aceitou o cachet e as condições da fadista, tendo sido a Presidência da República a suportar todas as despesas da actuação de Kátia Guerreiro. Nada disto seria relevante não se desse o caso de a contratação ter sido feita por ajuste directo entre Belém e o agente da artista, sem que tal conste, como manda a lei, da base de contratos públicos.
Evidentemente, nada disto perturba o colunismo filet mignon sempre tão zeloso a pedir esclarecimentos a este mundo e o outro.
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