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Da Ciência... da Tecnologia...

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Mensagem por Joao Ruiz Qua Ago 05, 2009 9:06 am

Relembrando a primeira mensagem :

Mundo prepara-se para observar eclipse penumbral da lua

Há 29 mins

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1174475

O mundo vai poder assisitir a um fenómeno pouco comum esta madrugada. Durante cerca de três horas vai ser possível observar um eclipse penumbral da lua. Um fenómeno menos comum e espectacular, que os eclipses da lua.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1326703

- A jornalista Guilhermina Sousa conversou com o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, sobre o eclipse penumbral da lua

O fenómeno começa perto da meia noite e é muito diferente do habitual eclipse da lua.

O mais comum do que o que vai ser possível observar no início da próxima madrugada explica o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, é que a lua vai entrar apenas na sombra que a terra faz, ou seja, na zona oposta ao sol.

«Há uma zona atrás da terra que se nos pusessemos lá veriamos a terra a tapar apenas uma parte do sol e mais nada, portanto, quem estive nesse local ainda seria iluminado parcialmente pelo sol», explicou.

Essa é a zona da penumbra, uma área em que apenas um pouco do sol, ilumina a lua.

Neste eclipse pouco mais de 40 por cento do diâmetro do satélite vai ficar ligeiramente tapado pela sombra da terra, por isso, o que se vai observar é uma escuridão muito ligeira porque a maior parte da lua não vai ficar tapada.

«Vai ver-se uma zona em arco porque representa o bordo da terra, que começa totalmente iluminada e vai desvanescendo ligeiramente», acrescentou.

O fenómeno que vai durar cerca de três horas e é visível em praticamente todo o mundo, incluindo em Portugal.

TSF

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Um 'barco' para explorar os lagos da Lua de Saturno

Mensagem por Joao Ruiz Dom Dez 20, 2009 11:35 am

Um 'barco' para explorar os lagos da Lua de Saturno

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1232769

'Cassini' captou reflexo do Sol no Pólo Norte de Titã, provando a presença de líquido nesse local.

Enviar sondas para explorar outros planetas já parece coisa do passado. Agora, os cientistas estão a pensar enviar um "barco" para navegar nos lagos da maior lua de Saturno, Titã. O reflexo do Sol na superfície de uma dessas massas de hidrocarbonetos líquidos (não de água, já que o satélite natural é gelado) foi captado pela primeira vez pela sonda Cassini, da NASA.

"A história da exploração humana da Terra tem sido uma de navegação e a ideia de que podemos, pela primeira vez, explorar um mar extraterrestre seria impressionante para a maioria das pessoas", disse à BBC Elle Stofan, do Proxemy Research, que vai propor uma missão do género à agência espacial norte-americana. O projecto, que já está a ser estudado há dois anos, custaria menos de 425 milhões de dólares e seria lançado em 2016. Depois de realizar voos rasantes para explorar Júpiter, o "barco" estaria pronto para "amarar" em 2023.

Os cientistas já têm em mente possíveis destinos para a sonda, como o Ligeia Mare ou o Kraken Mare, que têm cerca de 500 quilómetros de largura. O objectivo principal é determinar as características específicas de um destes lagos, mas também aspectos meteorológicos, para ajudar os cientistas a perceber como funciona o ciclo em Titã. A Lua de Saturno é o único outro corpo espacial conhecido com líquido na sua superfície.

In DN

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Com telhas fotovoltaicas não se atiram euros fora...

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Dez 26, 2009 9:02 am

Com telhas fotovoltaicas não se atiram euros fora...

por PAULO JULIÃO
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1234870

O projecto 'Solar Tiles', da Universidade do Minho e da Nova de Lisboa, é apresentado como 'inovador' em termos de tecnologia e investigação a 'nível mundial', no aproveitamento da energia solar através de telhas fotovoltaicas. Em breve, poderá surgir no mercado a nova telha, produtora de energia e também esteticamente atractiva, que suscita interesse de privados.


Quem pensa nas telhas de uma qualquer casa assume que elas têm apenas o papel de proteger a casa do clima, mas um grupo de investigadores das universidades do Minho e da Nova de Lisboa está a desenvolver um projecto de construção de telhas com capacidade de produzir energia fotovoltaica. Um dia destes, todo o telhado de uma habitação será o seu principal ponto de fornecimento de energia, garantem os especialistas. Este projecto até já tem empresas interessadas e nesta altura está na fase de protótipo, como um segredo bem guardado.

A demanda energética a que temos assistido nos últimos anos tem levado à necessidade de exploração de novas fontes de energia, começa por recordar, ao DN, Vasco Teixeira, coordenador do Grupo de Revestimentos Funcionais (GRF) do Centro de Física da Universidade do Minho (CFUM). É aqui que "entra" o projecto Solar Tiles. "O mais importante e abundante recurso que nos é naturalmente oferecido é o Sol, apresentando-se como uma inesgotável, e amiga do ambiente, fonte de energia. A sua radiação pode ser convertida em energia eléctrica devido ao efeito fotovoltaico", justifica.

Esta tecnologia, acrescenta o docente, tem sido alvo de grande interesse por ser geradora de "uma energia eléctrica amiga do ambiente e economicamente atractiva". Tecnicamente, a produção dos equipamentos conversores baseia-se em estruturas multicamada de silício microcristalino, na forma de painéis fotovoltaicos, e "que se encontram actualmente disponíveis no mercado".

Aqui surge o primeiro problema. Apesar da utilidade energética, coloca-se a "aparência inestética" destes equipamentos, e a maior preocupação centra-se na melhoria da sua actual forma comercial. "Para colmatar esta faceta menos harmoniosa tem vindo a criar-se um novo conceito, Building Integrated Photovoltaics, que consiste em aplicar os referidos equipamentos como elementos estruturantes dos edifícios, podendo substituir os materiais de construção convencionais."

Ou seja, este conceito visa tornar os equipamentos geradores (painéis fotovoltaicos) em componentes de construção que "possam ser integrados de uma forma estética e harmoniosa na construção de edifícios com design contemporâneo, amigos do ambiente e energeticamente auto-sustentáveis". Segundo Vasco Teixeira, a forma mais prática de o conseguir passa por produzir as células fotovoltaicas sobre os materiais actualmente utilizados na construção, nomeadamente os cerâmicos convencionais, usuais no revestimento das coberturas e fachadas.

Um conceito que na sua forma original até nem é nova, já que existem actualmente no mercado diversas variantes da "telha fotovoltaica". "Contudo, estes conceitos baseiam--se em telhas planas que recorrem a tecnologia de silício cristalino e não de filme fino incorporado directamente na telha", aponta o investigador, que sublinha que o fabrico dos revestimentos para as células solares "baseia-se em processos atomísticos em vácuo, amigos do ambiente". Telhas "bonitas" e "energéticas", eis o propósito final.

O projecto Solar Tiles é um dos vários em curso na Universidade do Minho, no domínio da energia. A investigação centra-se em torno dos painéis fotovoltaicos, "para tentar aumentar a sua eficiência na transformação de energia luminosa em eléctrica, utilizando materiais poliméricos", explica a universidade. A investigação já dura há dois anos, mas o novo produto só será apresentado em 2011.

In DN

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Descoberta proteína que protege células da quimioterapia

Mensagem por Joao Ruiz Seg Dez 28, 2009 2:56 pm

Descoberta proteína que protege células da quimioterapia

por DIANA MENDES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1235484

Um estudo publicado na 'Nature' abre a possibilidade de se silenciar dois genes associados a formas agressivas de cancro do sistema nervoso, travando a sua evolução. Outra investigação aponta que há proteínas que corrigem os erros do ADN, o que abre a porta a tratamentos mais eficazes e com menos efeitos secundários para todos os doentes.

Investigadores do Reino Unido encontraram uma forma de impedir a expansão do cancro ao mesmo tempo que se protege as células saudáveis dos efeitos da quimioterapia e se intensifica os seus benefícios. Os resultados foram publicado na Nature na última edição, a mesma em que foram publicados os resultados de um estudo que identifica os dois genes mais associados ao glioblastoma, o quarto cancro mais fatal.

Segundo os dados do primeiro estudo, há uma família de proteínas (small ubiquitin like modifier) que consegue reparar os estragos provocados no DNA e que estão associados ao aparecimento ou alastramento das células cancerígenas. Estas proteínas ligam-se às proteínas normais e conduzem-nas às zonas danificadas do ADN, corrigindo os erros genéticos.

Estas proteínas foram capazes de corrigir os erros mais graves, que afectam as moléculas em forma de dupla hélice. Depois de os corrigirem, as proteínas separam-se e seguem o seu caminho. Jo Morris, do King College London, que integrou uma de duas esquipas no estudo, diz, citado pela BBC News, que "este é o primeiro passo para desenvolver remédios que podem proteger as células dos efeitos secundários da quimioterapia ou aumentar a eficácia de tratamentos actuais, como os da mama".

Esta descoberta abre ainda a possibilidade de encontrar formas de combater o cancro, uma vez que o ADN pode ser reparado. Jorge Espírito Santo, presidente do colégio da especialidade de oncologia da Ordem dos Médicos, refere que o estudo abre perspectivas interessantes, uma vez que "a quimioterapia não dirigida provoca danos irreparáveis no ADN. Se proteger as células normais, teremos hipótese de tratar melhor, nomeadamente utilizando quimioterapia mais potente".

Por outro lado, se "se provar que os danos do ADN são corrigidos, deixaria de haver cancro", avança, salientando que estamos numa fase de "ficção. É um excelente caminho teórico".

Esta equipa de cientistas estudou o processo no gene BRCA1, um dos associados ao cancro da mama agressivo quando sofre mutações. E concluiu que reparando o gene é possível impedir a formação do cancro da mama.

Outra investigação, agora da Universidade de Columbia, identifica dois genes que estão associados a 60% dos glioblastomas, um dos cancros mais frequentes do sistema nervoso central. Os doentes que tinham os genes C/EPB e Stat3 activos morriam mais cedo. Quando estes genes foram silenciados nos genes do glioblastoma (em ratinhos), o cancro deixava de evoluir.

Vítor Gonçalves, neurocirurgião do Hospital de São José, diz que a descoberta "é importante nestes tumores, que afectam seis em cem mil pessoas (600 casos por ano). Apesar de representar perto de 2% dos cancros em doentes adultos é o quarto mais fatal actualmente, "com uma sobrevivência média de um ano, ano e meio".

No glioblastoma, sabemos que "há genes que são alterados e que conduzem à multiplicação celular demasiado rápida, conduzindo a cancros. Neste caso, as alterações surgem nos atrócitos, células de suporte que se multiplicam e evoluem para um tumor maligno".

Neste caso, sabemos que "quando um oncogénio é silenciado, a célula não se torna maligna. Mas não sabemos o que podemos estar a alterar. Pode até ser algo lesivo. Estamos perante um jogo de xadrez em que a doença faz sempre batota", alerta.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 0002035B

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Tecidos cerebrais 'in vitro' podem guardar certas memórias

Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 30, 2009 5:29 pm

Tecidos cerebrais 'in vitro' podem guardar certas memórias

por LUÍS NAVES
Ontem

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1236262

Uma investigação americana permitiu entender melhor a base das memórias de curto prazo. Os cientistas conseguiram criar padrões de actividade em células cerebrais 'in vitro', ou seja, em laboratório. Foi possível armazenar informação nesses tecidos por dez segundos. A descoberta abre caminho à compreensão da epilepsia e da doença de Alzheimer.

Cientistas americanos da Universidade de Case Western Reserve conseguiram manter padrões sustentados de actividade em tecidos cerebrais mantidos in vitro, ou seja, em laboratório. A descoberta terá implicações no futuro estudo da memória e das suas propriedades. Provavelmente, também no combate à epilepsia e à doença de Alzheimer. Apesar de tudo, a experiência evoca histórias da imaginação (geralmente distopias) sobre a separação entre cérebros e os respectivos corpos ou de ideias especulativas sobre a consciência humana.

A equipa, liderada por Ben Strowbridge, estava a estudar um certo tipo de neurónios, as células Mossy, que existem no Hipocampo, uma pequena zona no interior do cérebro geralmente associada à memória de longo prazo. Estas células (no caso, retiradas a ratos) conseguem manter-se activas em lâminas de tecidos cerebrais e estão danificadas em doentes com epilepsia.

Quando nestes tecidos foram colocados minúsculos eléctrodos, a actividade espontânea das células mostrou que estas se lembravam qual dos eléctrodos tinha sido usado anteriormente. Segundo os cientistas, as memórias duravam dez segundos, o mesmo que duram as memórias de curto prazo nos humanos.

Segundo Stowbridge, "a memória não era evidente numa única célula, mas numa população de células". O cientista explicou que, tal como acontece com as pessoas, as lembranças criadas em fatias de tecido cerebral tinham sido armazenadas em diferentes neurónios".

A complexidade da investigação exigiu quatro anos de trabalho e a base desta descoberta foi um estudo anterior, publicado em 2007 pela mesma equipa, que na altura elucidou a importância de um outro tipo raro de neurónio.

Esta investigação diz respeito apenas a uma das diferentes formas de memória, aquela a que os neurocientistas chamam a memória de trabalho, que geralmente dura dez segundos e que se dissipa para sempre. Nos humanos, há dois outros tipos de memórias, aquela que permite acumular factos (chamada declarativa) e outra que se concentra na aprendizagem de processos complexos, que envolvem várias etapas.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 000202FE

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Fundação Champalimaud quer juntar cientistas e mé

Mensagem por Joao Ruiz Sex Jan 01, 2010 4:38 pm

Fundação Champalimaud quer juntar cientistas e médicos

por Lusa
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1236503

A presidente da Fundação Champalimaud diz que o "ponto crucial no avanço do conhecimento e domínio das doenças" é o contacto entre cientistas e clínicos, sendo esta a aposta do novo centro da instituição, que abrirá em 2010, o qual também privilegiará a relação com os doentes.

@page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } A 05 de Outubro de 2010 abrirá portas o centro de investigação e tratamento da Fundação Champalimaud, na zona ribeirinha de Pedrouços (Lisboa), que será dedicado às áreas das neurociências e do cancro e que pretende ser um centro de excelência na área da investigação médica. Na Índia, continuará a funcionar o Instituto da Visão, em Hyderabad.

Com 'casa' em Portugal, Leonor Beleza acredita que a actividade da Fundação começará a ser mais clara para o público em geral.

Em entrevista à Agência Lusa, a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, explica que a actividade da instituição está "muito virada para traduzir conhecimento, conhecer mais o que não se conhece, mas sempre transferir esses conhecimentos que a ciência básica vai obtendo" para "melhor" prevenir e tratar doenças.

Leonor Beleza diz que através da sua experiência tem percebido que a "transferência de conhecimentos e o contacto entre cientistas e clínicos é um ponto crucial no avanço do conhecimento e domínio das doenças".

Este é um modelo já usado no centro que a fundação tem na Índia e que Leonor Beleza quer repetir em Portugal.

"No mesmo local vão estar cientistas de áreas diferentes do conhecimento, com tipos de formação diferentes, e vão estar [também] clínicos a tratar pessoas", explicou.

Os doentes também se aperceberão de que há laboratórios de investigação e, por outro lado, a partilha de um mesmo edifício permitirá aos cientistas verem os pacientes.

"Quem está mais dentro da Ciência Básica, certamente não quer que ninguém lhes conduza a investigação com certos objectivos. Mas eu gostaria que fossem mais sugestionáveis pela presença de doentes e pela necessidade de que os nossos conhecimentos se traduzam em melhorias", resume.

Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde, sublinhou a importância da procura de resultados por parte da investigação científica porque "certamente" seria essa a vontade do fundador da fundação, o empresário António Champalimaud.

"Os resultados são muito isso: os conhecimentos serem usados para sermos mais capazes de dominar as doenças e de permitir às pessoas viver mais tempo mas, mais importante, viver melhor, sobretudo, a parte final das vidas", diz.

Daí a atenção à área das neurociências no centro, cujo "domínio hoje está longíssimo de estar garantido".

Leonor Beleza é presidente do Conselho de Administração da Fundação Champalimaud por indicação do fundador no seu testamento, em que também determinou os objectivos da instituição, que são apoiar a investigação de ponta nas Ciências Médicas, estimular descobertas que beneficiem as pessoas e apoiar a descoberta de novos padrões de conhecimento.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 0002043F

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Um sapo que leva a família às costas

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jan 03, 2010 4:52 pm

Um sapo que leva a família às costas

por Mariana Correia de Barros
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1237410

O sapo-parteiro ibérico não está ameaçado em Portugal, mas em Espanha as populações do sapo-parteiro comum estão já a ser dizimadas pelo fungo 'chytridiomycosis', alerta a bióloga Ana Margarida Carvalho, que diz não conhecer programas específicos de conservação.

Endémico da Península Ibérica, este curioso sapo tem uma particularidade que o distingue da maioria dos outros anfíbios: é o macho que cuida dos ovos durante todo o período de incubação. Depois do acasalamento e das posturas, normalmente de 40 ovos unidos por um cordão, o macho enrola-o em torno das pernas e na parte inferior das costas, transportando-os até aos charcos ou ribeiras onde eclodem.

Estes cuidados parentais chegam a ser redobrados e em certos casos triplicados, uma vez que o mesmo macho pode carregar posturas de duas ou três fêmeas. O que totaliza praticamente 120 ovos. Um esforço titânico, se considerarmos que tem menos de 5 centímetros de comprimento.

A sua presença em Portugal remonta ao período glaciar do Pleistoceno, "há muitos milhares de anos, quando a espécie se refugiou na Península Ibérica", refere Ana Margarida Carvalho, bióloga e Mestre em Biologia da Conservação. No nosso país, distribui-se essencialmente a sul do Tejo; para Norte atinge o extremo este do Parque Natural do Montesinho. "As regiões com maior densidade populacional são o Alentejo e Algarve."

Apesar da grande ameaça global aos anfíbios, esta é uma espécie que parece contrariar a tendência. No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal é consi- derada como 'Não preocupante', "porque existem indivíduos em abundância', explica Ana Margarida Carvalho. As suas ameaças, acrescenta a bióloga "são as mesmas que afectam os outros anfíbios" - destruição e fragmentação de habitats, principalmente devido à construção de estradas e barragens. "A construção da barragem do Alqueva, por exemplo, representou uma destruição significativa das zonas onde a espécie habitava".

Por outro lado, também as monoculturas florestais exóticas, a poluição e contaminação de rios e ribeiras representam riscos acrescidos para a sobrevivência da espécie, "em especial do Alentejo, onde ainda existem áreas de cultivo extensas. O uso de pesticidas e agro-químicos, acabam por poluir também algumas zonas húmidas, as áreas fundamentais para o sapo-parteiro ibérico desenvolver a sua fase larvar".

A introdução nos nossos rios de espécies exóticas, como o achigã, o perca-sol ou o lagostim-vermelho, "são outro factor de risco". Já em fase adulta, o sapo-parteiro ibérico tem como inimigos naturais, cobras de água e as aves de rapina nocturnas, como mochos e corujas, "mas que acabam por fazer parte da cadeia trófica", diz a bióloga. "Mas uma das potenciais ameaças para o futuro poderá ser o fungo chytridiomycosis, que já afectou populações de sapo-parteiro comum em Espanha", salienta Ana Margarida Carvalho.

Apesar de todos os estudos que têm vindo a ser feitos sobre a espécie, (por ser um endemismo ibérico), "não se conhecem programas específicos de conservação".

Conhecido pelos seus hábitos crepusculares, o sapo-parteiro ibérico sai dos abrigos ao anoitecer, alimenta-se e volta aos refúgios quando o sol nasce. Durante os meses mais quentes não sai dos abrigos, "tem hábitos escavadores e enterra-se com frequência, pois não suporta as temperaturas extremas. Só reaparece com as primeiras chuvas de Outono e apenas tem actividade quando existe 90% a 100% de humidade e a temperatura é de 10 a 15 graus".

O seu canto só pode, por isso, ser ouvido nos meses entre o Outono e a Primavera, altura em que também se reproduz. As fêmeas preferem os machos que emitam as sonorizações mais graves, sinónimo de espécime maior. E quando ameaçado, o sapo-parteiro ibérico emite uma vocalização semelhante à do mocho-de-orelhas para assustar os perseguidores.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 0002009E

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty 'Spirit' há seis anos em Marte mas com o futuro ameaçado

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jan 04, 2010 9:33 am

'Spirit' há seis anos em Marte mas com o futuro ameaçado

por Pedro Sousa Tavares
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1237736

Veículo explorador está encalhado no planeta e sem capacidade para recolher a energia necessária para funcionar

O veículo explorador Spirit completou ontem seis anos de uma missão em Marte inicialmente programada pela NASA para durar três meses. Mas o robô que sobreviveu a todos os extremos do planeta vermelho enfrenta um obstáculo que poderá esgotar as suas últimas energias, ditando o seu fim antes do mês de Maio.

Há nove meses, o Spirit ficou preso numa armadilha de areias moles baptizada de Troy (Tróia). E até à data, todos os esforços para o desatolar, através do sistema de controlo remoto, fracassaram. A última tentativa, a 26 de Dezembro, acabou mesmo por afundá-lo mais nas areias moles.

O facto de o aparelho ter algumas das suas seis rodas inactivas ou a funcionar irregularmente não tem contribuído em nada para estes esforços. E o tempo para inverter o cenário está a reduzir-se.
O problema é que o veículo está no hemisfério Sul do Planeta, onde é Outono. E são cada vez menores as horas de luz solar disponíveis para alimentar as suas células fotovoltaicas.

A agravar as perspectivas, a inclinação actual dos painéis solares, próxima do zero, é desfavorável para captar o Sol de Inverno. Se as condições forem adversas, entre este mês e Maio poderá chegar ao fim a carreira de um dos mais bem sucedidos exploradores de sempre.
Luta pela "sobrevivência"
"Com o ritmo actual de acumulação de poeira, os raios solares captados com uma inclinação zero mal dariam para produzir a energia necessária para activar os aquecimentos de sobrevivência durante o solstício de Inverno de Marte", contou no site da NASA Jennifer Herman, engenheira responsável pela energia do Spirit.

A prioridade, segundo explicou Steve Squyres, da Universidade de Cornell - parceira na construção do Spirit e do seu 'irmão' Opportunity (ver caixa) - continua a ser manter o veículo "móvel, se tal for possível". Mas se não o conseguirem, os cientistas esperam pelo menos incliná-lo o suficiente para que capte a energia necessária.

Mesmo imóvel, diz a NASA, o Spirit poderá continuar a recolher informações inestimáveis. Por exemplo, sondando o subsolo do planeta através de um sistema de detecção via rádio, analisando mos detritos em que está retido e monitorizando o clima.

A agência espacial americana deu aos actuais esforços de resgate o nome: "Free Spirit", que pode ser traduzido literalmente por "libertar o Spirit" mas também por "livre espírito", numa homenagem às descobertas deste "explorador" sintético.
Nos seus seis anos de missão, o robô fez aprofundadas análises de rochas e da superfície marciana, encontrando provas de um agitado passado no planeta, com grandes erupções de vapor e violentas mudanças climatéricas. Por outro lado, o seu parceiro Opportunity, que aterrou alguns dias depois e continua a operar, revelou evidências da existência de humidade no passado de Marte.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 0002044A

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty As Terras serão numerosas

Mensagem por Joao Ruiz Qui Jan 07, 2010 11:40 am

As Terras serão numerosas

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1238998

Em cem estrelas, 15 terão sistemas parecidos com o nosso, que permitiu um planeta adequado à vida

Uma das questões que mais interessa aos astrónomos diz respeito à forma do sistema solar, cuja zona habitável contém um planeta capaz de ter vida, a Terra, protegida por gigantes exteriores. A grande pergunta é saber até que ponto estes sistemas são frequentes.

A resposta pode ter sido dada ontem pelo astrónomo Scott Gaudi, da Universidade de Ohio, que concluiu haver 15% de sistemas idênticos àquele em que vivemos. "Os sistemas solares como o nosso não são raros, mas também não são a maioria", resumiu o cientista, na reunião da Sociedade Americana de Astronomia, ao receber um prémio da instituição.

O cálculo resulta de uma investigação que levou uma década a concluir e que implicou colaboração internacional. Foi usado um método de análise de exoplanetas que é eficaz na detecção de objectos semelhantes a Júpiter, mas em órbitas distantes da estrela.

As observações foram realizadas usando um efeito denominado lente gravitacional, distorção que resulta da interposição de uma estrela entre o observador e a estrela mais distante. A Universidade de Ohio coordena uma rede internacional na matéria.

Nesta investigação houve também um "momento eureka", do astrónomo Andrew Gould , também de Ohio, que relacionou a sua investigação de um sistema solar com a tese mais antiga de Gaudi, que com base em determinados padrões visíveis há dez anos concluía (na época) que os sistemas solares idênticos ao nosso deveriam equivaler a 45% do total. A redução do valor tem a ver com a análise estatística. Com a amostra recolhida nos últimos quatro anos, deviam ter sido descobertos seis sistemas, havendo por enquanto apenas um. Com 15% de sistemas semelhantes ao nosso, há amplas possibilidades de serem encontrados planetas parecidos com a Terra, com água líquida. Podem até ser milhões.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 00020206

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Falar ao telemóvel ajuda a prevenir a Alzheime

Mensagem por Joao Ruiz Sex Jan 08, 2010 3:10 pm

Falar ao telemóvel ajuda a prevenir a Alzheimer

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1239421

Cientistas da Universidade do Sul da Flórida analisaram exposição de ratos a ondas electromagnéticas dos telefones móveis e concluem que podem proteger e até reverter efeitos desta doença neurológica

Ao contrário do que tem vindo a ser defendido por vários estudos científicos, as ondas emitidas pelos telemóveis podem afinal ser benéficas para a saúde. Esta é, pelo menos, a conclusão de um grupo de investigadores da Universidade do Sul da Florida que diz que a exposição prolongada às ondas electromagnéticas pode ajudar a proteger, e até reverter, os efeitos da doença de Alzheimer.

A tese, que pode representar uma nova esperança para milhões de pessoas com esta doença neurológica, foi esta semana publicada no Journal of Alzheimer Disease e resulta de uma investigação levada a cabo por uma equipa de cientistas do Florida Alzheimer's Disease Research Center (ADRC).

O responsável pela investigação, Gary Arendash, diz que a equipa foi apanhada de surpresa ao descobrir que "a exposição a telemóveis, no início da idade adulta, protege a memória de ratos que, de outro forma, estariam destinados a desenvolver sintomas de Alzheimer".

Gary Arendash explica igualmente que "foi ainda mais surpreendente ver que, na verdade, as ondas electromagnéticas emitidas pelos telemóveis reverteram os danos na memória de ratos mais velhos com Alzheimer".

Durante esta investigação, os cientistas mantiveram 96 ratos fechados em pequenas gaiolas e expostos a ondas electromagnéticas equivalentes às emitidas por um telemóvel junto à cabeça de um ser humano durante duas horas diárias num período de sete a nove meses.

Modificados geneticamente para desenvolver a doença de Alzheimer, os ratos apresentaram resultados em testes de memória e raciocínio muito semelhantes aos de ratos saudáveis.

Ainda segundo Gary Arendash, estes resultados abrem novas possibilidades para o desenvolvimento de tratamentos sem medicamentos e não-invasivos. Isto porque no final do período de expo- sição os investigadores dizem ter descoberto que as ondas electromagnéticas eliminavam a acumulação da proteína beta-amilóide, o principal indicador da doença de Alzheimer.

Agora, a principal tarefa dos investigadores será a de descobrir quais são os conjuntos de ondas electromagnéticas capazes de prevenir a acumulação da proteína beta-amilóide e, simultaneamente, remover os depósitos pré-existentes no cérebro humano.

"Vai demorar algum tempo para se conseguir determinar concretamente quais os mecanismos exactos destes efeitos benéficos de memória", salienta Arendash.

Apesar de décadas de pesquisa ainda existem poucos tratamentos eficazes e nenhum que permita curar a doença de Alzheimer.

Além disso, nos últimos anos existiram diversos tratamentos que obtiveram resultados muito promissores em ratos durante a investigação, mas que depois pouco efeito surtiram nos testes com seres humanos.

A Alzheimer é uma doença neurológica sem cura, que afectará cerca de 35 milhões de pessoas em todo o mundo. Caracteriza-se pela perda progressiva da memória, conduzindo à demência e à morte.

In DN

Idea

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Peixes de aquário castigam as fêmeas

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jan 10, 2010 5:13 pm

Peixes de aquário castigam as fêmeas

Ontem

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1240339

Num peixe tropical, erros que provoquem a fuga da comida dão origem imediata a perseguições de punição

A investigação de uma espécie muito comum de peixes de aquário deu origem a um estudo, publicado na última edição da revista Science, que sugere a antiguidade até agora insuspeita dos comportamentos de castigo. Geralmente associado a animais evoluídos, a acção de compensar ou punir outros membros da espécie pode estar inscrita num nível mais primitivo, e antigo, dos seres vivos.

Os cientistas, da Sociedade Zoológica de Londres e das universidades de Queensland e Neuchatel, fizeram uma experiência usando peixes tropicais da espécie Labroides dimidiatus, que se ocupam constantemente da limpeza de parasitas que vivem nas escamas de outros peixes.

Os animais alimentam-se das escamas e os cientistas notaram que os machos da espécie perseguiam as fêmeas quando estas cometiam o erro de afugentar o prato com a comida. Isso ocorre quando um animal morde a muco que envolve o corpo do peixe que está a ser desparasitado, alimento ainda melhor, mas cuja extracção implica uma mordedura dolorosa.

Os biólogos colocaram no aquário placas de alimento normal (escamas), mas também algumas com gambas (muito apreciadas), as quais eram retiradas quando um dos peixes comia dessa placa. E verificou-se que os machos castigavam as fêmeas quando estas mordiam o prato de gambas, cometendo o erro de fazer fugir a comida. O comportamento dos machos não será apenas educativo, mas de defesa do interesse próprio.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty 2,3 milhões para 'dissecar' o papel da serotonina

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Jan 16, 2010 3:14 pm

2,3 milhões para 'dissecar' o papel da serotonina

por HELDER ROBALO
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1243158

Cientista da Fundação Champalimaud vence principal prémio científico europeu

Com os 2,3 milhões de euros que irá receber graças à bolsa científica do European Research Council (ERC), o norte-americano Zachary Mainen pretende reforçar a investigação que tem vindo a fazer em Portugal na área das Neurociências. Mais concretamente num projecto que tem como principal objectivo perceber melhor o papel da serotonina - o neurotransmissor que permite a comunicação entre os neurónios - no controlo de comportamentos vitais, como comer ou respirar, e nas perturbações psiquiátricas associadas, como ansiedade ou depressão.

Apesar de ter nascido em Rockville, estado de Maryland (EUA), em 2007, Zachary Mainen decidiu trocar o seu país de origem e aceitar o repto que lhe fora feito pela Fundação Champalimaud no sentido de ser o investigador principal e coordenador de um programa que pretendia criar: o Programa de Neurociência da Fundação Champalimaud, no Instituto Gulbenkian de Ciência.

Tal como explicou ao DN (ver entrevista na página ao lado), foi também graças ao trabalho já desenvolvido neste programa que ganhou a bolsa Advanced Investigator Grant do European Research Council, um dos mais conceituados organismos europeus no incentivo à investigação científica. Com esta distinção, Zachary tornou-se no primeiro cientista estrangeiro a trabalhar em Portugal a ser distinguido.

No entanto, esta é já a segunda vez que tão avultado prémio é atribuído no nosso País, depois de, em 2008, a investigadora Elvira Fortunato, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, ter sido distinguida na área da Engenharia. Na altura o galardão foi atribuído graças à invenção dos transístores e memórias em papel.

De acordo com Zachary Mainen, na sua investigação, ele e a sua equipa pretendem perceber melhor aquele que é considerado um dos aspectos mais enigmáticos na área das Neurociências: o papel da serotonina. De acordo com este investigador norte-americano, estudos anteriores nesta área científica já conseguiram provar que os "medicamentos antidepressivos como o Prozac aumentam o nível de serotonina no cérebro". Contudo, explica, até agora "ainda pouco se sabe sobre o que leva o cérebro a libertar a sua própria serotonina ou de que forma é que isso afecta o funcionamento do sistema nervoso".

Por isso mesmo, a equipa liderada pelo coordenador do Programa de Neurociência da Fundação Champalimaud, no Instituto Gulbenkian de Ciência, encontra-se a desenvolver "novas ferramentas que irão permitir efectuar testes decisivos sobre a função da serotonina e, simultaneamente, adquirir mais informação sobre a forma como este importante neurotransmissor realmente actua no cérebro".

Numa fase posterior, "os estudos poderão ter aplicações clínicas e contribuir para o desenvolvimento de drogas mais eficazes no tratamento de perturbações do comportamento e até mesmo de terapias genéticas mais avançadas" sublinha igualmente o cientista norte-americano.

Aliás, de acordo com este investigador, as ferramentas que os cientistas estão a desenvolver, baseadas na genética, na visualização dos neurónios e na electrofisiologia, isto é, registando a actividade dos neurónios, "serão um recurso valioso para toda a comunidade científica internacional".

A bolsa agora atribuída a Zachary Mainen tem a duração de cinco anos e servirá para apoiar o estudo das funções biológicas da serotonina. O cientista norte-americano já publicou, ao longo da sua carreira, mais de três dezenas de artigos de referência em revistas científicas conceituadas e foi o primeiro investigador na área das Ciências da Vida, a ser distinguido em Portugal com esta bolsa.

Numa altura em que se anunciam os vencedore da edição de 2009, encontram-se já a decorrer os prazos para as candidaturas deste ano. Deste modo, o European Research Council irá aceitar as candidaturas na área da Engenharia e Ciências Físicas até 24 de Fevereiro próximo. Já as candidaturas para a bolsa de Ciências da Vida devem ser entregues até 17 de Março enquanto os projectos candidatos na vertente de Ciências Sociais e Humanidades têm que ser entregues até ao próximo dia 7 de Abril.

In DN

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Coelhos gigantes sem mutações

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jan 18, 2010 10:25 am

Coelhos gigantes sem mutações

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1243794

Há animais que não precisam da intervenção do ser humano para alcançarem tamanhos impensáveis para a sua espécie.

É o caso do coelho gigante. Este animal pode chegar facilmente aos oito quilos, ou mais, mas não se encontra nos talhos, pelo menos, não com aquele peso.

A fêmea tem capacidade para dar à luz mais crias do que outra espécie de coelho, logo aumenta o negócio de quem cria o coelho gigante.

Quando morto, o animal, que está mais ou menos do tamanho de um coelho normal, tem a grande diferença de ter mais carne.

Em França, por exemplo, há quem explore esta espécie que acaba por ser impressionante pelo seu porte, mas em Inglaterra ou Estados Unidos, entre outros países, também existem estes animais. Alguns até acabam por se transformar em animais de estimação.

In DN

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Especialistas alertam para riscos de frangos de 10 kg

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jan 18, 2010 10:30 am

Especialistas alertam para riscos de frangos de 10 kg

Aves resultam de cruzamento entre espécies e são criadas em Israel. Impacto na saúde pode demorar anos a revelar-se.

O acasalamento de um pequeno frango sem penas com outro mais gordo resultou num animal de 10 kg, já depenado. A experiência foi feita em Israel - pioneiro na biotecnologia alimentar - e a recente reportagem de um cozinheiro garantiu que a carne era mais tenra e saborosa. Estas mutações são vistas com desconfiança pelos especialistas, pois as experiências do passado comprovam muitos fracassos nestas alterações, que nalguns casos foram fatais para o homem.

A nutricionista Alexandra Bento considera as alterações genéticas negativas, as em animais ou em vegetais. "Os nutricionistas vêem com receio as modificações. Aconselha-se que as pessoas a recorram a alimentos naturais", disse ao DN.

A presidente da Associação de Médicos Veterinários, Sofia Almendra, subscreve o alerta. A especialista defende que "só daqui a uns anos teremos a percepção se estas mutações são ou não negativas para a saúde humana. Não são feitos estu- dos e muito menos testes em humanos, pois tal não é possível". E lembra que muitas vezes consequências só são visíveis a longo prazo, como no caso das vacas loucas, cujo período de incubação pode chegar aos 12 anos.

"A inovação nesta área não é necessária. Se falássemos de distribuição de alimentos pelos locais que mais necessitam ainda se compreenderia, mas o objectivo destas experiências é apenas vender", realça Alexandra Bento.

Sofia Almendra não acredita que a criação de frangos com 10 kg seja uma preocupação para o futuro de outras espécies. "Na história da humanidade o que temos mais são exemplos de mutações de animais, este é apenas mais um", afirmou. Para a veterinária a possibilidade de se ver no mercado frangos tão grandes é quase nula. "Há uns anos tentou-se criar um porco com mais uma costela, para se ter mais uma costeleta. O resultado foi desastroso", relembra.

Sofia Almendra destaca o cuidado existente no País para a mutação de animais.

"O exemplo de Israel dificilmente se tornaria realidade em Portugal. Aqui há muitas regras e são cumpridas", garante.

In DN

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Cheiro das mulheres seduz mais do que os perfumes

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jan 20, 2010 11:27 am

Cheiro das mulheres seduz mais do que os perfumes

por LUÍS NAVES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1244643

Investigação demonstra que os homens reagem à exposição a cheiro de mulheres na fase fértil do período menstrual.

A indústria de perfumaria recebeu agora uma má notícia, com a publicação na revista especializada Psychological Science de um estudo que sugere a maior eficácia do não uso de perfume quando uma mulher pretende atrair um homem. Esta ideia, que contraria toda a tradição cultural das civilizações humanas, baseia-se numa experiência realizada pela equipa de Saul Miller e Jon Maner, da Universidade da Florida.

Os cientistas realizaram dois ensaios separados, tendo por base experiências efectuadas com animais que mostravam haver uma correlação positiva entre os sinais de odor emitidos pelas fêmeas em ovulação e os níveis de testosterona nos machos.

Aplicada aos seres humanos, a experiência teve dois passos. Foi pedido a um grupo de mulheres o uso da mesma T-shirt ao longo de três noites, em várias fases do ciclo menstrual. Depois, pedia-se a homens que cheirassem as camisolas e respondessem a um questionário, ao mesmo tempo que davam amostras de saliva para medição dos níveis de testosterona. Em simultâneo, era testado um grupo de controlo que cheirava T-shirts que ninguém usara.

Os homens que cheiraram as camisolas usadas por mulheres que estavam na fase fértil do ciclo menstrual registaram níveis de testosterona mais elevados. No segundo passo da experiência, verificou-se também que os homens classificavam as T-shirts usadas por mulheres na fase fértil do período como tendo um odor mais agradável.

Em resumo, o nível de testosterona reage a sinais de fertilidade, o que favorece a reprodução. A conclusão da equipa de cientistas aponta para a "primeira prova directa" de que existe resposta biológica dos homens a sinais olfactivos emitidos pelas mulheres na fase de ovulação.

Há dois anos, fora publicado um estudo que demonstrava um aumento da hormona cortisol (ligada ao stress) em mulheres heterossexuais, após cheirarem suor masculino. Durante as experiências, foi descoberta a importância da função de um composto chamado androstadienona, um derivativo de testosterona, que a indústria de perfumaria usa nos seus produtos.

As duas investigações revelam um cenário complexo da função dos odores na reprodução da nossa espécie, mistérios que a cultura tornou ainda mais difíceis de compreender totalmente.

In DN

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 14343

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Planeta Terra é autêntico triturador de asteróides

Mensagem por Joao Ruiz Sex Jan 22, 2010 4:18 pm

Planeta Terra é autêntico triturador de asteróides

por BRUNO ABREU
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1245551

Uma equipa de cientistas norte-americana descobriu que os asteróides não são tão sólidos como parecem e que até a força gravitacional do nosso planeta os consegue destruir.

Visto do espaço, o planeta Terra parece uma bola azul bastante serena. Mas os asteróides não têm a mesma opinião. Um grupo de cientistas norte-americano descobriu que a gravidade terrestre funciona como as lâminas de um triturador para estes corpos celestes. Isto porque afinal os asteróides são menos sólidos do que o que se imaginava. Está dado o primeiro passo para construir uma arma que desintegre os asteróides antes que caiam na Terra.

Pensava-se que estes corpos celestes tinham uma forma semelhante a uma batata devido às colisões frequentes com os planetas vizinhos. Mas observações recentes mostram que os asteróides, quando vistos de perto, são semelhantes a montes de gravilha unidos pela fraca gravidade que estes corpos celestes têm. Aliás, esta força é tão fraca que por vezes os asteróides se dividem em dois, recongelando-se centenas de anos depois.

Agora, os investigadores sugerem que estes asteróides próximos da Terra (NEA, em inglês) - aqueles que a órbita faz passar próximo do nosso planeta - são tão frágeis que as faces se desfazem sempre que encontram a gravidade terrestre.

Esta ideia surgiu devido a uma curiosa observação: a maioria dos asteróides apresenta uma camada ligeiramente avermelhada por causa do constante bombardeamento de partículas de vento solar. A este processo chama-se erosão espacial. Mas a superfície dos NEA estava fresca e sem efeitos de erosão espacial. O asteróide tinha a superfície fresca por causa da passagem junto do campo gravitacional terrestre. O passo seguinte foi reproduzir as órbitas de todos os NEA que não apresentavam erosão espacial.

"Todos os asteróides frescos, quando localizada a sua rota até há 500 mil anos, passaram próximo da Terra", diz Richard Binzel, co-autor do estudo, do Massachusetts Institute of Technology de Cambridge (EUA). O que parece acontecer, explica Binzel, é que até a mais "gentil" força gravitacional consegue triturar a superfície de um asteróide. "É como se raspássemos uma parede de neve suja", diz. "O resultado seria uma camada de neve que iria tornar a parede fresca e brilhante novamente".

Em 2029 está prevista a passagem de um asteróide, o que será uma oportunidade para investigar melhor a sua superfície.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty 'Robot' copia Bíblia em três meses

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Jan 23, 2010 11:18 am

'Robot' copia Bíblia em três meses

por HELDER ROBALO
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1246002

Computador alemão copiou, letra a letra, 24 horas por dia, texto usando caracteres dos monges copistas.

Esqueça-se a habitual imagem do copista: os monges medievais, encerrados em salas a executar trabalhos de minúcia, foram substituídos por um "simples" braço mecânico e um avançado programa de computador. Este foi o robot que, durante doze semanas, 24 horas por dia, copiou os livros do Novo Testamento integralmente no Museu das Comunicações. A exposição "bios [Bíblia], a Palavra, as Pessoas e as Tecnologias" integrou as celebrações dos 200 anos da primeira distribuição de bíblias em Portugal.

Segundo Alfredo Abreu, porta- -voz da Sociedade Bíblica, o robot, idealizado e produzido pelos artísticas germânicos Martina Haitz, Matthias Gommel e Jan Zappe, da RobotLab, esteve a trabalhar ao longo de doze semanas, 24 horas por dia, no Museu das Comunicações. "Funcionou sozinho e quase não necessitava de intervenção."

As poucas intervenções de que o mecanismo necessitava, refere Alfredo Abreu, "era que lhe mudassem os tinteiros de 15 em 15 dias e os aparos". Além disso, "de vez em quando era necessário proceder à actualização do software, mas até isso era feito pela Internet, a partir da Alemanha".

Importante também, salienta, eram os ajustamentos da altura da mesa em que estava assente o rolo para onde era copiado o texto do Novo Testamento. "Como o aparo do braço mecânico tinha de exercer sempre a mesma pressão, por causa da letra e da quantidade de tinta que saía, era necessário, de vez em quando, ajustar a altura da mesa", conta Alfredo Abreu. Nem que fosse um milímetro apenas.

O robot foi colocado no final de uma mesa de seis metros e, com milhões de conjuntos de instruções de movimentos armazenados no ficheiro onde foi carregado o texto e os caracteres especiais, foi copiando, letra a letra e sem erros, o Novo Testamento na versão mais recente na língua portuguesa. E utilizando a letra do primeiro livro impresso por Gutenberg, que foi precisamente a Bíblia.

"Foi engraçado porque os criadores do programa estabeleceram um ritmo que era semelhante ao dos monges copistas medievais", conta Alfredo Abreu. Aliás, o carácter inovador desta instalação artística - que procurou cruzar a escrita manual dos tempos medievais com a tecnologia do futuro - acabou por atrair muitas atenções para a iniciativa. "Tanto ao nível dos meios de comunicação social como dos próprios visitantes", conta o porta-voz da Sociedade Bíblica, que acrescenta que esta foi uma das iniciativas com maior número de visitantes já registado pelo Museu das Comunicações.

Alfredo Abreu conta que "o robot tinha um certo charme e foi capaz de atrair a atenção de pessoas de todas as idades e estratos sociais". "É claro que às vezes as pessoas tinham alguma dificuldade em ler os textos porque os caracteres utilizados são diferentes", adianta ainda Alfredo Abreu.

A confiança no programa informático era tanta que, salienta ainda o porta-voz da Sociedade, o robot ficava praticamente sozinho durante a noite a copiar a Bíblia. "É claro que o museu tem segurança durante as 24 horas, mas normalmente nunca iam lá durante a noite. Mas às vezes era engraçado ver como a empregada da limpeza ou o segurança, quando iam ver se estava tudo em condições de manhã, ficavam a olhar para o robot de forma tão contemplativa".

Agora que a instalação terminou, o robot voltou à Alemanha. Os muitos metros de papel usados - Alfredo Abreu não sabe quantificar quantos - deverão ser comprados pela sociedade. "Pretendemos adquiri-lo, cortá-lo e encaderná- -lo para usar em futuras iniciativas públicas sobre a Bíblia", conta. Afinal de contas não é todos os dias que um monge copista, mecanizado, copia o Novo Testamento.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Tigre é a espécie mais ameaçada do mundo

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jan 24, 2010 4:28 pm



Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1246417

Em todo o mundo haverá 3200 tigres. Uma subespécie do Sul da China já não é avistada há mais de 25 anos

Os chineses preparam-se para celebrar a entrada no Ano do Tigre, mas o animal, propriamente dito, está em rápida vias de extinção devido à perda dos seus habitats naturais e à acção de caçadores furtivos.

Em toda a China, haverá hoje apenas 50 tigres, metade dos quais tigres siberianos que vivem no norte do país; há meio século o número ultrapassava os 4200, revelou o jornal China Daily.

De acordo com o gabinete chinês do World Wild Fund (WWF), uma subespécie da família, o tigre do sul da China, já terá mesmo desaparecido. Aqueles animais, com dois metros e meio de comprimento e cerca de 150 kg, já não vistos na Natureza há mais de 25 anos.

No mundo inteiro - alerta o WWF - só haverá 3200 tigres, tornando esta espécie a mais ameaçada do planeta, à frente de animais em perigo de extinção, como os ursos polares, pandas e os rinocerontes.

In DN

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty É oficial: o novo 'gadget' da Apple chama-se iPad

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jan 27, 2010 2:52 pm

É oficial: o novo 'gadget' da Apple chama-se iPad (VÍDEO)

por Tatiana Vaz
Hoje[Actualização às 20:54h]

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1247746

Steve Jobs, o CEO da Apple, apresentou hoje, no 'Apple Event' em São Francisco, Califórnia, a nova engenhoca da empresa que promete revolucionar o mundo da tecnologia: uma mistura de 'smartphone' e computador portátil, que se parece com um iPhone gigante e vai estar à venda a partir de Março, com preços entre 499 e 829 euros.

Depois do iPod, que revolucionou o mundo dos aparelhos pessoais de reprodução de música, a Apple acaba de lançar o iPad, um sistema que promete revolucionar também o mundo dos computadores pessoais. Steve Jobs referiu-se ao iPad, antes do seu lançamento, como "a coisa mais importante que alguma vez fez". Manteve-a no segredo dos deuses até às 18:00h de hoje (hora de Lisboa), quando a apresentou no Yerba Buena Arts Centre, em São Francisco, no estado americano da Califórnia.

Como o DN escreveu hoje na sua edição em papel, os rumores dos blogues de referência sobre tecnologia não se enganaram muito sobre o que é o iPad: um híbrido tecnológico com características de smartphone, leitor de livros electrónicos e netbook. Quem viu o iPad em primeira mão - jornalistas e 'bloggers' de todo o mundo convidados para o 'Apple Event' - é unânime: parece um iPhone gigante, mas não faz chamadas telefónicas.

O blogue do Guardian cita Steve Jobs na apresentação: "Toda a gente usa um portátil e/ou um 'smartphone'. A questão é: há espaço para um aparelho que se situe entre os dois? Perguntámo-nos isto durante anos, mas a fasquia era bastante alta". O patrão da Apple, que fez questão de dizer que já tem um iPad, apareceu em público com o visual que sempre o caracterizou: calças de ganga, camisola de gola alta preta, muito entusiasmo e qualquer coisa "mágica" (nas suas próprias palavras) nas mãos.

"Estes aparelhos devem ser muito melhores para fazer coisas verdadeiramente importantes; senão, não têm razão de ser", justificou Jobs. E quais são essas coisas verdadeiramente importantes? Tudo o que o iPad consegue fazer: navegar na Internet, enviar e receber e-mails, ver fotografias e vídeos, ouvir música, jogar, ler livros. Tudo através da tecnologia 'touch-screen', na ponta dos dedos, sensível ao toque e sem botões.

Apple continua aposta nas aplicações

O iPad, como o iPhone, funciona à base de um sistema de aplicações (programas). As aplicações que correm no aparelho são desenvolvidas por parceiros da Apple e distribuídas (de forma gratuita ou não) numa loja online, a App Store. Na verdade, qualquer pessoa pode ter um "software" criado por si num iPad ou num iPhone, desde que o mesmo tenha sido aprovado pela Apple. Em Portugal, o Sapo e a Vodafone são duas das empresas com aplicações aprovadas pela gigante de tecnologia norte-americana, eterna rival da Microsoft de Bill Gates.

iPad não suporta Flash e pode ficar um mês em stand-by

O iPad tem apenas 12,7 milímetros de espessura, pesa 680 gramas, mas a sua bateria pode permanecer um mês em 'stand-by' ou correr um vídeo durante dez horas seguidas. É compatível com o sistema iTunes - de reprodução e venda de vídeo e música - e com a App Store, que impulsionou o sucesso do iPod e do iPhone. Suporta a tecnologia Wi-Fi (de Internet sem fios).

Durante a demonstração e enquanto manipulava o iPad, Steve Jobs mostrou vídeos do YouTube em alta resolução e fotografias do site de partilha de imagens Flickr. E revisitou uma questão que surge desde o lançamento do iPhone: o iPad não suporta a tecnologia Flash, amplamente disseminada pela Internet. Não se sabe até quando.

Depois do iTunes, o iBooks

Apesar de todas as aplicações disponíveis para iPhone poderem ser utilizadas no iPad (mais de 140 mil), o New York Times foi a primeira empresa a apresentar uma aplicação exclusiva para o novo iPad, precisamente na apresentação oficial de hoje.

O jornal L.A. Times revelou que uma equipa do New York Times tem trabalhado, nas últimas semanas, na sede da Apple, na Califórnia, para desenvolver esta aplicação (foto na galeria acima). O Kindle, leitor de livros electrónicos e jornais da Amazon, terá finalmente um rival à altura?

Pelos vistos, sim: depois do iTunes, que mudou o panorama da venda de filmes e música através da Internet, Steve Jobs anunciou também a criação do iBooks, um programa para ler livros electrónicos e uma loja 'online' para adquiri-los. E apesar de apresentar um produto com todas as características para fazer concorrência ao Kindle, fez questão de elogiar o trabalho da Amazon, sua fabricante.

Preços a partir de 499 dólares, nas lojas em Março

O iPad vai estar à venda nos Estados Unidos dentro de 60 dias, no final de Março, e vai custar a partir de 499 dólares (cerca de 355 euros). Existem vários tipos de modelos: os mais baratos têm menos capacidade para guardar ficheiros e aplicações e não suportam a tecnologia 3G. Quem quiser esta tecnologia, uma das bases do sucesso do iPhone, que permite aceder à Internet em praticamente qualquer lugar - pagando uma verba a uma operadora de telecomunicações móveis -, terá de pagar 130 dólares adicionais, quantia válida para qualquer um dos modelos.

Apesar de tudo o que ainda há para revelar sobre o novo gadget da Apple, foram finalmente dissipadas as dúvidas sobre o nome do aparelho: ao contrário do que os blogues de rumores previam, o novo gadget da Apple não se chama iTablet nem iSlate, mas iPad.

Especificações do iPad

Espessura: 12,7 milímetros
Peso: 680 gramas
Ecrã: 246,38 milímetros de largura
Processador: 1GHz Apple A4 chip
Memória flash: entre 16 e 64 gigabites

Preços

499 dólares - 16GB, sem 3G
599 dólares - 32 GB, sem 3G
699 dólares - 64GB, sem 3G

(mais 130 dólares por modelo se quiser suporte 3G)



In DN

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Smilie34

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Portugal desenvolve sistema que antecipa tempestades

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Jan 30, 2010 11:52 am

Portugal desenvolve sistema que antecipa tempestades

por BRUNO ABREU
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1248775

Sistema computadorizado analisa agitação marítima e morfologia da costa, dando uma previsão de entre dois e três dias

E se fosse possível prever tempestades marítimas em zonas costeiras? Provavelmente poderia evitar--se situações como as que ocorreram no mês passado, com as pessoas e os serviços da Protecção Civil a serem apanhados de surpresa com inundações em locais como os Açores e o Algarve. Para evitar tragédias, a Universidade do Algarve (UAlg) está a desenvolver com outros parceiros europeus um sistema de alerta de riscos costeiros associados a tempestades que permite dar tempo às autoridades e populações para que se previnam contra intempéries.

"Este é um sistema que tem como objectivo prever, com antecedência de três dias, o efeito de tempestades na zona costeira, permitindo tomar acções de minimização de risco", explica ao DN Óscar Ferreira, coordenador da parte portuguesa do projecto Micore (sigla em inglês de Impactos Morfológicos e Riscos Costeiros Induzidos por Tempestades Extremas).

Este sistema baseia-se em previsões e gráficos morfológicos. Tudo começa com as previsões meteorológicas, já existentes, com previsão de agitação ao largo - em Portugal, tanto o Instituto de Meteorologia como o Instituto Hidrográfico fazem previsões de agitação com três dias de antecedência. Depois analisa-se a morfologia do fundo marinho e da zona costeira.

"Usa-se, ainda, outro modelo para propagar a agitação até à zona de rebentação das ondas e, por fim, um modelo morfodinâmico que permite, para cada condição de agitação e morfologia da praia, determinar a erosão esperada, o recuo da linha de costa, a existência ou não de galgamentos oceânicos", acrescenta o responsável. Caso a zona costeira esteja ocupada por habitações ou outro tipo de construções, são calculados os eventuais danos em caso de intempérie.

Com todas estas informações será possível possuir, de forma antecipada, uma visão da acção de uma tempestade marítima sobre a zona costeira. Óscar Ferreira conta que o projecto se destina "às agências responsáveis pela gestão e pela minimização do risco", como a Protecção Civil, e terá de ser implementado por essas mesmas agências após estar desenvolvido.

A fase inicial do projecto Micore vai ser testado em nove praias europeias, em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Inglaterra, Polónia, Bulgária e Holanda. Por cá, a zona escolhida foi a península do Ancão, na ria Formosa (Algarve). Daqui a um ano, quando se prevê que o projecto esteja em funcionamento, poderá ser aplicado a qualquer praia arenosa: "Desde que exista previsão de agitação e conhecimento da morfologia da praia." Este modelo terá de se adaptar às zonas costeiras. Por exemplo, no caso do Algarve, o Micore entrará em acção quando as ondas ultrapassarem os três metros. No caso da zona oeste, considera-se tempestade quando a ondulação excede os cinco metros.

A equipa que está a desenvolver o sistema computadorizado é constituída por 16 parceiros dos nove países, coordenados pela Universidade de Ferrara, em Itália. A UAlg efectuou todos os trabalhos de campo para determinar dados de erosão e efeitos das tempestades na costa e também a inventariação de risco costeiro a nível de todos os parceiros.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 0002044C

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty 'Hubble' fotografa restos de astros que colidiram[/size]

Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 04, 2010 8:50 am

'Hubble' fotografa restos de astros que colidiram

por FILOMENA NAVES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1250868

Imagens mostram materiais pulverizados que deviam pertencer a dois asteróides.

O telescópio espacial Hubble captou pela primeira vez o que parece o resultado de uma colisão entre dois asteróides. É pelo menos assim que os astrónomos estão a interpretar a misteriosa imagem do que parece ser o núcleo de cometa com um rasto de poeiras em forma de X.

As imagens foram registadas pelo Hubble nos últimos dias de Janeiro, depois de o objecto, designado P/2010 A2, ter sido descoberto no início do ano.

O rasto de poeiras e os restos de material rochoso estendem- -se no espaço em dois filamentos que se cruzam entre si, e no interior dos filamentos movem-se bolhas de material desfeito.

"Isto é muito diferente do que se vê nos rastos dos cometas", explicou David Jewitt, da Universidade da Califórnia, e investigador principal do grupo de astrónomos que está a avaliar a descoberta. "Os filamentos", sublinhou o cientista, "são constituídos por poeiras e pedaços diminutos de rocha, que presumivelmente foram expulsos do núcleo há pouco tempo." Parte deste material está a ser empurrado para trás pela força da radiação solar.

Os cometas são astros viajantes que se formam nos arredores gelados do sistema solar e que entram na órbita do Sol. À medida que se aproximam da estrela, aquecem e os núcleos de gelo sofrem uma vaporização que lhes dá o seu aspecto característico.

O P/2010 A2 parece diferente. A sua órbita está localizada na cintura de asteróides entre Marte e Júpiter, que é povoada por objectos rochosos e sem materiais voláteis. Isso permite pensar que o seu rasto seja afinal o resultado de uma colisão entre dois habitantes daquela região do sistema solar. Essas colisões acontecem ali a velocidades médias de 30 mil km por hora.

"Se esta interpretação estiver correcta, dois asteróides de pequena dimensão, cuja existência desconhecíamos, colidiram ali recentemente, criando um rasto de estilhaços que está a ser lançado para trás pela radiação solar", concluiu David Jewitt.

? Distância a que o astro está da Terra nesta altura

? Data em que o telescópio 'Hubble' captou as imagens

? Nome do objecto fotografado pelo telescópio espacial

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty China revela trilho com 3000 pegadas de dinossauro

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 08, 2010 3:14 pm

.China revela trilho com 3000 pegadas de dinossauro

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1252581

Diferentes espécies seguiam todas na mesma direcção

Cientistas chineses anunciaram a descoberta de um trilho de dinossauros, com mais de 3000 pegadas de pelo menos seis espécies diferentes, numa cidade no Leste do País.

Além da rara dimensão da descoberta, as pegadas chamam a atenção por se deslocarem todas no mesmo sentido. O que - segundo peritos locais - indica que os animais estavam em migração, ou a fugir em pânico de alguma ameaça súbita.

Wang Haijun, especialista do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia da Academia de Ciências Chinesa, calcula que as pegadas, distribuídas por três camadas distintas, têm mais de 100 milhões de anos. O que as situa em meados do período Cretácico.

Entre as espécies identificadas através das marcas no solo, com diâmetros que vão dos 10 aos 80 centímetros, estão diferentes carnívoros do grupo coelurosauria, incluindo o tiranossauro; e herbívoros como hadrossauro.

As pegadas foram encontradas numa ravina de 2600 metros quadrados, perto de Zhucheng, na província costeira de Shandong. Segundo os cientistas, as escavações vão continuar, prevendo-se que sejam expostas mais pegadas.

Conhecida como a "cidade dos dinossauros", Zhucheng tem mais de 30 sítios de interesse para o seu estudo. Em 2008, já tinha sido descoberto, perto desta mesma cidade, aquele que é considerado pelos chineses o maior jazigo de fósseis de dinossauros do mundo.

Desde então foram desenterrados mais de 7600 fósseis de várias espécies nesse local, num processo que também se deverá prolongar por vários anos.

Ainda que menos populares entre os curiosos do que os fósseis, as pegadas de dinossauro - descobertas também em várias zonas de Portugal (ver caixa) - são uma inestimável fonte de informação para os cientistas. Desde logo, permitem fazer um retrato das espécies que existiam no local em determinada época, e da forma como estas se relacionavam. Mas são também úteis para obter pistas sobre a forma de locomoção e a própria anatomia dos animais.

Em Abril de 2009, já tinha sido descoberto outro sítio de grande interesse com pegadas de dinossauro, em Plagne, França, onde algumas marcas têm 1,5 metros de diâmetro.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Decifrado genoma de pessoa morta há quatro mil anos

Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 11, 2010 10:28 am

Decifrado genoma de pessoa morta há quatro mil anos

por FILOMENA NAVES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1254001

Trabalho na 'Nature' é o primeiro que desvenda a quase totalidade do ADN de alguém falecido há muito

Chamaram-lhe Inuk, que significa ser humano na actual língua da Gronelândia. Inuk, que era moreno, tinha olhos castanhos e tendência para a calvície, foi um dos primeiros povoadores daquela região, há mais de quatro mil anos, mas agora regressou dos mortos para contar uma história de pioneirismo e de migrações milenares, graças à genética. Bastou um tufo de cabelos que estava num museu. A partir dele foi possível reconstituir pela primeira vez o genoma quase completo de uma pessoa morta há muito. Esta é também a história de um feito pioneiro da ciência.

O trabalho, publicado hoje na revista Nature, foi realizado por um grupo de investigadores coordenado pelo especialista em genética Eske Willerslev, da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, e permitiu sequenciar pela primeira vez 80% do genoma nuclear (a informação genética contida no núcleo da célula) de um ser humano morto há muito. "Até agora, nenhum genoma de um ser humano do passado tinha sido publicado", diz a equipa no seu artigo, referindo que os únicos elementos disponíveis deste tipo eram "alguns milhares de pares de bases do ADN de um neandertal", ou seja, uma porção ínfima da sua informação genética.

No caso de Inuk, os investigadores conseguiram decifrar o astronómico número de três mil milhões de pares de bases (blocos químicos mais elementares) do seu ADN. Para esse êxito, explicaram os investigadores, contou também "o estado de excelente conservação do ADN" devido ao permafrost (solo gelado) no qual se manteve preservado.

Esta não é a primeira vez que o investigador Eske Willerslev se distingue nesta área. Há apenas um ano, foi também ele que coordenou a equipa que reconstruiu o genoma mitocondrial (presente numa estrutura celular chamada mitocondrial) completo de um mamute.

Quanto a Inuk, a sua informação genética mostra que ele tinha o grupo sanguíneo A positivo e que pertenceu ao primeiro povo povoador da Gronelândia, os saqqaq, que migraram para aquelas paragens há cerca de seis mil anos, vindos da Sibéria. Ainda é com os actuais povos siberianos que Inuk mais se parece, e não com os actuais esquimós.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Lentes dentro dos olhos para deixar os óculos de vez

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 14, 2010 10:29 am

Lentes dentro dos olhos para deixar os óculos de vez

por CATARINA CRISTÃO
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1255358

As lentes intra-oculares estão cada vez mais na moda, seja por razões de saúde ou de imagem. Utilizam-se nos casos mais graves, quando o laser não resolve.

Reinaldo Bartolomeu, de 31 anos, estava farto das lentes de contacto. "Colocá-las todos os dias de manhã e tirá-las à noite era um grande incómodo", explica. Mas sem elas, ou sem os óculos que usava quando chegava a casa, perdia grande parte da visão devido à miopia grave de que sofria desde criança. Há cinco anos pôs fim ao problema e a hábitos de toda a vida. Procurou um oftalmologista que lhe colocou dentro dos olhos lentes definitivas. "Hoje não me preocupo mais com o assunto. Ganhei qualidade de vida, além de melhorar a minha imagem", garante Reinaldo.

A colocação de lentes intra-oculares (através de uma pequena cirurgia que não exige internamento) pode ser feita em Portugal desde há 15 anos. Inicialmente era usada para tratar as cataratas e tornou-se também procurada para corrigir miopias graves, astigmatismo e hipermetropias elevadas - que não podem ser tratadas com laser. Mas, hoje, é cada vez mais usada por pessoas com problemas menos graves, para se verem livres de vez dos incómodos óculos. Os materiais mais compatíveis e maleáveis, com os preços a descer, devido à concorrência, têm ajudado ao aumento da procura.

"Estas lentes são seguras, adaptam-se a cada caso, e oferecem uma excelente qualidade de vida aos pacientes. São o futuro", admite Joaquim Murta, director do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). Este é dos poucos hospitais do País onde só muito recentemente se começou a fazer este tipo de intervenções comparticipadas para os casos de erros refractivos - as cirurgias às cataratas já se fazem nesta unidade de saúde há cerca de 15 anos. "Começámos há um ano a adquirir este tipo de lentes. Já colocámos algumas, mas ainda estão a decorrer concursos públicos para aumentarmos o stock", explica o responsável. Entretanto, a lista de espera aumenta, diz, sem, querer revelar números. "Há muitas pessoas que precisam ou querem colocar estas lentes", sublinha.

Há quem o faça por questões de saúde, mas muitos procuram este tipo de intervenção nas clínicas privadas por razões estéticas. "Há pessoas que colocam estas lentes quando têm pouca graduação, há quem o faça com menos de três dioptrias, não é por necessidade premente", admite. "O laser pode não ser recomendado nesses casos por razões médicas, mas a pessoa pode viver perfeitamente com os óculos", explica Joaquim Murta.

Nos casos graves em que as lentes são recomendadas - pessoas com intolerância às lentes de contacto ou que usam óculos com graduação muito elevada -, esta solução "melhora significativamente a qualidade de vida".

Mas nem todos as podem colocar. A primeira condição é ter mais de 20 anos . "Temos de ter a garantia de que a graduação está estável", explica a oftalmologista Conceição Lobo Fonseca, autora de alguns estudos sobre o assunto, acrescentando: "É necessário esperar dois a três anos e ver se as dioptrias não aumentam."

Já a idade-limite "pode ser estabelecida aos 60, quando se começa a ter outro tipo de problemas oculares como as cataratas", completa o oftalmologista Francisco Versteeg, da clínica I-Qmed, onde se fazem em média 20 intervenções destas por mês. Contudo, diz o clínico, a pessoa não pode ter problemas de saúde, como diabetes, ou outras patologias oculares mais graves.

A cirurgia a laser ainda é a primeira opção dos médicos, por ser "mais fácil e barata". A colocação das lentes é escolhida sobretudo para casos em que o laser não resulta. "O problema é que o laser tem limites, depende da espessura da córnea. É como se fosse uma escavação, e só posso escavar até certo limite, caso contrário fura-se o olho", explica Adriano Aguilar, da clínica oftalmológica ALM, que, enquanto faz dez cirurgias a laser por semana, põe dez lentes intra- -oculares por mês.

Uma cirurgia a laser a um olho custa perto de 600 euros numa clínica privada, mas uma lente intra-ocular pode chegar ao triplo: entre 1300 e 1600, dependendo se é progressiva ou não (tal como acontece com as lentes vulgares).

"Pode colocar-se uma lente monofocal, para corrigir a visão ao longe, mas neste caso a pessoa teria sempre de usar óculos para ver ao perto. Já as lentes progressivas, ou bifocais, são mais caras, mas permitem ver ao longe e ao perto", salienta Conceição Lobo Fonseca.

Depois de colocadas, são raros os casos em que são substituídas: "Só quando são substituídas por lentes para as cataratas. Se a graduação do olho aumentar, resolve--se com o laser", conclui Adriano Aguilar.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Corais fósseis mostram nível do mar no passado

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 16, 2010 12:08 pm

Corais fósseis mostram nível do mar no passado

por FILOMENA NAVES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1256090

Houve alturas em que o oceano subiu mais depressa devido ao degelo nas regiões polares. Olhar para esse fenómeno através de fósseis marinhos é o objectivo.

Com meio milhão de anos, a Grande Barreira de Coral, junto à costa australiana, encerra uma riqueza de biodiversidade que faz dela um paraíso de estudo para os biólogos. No entanto, não se ficam por aqui as potencialidades daquele conjunto de bancos de coral para a ciência. Para um grupo de investigadores liderado pelo geólogo marinho Alan Stevenson, da British Geological Survey, aquela região vai tornar-se numa máquina do tempo, para ajudar a medir o nível do mar em diferentes momentos do passado. Um conhecimento que poderá dar novas pistas para o que nos espera no futuro.

A equipa prepara-se para partir numa expedição de 45 dias para a Grande Barreira de Coral, onde conta recolher amostras de corais fossilizados em 40 diferentes locais para tentar desenhar exactamente a linha que define as alterações do nível do mar ao longo dos últimos 20 mil anos.

Os corais, tal como as árvores, têm uma taxa de crescimento anual que se traduz em anéis de crescimento. Através da sua contagem e análise, os cientistas podem inferir datas e idades e perceber ainda teores de oxigénio, de sais e de dióxido de carbono do meio ambiente naquelas épocas.

"Podemos analisar aqueles anéis para construir uma imagem muito detalhada de como o oceano era quando aqueles corais se formaram, incluindo a sua temperatura e salinidade na altura", explicou Alan Stevenson à BBC News online.

A equipa recolherá amostras de fósseis de corais de há 10 mil e 20 mil anos, justamente para ir ao encontro desse passado.

"Vamos entrar numa 'cápsula de tempo' de sedimentos que contêm informação sobre a evolução ambiental na barreira de coral desde a última glaciação, há cerca de 20 mil anos", adiantou por seu turno à BBC News Dan Evans, outro geólogo marinho da British Antartic Survey.

De acordo com os conhecimentos actuais, nos últimos 20 mil anos terá havido pelo menos três momentos em que ocorreu um aumento acelerado do nível do mar: há 19 mil anos, há 13,8 mil anos e há 11,3 mil anos.

"Ao compreendermos melhor o passado, poderemos entender também um pouco mais sobre o que nos espera no futuro", explicou o líder da equipa.

O grupo pretende recolher amostras de corais fossilizados a diferentes profundidades no interior do fundo marinho, podendo mesmo chegar aos 150 metros, mas o seu coordenador sublinhou que a ideia é não perturbar de maneira nenhuma aquele habitat coralífero.

As alterações do nível do mar estão directamente relacionadas com as mudanças climáticas que a Terra sofreu ao longo dos últimos milhares de anos, nomeadamente com o degelo que ciclicamente ocorreu nas regiões polares. Com esses degelos, em épocas mais quentes, o nível dos oceanos sofreu sempre um aumento. Essa é aliás a principal preocupação relativamente às alterações climáticas que actualmente se perfilam no horizonte devido, pelo menos em parte, às actividades industriais humanas, que estão a saturar a atmosfera da Terra com gases de efeito de estufa e a causar o aquecimento global.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Re: Da Ciência... da Tecnologia...

Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 18, 2010 4:21 pm

Português descobre como reduzir os efeitos da velhice

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1256811

Trabalho de João Passos pode permitir reduzir danos de doenças cardiovasculares, diabetes e cancro

Um investigador português conseguiu identificar o processo molecular que termina a actividade das células, associado ao seu envelhecimento, o que, não sendo propriamente o elixir da juventude, pode permitir reduzir danos de doenças cardiovasculares, diabetes ou cancro.

João Passos, investigador do Instituto para a Saúde e Envelhecimento (Institute for Ageing and Health) da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, explicou à agência Lusa que o mecanismo agora identificado se justifica para a divisão celular - um processo normal no organismo que cessa a partir de determinado momento, impedindo a regeneração dos tecidos associada ao envelhecimento.

O facto de as células pararem a sua actividade estava identificado há 60 anos, mas desconhecia-se qual o processo molecular que desencadeava esta inactividade.

O também primeiro autor do trabalho de investigação publicado terça-feira na revista Molecular Systems Biology, detalhou que "cada vez que uma célula se divide existem pequenos fragmentos no núcleo, os telómeros, que são pequenas sequências de ADN localizados no final dos cromossomas [das célula] que vão encurtando".

Este encurtamento dos telómeros desencadeia um percurso molecular para as mitocôndrias - estrutura no citoplasma da célula que produz a energia necessária para esta viver -, que a leva a produzir espécies reactivas de oxigénio que param a divisão celular.

"Este é o mecanismo que explica porque as células não conseguem proliferar continuamente" e ficam senescentes, explicou João Passos, salientando que este estado, a senescência, acaba por ter dois efeitos paradoxais: ao parar a divisão celular, impede-se também a proliferação de células danificadas, o que pode impedir o aparecimento de cancro. Mas, assinalou o investigador, a contínua produção de espécies de oxigénio reactivas, ou radicais livres, pela mitocôndria celular, e que mantém a célula em senescência, acabam por danificar os tecidos à sua volta e desencadear doenças associadas ao envelhecimento, como a diabetes ou problemas cardiovasculares.

João Passos, que integrou uma equipa multidisciplinar nesta investigação, salienta que ainda se está "muito longe" de conseguir intervir na senescência, de forma a atenuar os efeitos da produção de radicais livres e, simultaneamente, travar a proliferação de células cancerosas, mas este é, definitivamente, um "desafio" para o futuro.

"É um processo extremamente complicado, os mecanismos moleculares envolvidos no processo são muito complexos e ainda estamos no início. Identificámos um mecanismo, existem muitos outros mecanismos que temos ainda de descobrir", resume o investigador. João Passos alerta ainda para a necessidade de se cultivar um olhar menos fantasioso em torno da investigação sobre o envelhecimento.

"Não estamos interessados em descobrir o elixir da vida eterna. A população está a envelhecer e o tempo máximo de vida tem aumentado continuamente nos últimos anos. A maior parte da população vai ter mais de 65 anos. O que temos de compreender é a base do envelhecimento para que a vida das pessoas que estão a viver mais tempo melhore, é esse o nosso objectivo".

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Áreas protegidas podem salvar pinguim-africano

Mensagem por Joao Ruiz Sex Fev 19, 2010 3:11 pm

Áreas protegidas podem salvar pinguim-africano

por FILOMENA NAVES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1257208

A pesca e a fuga dos bancos de sardinha e anchova deixaram esta espécie em perigo

A criação de zonas marinhas interditas à pesca tem efeitos imediatos na conservação de espécies ameaçadas no topo da cadeia alimentar, como o pinguim-africano, que se alimenta de peixe com interesse pesqueiro e está a perder na competição com os predadores humanos. É isso que demonstra um estudo publicado na revista científica Biology Letters.

O pinguim-africano (Spheniscus demersus) - uma espécie endémica da região do Cabo, na África do Sul - sofreu uma queda abrupta de 60% entre 2001 e 2009, e em resultado disso está agora classificado como espécie em perigo.

O problema deve-se à escassez de alimento, dizem os cientistas, citados pela Science Daily. Os bancos de sardinha e de anchova, as espécies de que este pinguim se alimenta, emigraram para outras paragens e os que restaram são pescados para a alimentação humana. Mas uma experiência de um grupo de investigadores franco-sul-africanos mostra que criar zonas fechadas à pesca tem um impacto positivo imediato nas populações de pinguins.

Os investigadores do Centro de Ecologia e da universidade de Monpelier, em França, e da universidade sul-africana do Cabo, em colaboração com a agência governamental para as pescas do país africano, interditaram à pesca uma área com cerca de 20 quilómetros de raio em torno do território da maior colónia de pinguins desta espécie, na ilha de Sta. Cruz, em Algoa Bay (Port Elizabeth), desde de Janeiro de 2009.

A 50 quilómetros de distância, na mesma baía, e em volta de uma outra ilha, a Bird Island, onde reside uma outra colónia de pinguins, as actividades pesqueiras mantiveram-se inalteradas.

A equipa estudou o comportamento de procura de alimentos de 91 pinguins das duas colónias em 2008 e em 2009, ou seja, antes e depois do encerramento da área de Sta. Cruz à pesca.

Para isso foram usados aparelhos-miniaturas equipados com GPS e colocados nas costas dos animais, para registar a cada minuto a latitude e longitude dos seus percursos, além da medição da profundidade, segundo a segundo. Os dados recolhidos permitiram aos investigadores avaliar o esforço realizado por cada uma das aves na busca de alimento, com base no tempo de cada percurso, na distância percorrida e no número de mergulhos necessários e a sua profundidade.

Os resultados mostram que em 2008, antes da interdição de pesca em Sta. Cruz, os pinguins daquela colónia faziam 75% dos seus mergulhos em busca de alimento a mais de 20 quilómetros de distância da sua colónia, chegando a percorrer 150 quilómetros em apenas dois dias. Em 2009, três meses depois de a área ter sido encerrada à pesca, 70% dos mergulhos ocorriam a menos de 20 quilómetros da colónia, dentro da área marinha protegida. O tempo gasto na busca de alimento também diminuiu cerca de 30%, o que reduziu os gastos energéticos diários dos pinguins em cerca de 40%.

Na colónia irmã, em Bird Island, os pinguins mantiveram os mesmos padrões de comportamento em 2008 e 2009, mas ainda com maior dispêndio de energia por parte dos animais no segundo período de observação.

De acordo com os cientistas, esta experiência mostra que existem benefícios imediatos na criação de uma área marinha protegida para a preservação das espécies ameaçadas no topo da cadeia alimentar, e confirmou ao mesmo tempo os impactos negativos da indústria de pesca na ecologia dos pinguins-africanos.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty O lagarto de cabeça azul

Mensagem por Joao Ruiz Dom Fev 21, 2010 2:58 pm

O lagarto de cabeça azul

por Mariana Correia de Barros
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1258186

Único e exclusivo da Península Ibérica, o lagarto-de-água está a desaparecer, devido à perda de 'habitat' resultante do abate da vegetação ripícola e a construção de barragens. As populações isoladas do Sul do País têm um risco acrescido. Mas há mais de 10 anos que não se faz nenhum estudo.

Pouco preocupante. É esta classificação no Livro Vermelho dos Vertebrados que explica talvez o facto de, apesar da rápida regressão das populações, o último estudo sobre o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) datar já de há mais de dez anos.

Exclusivo da Península Ibérica, este pequeno lagarto, de cabeça azul e um tom verde vivo, apenas habita em zonas com permanência de água, o que o torna vulnerável, especialmente quando ocorre em pequenos grupos populacionais isolados.

No Norte a sua distribuição é mais homogénea, mas a população tem vindo a regredir; no sul, existe em menor número, uma vez que "muitas ribeiras têm tendência a secar, logo não há água suficiente para a sua sobrevivência", explica o biólogo José Brito.

No último estudo realizado, estimou-se uma população de 47 mil indivíduos na serra de Monchique, 115 mil em São Mamede e apenas 3,7 mil na serra do Cercal (distribuídas por três ribeiras). Todas são preocupantes, uma vez que para a espécie, populações abaixo dos 500 mil indivíduos são sinónimo de algum risco.

As principais ameaças à espécie estão ligadas aos factores que perturbam as linhas de água onde os lagartos-de-água habitam: construção de barragens, "que arrasa e acaba por afundar as margens das ribeiras e rios"; abate de vegetação ripícola (vegetação típica dos cursos de água, como salgueiros, amieiros, freixos e fetos) e a sua substituição por terrenos de pastoreio ou áreas florestais); e as alterações climáticas. "Uma seca acentuada, que torne as ribeiras em cursos de água temporários, poderá levar à extinção da espécie", salienta o biólogo.

Todavia, até agora "pouco foi feito para proteger a espécie". José Brito participou num estudo exaustivo sobre o lagarto-de-água, realizado entre 1994 e 1996, com o objectivo de assinalar as áreas prioritárias para a conservação. "Identificámos medidas de gestão que deveriam ser tomadas para proteger as populações isoladas, mas tanto quanto sei, nada foi posto em prática", refere.

Um dos objectivos é voltar a analisar em breve estas populações e saber o que lhes aconteceu na última década. "A situação pode ser já preocupante no caso das populações da serra do Cercal, onde deveria ter existido um esforço de implementação suplementar das medidas sugeridas no estudo."
Amante do sol, o lagarto-de-água não hesita em mergulhar na água quando ameaçado. Com uma esperança de vida de oito anos, este pequeno réptil, que pode atingir um máximo de 12 cm, excluindo a longa cauda, alimenta-se basicamente de insectos e aracnídeos, mas também inclui na sua dieta frutas e outros pequenos lagartos.

O Lacerta schreiberi tem ainda uma particularidade que o torna único. Na época da reprodução, entre a Primavera e meados do Verão, a cabeça dos machos ganha um tom azul muito forte. Quanto mais forte, maior o sucesso entre as fêmeas. E mais atractivo também aos olhos de todos os que apreciam a Natureza. Uma razão mais para redobrar os esforços para evitar que o lagarto-de-água tenha o mesmo destino de muitas outras espécies que hoje já só fazem parte do nosso imaginário.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Re: Da Ciência... da Tecnologia...

Mensagem por Viriato Dom Fev 21, 2010 3:20 pm

É o que se chama um lagarto traidor. Meteu a cabeça na casa dos dragões e ficou borrado. Bem feita.... Devia era ter ficado sem cabeça.
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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Descoberta nova espécie de dinossauro de pescoço longo

Mensagem por Joao Ruiz Qua Fev 24, 2010 9:30 am

Descoberta nova espécie de dinossauro de pescoço longo

Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1259421

Achado ocorreu nos Estados Unidos. Cientistas encontraram dois crânios intactos do novo saurópode 'Abydossaurus'

Um grupo de paleontólogos descobriu uma nova espécie de dinossauro nos Estados Unidos, no Dinossaur National Monument, no Leste do estado do Utah. Trata-se de mais um brachiossauro, o herbívoro de pescoço comprido imortalizado nos desenhos animados como um dinossauro bonzinho, e os seus descobridores baptizaram-no como Abydossaurus. A descoberta é publicada na revista Naturwissenshaften.

Uma das novidades deste achado, é que, ao contrário do que costuma acontecer, foram encontrados de uma assentada quatro crânios desta espécie, e dois deles estão intactos.

Para se ter uma ideia da invulgaridade que isto representa, é preciso explicar que até hoje só foi possível encontrar oito crânios intactos destes saurópodes, dos 120 tipos que já se conhecem.

O estudo dos ossos descobertos durante a escavação indica que o parente mais chegado desta nova espécie é o brachiossauro, que andou pela Terra 45 milhões de anos antes de do próprio Abydossaurus agora identificado.

Outra conclusão que os investigadores extraíram dos fósseis foi a de que os quatro exemplares eram todos juvenis.

Os quatro crânios descobertos têm muito ainda para dar à ciência e vêm mesmo a calhar, já que os conhecimentos que existem sobre os saurópodes dizem respeito sobretudo ao corpo, a contar do pescoço para baixo. Este achado poderá por isso fornecer novas pistas sobre o seu comportamento alimentar, por exemplo. O estudo já feito sobre a sua dentição mostra que ela era pouco desenvolvida, o que indica por seu turno que aqueles animais mastigavam pouco o que comiam.

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Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Empty Caça à baleia cria efeito de estufa

Mensagem por Joao Ruiz Seg Mar 01, 2010 9:53 am

Caça à baleia cria efeito de estufa

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Da Ciência... da Tecnologia... - Página 2 Ng1261484

Cientistas estimam que impacto do CO2 libertado em 100 anos equivale a 130 mil km de florestas destruídas.

Ao longos do último século, a caça à baleia resultou na libertação de uma quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera equivalente à destruição de 130 mil quilómetros quadrados de florestas.

A afirmação foi feita na passada quinta-feira por Andrew Pershing, um especialista norte-americano que trabalhou vários anos com uma equipa da Universidade de Maine para calcular a "pegada" de CO2 de décadas de caça industrial aos grandes cetáceos no último século.

Num encontro de ciências oceânicas, promovido pela Sociedade Norte-Americana de Geofísica, a equipa de Pershing comparou as baleias às "árvores do oceano", devido às quantidades de CO2 acumuladas nos seus grandes corpos. Quantidades que, segundo os investigadores, eram libertadas quando os baleeiros desmanchavam os animais à superfície.

"As baleias, como qualquer outro animal ou planta do planeta, são compostas numa grande percentagem de dióxido de carbono. E quando se mata uma baleia, removendo-a do oceano, está-se a retirar o CO2 do seu sistema de armazenamento e possivelmente a libertá-lo na atmosfera", disse o principal responsável pelo estudo.

Por outro lado, lembraram os investigadores, no passado era frequente o recurso ao óleo de baleia como combustível para as lamparinas, o que terá também potenciado a libertação de gases de efeito de estufa na atmosfera.

Em circunstâncias normais, defendeu Andrew Pershing, o CO2 contido nos corpos das baleias conserva-se por centenas ou milhares de anos nos oceanos. Estes animais são enormes, são predadores de topo, por isso a menos que sejam capturados, o mais provável é que [após a morte] deixem a sua biomassa no fundo do Oceano", explicou.

As conclusões deste estudo foram recebidas com alguma cautela. Mesmo por especialistas ligados a organizações defensoras da natureza. Em declarações ao site noticioso russo Ria Novotsku, Vasily Spiridonov, consultor do programa para os Oceanos do World Wildlife Fund (WWF) relativizou o peso da captura de cetáceos nas alterações climáticas.

"É óbvio que a quebra dramática nas populações de baleias alterou significativamente os ecossistemas oceânicos", admitiu. "No entanto, não creio que a caça à baleia tenha tido impacto significativo nos níveis de dióxido de carbono da atmosfera da Terra."

Os autores do estudo reconheceram que, por comparação com outras actividades industriais desenvolvidas pelo homem, a caça à baleia teve uma expressão relativamente pequena. Porém, insistiram que o seu impacto não deve ser desvalorizado. Até por se tratar, porventura, de uma das primeiras actividades humanas com estas consequências.

Com várias espécies de baleias à beira da extinção, a Comissão Baleeira Internacional (IWC) introduziu uma moratória à caça, em 1986, de forma a permitir a recuperação das populações destes cetáceos.

Porém, pelos menos nove países são responsáveis por centenas de capturas anuais: as elhas Féroe, a Gronelândia, a Islândia, a Indonésia,a Noruega, o Japão, o Canadá, a Rússia e os Estados Unidos. Em parte destes países a pesca é justificada com tradições de grupos minoritários, enquanto noutros (como o Japão) o pretexto é a pesquisa científica.

In DN

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