ONU: situação em Gaza pode "ficar fora de controlo"
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ONU: situação em Gaza pode "ficar fora de controlo"
ONU: situação em Gaza pode "ficar fora de controlo"
PÚBLICO
10/07/2014 - 08:48
(actualizado às 14:27)
Bombardeamentos da madrugada mataram pelo menos 20 pessoas. Conselho de Segurança reúne-se nesta quinta-feira.
Ataque a carro provocou morte de três pessoas e ferimentos em quatro na Cidade de Gaza MAHMUD HAMS/AFP
Foi mais uma noite de bombardeamentos aéreos. Israel fez ataques a 322 alvos em Gaza que, segundo fonte médica, causaram a morte de pelo menos 20 pessoas. O Hamas respondeu na madrugada desta quinta-feira com o lançamento de rockets contra Telavive, interceptados pela defesa antimíssil.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, disse, a poucas horas de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, marcada para esta quinta-feira, que “Gaza está no fio da navalha” e há risco de a situação “ficar fora de controlo”.
Desde o início da actual operação militar, na segunda-feira, pelo menos 70 palestinianos, grande parte civis, foram mortos, segundo a AFP. Na noite de quarta para quinta-feira, a maior parte das vítimas mortais registou-se em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza. Num dos ataques, à Cidade de Gaza, na manhã desta quinta-feira, foi atingido um veículo, provocando a morte de três pessoas e ferimentos em quatro.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mandou endurecer os ataques. “[O objectivo] não é ter uma solução tipo penso rápido, em que temos um cessar-fogo e depois há rockets sobre Israel na semana seguinte”, disse Mark Regev, porta-voz do chefe do Governo. A intenção desta operação é mais ambiciosa: “desmantelar a máquina militar do Hamas”, agora enriquecida com projécteis com maior capacidade. Israel estima que o Hamas tenha 10 mil projécteis.
O actual ciclo de violência é o mais grave desde uma ofensiva contra o território palestiniano, justificada por Israel, como agora, com a necessidade de acabar com os disparos de rockets contra o seu território. O Governo de Nethanyau está também a mobilizar reservistas e admite a possibilidade de uma intervenção terrestre em Gaza.
Desde o início da actual operação militar, na segunda-feira, justificada como resposta ao lançamento de rockets contra o seu território, Israel fez 750 ataques aéreos a alvos em Gaza. Os alvos declarados na noite da passada quarta-feira foram rampas de lançamentos de rockets, túneis e postos de comando do Hamas.
O ramo militar do Hamas informou ter disparado dois engenhos contra Telavive. O Exército de Israel informou que no total, durante a noite, foram disparados oito contra território israelita, o que eleva os disparos para quase 300 desde o início da semana.
Um dos rockets disparado da Faixa de Gaza contra a cidade foi interceptado pelo sistema israelita de defesa antimísseis Iron Dome. A imprensa noticiou que foram ouvidas explosões e que destroços de rockets foram encontrados no Sul da cidade, onde as sirenes voltaram a tocar, à semelhança do que aconteceu em dias anteriores.
A recente escalada de violência começou depois do assassínio de três adolescentes israelitas na Cisjordânia. Seguiu-se uma acção do Exército que levou à detenção de centenas de membros do Hamas. No dia do funeral dos israelitas, na semana passada, um palestiniano foi assassinado, aparentemente queimado vivo, o que agravou a tensão. Israel deteve seis suspeitos de terem sido autores do crime. Vários são menores e três confessaram já o crime.
Na noite de quarta-feira, foi revelado que o Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar uma reunião de emergência nesta quinta-feira sobre a escalada de violência entre Israel e o movimento Hamas.
PÚBLICO
10/07/2014 - 08:48
(actualizado às 14:27)
Bombardeamentos da madrugada mataram pelo menos 20 pessoas. Conselho de Segurança reúne-se nesta quinta-feira.
Ataque a carro provocou morte de três pessoas e ferimentos em quatro na Cidade de Gaza MAHMUD HAMS/AFP
Foi mais uma noite de bombardeamentos aéreos. Israel fez ataques a 322 alvos em Gaza que, segundo fonte médica, causaram a morte de pelo menos 20 pessoas. O Hamas respondeu na madrugada desta quinta-feira com o lançamento de rockets contra Telavive, interceptados pela defesa antimíssil.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, disse, a poucas horas de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, marcada para esta quinta-feira, que “Gaza está no fio da navalha” e há risco de a situação “ficar fora de controlo”.
Desde o início da actual operação militar, na segunda-feira, pelo menos 70 palestinianos, grande parte civis, foram mortos, segundo a AFP. Na noite de quarta para quinta-feira, a maior parte das vítimas mortais registou-se em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza. Num dos ataques, à Cidade de Gaza, na manhã desta quinta-feira, foi atingido um veículo, provocando a morte de três pessoas e ferimentos em quatro.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mandou endurecer os ataques. “[O objectivo] não é ter uma solução tipo penso rápido, em que temos um cessar-fogo e depois há rockets sobre Israel na semana seguinte”, disse Mark Regev, porta-voz do chefe do Governo. A intenção desta operação é mais ambiciosa: “desmantelar a máquina militar do Hamas”, agora enriquecida com projécteis com maior capacidade. Israel estima que o Hamas tenha 10 mil projécteis.
O actual ciclo de violência é o mais grave desde uma ofensiva contra o território palestiniano, justificada por Israel, como agora, com a necessidade de acabar com os disparos de rockets contra o seu território. O Governo de Nethanyau está também a mobilizar reservistas e admite a possibilidade de uma intervenção terrestre em Gaza.
Desde o início da actual operação militar, na segunda-feira, justificada como resposta ao lançamento de rockets contra o seu território, Israel fez 750 ataques aéreos a alvos em Gaza. Os alvos declarados na noite da passada quarta-feira foram rampas de lançamentos de rockets, túneis e postos de comando do Hamas.
O ramo militar do Hamas informou ter disparado dois engenhos contra Telavive. O Exército de Israel informou que no total, durante a noite, foram disparados oito contra território israelita, o que eleva os disparos para quase 300 desde o início da semana.
Um dos rockets disparado da Faixa de Gaza contra a cidade foi interceptado pelo sistema israelita de defesa antimísseis Iron Dome. A imprensa noticiou que foram ouvidas explosões e que destroços de rockets foram encontrados no Sul da cidade, onde as sirenes voltaram a tocar, à semelhança do que aconteceu em dias anteriores.
A recente escalada de violência começou depois do assassínio de três adolescentes israelitas na Cisjordânia. Seguiu-se uma acção do Exército que levou à detenção de centenas de membros do Hamas. No dia do funeral dos israelitas, na semana passada, um palestiniano foi assassinado, aparentemente queimado vivo, o que agravou a tensão. Israel deteve seis suspeitos de terem sido autores do crime. Vários são menores e três confessaram já o crime.
Na noite de quarta-feira, foi revelado que o Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar uma reunião de emergência nesta quinta-feira sobre a escalada de violência entre Israel e o movimento Hamas.
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