A proposta de Pedro Magalhães que assusta os partidos
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A proposta de Pedro Magalhães que assusta os partidos
A proposta de Pedro Magalhães que assusta os partidos
Ricardo Costa
8:27 Terça feira, 7 de janeiro de 2014 Última atualização há 8 minutos
Na Revista do Expresso de sábado dia 28 de dezembro, num trabalho que o Henrique Monteiro fez sobre ideias que podiam mudar o país, o Pedro Magalhães deu uma ideia muito simples - estupidamente simples, digo eu - que podia ajudar a mudar o país, por atuar directamente sobre os vícios da democracia.
O que o sociólogo do ICS propõe é simples: que os portugueses possam escolher os deputados em que votam. Ou seja, um mecanismo que já existe nalguns países, em que os eleitores quando escolhem o "seu" partido, podem, de seguida, ordenar os candidatos a deputados pela sua preferência.
Esta pequena mudança poupava-nos ao triste espectáculo (a que já estamos a assistir nas Europeias de maio) da elaboração das listas dos partidos antes das eleições. A ideia de lugares elegíveis pura e simplesmente desaparecia. Porque raio é que alguém vai negociar (ou exigir,ou impor) um quarto ou quinto lugar numa lista para as Europeias, se os eleitores podem preferir votar em alguém que vem em decimo sexto lugar?
Mas a mudança mais relevante seria a da perceção (e realidade, já agora) que os eleitores teriam de interferir na democracia, de uma forma directa e positiva. Com esta regra, que se pode aplicar já nas próximas eleições, alguns eurodeputados que já estão "sentados" no próximo Parlamento Europeu não teriam lá lugar. No caso do Parlamento nacional, não tenho dúvidas de que a varridela seria imensa.
É claro que os partidos vão recusar esta ideia e vão lembrar que em Itália, Cicciolina foi eleita assim, o que é verdade: era das últimas da lista mas foi primeira escolha de muitos eleitores. Mas Cicciolina só estava nos boletins de voto porque um partido - nesse caso, o Partido Radical - a indicou. E, mais relevante, se o preço a pagar por esta mudança for uma ou duas Cicciolinas no Parlamento, nada contra. Até seria divertido ver Assunção Esteves a citar com Heideger e Habermas num diálogo com Erica Fontes. Porque o que ficaria disso tudo seria um Parlamento infinitamente mais ligado aos seus eleitores e eleitores muito mais responsáveis e preocupados com o seu voto.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/a-proposta-de-pedro-magalhaes-que-assusta-os-partidos=f849299#ixzz2phVRrlbk
Ricardo Costa
8:27 Terça feira, 7 de janeiro de 2014 Última atualização há 8 minutos
Na Revista do Expresso de sábado dia 28 de dezembro, num trabalho que o Henrique Monteiro fez sobre ideias que podiam mudar o país, o Pedro Magalhães deu uma ideia muito simples - estupidamente simples, digo eu - que podia ajudar a mudar o país, por atuar directamente sobre os vícios da democracia.
O que o sociólogo do ICS propõe é simples: que os portugueses possam escolher os deputados em que votam. Ou seja, um mecanismo que já existe nalguns países, em que os eleitores quando escolhem o "seu" partido, podem, de seguida, ordenar os candidatos a deputados pela sua preferência.
Esta pequena mudança poupava-nos ao triste espectáculo (a que já estamos a assistir nas Europeias de maio) da elaboração das listas dos partidos antes das eleições. A ideia de lugares elegíveis pura e simplesmente desaparecia. Porque raio é que alguém vai negociar (ou exigir,ou impor) um quarto ou quinto lugar numa lista para as Europeias, se os eleitores podem preferir votar em alguém que vem em decimo sexto lugar?
Mas a mudança mais relevante seria a da perceção (e realidade, já agora) que os eleitores teriam de interferir na democracia, de uma forma directa e positiva. Com esta regra, que se pode aplicar já nas próximas eleições, alguns eurodeputados que já estão "sentados" no próximo Parlamento Europeu não teriam lá lugar. No caso do Parlamento nacional, não tenho dúvidas de que a varridela seria imensa.
É claro que os partidos vão recusar esta ideia e vão lembrar que em Itália, Cicciolina foi eleita assim, o que é verdade: era das últimas da lista mas foi primeira escolha de muitos eleitores. Mas Cicciolina só estava nos boletins de voto porque um partido - nesse caso, o Partido Radical - a indicou. E, mais relevante, se o preço a pagar por esta mudança for uma ou duas Cicciolinas no Parlamento, nada contra. Até seria divertido ver Assunção Esteves a citar com Heideger e Habermas num diálogo com Erica Fontes. Porque o que ficaria disso tudo seria um Parlamento infinitamente mais ligado aos seus eleitores e eleitores muito mais responsáveis e preocupados com o seu voto.
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