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Emigração

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Emigração - Página 3 Empty Emigração

Mensagem por Joao Ruiz Seg Mar 01, 2010 6:39 am

Relembrando a primeira mensagem :

Governo andorrano impõe lingua
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Adiado jornal dirigido à comunidade portuguesa

O lançamento do LusoJornal Andorra, previsto para 02 de março e dirigido à comunidade portuguesa, foi adiado porque o Governo andorrano impõe que seja escrito em catalão em vez do português, disse hoje o diretor Carlos Pereira.

«O Governo tem uma lei muito restrita no que diz respeito à comunicação social e exige que o órgão que se realize no país utilize unicamente a língua oficial», explicou o diretor.

O lançamento do LusoJornal Andorra - que seria quinzenal e gratuito - estava marcado para coincidir com a visita de Estado do Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, ao Principado de Andorra, de 05 a 07 de março.

Lusa, 2010-03-01

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Última edição por João Ruiz em Ter Jun 29, 2010 3:26 pm, editado 1 vez(es)

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Emigração - Página 3 Empty Emigrante luso-francês detido a 236 quilómetros/hora

Mensagem por Joao Ruiz Qua Ago 24, 2011 5:17 am

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Calma, cuidado com a vida
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Emigrante luso-francês detido a 236 quilómetros/hora

Um emigrante luso-francês de 37 anos, que regressava de férias a Portugal, foi detido na Galiza por circular a 236 quilómetros por hora. Esta terá sido a segunda velocidade mais alta registada naquela região.

Segundo fontes da Guardia Civil, o homem conduzia um veículo BMW, transportando a mulher e o filho de 8 anos de idade. A velocidade excessiva a que dirigia o automóvel – o dobro da permitida naquela zona da A-52, a cerca de 50 quilómetros da fronteira de Chaves – foi captada pelos radares.

O homem ficou detido algumas horas na Guarda Civil de Ourense e acabou por ser libertado após pagamento de uma multa. O luso-francês está agora acusado de um crime contra a segurança rodoviária.

A velocidade mais elevada captada pelos radares na zona da Galiza remonta a 2008, quando um Porshe foi apanhado a 249 quilómetros por hora.

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Emigração - Página 3 Empty Não sabiam línguas

Mensagem por Joao Ruiz Qua Ago 24, 2011 5:22 am

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Não sabiam línguas
Emigração


Os emigrantes do tempo da mala de cartão e das fronteiras bem guardadas

São pessoas do tempo em que a emigração era dolorosa. Sangue, suor e lágrimas. Partiam sem saber uma palavra de francês, inglês ou alemão numa altura em que havia um apertado controlo de fronteiras. Alguns não tinham papéis. A maioria abandonava Portugal porque aqui só havia fome e miséria.

Chegaram a Ausburg, na Alemanha, em 1970. Pela frente tinham vários desafios. Os piores eram a língua da qual não entendiam uma palavra e a desconfiança dos alemães para com os estrangeiros. “O começo de vida foi muito difícil. Não sabíamos falar alemão. Para ir às compras ou aos médicos era muito complicado. Não se sabia exactamente o que estávamos a comprar, não entendíamos as explicações dos médicos. Ia-se para comprar um champô e trazia-se tinta para o cabelo. Assistimos à história de uma senhora que entendeu mal as indicações do médico, tomou o medicamento em vez de o esfregar no corpo, morreu envenenada”, recorda Maria Antunes, de 64 anos, natural da Lameira, freguesia de Fátima. Junto a si está o marido, José Antunes, actualmente com 67 anos. Maria estava grávida de seis meses. Começou por fazer limpezas num hospital. Mais tarde viria a trabalhar como assistente no laboratório do mesmo hospital. Em termos de trabalho teve sorte. “Estive lá 40 anos”, conta.

Outra dificuldade com que se depararam no princípio de vida na Alemanha foi arranjar casa. “Não se vendiam casas a estrangeiros”, lembra José Antunes. “Até porque era necessário fazer crédito no banco e os estrangeiros não tinham tanta facilidade. Mas não se conseguia casa sobretudo porque éramos estrangeiros e pronto”, recorda. Bacalhau também não havia. Os produtos de origem mediterrânica eram escassos ou muito caros e fazer comida tradicional portuguesa era difícil. Agora só vêm a Portugal nas férias. “Temos lá tudo. Os nossos filhos nasceram e cresceram lá. Hoje gosto muito do ambiente alemão. É diferente, é mais calmo. Não há o stress que há em Portugal. E a pontualidade, os cuidados médicos a que temos acesso, todas essas coisas”, explica Maria Antunes.


Regressar à vida de emigrante

Na Atouguia, também no concelho de Ourém, está a passar umas semanas de férias Maria Vieira, 52 anos. Está há 28 anos no Canadá. Partiu com 23 anos, após o casamento. Em Portugal deixou o emprego de cozinheira para ir trabalhar primeiro numa fábrica de costura, depois numa fábrica de peças de automóvel. Os portugueses que encontrou eram açorianos e não entendia quase nada da sua pronúncia. “Quando cheguei só sabia falar português. Trabalhava com pessoas dos Açores, de Rabo de Peixe, mas não as conseguia entender”, conta.

“As nossas raízes estão em Portugal, mas foi lá que formámos tudo. Temos lá tudo, a casa, os filhos, temos boa assistência médica porque temos bons seguros de trabalho. Por cá só nas férias”. “Recordo-me que a adaptação foi difícil, mas porque aqui era uma rapariga livre e lá era uma mulher casada que em pouco tempo teve um filho”. Em certas condições, acaba por conviver melhor com canadianos que com portugueses. “A nível de trabalho os canadianos são mais amigos, confiáveis. Entre os portugueses há muita competição e nem sempre são os mais amigáveis”, comenta.

Clementina Silva de 54 anos, está de volta à Suíça. Depois de lá ter estado 15 anos voltou e ficou por Portugal outros 15 anos. Há quatro anos voltou a partir. Não se adaptou à vida no seu país e o aumento das dificuldades ditaram a decisão. Hoje, com os filhos já criados, torna-se até mais fácil, confessa. Há 30 anos deixou o trabalho nos restaurantes e hotéis de Fátima e foi com o marido. Já tinha vivido dois anos em França, pelo que a língua francesa não foi problema. Nos primeiros tempos trabalhou no campo, limpando terrenos enquanto estava grávida, ou a tomar conta de vacas.”Estávamos sozinhos num beco, só ao fim de oito meses descobrimos portugueses”.

Não se queixa. “Adaptei-me bem, sempre gostei do estrangeiro”. “Tive logo amigos suíços que gostavam muito da gente e nunca notei que fossem racistas. A comida é diferente, mas gosto daquela comida deles à base de cremes. Tenho pena de não a saber fazer”. A motivação naquele tempo foi arranjar dinheiro, fazer uma casa. Lá fora, tinha mais liberdade, era independente. Hoje enumera as vantagens de voltar a viver num país como a Suíça: “vive-se melhor, trabalha-se menos e como já não tenho os filhos a meu cargo até é melhor. Os meus filhos estão lá e não têm projectos de fazer vida em Portugal”, diz.


Mirante, 2011-08-19
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Emigração - Página 3 Empty Razões são as mais diversas

Mensagem por Joao Ruiz Qua Ago 24, 2011 5:31 am

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Razões são as mais diversas

Novos emigrantes vão equipados com cursos superiores e conhecimento de línguas

Têm estudos superiores e na maior parte dos casos empregos estáveis. Mesmo assim optam por partir. As razões são as mais diversas. Melhores salários, melhores ambientes de trabalho e mais oportunidades de realização profissional.

A abertura de fronteiras na Europa, o conhecimento de línguas, a possibilidade de contacto regular com as famílias devido à internet e ao encurtamento de distâncias através de melhores transportes, facilitam a partida. A única coisa que lamentam é a falta de sol, do convívio e da comida portuguesa.

A enfermeira Inês Marmelo trabalhava há seis anos no serviço de neonatologia do Hospital Distrital de Santarém quando decidiu emigrar. Londres foi o destino escolhido. O facto dos pais e os irmãos viverem na Inglaterra há alguns anos facilitou a escolha. Amigos e colegas chamaram-lhe louca por deixar um emprego estável mas ela não se arrepende. “Em Londres consigo ganhar o dobro do que ganhava em Portugal e neste momento trabalho apenas dois dias por semana, turnos de doze horas. É muito melhor”, considera.

Inês tem 30 anos e é de Almeirim. Faz parte de uma nova geração de emigrantes portugueses. Tem formação superior, sabe inglês e vive numa Europa sem fronteiras. Como ela há muitos outros jovens que deixam Portugal à procura de uma oportunidade de realização profissional que não conseguem no seu país e de melhores salários. Emigrar nem sempre é fácil e se há coisas que compensam há outras que não. “Nunca mais digo mal de Portugal, nem do nosso sistema de saúde nem do nosso sistema de ensino.

É preciso sair de Portugal para darmos valor ao que temos. Já percebi que o sistema de ensino inglês não é o melhor e quero dar o melhor à minha filha. Não me importo que frequente o primeiro ciclo em Londres até para aprender inglês mas depois regressamos”, explica convicta. A jovem também sente falta da maneira de ser dos portugueses, do sol e da comida. “Os ingleses são bem educados mas não são tão hospitaleiros como nós. São muito fechados e não convivem muito”, diz.

Actualmente de férias em Portugal e a poucas horas de regressar a Londres Inês Marmelo aproveita os últimos dias para desfrutar do sol e do calor que não tem em Inglaterra e da comida portuguesa. “Lá fazemos comida portuguesa mas não é a mesma coisa. Nem a galinha sabe da mesma forma”, confessa com um sorriso.

Quem também tem saudades da comida portuguesa é Mário Silva, um jovem de Tomar a viver em Amesterdão. Mas garante que não vai regressar a casa só por isso. “Sinto a falta do nosso sol e do bacalhau mas vou ficar por aqui. Na Holanda as condições de vida são melhores que em Portugal e não se fala em crise”, explica. Saudades maiores são as da família mas a internet e o telefone ajudam a encurtar distâncias. E Amesterdão fica mais perto agora do que ficava a França nos anos sessenta para os emigrantes de outros tempos.

O jovem trabalhava na Siemens, em Lisboa, como programador de sistemas de computadores quando foi chamado para fazer uma formação de duas semanas na sucursal de Berlim (Alemanha). As diferenças que sentiu sobretudo na forma de trabalhar foram “enormes” e foi aí que lhe nasceu a vontade de mudar de ares. “A empresa em Lisboa era muito mais desorganizada que a de Berlim e mesmo a nível da disponibilidade dos colegas na Alemanha as coisas funcionavam muito melhor.

Quando não sabíamos uma coisa eles explicavam e não criticavam ou gozavam por eu não saber, como acontecia em Lisboa”, conta o jovem, que O MIRANTE contactou através da internet. Depois da formação surgiu uma oportunidade de trabalho na mesma área em Amesterdão (Holanda) e Mário agarrou-a com ‘unhas e dentes’. A ideia inicial era ficar fora de Portugal durante dois anos mas já se passaram três e o jovem de 28 anos de idade, ainda não tem planos para regressar. “Ainda não me fartei de estar bem”, diz em jeito de brincadeira.


A viver na Alemanha depois de um estágio na América

João Banha Oliveira tem 29 anos e viveu em Vila Franca de Xira até concluir a licenciatura em Biologia e o mestrado em Imunologia Clínica. Vive em Berlim (Alemanha) desde o final do ano passado mas já viveu nos Estados Unidos da América em 2008 e 2010. A bolsa que o jovem investigador científico tinha do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge ia terminar e João Oliveira teve que optar.

“Se ficasse em Portugal o mais provável seria mudar a área de actividade profissional. A investigação no nosso país ainda tem muitas limitações e continuar na condição de bolseiro, da forma como funciona o nosso país, não era opção. Por isso escolhi procurar experiência internacional”, explica.

O jovem investigador confessa que ainda se está a adaptar ao novo país mas garante que as pessoas são simpáticas e acolhedoras. “Não são calorosos mas são bastante prestáveis”, diz. O mais difícil é mesmo a barreira da língua. João conta que está tudo sempre em alemão o que complica. Apesar de ter estudado alemão no ensino básico, o facto de ter deixado de praticar a língua deixa-o um pouco limitado. “Vou compreendendo cada vez melhor e vou falando o básico mas ainda não consigo ter uma conversa em alemão. No local de trabalho não tenho qualquer problema porque o inglês é dominado por todos. No dia-a-dia é que é mais complicado”, explica acrescentando que na zona leste de Berlim, onde mora, “ainda se notam os restos” da influência soviética, onde não era “comum” aprender inglês.


Mirante, 2011-08-19
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Emigração - Página 3 Empty Falam português com dificuldade

Mensagem por Joao Ruiz Sex Ago 26, 2011 6:21 am

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Falam português com dificuldade

A aldeia portuguesa é apenas um destino de férias para filhos de emigrantes que nasceram em França

Tânia Vieira começa a chorar quando lhe perguntamos se prefere Portugal ou França. Tem 30 anos de idade e nasceu em França. Os pais são portugueses de Espite, concelho de Ourém. Durante a infância e adolescência o português e Portugal, sempre estiveram presentes.

A mãe, Fátima dos Santos, explica que o coração da filha se divide entre os dois países. Recomposta da emoção que a traiu em público, Tânia explica-se. “Sempre vivi em França. Quando a gente vem a Portugal apetece-me ficar mas tenho toda a minha vida lá. Aqui de Espite lembro-me das brincadeiras de férias com os meus primos. É um pouco da minha infância que aqui está. Os dois países são muito diferentes. Morar cá parece ser mais saudável, mais verde e há mais largueza porque aqui é campo… Lá é tudo escuro, não há verdura, é uma cidade. O convívio aqui também é diferente”. As visitas à terra eram normalmente uma vez por ano, em Agosto. Agora alargaram-se a outras alturas do ano. Natal, festas, aniversários...

O caso de Tânia é muito particular. Os outros filhos de emigrantes com quem O MIRANTE falou gostam de vir passar férias a Espite mas irão continuar a viver em França. Falam português com dificuldade, usando um vocabulário muito limitado e nota-se bem o sotaque. Nicolas Marques, 22 anos, nasceu em França e lá tem vivido toda a sua vida.

Este ano trouxe a Espite alguns amigos franceses que se mostram maravilhados com a aldeia do interior de Ourém. “Não vinha viver para cá. Espite são férias e não todo o ano. Aqui há menos gente e a economia de Portugal também não é a melhor. Para trabalhar e viver é melhor a França. Os meus pais chegaram a pensar no regresso mas tinham lá o trabalho. E eu também não queria vir”, afirma.

A terra dos pais é para ele um destino de férias e pouco mais. Vem para reencontrar alguns amigos e família. Habituado em França a um ambiente urbano, reconhece no entanto que na aldeia portuguesa “respira-se melhor”.

Apesar de falar tanto o português como o francês, refere que nem sempre é fácil falar a língua dos pais. Estes chegaram a ponderar regressar a Portugal, mas os trabalho manteve-os em França. “Eu também não queria vir”, confessa, defendendo que toda a sua vida está lá fora.

Discurso semelhante tem Ivete Trezentos, 42 anos, que várias vezes se atrapalha com a língua portuguesa. Nasceu em França mas veio para Portugal com quatro anos. Aos 12 anos os pais voltaram a emigrar. Ela não se importou. Confessa que tinha o desejo de regressar a França, onde estava a família e onde tinha muitos amigos. “Daquela infância em Espite só me lembro da escola, mas não muito. Quando regressámos habituei-me logo a França. E nessa altura nem sequer sabia falar francês”.

Todos os anos, pelo mês de Agosto, visita Espite mas foi em França que fez a sua vida, constituiu família. Ao contrário de muitos emigrantes nem sequer pensou em vir casar a Portugal. “Eu tinha aquela ideia de que em França se vivia melhor. Apesar de muitas vezes se dizer o contrário, as pessoas lá são diferentes. Lá convivemos mais com a família. Penso que agora as pessoas daqui são mais individualistas”. Claro que há aspectos menos bons mas mesmo assim a preferência mantém-se. “Lá trabalha-se mais; há mais stress e é mais cansativo, mas prefiro a França”.

Monografia e estátua prestam homenagem a emigrantes de Espite

Na tarde de sábado, dia 20, a freguesia de Espite inaugurou uma estátua de homenagem aos emigrantes e lançou uma monografia sobre a freguesia, da autoria de um habitante local, Jacinto Gonçalves. Mais uma data no programa das celebrações dos 800 anos desta freguesia ouriense.

Na ocasião esteve presente o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário. O discurso mais inflamado partiu do presidente da assembleia de freguesia, Emídio Major. Lembrando o quanto Espite foi marcada pela saída das suas gentes ao longo dos anos, o autarca referiu que algumas das crianças da freguesia já vão iniciar o próximo ano lectivo fora da sua terra, resultado de uma nova vaga de emigração. “O povo desta aldeia não pede privilégios. Mas não deixem os nossos idosos e os nossos doentes irem para um hospital mais longe.

Deixem as crianças frequentar uma escola mais próxima. Que a palavra Distrito não seja um impedimento constante à vida do dia-a-dia”. Emídio Major salientou que não estava a dar nenhum “recado”. “Mas são estas pequenas coisas que fazem as pessoas irem embora. Por exemplo, como és de Espite vais para o Hospital de Torres Novas ou para a Direcção Geral de Viação de Santarém”, comentou, numa referência à proximidade com Leiria.

O presidente do município de Ourém, Paulo Fonseca, referiu que gostava que a homenagem aos emigrantes fosse uma “evocação do empreendedorismo das gentes da terra”. O secretário de Estado, José Cesário afirmou que “cada elemento das nossas comunidades é um embaixador de Portugal” e pode ajudar a atrair investimento para o país.

A Monografia de Espite é um extenso trabalho de mais de 800 páginas que descreve toda a história da localidade desde a Idade da Pedra. O seu autor, Jacinto Gonçalves explicou que a iniciou em 2005. Sublinhou que ninguém lhe encomendou o trabalho e que a escreveu por amor à terra. “Não se ama o que não se conhece. Para amar a nossa terra é preciso conhecer a sua história”, referiu.

A estátua foi apresentada pelo presidente da Junta de Freguesia. “Desafiámos o João a apresentar algo de polémico e original”, explicou Filipe Baptista. O conjunto escultórico é composto por duas pedras suspensas por um tronco e envoltas em raízes, onde se lêem nomes de países. Uma obra de quatro toneladas. João Marques, natural da Barrocaria, freguesia do Olival, Ourém, tem 31 anos e chegou a trabalhar em Espite como carteiro, durante um ano. Disse a O MIRANTE que a peça não se distancia muito, em termos estéticos, do tipo de obras que costuma elaborar. Um trabalho de mais de três meses, em pedra e bronze, a que se dedicou por inteiro. A pedra é da região, das vinhas da ribeira da Freiria, explicou. “Influencio-me muito no passado e nas antigas civilizações, logo este trabalho enquadra-se na homenagem de hoje”, referiu. Este foi o seu primeiro trabalho de grande dimensão e por ser para Espite sentiu mais “responsabilidade”. João Marques nasceu em França, mas com seis anos veio morar para Portugal. Estudou Escultura na Escola Universitária de Artes de Coimbra. Desde 2002 que expõe um pouco por todo o país.

O MIrante, 2011-08-26

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Emigração - Página 3 Empty BBC faz reportagem sobre fuga de cérebros em Portugal

Mensagem por Joao Ruiz Qui Set 08, 2011 4:07 pm

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«Geração perdida»
Emigração


BBC faz reportagem sobre fuga de cérebros em Portugal

«Esta é a maior onda de emigração desde os anos 60», garantiu Filipa Pinho, do Observatório da Emigração. São centenas de jovens licenciados que estão a partir para o Brasil e Angola, sobretudo, bem como Moçambique. A situação já atraiu a atenção dos media estrangeiros e a BBC fez uma reportagem sobre esta «geração E». O canal de televisão inglês chama-lhe «fuga de cérebros».

Natália Santos, professora de 29 anos, do Porto, prepara-se para emigrar. Candidatou-se a 362 escolas nos últimos seis anos. Nunca trabalhou mais nove meses seguidos e o seu salário rondou sempre os 500 euros. «Sinto-me muito frustrada muitas vezes, e desiludida». Agora não baixa os braços e vai emigrar.

Na página da BBC é contado mais um caso, este de sucesso. Trata-se de António Bagal, empresário de 32 anos, de Lisboa. Emigrou para Angola e agora já dá emprego a mais jovens portugueses. «A maioria tem licenciaturas, mestrados, até doutoramentos. E a novidade é que muitos deles já nem querem voltar», afirmou.

«Um engenheiro civil, em Portugal, ganha cerca de 900 euros em início de carreira», diz. Na ex-colónia portuguesa este valor pode quadriplicar. O empresário chama a atenção para o facto do Brasil necessitar de engenheiros e arquitectos devido à necessidade de infra-estruturas para o Mundial de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.


, 2011-09-07
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Emigração - Página 3 Empty De regresso a Portugal...

Mensagem por Joao Ruiz Qui Set 08, 2011 4:12 pm

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Participe deste projecto
Emigração


Projecto de Turismo da Universidade de Aveiro dirigido aos emigrantes Portugueses

No passado mês de Julho a Universidade de Aveiro iniciou um processo de inquirição, através de um questionário, aos emigrantes portugueses no âmbito de um projecto de investigação em Turismo financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Este estudo tem como objectivo avaliar o contributo do regresso e fixação dos emigrantes portugueses para o desenvolvimento do turismo no seu local de origem, em Portugal. O período conturbado da economia portuguesa e o agravamento do desemprego estão na origem do projecto.

Neste âmbito, a criação de pequenas e médias empresas, aliada à promoção do turismo, apresentam-se como potencial alternativa para a criação de emprego e rendimento, comparativamente com outros sectores da economia. O regresso definitivo e a participação dos emigrantes portugueses em projectos de desenvolvimento turístico nas suas regiões de origem, que são as mais carenciadas em Portugal, poderão contribuir para estimular a economia regional e nacional, porque trazem competências técnicas e, eventualmente, capital financeiro obtidos durante a sua experiência de emigração.

Se é emigrante português e pretende participar e manifestar a sua opinião em relação a este projecto, poderá fazê-lo até 30 de Setembro preenchendo um questionário localizado no link aqui anunciado ou, em alternativa, na página do projecto criada recentemente no facebook em https://www.facebook.com/EmigrantesPortugueses Informamos também, que a sua opinião será tratada confidencialmente, pelo que os resultados finais nunca identificarão directamente os participantes. Após a recolha dos dados seguir-se-á o respectivo tratamento e análise. As conclusões mais relevantes serão anunciadas neste jornal a partir de Abril de 2012.

http://questionarios.ua.pt/index.php?sid=24619&lang=pt


, 2011-09-08
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Emigração - Página 3 Empty Governo vai pôr a funcionar equipamentos portáteis para emissão de documentos aos emigrantes

Mensagem por Joao Ruiz Qui Out 20, 2011 7:37 am

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Na rede consular portuguesa
Emigração


Governo vai pôr a funcionar equipamentos portáteis para emissão de documentos aos emigrantes

Vão estar a funcionar ainda este ano ou no início de 2012, na rede consular portuguesa, equipamentos portáteis de recolha de dados para emissão de cartões de cidadão, passaportes e vistos, anunciou o secretário de Estado das Comunidades.

A mobilidade dos equipamentos vai possibilitar que funcionários consulares se desloquem às comunidades de emigrantes mais distantes, evitando que as pessoas tenham que percorrer grandes distâncias para tratar da documentação.

José Cesário disse que estão ser estabelecidos protocolos com associações de emigrantes e outras instituições para que o trabalho de recolha dos dados biométricos para emissão da documentação, agora centralizada em Lisboa, possa ser feita nesses locais.

“É uma medida prevista no orçamento do Estado do próximo ano”, assegurou o governante, acrescentando que já estão a ser realizados testes com os equipamentos. “Será uma autêntica revolução no atendimento consular”, acrescentou José Cesário.
Os equipamentos portáteis permitem recolher as impressões digitais de todos os dedos das mãos dos portadores, mas por enquanto vão continuar a ser recolhidas apenas as dos dedos indicadores.

No entanto, já começaram a ser recolhidas as impressões digitais de todos os dedos nos pedidos de visto para viajar para Portugal solicitados nas embaixadas e consulados portugueses no Egipto, Tunísia, Argélia e Marrocos, devendo alargar-se a medida também à Líbia logo que seja reaberta a representação portuguesa naquele país, acrescentou o secretário de Estado.

No ano passado, as representações portuguesas no Egipto emitiram 940 vistos de entrada em Portugal, na Argélia 677, na Tunísia 651 e em Marrocos 1.303, de acordo com dados reunidos pela Secretaria de Estado das Comunidades.


MP, 2011-10-19
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Emigração - Página 3 Portugal

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Emigração - Página 3 Empty Governo incentiva jovens desempregados a emigrar

Mensagem por Joao Ruiz Qua Nov 02, 2011 6:32 am

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Crise

Emigração - Página 3 Emigrar

Governo incentiva jovens desempregados a emigrar

O jovem desempregado em vez de ficar na »zona de conforto» deve emigrar, disse o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

«Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras», disse o governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa em São Paulo e jovens luso-brasileiros.

Segundo o mesmo responsável, o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da \"fuga de cérebros\".

Para Miguel Mestre, se o jovem optar por permanecer no país que escolheu para emigrar, poderá \"dignificar o nome de Portugal e levar know how daquilo que Portugal sabe fazer bem\".

Caso a opção seja por, no futuro, voltar a Portugal, esse emigrante \"regressará depois de conhecer as boas práticas\" do outro país e poderá \"replicar o que viu\" no sentido de \"dinamizar, inovar e empreender\".

Com o intuito de capacitar o jovem português e aumentar os laços com outros países, o responsável diz que o governo português pretende incentivar também os intercâmbios estudantis e os estágios no estrangeiro.

A presença do jovem no estrangeiro será um dos temas abordados do Livro Branco da Juventude, que deverá ser lançado a 02 de Novembro, disse.

Miguel Mestre falou à Agência Lusa no seminário \"Luso-brasilidade: Reflexões e Actualidade\", iniciativa piloto para aproximar o governo das comunidades portuguesas em outros países.

Presentes no seminário estiveram também o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, o secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e o secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte.

Lusa, 2011-11-01

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Emigração - Página 3 Empty Cerca de 200 ex-emigrantes vão reaver pensões retidas em bancos venezuelanos

Mensagem por Joao Ruiz Sex Nov 11, 2011 8:26 am

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Diz José Cesario

Cerca de 200 ex-emigrantes vão reaver pensões retidas em bancos venezuelanos

Cerca de duas centenas de emigrantes que regressaram a Portugal vão poder reaver valores das suas pensões retidos em bancos na Venezuela desde a década de 90, disse hoje o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.

Em declarações à agência Lusa, o titular da pasta da emigração, que na semana passada acompanhou o ministro Paulo Portas numa deslocação à Venezuela, disse que foi alcançado um entendimento com a segurança social do país que permitirá ainda resolver os atrasos no pagamento das pensões aos antigos emigrantes na Venezuela.

José Cesário estima que sejam mais de duas centenas os pensionistas da segurança social venezuelana nestas condições.

Lusa, 2011-11-09

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Emigração - Página 3 Empty Emigração de jovens qualificados pode ser algo «extremamente positivo»

Mensagem por Joao Ruiz Sex Nov 18, 2011 11:50 am

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«Fortalecer a sua formação»

Emigração de jovens qualificados pode ser algo «extremamente positivo»

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, considerou hoje, no Parlamento, que a emigração de jovens portugueses qualificados sem oferta de emprego em Portugal pode ser algo «extremamente positivo».

«Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo», afirmou. \"Também nesta matéria é importante que se tenha uma visão cosmopolita do mundo\", acrescentou Miguel Relvas.

O ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares, que falava durante uma reunião sobre o Orçamento do Estado para 2012, respondeu assim à oposição, que criticou o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, por este ter sugerido aos jovens desempregados que saíssem da sua \"zona de conforto\" e procurassem oportunidades \"além-fronteiras\".

Dirigindo-se especialmente aos comunistas, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares acusou-os de terem uma \"visão pobre\" sobre a emigração e qualificou de \"normal\" aquilo que foi dito pelo secretário de Estado da Juventude, num encontro com jovens em São Paulo, no Brasil.

Segundo Miguel Relvas, actualmente a emigração portuguesa \"é uma emigração muito bem preparada\", com \"jovens altamente bem preparados\" colocados em lugares no estrangeiro, e quem afirma o contrário está a olhar para Portugal \"a partir do espelho retrovisor do passado\".

\"Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permitem a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante\", reforçou.

Lusa, 2011-11-18

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Emigração - Página 3 Empty Número de emigrantes está a aumentar com a crise

Mensagem por Joao Ruiz Ter Nov 22, 2011 10:44 am

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Os novos emigrantes

Emigração - Página 3 Emigra_malas

Número de emigrantes está a aumentar com a crise

Suíça, França e Angola são os principais destinos dos novos emigrantes, cujo número está a crescer devido às dificuldades económicas e inclui já pessoas de 40 e 50 anos, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

Apesar de ser impossível obter dados específicos sobre o número de emigrantes – já que a circulação de pessoas é livre na União Europeia -, o secretário de Estado José Cesário admite que o número tem aumentado com o crescimento das dificuldades económicas em Portugal.

«Nós sabemos, nomeadamente pelo reflexo que temos a nível da administração dos consulados e da abertura de novas contas, que há um aumento muito grande» da emigração, disse à Lusa.

Os novos emigrantes têm algumas diferenças em relação às chamadas vagas convencionais. A começar pelos destinos, que agora incluem Angola como um dos principais países para onde os emigrantes portugueses se dirigem e passando pela idade de quem vai para fora, já que a geração que tem 40 e 50 anos também passou a arriscar.

Os principais destinos são Suíça, França e Angola, locais procurados por oferecerem oportunidades de emprego, explica o secretário de Estado, acrescentando que também começa a haver procura para o Brasil.

«A grande diferença é que, até há meia dúzia de anos, não havia uma pessoa de 40 ou 50 anos a emigrar e hoje vêem-se várias. Como se vê pessoas que partem com a família toda atrás e como se vê muita gente qualificada, muita gente com cursos superiores que vai procurar oportunidades lá fora», explicou José Cesário.

Ainda assim, admitiu, a maior parte do emprego é conseguido nas actividades tradicionais: hotelaria, construção civil e limpezas.

«Pontualmente há emigração mais qualificada. O Canadá e a Austrália têm fluxos migratórios periódicos para gente muito qualificada, mas não é fácil entrar», disse.

A crise económica e consequente aumento do desemprego também se faz notar na imigração.

«Hoje não praticamente pessoas a entrar em Portugal vindas do exterior», afirmou o secretário de Estado das Comunidades, adiantando que «pode haver um caso ou outro, mas o que há é pessoas a sair. O que é evidente porque não há empregos».


Lusa, 2011-11-22

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Emigração - Página 3 Empty Aumentou muito a emigração de portugueses para o Brasil

Mensagem por Joao Ruiz Ter Dez 06, 2011 7:03 am

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Aumento de 18 por cento

Aumentou muito a emigração de portugueses para o Brasil

Disparou a emigração de portugueses para o Brasil. Em apenas seis meses, mais de 50 mil portugueses emigraram para o país. As autoridades brasileiras apontam a crise de emprego em vários países como a explicação para esta nova vaga de emigração.

A comunidade portuguesa surge como a maior no Brasil, com mais de 320 mil pessoas. De Dezembro a Junho passados registou um aumento de 18 por cento. As maiores necessidades brasileiras em mão de obra qualificada são engenheiros, arquitectos, economistas e médicos.

Um jornal local fez as contas e concluiu que, actualmente, os salários destes profissionais no Brasil chegam a ser 85% mais elevados do que em países como Portugal.

, 2011-12-06
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Emigração - Página 3 Empty Os portugueses são um povo de emigrantes desde o século XV

Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 21, 2011 4:15 pm

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Portugal e a emigração

Os portugueses são um povo de emigrantes desde o século XV

Os portugueses são um povo de emigrantes desde o século XV, com especial incidência nos séculos XIX e XX, quando os fluxos migratórios para os Estados Unidos, Brasil, e depois França, se acentuaram.

O fenómeno teve um período de acalmia de cerca de três décadas, mas a crise e a falta de emprego levaram muitos a voltar a arriscar o futuro no estrangeiro. Temos compatriotas espalhados por 140 países de todo o mundo que totalizam cerca de cinco milhões, ou seja cerca de metade da população residente em Portugal.

França ainda é o país que mais portugueses acolhe, seguida do Brasil e dos Estados Unidos, mas o novo século alterou as rotas da emigração e os destinos passaram a ser Espanha, Reino Unido e Angola.

As estatísticas são escassas e pouco fiáveis, sobretudo na União Europeia, onde existe livre circulação de pessoas, mas sabe-se que, ao contrário do que aconteceu no passado, agora são os mais bem preparados que saem do País. Estima-se que todos os anos 75 mil portugueses emigrem e há até quem diga que serão perto de 100 mil nos últimos anos.

O certo é que, com a falta crescente de emprego, muitos mais vão deixar Portugal. Os portugueses são bons trabalhadores e os casos de sucesso no estrangeiro multiplicam-se, do futebol às empresas, passando pelos artistas e profissionais liberais e muitas vezes a nível de topo.

Ao Governo cabe criar as condições para que existam oportunidades de trabalho, não porque seja mau emigrar - nos Estados Unidos é normal ver pessoas de um Estado a estudar ou a trabalhar noutro diferente -, mas porque o seu papel deve ser de facilitador da actividade privada, a única que cria emprego e gera riqueza.

É a única forma de atrair talentos, nacionais ou estrangeiros, e evitar que os jovens saiam em massa, deixando o País cada vez mais envelhecido.

Economico, 2011-12-20

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Emigração - Página 3 Empty Mais de 100 mil portugueses emigraram em 2011

Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 28, 2011 7:22 am

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Vão para a Suiça ou para Angola

Emigração - Página 3 Emigras_mals

Mais de 100 mil portugueses emigraram em 2011

Entre 100 mil a 120 mil portugueses emigraram este ano, de acordo com o jornal i, avançando estimativas do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

Não existindo dados concretos sobre as saídas de Portugal, sabe-se apenas que estão a aumentar. “Esta é uma tendência dos últimos anos. A onda de emigração dura há quatro, cinco ou seis anos”, afirma o secretário de Estado, acrescentando que o movimento “está a aumentar para países como a Suiça, a França ou o Brasil”.

Não é fácil obter números efectivos sobre a emigração portuguesa, quer porque o registo consular não é obrigatório, quer porque a livre circulação de pessoas no espaço económico europeu veio tornar impossível conhecer em pormenor os movimentos migratórios, explica o periódico.

Dados do departamento de estrangeiros da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça brasileiro publicados ontem indicam que entre Dezembro de 2010 e Junho deste ano os pedidos de residência permanente por parte de portugueses aumentaram de 276.703 para 328.856.

Por outro lado, no Brasil têm sido emitidos muitos vistos para a realização de trabalhos temporários, estudos e pesquisas.

A procura de oportunidades de trabalho na Europa mais do que duplicou e só no últmio mês aumentou 58%.

Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional, citado pela Lusa, o portal de mobilidade profissional Eures totalizava 20.686 candidaturas portuguesas no final de Novembro de 2008, número que no final do mês passado atingia os 46.223 candidatos, mais do dobro.

Os novos emigrantes não diferem das chamadas vagas convencionais apenas no que diz respeito ao destino.

A emigração «é cada vez mais qualificada e começa em faixas etárias mais novas e estende-se até idades mais avançadas, entre os 40 e os 50 anos», complementa o artigo do i.

I, 2011-12-27

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Emigração - Página 3 Empty Emigração de portugueses é um dado incontornável

Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 28, 2011 7:25 am

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Procuram um futuro melhor

Emigração de portugueses é um dado incontornável

O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, considera que a emigração de portugueses é um dado incontornável que o Governo português decidiu assumir frontalmente.

São mais de cem mil os portugueses que emigraram nos últimos meses e que procuram lá fora um futuro melhor. Os principais destinos são o Brasil, Angola e a Suíça. O encerramento de alguns postos consulares foi também tema da conversa.

, 2011-12-28
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Emigração - Página 3 Empty Há emigrantes portugueses sem abrigo em diversos países da Europa

Mensagem por Joao Ruiz Qua Dez 28, 2011 7:31 am

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Remessas de dinheiro offshore

Há emigrantes portugueses sem abrigo em diversos países da Europa

A realidade dos emigrantes portugueses nos países europeus com forte tradição migratória tocou os extremos: há emigrantes «sem abrigo, em condições muito complicadas», e outros que mantém elevados rendimentos, mas que «estão a ser incentivados pelos bancos a transferir verbas dos bancos portugueses para offshores», denuncia Manuel Beja, líder de uma organização que acompanha as comunidades lusas no mundo.

Em declarações à Antena 1, Manuel Beja faz uma denúncia para os casos de pobreza extrema que afeta alguns emigrantes portugueses e lança um alerta ao Banco de Portugal e ao Estado, para que analises a transferência de verbas dos emigrantes portugueses, que estão a transferir as suas poupanças para paraísos fiscais.

O líder da Comissão Permanente de Assuntos Sociais e Fluxos Migratórios do Conselho das Comunidades Portuguesas, Manuel Beja, revela que tem testemunhado casos de pobreza elevada ao limite, em países com forte fluxo de emigração.

“Estamos a atravessar uma crise muito complicada... Tenho andado pela Europa fora e tenho visto portugueses sem abrigo. Não apenas na Suíça, mas em França, Luxemburgo e Inglaterra”, alerta Manuel Beja, em declarações à Antena 1.

No outro extremo estão emigrantes com grandes rendimentos que estão a ser desviados de Portugal para paraísos fiscais. “O fim da conta poupança emigrante abriu caminho aos offshores”, refere Manuel Beja.

“Portugal acabou com a conta poupança emigrante, para dar possibilidade aos offshores. Os portugueses deixaram de enviar o seu dinheiro para bancos portugueses e, pelo contrário, estão a retirar enormes verbas dos bancos”, denuncia.

“É difícil apontar o montante em causa”, segundo sustenta, mas, “era bom que o Banco de Portugal e as entidades que têm balcões na suíça controlassem esta situação”, que é lesiva para os interesses portugueses.

Muitas das remessas de dinheiro que teriam como destino as contas bancárias “acabam por ser desviadas pelos próprios bancos para contas offshore. Esta é a realidade. Espero que o Estado aprofunde esta questão”, diz Manuel Beja, àquela rádio.

Outro dado relativo à emigração provém de casos de emigrantes portugueses na Alemanha que “estão a ser incentivados a não enviar verbas para os bancos portugueses, e mesmo para retirar as verbas que têm”, como forma de “protesto contra medidas do Governo, como o encerramento de serviços consulares”.

Manuel Beja não dá credibilidade ao número de novos emigrantes adiantado por José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Não há um registo fiável de portugueses que partem para o mundo à procura de uma oportunidade, porque “o Estado português nunca fez o recenseamento de emigrantes”. Nesse sentido, indica, “o número 100 mil portugueses que emigraram não corresponde à verdade”.


PTJornal, 2011-12-28

Emigração - Página 3 Smilie_schreck

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Emigração - Página 3 Empty Paulo Pisco (PS) acusa deputados PSD de manterem lei injusta para emigrantes

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jan 11, 2012 10:17 am

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Norma discriminatória

Paulo Pisco (PS) acusa deputados PSD de manterem lei injusta para emigrantes

O deputado Paulo Pisco (PS) acusou na segunda-feira os três deputados do PSD pela emigração de manterem a Lei n.º 17/2003, que regula a iniciativa legislativa dos cidadãos, que considera injusta para os portugueses residentes no estrangeiro.

Em questão está uma norma da referida lei que estabelece que qualquer cidadão pode assinar projetos sobre assuntos legalmente permitidos, mas os portugueses emigrantes só o podem fazer sobre matérias de interesse específico da sua situação de residentes no exterior.

Segundo refere Pisco, em comunicado, a eliminação da norma discriminatória podia ser feita em sede de especialidade, se os projetos de alteração à lei apresentados pelo PCP, PEV e BE tivessem sido aprovados na sexta-feira, na Assembleia da República.


Lusa, 2012-01-11

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Emigração - Página 3 Empty A migração faz parte da história de Portugal

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 24, 2012 5:47 am

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XII Encontro

A migração faz parte da história de Portugal

Agentes sóciopastorais das migrações estiveram reunidos em Fátima, de 20 a 22 de janeiro de 2012, no âmbito do XII Encontro de Formação de Agentes Sóciopastorais das Migrações, subordinado ao tema «Portugal entre a Emigração e a Imigração». Do encontro resultaram várias conclusões e propostas.

Constata-se que a «condição migrante» faz parte da história de Portugal e conferiu-lhe protagonismo na cena internacional ao longo dos séculos. O território nacional tornou-se um local de «partidas» e «chegadas», pois Portugal é ao mesmo tempo um país de emigração e imigração. Estima-se que cinco milhões e meio de portugueses vivem atualmente no estrangeiro. Em 2011, calcula-se que 120 mil cidadãos saíram de Portugal, um número recorde. A população imigrante está a decrescer devido à situação socioeconómica do país. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras aponta para um total de 435 mil pessoas imigrantes a viver em Portugal.

Os participantes do encontro apresentam várias propostas. Entre outras coisas, sugerem «interiorizar a mudança de paradigma em relação à mobilidade humana, que assume as migrações como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e global, das sociedades de origem e de destino», constituir comunidades missionárias ou paroquiais onde se promova a troca de experiências entre os participantes de diferentes culturas, dar prioridade à cooperação entre as estruturas da administração pública, da sociedade civil e da Igreja católica e de outras igrejas, tanto a nível nacional como internacional.

Recomendam ainda a denúncia de injustiças como a discriminação nos salários ou no acesso ao mercado de trabalho, integrar nos serviços sociais das paróquias a questão da mobilidade humana e consciencializar as comunidades cristãs para os fenómenos migratórios. Salientam ainda a importância de manifestar solidariedade e compreender a opção de muitos cidadãos pela emigração, reconhecendo ao mesmo tempo as causas que incentivam a sua saída do país e o empobrecimento que provocam.

No XII Encontro de Formação de Agentes Sócio Pastorais das Migrações participaram uma centena de pessoas. O fórum foi promovido pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, pela Cáritas Portuguesa e pela Agência Ecclesia. Terminou com uma celebração eucarística na igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, presidida por António Vitalino Dantas, bispo de Beja.

Cristina Santos, 2012-01-23
In DTM

Emigração - Página 3 Portugal

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Emigração - Página 3 Empty Portugueses na Suíça pedem ajuda para sobreviver

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jan 25, 2012 10:24 am

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Portugueses na Suíça pedem ajuda para sobreviver

por Lusa
Hoje

Emigração - Página 3 Ng1793890

Passageiros aguardam embarque no aeroporto de Genebra, na Suiça

O número de pedidos de ajuda de emigrantes portugueses na Suíça que chegam às missões católicas tem vindo a aumentar no último ano devido à crise económica, disse hoje o conselheiro das Comunidades Portuguesas, Manuel Beja.

"A situação dos emigrantes portugueses na Suíça está a agravar-se de forma preocupante nos últimos tempos por causa da crise económica", adiantou à agência Lusa Manuel Beja, salientando que além das missões católicas portuguesas também ele próprio tem recebido muitos pedidos de auxílio.

O coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas na Suíça, padre Aloísio Araújo, disse em declarações à Rádio Renascença que o número de pedidos de ajuda à Igreja aumentou "80 por cento nos últimos dois anos, havendo pessoas a dormir nas estações de comboios e nos abrigos comunais".

Contactado pela Lusa, o conselheiro das Comunidades Portuguesa na Suíça, Manuel Beja, realçou o "importante" trabalho das missões católicas junto dos portugueses em dificuldades.

"Temos famílias dependentes da assistência social na Suíça que estão a passar por problemas graves devido à perda de trabalho, problemas de carácter económico e temos um outro grupo que são as pessoas que estão a chegar ao país, candidatos à emigração que são na sua maioria jovens. Mas também temos famílias inteiras que se fizeram à estrada", disse.

No entender de Manuel Beja, as pessoas muitas vezes deslocam-se de "forma leviana", sem pensar nas dificuldades, sem contrato de trabalho e sem conhecer ninguém.

"São na maioria estas as pessoas que nos chegam a pedir ajuda - comida, dinheiro, trabalho - e que nós tentamos dentro das nossas possibilidades ajudar e aconselhar", salientou.

Manuel Beja reconhece que o Estado português não presta o auxílio devido a estas pessoas porque os seus recursos e empenho são limitados.

"Na Suíça, país onde residem legalmente cerca de 250 mil portugueses, a ajuda chega através da boa vontade dos emigrantes que ajudam o próximo e das missões católicas. Sem, elas a vida dos emigrantes que chegam seria muito mais difícil", contou.

Manuel Beja aconselhou ainda os portugueses "a pensarem melhor antes de emigrarem" sem quaisquer condições mínimas, sem alojamento e sem contrato de trabalho.

"A vida pode ser muito complicada. A Suíça é um país rico e muito caro", disse.

In DN

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Emigração - Página 3 Empty «Situação dos emigrantes lusos na Suíça agrava-se de forma preocupante»

Mensagem por Joao Ruiz Sex Jan 27, 2012 8:40 am

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Sem alojamento e sem trabalho.

«Situação dos emigrantes lusos na Suíça agrava-se de forma preocupante»

O número de pedidos de ajuda de emigrantes portugueses na Suíça que chegam às missões católicas tem vindo a aumentar no último ano devido à crise económica, disse, esta quarta-feira, o conselheiro das Comunidades Portuguesas, Manuel Beja.

\"A situação dos emigrantes portugueses na Suíça está a agravar-se de forma preocupante nos últimos tempos por causa da crise económica\", adiantou à agência Lusa Manuel Beja, salientando que além das missões católicas portuguesas também ele próprio tem recebido muitos pedidos de auxílio.

O coordenador nacional da Pastoral das Missões Católicas na Suíça, padre Aloísio Araújo, disse em declarações à Rádio Renascença que o número de pedidos de ajuda à Igreja aumentou \"80 por cento nos últimos dois anos, havendo pessoas a dormir nas estações de comboios e nos abrigos comunais\".

Contactado pela Lusa, o conselheiro das Comunidades Portuguesa na Suíça, Manuel Beja, realçou o \"importante\" trabalho das missões católicas junto dos portugueses em dificuldades.

\"Temos famílias dependentes da assistência social na Suíça que estão a passar por problemas graves devido à perda de trabalho, problemas de carácter económico e temos um outro grupo que são as pessoas que estão a chegar ao país, candidatos à emigração que são na sua maioria jovens. Mas também temos famílias inteiras que se fizeram à estrada\", disse.

No entender de Manuel Beja, as pessoas muitas vezes deslocam-se de \"forma leviana\", sem pensar nas dificuldades, sem contrato de trabalho e sem conhecer ninguém.

São na maioria estas as pessoas que nos chegam a pedir ajuda - comida, dinheiro, trabalho - e que nós tentamos dentro das nossas possibilidades ajudar e aconselhar\", salientou.

Manuel Beja reconhece que o Estado português não presta o auxílio devido a estas pessoas porque os seus recursos e empenho são limitados.

\"Na Suíça, país onde residem legalmente cerca de 250 mil portugueses, a ajuda chega através da boa vontade dos emigrantes que ajudam o próximo e das missões católicas. Sem, elas a vida dos emigrantes que chegam seria muito mais difícil\", contou.

Manuel Beja aconselhou ainda os portugueses \"a pensarem melhor antes de emigrarem\" sem quaisquer condições mínimas, sem alojamento e sem contrato de trabalho.

\"A vida pode ser muito complicada. A Suíça é um país rico e muito caro\", disse.

Lusa, 2012-01-26

Emigração - Página 3 Notsure

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Emigração - Página 3 Empty Mudanças socioeconómicas dificultam emigração portuguesa

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 31, 2012 4:18 am

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Suiça dificulta entradas

Emigração - Página 3 Emigrante_mala

Mudanças socioeconómicas dificultam emigração portuguesa

O coordenador nacional da Pastoral das Missões na Suíça diz que a maioria dos emigrantes portugueses que entram atualmente no país encontra «grandes dificuldades», devido a um mercado de trabalho «saturado» e cada vez mais competitivo.

Radicado em território helvético há mais de uma década, o padre Aloísio Araújo, em declarações à Agência ECCLESIA, elege a adesão dos suíços ao espaço Schengen, em 2008, e a crise económica que afeta a Europa como pontos de viragem para uma nação que até há bem pouco tempo era vista como um destino ideal para quem procurava novas oportunidades de vida.

“Quem está cá há bastantes anos está bem, mas hoje com a abertura das fronteiras aos países da Comunidade Europeia, chegam não só portugueses mas também pessoas dos países de Leste ou do norte da Europa, que procuram emprego, não encontram ou trabalham precariamente, porque o mercado está saturado e os salários também desceram”, realça.

Segundo aquele responsável, nesta situação estão “perto de 11 mil portugueses” que entraram em território suíço – só no último ano – e que diariamente “têm batido à porta das missões portuguesas, em busca de alimentação e dormida”.

O sacerdote admite que, neste momento, “não há capacidade de resposta” para atender a todos os pedidos de ajuda.

“Encaminhar alguém, as famílias fazem e as missões também, mas passado um ou dois meses, torna-se muito complicado”, aponta.

Apesar de todas estas dificuldades, que “preocupam as autoridades locais e a própria Conferência Episcopal Suíça”, a comunidade portuguesa na região continua a crescer.

Os últimos dados revelados pelo governo helvético apontam para a existência de 205 mil emigrantes portugueses no país, número que, segundo o padre Aloísio Araújo, deverá ser um pouco mais alto, à volta dos “220 mil”, já que “muitos não estão registados” nos serviços.

“Ao longo deste ano, a administração central vai realizar um novo recenseamento junto da população suíça e de todos os emigrantes para chegar a números mais concretos”, adianta o coordenador nacional da Pastoral das Missões, para quem a Suíça é hoje uma autêntica “Babilónia de culturas”.

Neste ambiente global, os emigrantes mais jovens são aqueles que têm tido menos problemas de integração, já que chegam com “cursos técnicos ou superiores” e “sabem o que estão à procura”.

“Nestes últimos meses, tive vários encontros com gente jovem que chegou de Portugal, enfermeiros, arquitetos, músicos, uns já encontraram emprego, outros estão à espera, gente com formação, que vem ao nosso encontro e que nos valoriza muito”, acrescenta o sacerdote.

Um fator que tem ajudado a mudar o perfil do emigrante português na Suíça e que contribuiu para o rejuvenescimento da própria comunidade cristã, a nível local.

“As nossas comunidades cresceram muito, a igrejas estão cheias de jovens, os suíços até têm esta expressão: Nas igrejas suíças vemos cabelos brancos e nas portuguesas só temos cabelos escuros e novos”, confidencia o padre Aloísio Araújo, que acompanha 15 missões espalhadas pelo país.

Presta também serviço pastoral em cinco paróquias do cantão de Lucerna, na parte alemã do território suíço, a pouco mais de 100 quilómetros da capital Berna.

São muitas as famílias que chegam com crianças em idade escolar e que procuram depois a missão para terem catequese em língua portuguesa.

Os pais, por sua vez, procuram integrar-se no quotidiano das paróquias, emprestando os seus talentos aos diversos projetos que a Igreja vai desenvolvendo.

“Aqui na missão de Lucerna temos um organista e ensaiador português, formado em direção de orquestra, que depois de acabar o curso em Portugal fez um mestrado em São Petersburgo, na Rússia, e depois seguiu para a Suíça em busca de trabalho, e está cá há cerca de um ano e meio”, exemplifica o sacerdote.

Natural da arquidiocese de Braga, o missionário português chegou à Suíça através de um convite do bispo auxiliar da diocese de Lausana, para responder à escassez de pastores que afetava algumas comunidades daquele cantão, situado na parte francófona do território helvético.

Depois de sete anos de missão, assumiu o cargo de coordenador nacional da Pastoral das Migrações, preparando-se agora para iniciar um segundo mandato, integrado numa equipa com 19 sacerdotes, cinco portugueses e os restantes provenientes de outros países de língua oficial portuguesa.

Mostrando-se “apaixonado pelo país” e pelas pessoas que tem a seu cargo, o padre Aloísio Araújo espera que o futuro permita à Igreja portuguesa continuar a ajudar os emigrantes a integrarem-se no “mundo desconhecido”, especialmente através do “acolhimento, da formação e da celebração da fé”.

Com o intuito de promover o conhecimento da realidade migratória dos portugueses, a Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) promove entre 20 e 22 de janeiro o 12º encontro de formação de agentes sociopastorais das migrações, que contará a presença do subsecretário do Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes.

O fórum, que marca também o início das comemorações dos 50 anos da fundação da OCPM, conta com a parceria da Agência ECCLESIA e da Caritas Portuguesa.


Agência Ecclesia, 2012-01-31
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Emigração - Página 3 Empty Dois mitos sobre a emigração portuguesa

Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 02, 2012 9:58 am

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Estudos sobre emigração

Dois mitos sobre a emigração portuguesa

Há dois mitos lusitanos na hora de falar com indignação sobre emigração. O primeiro: Portugal é um país que só exporta «jovens cérebros». O segundo: os «jovens cérebros» estão a ser escorraçados só pela crise económica. Como bons mitos que são impedem-nos de perceber as razões mais profundas do atraso do país - e é por isso que precisam de ser desmontados.

Portugal não exporta só \"cérebros\" (o conceito habitualmente vago para designar uma pessoa licenciada). A emigração portuguesa é, ainda, dominada por pessoas com qualificações baixas. Os dados mais recentes do INE mostram que Portugal tem cerca de 1,2 milhões de licenciados. Por outro lado, estimativas de Álvaro Santos Pereira (sim, o \"Álvaro\") sugerem que entre 1998 e 2008 terão saído mais de 700 mil pessoas de Portugal. Como a tendência de saída nos últimos anos terá sido ainda maior, seria preciso que mais de 80% do total de diplomados neste país tivessem abandonado o país para que se pudesse alimentar a ficção de Portugal como um exportador exclusivo da mais fina porcelana intelectual. A clareza dos números é confirmada pela observação empírica de especialistas em emigração, como João Peixoto, investigador do ISEG. É importante destruir este mito porque nos permite recuperar uma imagem mais verdadeira do atraso educacional do país. Portugal é um país onde só entre 2006 e 2009 (!) o número de licenciados superou o de pessoas apenas com o ensino básico. O esforço de educação - uma educação exigente e adaptada ao mundo em que vivemos - continua a ser o maior desafio da jovem democracia portuguesa. O \"Portugal dos cérebros\" existe na cabeça das elites urbanas (pais e família da maioria dos \"jovens cérebros\") e dos políticos.

Mas quererá a destruição deste mito dizer que não há \"fuga de cérebros\" em Portugal? Não. Estudos da OCDE e de especialistas internacionais mostram que Portugal tem das taxas mais altas do chamado \"brain drain\" - cerca de 20% dos diplomados saem do país. Na OCDE só a Irlanda é pior. E a tendência tem vindo a aumentar: em 1990 a taxa rondava 14%. É verdade que uma década de estagnação seguida de uma recessão sem quartel funciona como um incentivo forte à emigração - e que parte do agravamento virá daí. Mas a crise serve para mascarar razões mais profundas da fuga de jovens qualificados em áreas de alto valor.

E assim chegamos ao segundo mito: sem a crise económica não perderíamos a nossa \"geração mais qualificada de sempre\". Não é verdade. Sem crise Portugal teria menos emigração jovem qualificada, mas mesmo assim sofreria uma taxa significativa de \"brain drain\". Joana Azevedo, investigadora do CIES/ISCTE, explica que em inquéritos feitos a jovens portugueses na Irlanda (alguns a trabalhar, por exemplo, na Google) percebeu que o desemprego não foi a causa principal de saída. O motivo foi a procura de uma cultura de trabalho mais centrada no talento, menos hierárquica e com mais gente boa, onde se pode aprender mais e ganhar um salário mais alto. As pessoas com mais impacto potencial na economia (o que restringe a definição do termo \"cérebro\") saem não tanto por falta de oportunidades em Portugal, mas por falta de oportunidades boas, criadas não só pela economia mas também pela cultura laboral e de gestão. Não há suficientes chefias boas a ensinar. A gestão é hierárquica e motiva pouca participação. Os salários são baixos e mal distribuídos face ao topo. As gerações que educaram os jovens com um foco excessivo na auto-estima dominam um ambiente de trabalho que hostiliza as expectativas emocionais e profissionais desses mesmos jovens.

É importante destruir o mito da culpa exclusiva da crise - ou dos apelos desastrados do governo - para perceber que o modelo de gestão português, típico de um sul da Europa pouco qualificado, nunca serviria para reter as pessoas melhores e para atrair jovens estrangeiros. É mais um sinal do nosso atraso estrutural. A mudança aqui é fulcral e levará tempo a ser acelerada - agora é esperar que aqueles que saíram (para aprender como se faz) regressem ao país.

Bruno Faria Lopes, 2012-02-02
In DTM

Emigração - Página 3 Portugal

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Emigração - Página 3 Empty Professora universitária estuda a emigração portuguesa para o Luxemburgo

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 07, 2012 10:29 am

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Trabalho de fim de licenciatura

Professora universitária estuda a emigração portuguesa para o Luxemburgo

Aline Schiltz conviveu sempre com portugueses, fosse durante o percurso escolar, ou pelos seus amigos de ascendência portuguesa. Mas foi um trabalho de fim de licenciatura que a aproximou verdadeiramente de Portugal e da comunidade portuguesa que vive no seu país.

O tema centrou-se nas migrações entre Portugal e o Luxemburgo e abriu as portas a uma estadia em Portugal que se prolongou pelo mestrado, feito na Faculdade de Letras de Lisboa. Atualmente está a concluir um doutoramento, cuja tese são as relações politicas e sociais entre Portugal e o Luxemburgo. Pelo meio, realizou um estudo sobre «A segunda geração de portugueses no Luxemburgo» e diz que muita coisa mudou desde a primeira vaga de emigração portuguesa para o seu país…

Professora de Ciências Políticas na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade do Luxemburgo, Aline Schiltz, 31 anos, licenciou-se em Geografia, na Universidade de Bruxelas, Bélgica, e decidiu fazer o trabalho de fim de estudos centrado nas migrações entre Portugal e o Grão-Ducado.

O tema foi em grande parte desenvolvido em Portugal, onde em 2003 passou oito meses ao abrigo do programa Erasmus, e levou-a aos recônditos de Trás-os-Montes. “Fiz um trabalho sobre Fiolhoso, uma pequena aldeia no concelho de Murça, que é considerada a aldeia mais «luxemburguesa» de Portugal, onde as pessoas estão entre as primeiras a ir para o Luxemburgo e onde ainda há muita gente entre lá e cá. Fui lá e vi que era um bom local para centrar o meu trabalho, faz parte de um Portugal profundo que me fascina”, explicou numa entrevista a O Emigrante/Mundo Português.

Aquele período marcou a professora universitária e foi um momento de viragem na aproximação ao país de alguns dos seus amigos, já que ao conhecer in loco os portugueses e a sua cultura, começou “verdadeiramente a viver Portugal”. Tanto que um ano depois estava de regresso, desta vez para frequentar o mestrado em «Geografia Humana - Exclusão, Sociedade e Território», na Faculdade de Letras de Lisboa. “Tive sempre colegas na escola e amigos portugueses, mas não tinha nenhum conhecimento do país”, recorda.
Foram quase quatro anos a viver entre Lisboa e o Luxemburgo, para onde regressou depois de concluir o mestrado. Mas não por muito tempo. Depois de um período fora da Universidade do Luxemburgo, decidiu regressa para fazer o doutoramento em Ciências Políticas. O tema que escolheu, trouxe-a novamente a Portugal e à análise do contexto político e social entre os dois países.

Com o doutoramento ainda por concluir, Aline Schiltz decidiu em 2011 realizar um estudo sobre a segunda geração de portugueses no Luxemburgo, que apresentou em Setembro desse ano durante a 16ª Conferência Internacional Metrópolis, um evento sobre as migrações a nível mundial, realizado nos Açores.

O trabalho de fim de curso, que a levou até Fiolhoso, marcou o início desta relação com Portugal?
Sim, o trabalho correu bem, mas o mais importante foi poder conhecer Portugal, as histórias das pessoas e tudo o que viveram. Falei sobretudo com pessoas que foram para o Luxemburgo nos anos 60, 70 e também com pessoas que estiveram ligadas ao recrutamento e à chegada dos portugueses. Para mim foi uma experiência muito importante porque cresci num país onde há muitos portugueses. No Luxemburgo há tantos portugueses, são já uma comunidade bastante visível, mas ao mesmo tempo invisível. Se calhar, por fazer o Erasmus cá, realizar aquele trabalho e falar com aquelas pessoas, o tema da emigração portuguesa para o Luxemburgo acabou por se tornar um assunto muito pessoal. Para mim, essa etapa foi muito importante.

E o doutoramento levou-a a regressar?
Achei que a questão das migrações entre o Luxemburgo e Portugal ainda era desconhecida, ainda havia muita coisa a fazer. O tema gira à volta da mobilidade e o desenvolvimento através da análise do contexto político e social entre os dois países. A minha vontade era voltar a estudar o que se passa entre dos dois países, qual o impacto económico e social, que as migrações têm em Portugal e no Luxemburgo e que criou afinal esta relação muito forte entre os dois países.
Porque o Luxemburgo tem uma percentagem tão grande de portugueses há tanto tempo, que há muita coisa a dizer. E em Portugal a emigração foi também um tema pouco estudado. Houve um estudo muito interessante, nos anos 80, que referia que a emigração tinha parado, porque Portugal iria integrar a Comunidade Europeia e as pessoas iam regressar e questionava como o país iria fazer para acolher essas pessoas. Mas depois disto, nos anos 90, houve pouca informação. No Norte, a vida segue ao ritmo da emigração e ninguém fala disso. Por isso tive a «ambição» de mostrar esse fenómeno e por outro lado, fazer um estudo sobre a presença portuguesa no Luxemburgo, que não tem nada a ver com a emigração portuguesa para outros países.
Em Fiolhoso, quando fiz o trabalho de licenciatura, disseram-me que se não encontram trabalho no concelho nem vão tentar noutra região de Portugal. Vão logo ver se um tio, um conhecido no Luxemburgo pode arranjar trabalho. Para essa comunidade, parece que o Luxemburgo está mais perto do que Portugal.

Para a tese de doutoramento, estudou outro caso parecido com Fiolhoso…
Sim, estou a trabalhar noutro caso-estudo: Mortágua, no distrito de Viseu. É um caso bastante interessante em vários aspetos. Mortágua tem uma geminação com uma vila do Luxemburgo e há bastantes atividades entre as duas vilas. Por exemplo, os bombeiros de Mortágua já receberam ambulâncias dos bombeiros do Luxemburgo, há delegações de Mortágua que vão a festas ao Luxemburgo, como a festa das Tasquinhas, em Agosto. Os emigrantes realizam uma ação muito importante nas relações entre os dois países, e que o Estado português deveria ter em conta.


Quando é que começou a emigração portuguesa para o Luxemburgo?
Começou nos anos 60 e no início dos anos 70 era já a maior comunidade de estrangeiros no país. Sobre isso há poucos trabalhos feitos, são pontuais, sobretudo na área da educação. Ainda falta muita informação, mesmo para perceber o fenómeno em si. Porque dos anos 60 e 70 até hoje, há muitas coisas que mudaram. Foi uma emigração anterior ao 25 de Abril, à entrada na Comunidade Europeia e o Luxemburgo também mudou muito.
São atualmente quase 18 por cento da população, estão espalhados por todo o país, já há gerações de filhos e todos os anos continua a haver uma nova vaga de emigração portuguesa. Todas as semanas há uma ida e vinda de carrinhas.

Nas pesquisas que fez, percebeu se há uma nova vaga de emigração portuguesa para o Luxemburgo?
Há muita gente a ir, sobretudo nos últimos três anos, e com um perfil muito variado. Por exemplo, tenho dois colegas da Universidade Clássica de Lisboa que estão no Luxemburgo. Há muitos diplomados, qualificados, mas também há muitos não qualificados. A crise é menos forte do que cá, mas também existe. O país mantém a mesma política de imigração, continua a acolher pessoas, mas por necessidade demográfica: precisa crescer em termos de população, os luxemburgueses têm poucos filhos. Mas uma pessoa que vive cá, com o salário mínimo que não chega a 500 euros, vê que no Luxemburgo esse mesmo salário é e 1.700 euros, claro que quer ir. Mas há muitas pessoas que chegam e só falam inglês, já não falam francês e que vão ter dificuldades em encontrar trabalho. As rendas são altíssimas, por exemplo, um quarto numa casa partilhada custa entre 400 e 600 euros e há portugueses que chegam com filhos. Há pessoas que chegam ao fim do mês a contar os cêntimos.

O estudo que elaborou sobre a segunda geração de portugueses no Luxemburgo, integra a tese de doutoramento?
O estudo foi realizado fora da tese, mas reúne muita informação interessante para ela. O problema da minha tese é o facto de ser um tema muito vasto, que engloba muitas facetas. O estudo sobre «A segunda geração de portugueses no Luxemburgo», que apresentei nos Açores em setembro, na Conferencia Internacional Metrópolis foi feito de propósito para a conferência. Elaborei um questionário que enviei por e-mail a várias associações portuguesas e a amigos portugueses no Luxemburgo. Consegui bastantes respostas, reuni um perfil de pessoas variadas, de várias localidades do país. A maioria das respostas foi de pessoas que chegaram nos anos 70 e 80, quando tinham entre dois e seis anos de idade, e outros que já nasceram lá.
Perguntei a naturalidade, a origem da família em Portugal, àqueles que não nasceram lá perguntei a data de chegada ao Luxemburgo, se tinham irmão, quantos e onde nasceram, a profissão dos pais, se passam as férias em Portugal, onde, e que meio de transporte utilizam, qual a relação com Portugal, qual a imagem que têm de Portugal. Em relação ao Luxemburgo perguntei se sentem-se em casa lá, se já se sentiram discriminados, qual o percurso escolar e se frequentaram a escola portuguesa, quais as línguas que usam mais, com a família, os amigos e os colegas de trabalho. Essa foi uma pergunta interessante para perceber se falam também o luxemburguês (além do francês e o alemão) e descobri que os portugueses são mestres em saltar de uma língua para outra e usar um pouco as três línguas. Mas a língua com que se identificam mais ainda é o português.
É engraçado porque hoje em dia, quando vou ao Luxemburgo, também «salto» de uma língua para outra, porque posso usar o francês, o luxemburguês e o português. Não é intencional, é natural.

Que resultados obteve com este estudo?
Há casos tão diferentes. Há pessoas que nasceram no Luxemburgo e sentem-se cem por cento portugueses e outras que têm uma grande ligação com Portugal, mas já não estão tão interessados em vir todos os verões. Depois, há aqueles que mantêm a ligação a Portugal mas mais com Lisboa ou Porto e não tanto com a aldeia dos pais, apesar de manterem o interesse sobre o que se passa em Portugal. Mas depois, quando perguntei se votam para as eleições em Portugal, quase nenhum disse que sim. Perguntei também se ter a dupla nacionalidade - que foi possível a partir de 2009 - era muito importante e as respostas foram 50/50 por cento.
E conheço pessoas que sempre tiveram o objetivo de voltar, tentaram trabalhar aqui, mas depois deram-se conta de que gostam de Portugal mas não estão habituados a viver com o «sistema» de cá.
No fundo, este estudo veio confirmar as ideias que já tinha. Há uma forte ligação com Portugal, sobretudo emotiva. Vivem no Luxemburgo, querem integrar-se, é a sua casa, mas os estereótipos ainda estão presentes. A segunda geração de portugueses no Luxemburgo ainda vive entre as duas culturas e sociedades, apesar de menos do que há dez anos atrás. Vejo pessoas que, para mim são mais luxemburgueses do que eu, vivem lá e querem lá viver, mas ainda sentem esta estigmatização, esta classificação. E a maior das pessoas que responderam têm um diploma, um bom trabalho.
Fala-se muito dos problemas de aprendizagem na escola, é verdade. Mas também há pessoas que conseguiram fazer o seu caminho e estão bem e não se fala nisso. É preciso parar com os estereótipos, com a imagem de insucesso na escola, não ajuda nada.

Não ajuda à integração…
A palavra «integrar» é para mim complexa. O que é integrar? De toda a maneira, há muita coisa que mudou, todo o contexto mudou e não podemos ficar com as ideias dos anos 70. O comportamento mudou. Naquela altura, as pessoas saíram de Portugal porque não tinham quase nada, foram sobretudo para poderem construir uma casa cá. Hoje em dia, quem vai para fazer uma casa em Portugal, se aqui também é cara, e para quê? Não, vão fazê-la lá, porque já têm essa liberdade, de circulação, de decisão, e as distâncias entre os dois países reduziram-se.
Vejo hoje em dia as crianças muito mais misturadas, a falar português mas também luxemburguês e vejo pequenos luxemburgueses a falar palavras em português. Quando vejo o Facebook de adolescentes luxemburgueses que conheço, lá estão os amigos com sobrenomes portugueses. Os portugueses da minha geração são luxemburgueses.
Ana Grácio Pinto
apinto@mundoportugues.org

, 2012-02-07
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Emigração - Página 3 Empty Onde estão as melhores oportunidades?

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Fev 11, 2012 8:26 am

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Emprego lá fora

Onde estão as melhores oportunidades?

São cada vez mais os portugueses que começam a equacionar a emigração para obterem uma vida melhor. O elevado desemprego e a deterioração das condições laborais em Portugal está a empurrar muitas pessoas, especialmente jovens, lá para fora. Mas onde estão as melhores oportunidades de trabalho?

Sobretudo nos países onde a economia está a crescer a bom ritmo. Na maioria dos casos, economias emergentes, como o Brasil, Angola ou Moçambique. Mas mesmo na Europa, apesar da crise, há países onde a mão-de-obra qualificada escasseia e onde os trabalhadores estrangeiros são bem-vindos.

São sobretudo os países do Norte da Europa, onde as universidades não conseguem formar as pessoas a um ritmo suficientemente rápido para responder às oportunidades criadas pelo crescimento da economia. O Instituto de Emprego e Formação Profissional identifica vários, incluindo o Reino Unido, França, Suécia, Finlândia, Noruega, Suíça, Bélgica, Holanda, e Alemanha.

Áreas como as Tecnologias de Informação, Enfermagem; Psicologia Clínica; Construção Civil e Obras Públicas; Animação Turística e Hotelaria e Arquitectura e Engenharia são aquelas onde existem mais oportunidades.

Na vizinha Espanha, embora continuem a existir oportunidades, tem-se registado uma retracção do mercado nos últimos tempos.

Mas peguemos precisamente no caso da Alemanha. A maior economia da Europa também tem necessidade de mão-de-obra qualificada e encontra nos países do Sul, onde a crise está a causar elevado desemprego, uma boa reserva de trabalhadores. Ainda esta semana surgiu a notícia de uma cidade alemã que todos os meses tem cerca de 3 mil vagas para preencher e que está aberta a emigrantes dos países economicamente mais fracos, que queiram concorrer.

Quem não tem problemas em abandonar, além do país, o continente, há também muitas oportunidades fora da Europa. Por exemplo, ainda hoje o «Diário Económico» noticia que o Brasil precisa de 8 milhões de profissionais qualificados, por causa do forte crescimento da economia. Comércio, distribuição, construção e call centers são as áreas que precisam de mais pessoal.

O país precisa ainda de 100 mil engenheiros, por causa das obras de preparação do Mundial de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016.

Angola e Moçambique também apresentam muitas oportunidades nesta área, da arquitectura e engenharia. No entanto, há entraves: burocracia, dificuldade em obter vistos e, no caso do Brasil, reconhecimento de diplomas académicos pelas universidades brasileiras, que é obrigatório em todas as profissões e que pode demorar até dois anos.

Para além dos países de língua portuguesa, há outros com elevado crescimento, que também recebem mão-de-obra estrangeira, como por exemplo, alguns da região Árabe.

AF, 2012-02-08
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Emigração - Página 3 Empty Emigração: fecho de observatório é «erro estratégico»

Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 13, 2012 11:01 am

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Conhecer os fluxos migratórios

Emigração: fecho de observatório é «erro estratégico»

A decisão do Governo de encerrar o Observatório da Emigração, hoje conhecida, é «um erro estratégico» e «um recuo enorme», considera o deputado socialista e anterior responsável pela pasta, António Braga, noticia a Lusa.

O actual secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, anunciou esta sexta-feira que o Observatório da Emigração vai desaparecer e que as suas funções passarão para a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGACCP).

A observação das tendências da emigração passará a ser feita no âmbito da DGACCP, «com acordos pontuais com instituições universitárias», disse José Cesário, considerando que «é mais fidedigno um trabalho feito com várias instituições do que este modelo».

O Observatório da Emigração foi criado em 2008, com base num protocolo entre a DGACCP e o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE ¿ Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).

A cooperação com o ISCTE «permitia utilizar o conhecimento e o património» deste instituto, considerado «por quem sabe destas matérias a instituição de referência em Portugal», a troco de «um orçamento diminuto», contrapõe António Braga, que assinou o protocolo até agora em vigor, com um custo anual de cerca de 75 mil euros.

O ISCTE, avalia o ex-governante, oferecia garantias de «independência e isenção na leitura e na apresentação dos fluxos migratórios» e o fim desta colaboração significa «um recuo enorme» para o «acompanhamento sistemático» dos fluxos migratórios.

Esta decisão do Governo «acentua uma linha de abandono das pessoas, também num momento difícil, em que os fluxos migratórios são mais intensos, em que era mais importante ainda conhecer destinos, conhecer ambições, conhecer a realidade da deslocação de pessoas e famílias», sustenta António Braga.

IOL, 2012-02-13

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Emigração - Página 3 Empty Governo prepara campanha de informação para emigrantes com destino ao Brasil e Angola

Mensagem por Joao Ruiz Qui Fev 16, 2012 9:58 am

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Emigrar informado

Governo prepara campanha de informação para emigrantes com destino ao Brasil e Angola

O Governo vai lançar nas próximas semanas uma nova campanha de informação dirigida a emigrantes portugueses com destino a países como o Brasil e Angola.

O anúncio foi feito esta terça-feira (14) em Santa Comba Dão pelo secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, na abertura de mais um Gabinete de Apoio ao Emigrante, em que aproveitou para alertar sobre os perigos que correm aqueles que emigram sem estarem devidamente informados das condições requeridas.

José Cesário disse à Lusa que a campanha vai ser lançada “em breve” e abrange igualmente países onde esta sensibilização já não é nova, mas dá atenção especial aos que atualmente emergem como destinos mais importantes da emigração portuguesa, como são o caso de Angola e Brasil.

O secretário de Estado fez várias advertências para “alguns episódios desagradáveis e mesmo dramáticos” em que se viram envolvidos candidatos à emigração, mas salientou que “a maior parte dos casos se deve a clara falta de informação”, nomeadamente no que diz respeito aos vistos de trabalho ou aos requisitos exigidos pela legislação desses países.

“É também para dar este tipo de resposta que os gabinetes (de apoio ao emigrante) estão a surgir no país, onde já existem mais de 90″, sublinhou Cesário, exemplificando com casos de candidatos a emigrantes que se deixam “cair nas mãos de pessoas menos escrupulosas” entregando documentação sem garantias.

Outro exemplo apontado pelo secretário de estado das Comunidades é o Luxemburgo, país onde um terço dos desempregados é de nacionalidade portuguesas, significando que “só os mais qualificados têm hipótese de ali encontrar trabalho”.

A campanha vai ter como pontos centrais a disponibilização de informação na Internet, a edição de folhetos informativos e ainda a colaboração com sindicatos, especialmente da construção civil, para obter ganhos de proximidade com as pessoas que são alvo desta iniciativa.

No entanto, apontou Cesário, as atenções centram-se igualmente na velha emigração porque “há casos de pessoas que se veem obrigadas a desistir de investimentos nas suas terras de origem devido a falta de apoio” ou ainda “casos de emigrantes que, em poucos dias, necessitam de tratar de questões burocráticas urgentes”, e não conseguem “apesar de não serem menos portugueses que os que estão no país”.

José Cesário admitiu ainda à Lusa que “nada há a obstar a que cada município tenha um Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE)”, embora sinalize que esse “não é um objetivo”, importando sobretudo conseguir uma “distribuição geográfica equilibrada”, nomeadamente nas áreas que geram maiores fluxos migratórios. O secretário de Estado referiu que uma das prioridades é a zona sul do país, onde, admitiu, existe algum défice de cobertura.

Os GAE são normalmente constituídos em espaços das autarquias locais, com técnicos camarários e com apoio de elementos da Direcção-Geral dos Serviços Consulares e Comunidades Portuguesas.


beiras, 2012-02-16
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Emigração - Página 3 Empty Número de emigrantes em situação irregular está a aumentar

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 21, 2012 4:31 pm

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Evitar deportações

Emigração - Página 3 Jose_Cesario

Número de emigrantes em situação irregular está a aumentar

O secretário de Estado das Comunidades admite que o número de emigrantes portugueses em situação irregular está a aumentar devido à crise e alerta para os riscos que correm aqueles que o fazem.

«Nestas alturas, um dos maiores problemas é a tentativa das pessoas de contornar os obstáculos de natureza burocrática, particularmente os vistos de trabalho e contratos de trabalho, o que as torna muito mais expostas a situações de abuso», disse à Lusa José Cesário.

Numa entrevista telefónica concedida à Lusa antes do anúncio de uma nova campanha de informação dirigida a emigrantes portugueses, o governante admitiu que a maior parte dos casos de pessoas que saem de Portugal sem contratos de trabalho ocorre na Europa, sobretudo em áreas como a construção civil, mas acrescentou que se verificam episódios cíclicos de deportações do Canadá, Estados Unidos e de Angola.

«Do Canadá e dos EUA, há várias dezenas de casos de deportações por ano, e isso é uma amostra», alertou. Em Angola «tem havido casos de pessoas que tentam entrar. Alguns não chegam sequer a entrar, outros são mandados regressar».

Mesmo no Brasil, onde há cada vez mais emigrantes portugueses - segundo os números oficiais chegam poucos milhares por ano -, o secretário de Estado admitiu «que haja pessoas a ficar no país sem visto de trabalho».

«Em países como Angola, EUA, Canadá e Brasil temos consciência de que há situações dessas. Não imagino a dimensão do fenómeno, mas temos consciência e apelamos a que não se verifiquem», disse José Cesário.

No caso dos EUA, as deportações colocam ao Governo português «um problema grave para a manutenção do «Visa Waiver» [um programa que facilita a obtenção de vistos de turismo ou negócios] porque estatisticamente estes elementos contam para a avaliação da situação dos vários países», explicou o secretário de Estado.

Quanto à emigração legal, o secretário de Estado reconheceu que tem vindo a aumentar - «sempre que o desemprego aumenta há mais emigrantes» –, mas explicou que não é possível quantificar o fenómeno.

«Existe, desde há vários anos, muito trabalho temporário em países como a Suíça, Espanha, Reino Unido, Holanda e França, relativamente ao qual não há registo», justificou.

Em relação aos destinos, mantém-se a tendência. Na Europa, Suíça, França e Reino Unido são os preferidos, seguidos da Alemanha, Luxemburgo e Espanha, enquanto fora da Europa surge Angola, bem como o Brasil.

Recordando que as pessoas emigram por duas razões - ou porque têm um objectivo concreto, como obter formação, ou por necessidade – José Cesário considerou que a grande maioria ainda emigra porque tem de o fazer.

Quanto aos que emigram por vontade, «são muito mais hoje do que no passado, mas no conjunto das pessoas que emigram ainda são muito minoritários».

A nova campanha dirigida a emigrantes portugueses, anunciada pelo secretário de Estado na terça-feira, visa informar os candidatos à emigração sobre vistos de trabalho e outros requisitos exigidos pela legislação de países como Angola e Brasil.

José Cesário disse à Lusa que a campanha vai ser lançada «em breve» e abrange igualmente países onde esta sensibilização já não é nova, mas dá atenção especial aos que actualmente emergem como destinos mais importantes da emigração portuguesa, como são o caso de Angola e Brasil.

Lusa, 2012-02-20

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Emigração - Página 3 Empty Emigração sempre foi o fardo do português

Mensagem por Joao Ruiz Ter Fev 28, 2012 4:40 am

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«Portugal um país pobre»

João Pedro Marques

Emigração - Página 3 Joao_marques

Emigração sempre foi o fardo do português

O historiador João Pedro Marques afirmou hoje à Lusa que a emigração sempre foi o fardo do português, num país sem condições para dar hoje oportunidades à sua população, tal como no século 15.

João Pedro Marques, doutorado pela Universidade Nova de Lisboa sobre a atitude dos portugueses face à abolição do tráfico de escravos, encara \"com pena, compreensão e ironia\" a recente vaga de emigração para países como o Brasil ou Angola, em particular por parte dos mais jovens.

O autor do recente \"Uma fazenda em África\" explicou, por partes: \"Com pena, porque para uma geração inteira, ou duas, de jovens, isto é um terrível sacrifício. Não há condições no país, ou há poucas condições no país, para que possam fazer uma vida aqui e têm que ir embora\".

Em simultâneo, com compreensão, porque \"olhando historicamente para isto, este foi o fardo do português desde sempre\", sendo «Portugal um país pobre», de onde desde o século 15 que as pessoas emigram.

\"É um país tão pobre que os pescadores se dispunham a ir para a pesca do bacalhau na Terra Nova, que é uma coisa lancinante. No século 19, a emigração era de enorme dimensão, porque o país também não tinha condições para lhes oferecer\", afirmou João Pedro Marques, numa conversa com a Lusa à margem das Correntes dEscritas, na Póvoa de Varzim.

Por seu lado, a ironia advém do facto de, \"na altura [século 19], não se conseguir levar as pessoas para África\", por haver um nível de mortalidade muito elevado devido às doenças tropicais, algo que só veio a atenuar-se com a introdução do quinino, já em finais do século 19.

\"Hoje em dia, África é escolhida porque tem muitas oportunidades para gente qualificada, uma língua comum. É irónico, o Sá da Bandeira, que andou aqui tanto tempo, décadas a martelar esta história da emigração, acaba por conseguir agora, por linhas tortas, aquilo que não conseguiram no século 19\", sublinhou o historiador.

Segundo João Pedro Marques, havia no século 19 três visões distintas daquilo que era África para os portugueses: a entusiasta, aquela que dizia que África seria o \"sepulcro do europeu\" e a visão dos \"monumentos da antiga glória\".

Os adeptos da primeira pensavam que \"África estava carregada de riquezas e que era facílimo explorar aquilo e que brotaria de lá um manancial de riquezas praticamente interminável\", enquanto os pessimistas afirmavam que o continente podia \"ser potencialmente muito rico, mas era um sepulcro\" pelas doenças que lá existiam.

A terceira perspetiva, dominante na sociedade portuguesa, de acordo com o antigo presidente do conselho científico do Instituto de Investigação Científica Tropical, acreditava que, mesmo sendo incolonizável por falta de meios, África \"nunca poderia ser abandonada\", porque estava lá o sangue dos antepassados portugueses.

Esta última visão fez-se sentir até tarde, havendo, por exemplo, na Assembleia Nacional, deputados como Casal-Ribeiro para quem o Brasil \"nunca se devia ter tornado independente\".

Ainda assim, João Pedro Marques acredita que Portugal mantém \"uma relação muito positiva e fértil com esse mundo\" das antigas colónias, no período posterior à independência.

LUSA, 2012-02-27

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Emigração - Página 3 Empty Fracasso na procura de emprego deixa portugueses a dormir nas ruas de Londres

Mensagem por Joao Ruiz Dom Mar 04, 2012 8:41 am

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Partem convencidos

Fracasso na procura de emprego deixa portugueses a dormir nas ruas de Londres

Hilário Graça e a esposa viajaram à procura de trabalho no Reino Unido mas as promessas de emprego não se concretizaram e acabaram a dormir dentro de um carro nas ruas de Londres. Este construtor civil de 54 anos, deixou Tomar em janeiro porque «estava numa situação dramática».

\"Tenho vários dinheiros a receber no Algarve e como realmente não pagavam tentei a busca de melhor\", contou à agência Lusa. Porém, as promessas de trabalho que obteve de contactos que fez previamente não se concretizaram. \"Agora estou numa situação em que nem dinheiro tenho para ir para Portugal\".

Nem em Thetford, no leste de Inglaterra, onde vive uma numerosa comunidade portuguesa e onde já tinha estado no passado, nem em Londres conseguiu trabalhos de construção ou de limpeza para a esposa. Gasto o dinheiro que trouxeram de Portugal e sem alojamento, dormiram vários dias dentro do carro nas ruas de Stockwell, zona onde está concentrada a comunidade portuguesa na capital britânica.

\"Estava a cair neve, ficava com as pernas quase congeladas\", descreveu, a propósito das temperaturas baixas a que se sujeitou até ser ajudado por Carlos Ribeiro, emigrante há cerca de 40 anos. \"Encontrei-os há três semanas atrás, disseram-me que dormiam na estrada, dentro do carro, ao frio e essas coisas todas\", recordou o funchalense. Porque tem um \"coração mole\", ofereceu-se para os receber e desde então dormem no sofá da sala e comem as refeições que cozinha.

A situação não é inédita, garante Hilário, que diz ter conhecido outros portugueses a dormir nas ruas, testemunho que coincide com situações do conhecimento do consulado-geral português em Londres e de outras instituições da comunidade.

Luís Ventura, diretor do Centro Português de Apoio à Comunidade Lusófona, confirmou à Lusa ter recebido pessoas recém-chegadas em estado de desespero. \"Vêm com a ideia de que chegam aqui, arranjam trabalho e fica tudo resolvido em um mês ou uma semana, num muito curto espaço de tempo\", comentou, algo que, vincou, \"precisa de ser desmistificado\".

O padre Pedro Rodrigues, da Missão Católica Portuguesa de Londres, admitiu à Lusa ter assistido um homem que estava a viver na rua e uma família com filhos a encontrar alojamento. O consulado também já recebeu vários pedidos de apoio mas, tal como a igreja portuguesa, não possui meios para ajudar estas pessoas. No limite, pode ser feito um pedido de repatriamento para Portugal mas este tem de ser avaliado e autorizado por Lisboa.
Ventura adiantou que, menos de dois meses após a abertura, o centro já pondera criar \"um apoio de emergência\" para dar \"comida ou teto\".

Hilário Graça, que já trabalhou na Alemanha e na Holanda, garante que nunca lhe aconteceu nada parecido e que agora tem apenas um objetivo. \"O meu maior desejo\", garante, \"é conseguir arranjar dinheiro para ir para Portugal\".

DV, 2012-03-04

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Emigração - Página 3 Empty Número de licenciados a emigrar aumentou 49,5% entre 2009 e 2011

Mensagem por Joao Ruiz Dom Mar 04, 2012 8:46 am

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Trabalho no estrangeiro

Número de licenciados a emigrar aumentou 49,5% entre 2009 e 2011

O número de licenciados desempregados a emigrar aumentou 49,5% entre 2009 e 2011. Governo vai propor a Bruxelas um pacote de apoio que poderá ajudar até 165 mil jovens. O ministro da Economia está preocupado, o Presidente da República assustado e a oposição critica o Governo.

O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5 % entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

O número de licenciados é reduzido face ao total de trabalhadores que decidiram emigrar segundo os registos do IEFP, mas sugere que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores mais qualificados que se encontram numa situação de desemprego.

Em 2011, a emigração justificou o fim da inscrição de 1893 desempregados licenciados (contra os 1266 registados em 2009), de um total de 22.700 trabalhadores que deixaram de estar inscritos no IEFP porque decidiram aceitar ofertas de trabalho no estrangeiro.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, aconselha porém uma \"leitura muito limitada\" destes dados uma vez que representam \"apenas e só as anulações de candidatura a emprego realizadas pelos serviços do IEFP na sequência da declaração do próprio\".

Para o responsável, \"não é significativo\" o aumento da emigração entre os desempregados inscritos que possuem uma habilitação superior nos últimos três anos.

Mercado globalizado

Para Octávio Oliveira, a saída de trabalhadores para o estrangeiro tem sido constante nos últimos anos e resultado de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado.

\"Mesmo em momentos de crescimento da economia nacional foi significativo o número de anulações por motivo de emigração\", disse.

\"A própria emigração tem hoje uma componente de sazonalidade, sendo normal o aproveitamento de excecionais oportunidades, com remunerações e condições interessantes\", acrescentou.

A divulgação de ofertas de emprego no espaço europeu e a cooperação dos serviços públicos de emprego tem aliás sido uma das prioridades na União Europeia, reforçou.

De acordo com os dados do instituto, a maioria dos desempregados que optam por emigrar têm entre 35 e 54 anos (55,2%) e possuem habilitações escolares ao nível do ensino secundário (24,3%).
\"Impulso jovem\"

O Governo anunciou que vai propor à Comissão Europeia um conjunto de medidas no âmbito do combate ao desemprego jovem que poderão beneficiar entre 77 mil e 165 mil jovens, mas que ainda dependem do apoio de Bruxelas.

De acordo com um documento do Executivo hoje enviado ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e aos parceiros sociais, e ao qual a Lusa teve acesso, o Governo propõe \"a combinação de diferentes recursos financeiros com o intuito de proporcionar um volume global de financiamento que se estima poder atingir os mil milhões de euros\" para a execução do plano intitulado \"Impulso Jovem\". Este \"esforço financeiro\" poderá passar, segundo propõe o Executivo, pela realocação de fundos [comunitários] já existentes, pelo reforço destas verbas e também pelo investimento privado.

O plano do Governo prevê vários cenários sendo que o primeiro, menos ambicioso, passa pela reprogramação de fundos comunitário e que a ser aceite permitiria alocar 351,7 milhões de euros ao \"Impulso Jovem\". Neste cenário, seriam beneficiados 77 mil jovens.

No segundo cenário, mais ambicioso, o Governo propõe a Bruxelas um reforço das verbas comunitárias, o que, a ser aceite, permitiria a Portugal alocar para este programa mais de 651 milhões de euros e, assim, beneficiar quase 165 mil jovens.

A hipótese de reprogramar verbas no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) já teve hoje um primeiro sinal com a aprovação em Conselho de Ministros \"da rescisão das decisões relativas à aprovação de operações, há mais de seis meses, sem execução física e financeira, e a reavaliação imediata dos programas orientando a sua reprogramação para o crescimento, a competitividade e o emprego\".

Lusa, 2012-03-04

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