Alemanha e França pressionam por novas regras para setor financeiro
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Alemanha e França pressionam por novas regras para setor financeiro
Alemanha e França pressionam por novas regras para setor financeiro
Sarkozy e Merkel falaram à imprensa antes do início oficial do evento
França e Alemanha defenderam nesta quarta-feira que a reunião de cúpula do G20 em Londres, que discutirá medidas para conter a crise econômica mundial, resulte em uma maior regulamentação do sistema financeiro internacional.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se encontraram na véspera do encontro oficial do G20, que será realizado nesta quinta-feira.
"Alemanha e França consideram o princípio de uma nova regulamentação como um dos maiores objetivos do encontro", disse Sarkozy. "Sem novas regras, não pode existir confiança e, sem confiança, não há recuperação."
"Este é um dos maiores objetivos e não pode ser negociado", acrescentou o presidente francês.
Na terça-feira, a ministra das Finanças da França afirmou que seu país pode não assinar a declaração final do encontro se os líderes do G20 não concordarem com o estabelecimento de novas regras para o sistema financeiro.
Leia mais: França cogita não assinar declaração da cúpula do G20
Erros
Durante entrevista coletiva conjunta com Sarkozy, Merkel disse que os erros que levaram à crise não devem ser repetidos.
"A crise não nasceu do nada, não foi causada por um desastre natural, mas claramente por óbvios e já reconhecidos erros", disse a líder alemã. "Agora, tudo deve ser feito para evitar que isso se repita."
Merkel e Sarkozy afirmaram que chegaram a Londres com uma atitude construtiva, mas acrescentaram que desejam resultados práticos.
"Queremos resultados que realmente mudem o mundo", disse a chanceler alemã.
O analista da BBC para assuntos diplomáticos, Jonathan Marcus, afirma que "muitos argumentam que o impacto da crise econômica global deve ser maior do que o dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos".
"O mundo que emergirá da crise será muito diferente porque as relações internacionais estão mudando", avalia Marcus.
Acordo
Correspondentes afirmam que os pontos principais do texto da declaração final do encontro já foram acertados pela legião de diplomatas em Londres, incluindo os dois assuntos principais - a regulamentação do setor financeiro internacional e os pacotes de estímulo para a economia.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que as lideranças devem levar apenas "algumas horas" para concordar com um plano de reforma econômica.
Entre os pontos que ainda devem ser decididos estão a quantidade de dinheiro extra a ser destinada ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e aos países mais pobres, mas esses assuntos são considerados menos polêmicos.
O encontro do G20 reúne os líderes de Argentina, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e União Europeia.
Sarkozy e Merkel falaram à imprensa antes do início oficial do evento
França e Alemanha defenderam nesta quarta-feira que a reunião de cúpula do G20 em Londres, que discutirá medidas para conter a crise econômica mundial, resulte em uma maior regulamentação do sistema financeiro internacional.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se encontraram na véspera do encontro oficial do G20, que será realizado nesta quinta-feira.
"Alemanha e França consideram o princípio de uma nova regulamentação como um dos maiores objetivos do encontro", disse Sarkozy. "Sem novas regras, não pode existir confiança e, sem confiança, não há recuperação."
"Este é um dos maiores objetivos e não pode ser negociado", acrescentou o presidente francês.
Na terça-feira, a ministra das Finanças da França afirmou que seu país pode não assinar a declaração final do encontro se os líderes do G20 não concordarem com o estabelecimento de novas regras para o sistema financeiro.
Leia mais: França cogita não assinar declaração da cúpula do G20
Erros
Durante entrevista coletiva conjunta com Sarkozy, Merkel disse que os erros que levaram à crise não devem ser repetidos.
"A crise não nasceu do nada, não foi causada por um desastre natural, mas claramente por óbvios e já reconhecidos erros", disse a líder alemã. "Agora, tudo deve ser feito para evitar que isso se repita."
Merkel e Sarkozy afirmaram que chegaram a Londres com uma atitude construtiva, mas acrescentaram que desejam resultados práticos.
"Queremos resultados que realmente mudem o mundo", disse a chanceler alemã.
O analista da BBC para assuntos diplomáticos, Jonathan Marcus, afirma que "muitos argumentam que o impacto da crise econômica global deve ser maior do que o dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos".
"O mundo que emergirá da crise será muito diferente porque as relações internacionais estão mudando", avalia Marcus.
Acordo
Correspondentes afirmam que os pontos principais do texto da declaração final do encontro já foram acertados pela legião de diplomatas em Londres, incluindo os dois assuntos principais - a regulamentação do setor financeiro internacional e os pacotes de estímulo para a economia.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que as lideranças devem levar apenas "algumas horas" para concordar com um plano de reforma econômica.
Entre os pontos que ainda devem ser decididos estão a quantidade de dinheiro extra a ser destinada ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e aos países mais pobres, mas esses assuntos são considerados menos polêmicos.
O encontro do G20 reúne os líderes de Argentina, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e União Europeia.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Alemanha e França pressionam por novas regras para setor financeiro
O texto the cima diz k:
O encontro do G20 reúne os líderes de França, Alemanha, Itália, e União Europeia. WOW!
O encontro do G20 reúne os líderes de França, Alemanha, Itália, e União Europeia. WOW!
Kllüx- Pontos : 11230
Re: Alemanha e França pressionam por novas regras para setor financeiro
Nós e o G20
Muitos se interrogam sobre o verdadeiro significado da reunião dos G20, que hoje se inicia em Londres.
Este fórum de concertação, ao qual estão presentes bem mais do que 20 participantes, existe já há uma década, mas pode dizer-se que é talvez a primeira vez em que a sua convocação vem acompanhada por uma atenção global como a que actualmente lhe é dirigida. A crise, e a incapacidade de algumas grandes economias de conseguirem meios de combate à mesma sem a ajuda de outros parceiros fora dos G8, levou estes a aceitarem utilizar este mecanismo para uma cooptação de sócios de oportunidade, numa lógica que originariamente estava principalmente focalizada nas negociações do comércio internacional, mas que, no momento, se pretende alargar a outras dimensões económico-financeiras à escala global.
Na realidade, o G20 é hoje um grupo relativamente inorgânico que reune os antigos G8, acompanhados pelos grandes países emergentes e algumas economias mais desenvolvidas do chamado "Norte". A sua última convocatória a este nível teve lugar em Novembro de 2008 e, entre outras tomadas de posição, saldou-se por um compromisso solene de todos os seus membros de cumprirem uma moratória em matéria de medidas de natureza proteccionista. O resultado está à vista: 18 desses países não cumpriram essa promessa, de acordo com o Banco Mundial. Esperemos melhor sucesso desta vez.
Para um país como Portugal, a racionalidade subjacente ao G20 só é aceitável numa dimensão conjuntural ou de produção de efeitos que se projectem, em primeiro lugar sobre o próprio grupo, podendo, se assim suceder, servir de útil "benchmark" num quadro mais global. Não tendo nós problemas de maior em aceitar grande parte das ideias para as quais se pretende obter um novo compromisso, também nos não revemos, naturalmente, na possibilidade deste grupo poder vir a firmar-se como uma espécie de novo "directório" político-económico do mundo.
Sem colocar em causa a legitimidade de reuniões desta natureza, em especial se delas puderem resultar acordos firmes em matéria de governança entre os seus pares, entre os quais se encontram alguns dos fautores maiores da onda de desregulação que afecta a economia global, o primeiro-ministro português teve já ocasião de adiantar a nossa visão sobre a necessidade de alargar a sua representatividade futura, em especial nelas fazendo projectar estruturas de natureza regional. Caso tal não suceda, importará lembrar que existem instituições de natureza multilateral onde estas questões podem e devem ser discutidas e acordadas, estruturas essas dotadas de regras de decisão próprias e mecanismos de representação e controlo aprovados e ratificados por todos os Estados. Coisa que o G20 estará sempre longe de ter.
Postado por Francisco Seixas da Costa em Duas ou três coisas
Muitos se interrogam sobre o verdadeiro significado da reunião dos G20, que hoje se inicia em Londres.
Este fórum de concertação, ao qual estão presentes bem mais do que 20 participantes, existe já há uma década, mas pode dizer-se que é talvez a primeira vez em que a sua convocação vem acompanhada por uma atenção global como a que actualmente lhe é dirigida. A crise, e a incapacidade de algumas grandes economias de conseguirem meios de combate à mesma sem a ajuda de outros parceiros fora dos G8, levou estes a aceitarem utilizar este mecanismo para uma cooptação de sócios de oportunidade, numa lógica que originariamente estava principalmente focalizada nas negociações do comércio internacional, mas que, no momento, se pretende alargar a outras dimensões económico-financeiras à escala global.
Na realidade, o G20 é hoje um grupo relativamente inorgânico que reune os antigos G8, acompanhados pelos grandes países emergentes e algumas economias mais desenvolvidas do chamado "Norte". A sua última convocatória a este nível teve lugar em Novembro de 2008 e, entre outras tomadas de posição, saldou-se por um compromisso solene de todos os seus membros de cumprirem uma moratória em matéria de medidas de natureza proteccionista. O resultado está à vista: 18 desses países não cumpriram essa promessa, de acordo com o Banco Mundial. Esperemos melhor sucesso desta vez.
Para um país como Portugal, a racionalidade subjacente ao G20 só é aceitável numa dimensão conjuntural ou de produção de efeitos que se projectem, em primeiro lugar sobre o próprio grupo, podendo, se assim suceder, servir de útil "benchmark" num quadro mais global. Não tendo nós problemas de maior em aceitar grande parte das ideias para as quais se pretende obter um novo compromisso, também nos não revemos, naturalmente, na possibilidade deste grupo poder vir a firmar-se como uma espécie de novo "directório" político-económico do mundo.
Sem colocar em causa a legitimidade de reuniões desta natureza, em especial se delas puderem resultar acordos firmes em matéria de governança entre os seus pares, entre os quais se encontram alguns dos fautores maiores da onda de desregulação que afecta a economia global, o primeiro-ministro português teve já ocasião de adiantar a nossa visão sobre a necessidade de alargar a sua representatividade futura, em especial nelas fazendo projectar estruturas de natureza regional. Caso tal não suceda, importará lembrar que existem instituições de natureza multilateral onde estas questões podem e devem ser discutidas e acordadas, estruturas essas dotadas de regras de decisão próprias e mecanismos de representação e controlo aprovados e ratificados por todos os Estados. Coisa que o G20 estará sempre longe de ter.
Postado por Francisco Seixas da Costa em Duas ou três coisas
Viriato- Pontos : 16657
Re: Alemanha e França pressionam por novas regras para setor financeiro
uma reuniao de PALERMAS SOCIALISTAS QUE NAO VAO RESOLVER NADA. Nao se aproveita 1!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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