Brasil
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Brasil
Presos agonizam em prisão do Rio sem ar nem água
por VANESSA RODRIGUES, Rio de Janeiro
Hoje
Na prisão Polinter Base de Neves, no Rio de Janeiro, só cabem 200 reclusos, mas estão lá 700 sob um calor infernal, a desmaiar e sem água. Legalmente, muitos já deviam ter saído.
Homens desesperados, a agonizar, com quebras de tensão e desmaios. Corpos suados colados uns aos outros em celas apinhadas. Pés suspensos, inchados, em grades enferrujadas e um calor assassino. A descrição é dantesca e acontece, diariamente, na Prisão Polinter da Base de Neves, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O estabelecimento mantém 700 presos num espaço para 200. Ali não há uma prisão. "É uma masmorra medieval", já admitiu o coordenador-geral da instituição, Orlando Zaccone, num vídeo da ONG carioca Rio de Paz.
Há dois meses, o termómetro chegara a marcar 57 graus dentro da prisão: muitos desmaiavam, mostrando, através da imprensa, o que ali estava a acontecer. O caso está de novo "abafado" e o responsável da prisão não tem autonomia para escoar os presos para outros estabelecimentos, também superlotados.
A Base de Neves, onde outrora funcionou um estábulo, não tem luz natural, nem água potável, ou quaisquer outras condições mínimas de salubridade. São dez celas, com cerca de 18 metros quadrados e mais de 60 homens em cada uma, sem ventilação. "Precisamos de fazer alguma coisa urgente, caso contrário, os presos vão começar a morrer", denuncia Zaccone.
Quando lá esteve de visita, o ano passado, o presidente da Rio de Paz, António Carlos Costa, ficou "chocado" com o que viu. "Um verdadeiro campo de concentração de negros e pardos", com uma casa de banho que é "um buraco no chão", e onde os presos "saciam a sede, tomam banho, urinam, defecam e se masturbam".
Depois disso, Costa resolveu organizar uma equipa de saúde para os atender. Em conversa com alguns reclusos, percebeu que muitos "já deviam ter saído". A apoiar a denúncia está o relatório anual da Human Rights Watch, que é contundente na óbvia violação de direitos humanos no sistema carcerário brasileiro. Estima-se que "45% de todos os presos do Brasil sejam provisórios" e que "um em cada três reclusos" esteja em "situação irregular"; pois deveriam estar "em estabelecimentos prisionais", mas estão em "esquadras e cadeias públicas". Depois, o problema clássico: "As condições desumanas em que vivem os detidos".
Denis Sampaio, coordenador criminal do Ministério Público brasileiro, garantiu que estão "atentos" ao que ali se passa, e que já pediram "várias acções civis públicas" para fechar a prisão, mas sem sucesso. Ou seja: a situação não é nova, arrasta-se há décadas e repete-se um pouco por todo o Brasil, que tem um dos dez maiores sistemas penais do mundo. Além do problema da superlotação carcerária brasileira, a situação da Base de Neves expõe, então, um crónico vício do sistema: que as pequenas prisões da Polícia Civil estão a acolher, continuamente, presos que já deveriam ter sido transferidos para estabelecimentos prisionais. O ano passado chegou a haver transferências para outras prisões, mas muitos outros continuam a chegar. A Polícia Civil não quer "acautelar" mais a guarda desses detidos pela "falta de condições". "Enquanto essa decisão política não é tomada", disse Zaccone, tenta-se "reduzir os danos", fazendo "pequenas obras" e usando paliativos, para que os homens ali consigam " sobreviver".
In DN
por VANESSA RODRIGUES, Rio de Janeiro
Hoje
Na prisão Polinter Base de Neves, no Rio de Janeiro, só cabem 200 reclusos, mas estão lá 700 sob um calor infernal, a desmaiar e sem água. Legalmente, muitos já deviam ter saído.
Homens desesperados, a agonizar, com quebras de tensão e desmaios. Corpos suados colados uns aos outros em celas apinhadas. Pés suspensos, inchados, em grades enferrujadas e um calor assassino. A descrição é dantesca e acontece, diariamente, na Prisão Polinter da Base de Neves, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O estabelecimento mantém 700 presos num espaço para 200. Ali não há uma prisão. "É uma masmorra medieval", já admitiu o coordenador-geral da instituição, Orlando Zaccone, num vídeo da ONG carioca Rio de Paz.
Há dois meses, o termómetro chegara a marcar 57 graus dentro da prisão: muitos desmaiavam, mostrando, através da imprensa, o que ali estava a acontecer. O caso está de novo "abafado" e o responsável da prisão não tem autonomia para escoar os presos para outros estabelecimentos, também superlotados.
A Base de Neves, onde outrora funcionou um estábulo, não tem luz natural, nem água potável, ou quaisquer outras condições mínimas de salubridade. São dez celas, com cerca de 18 metros quadrados e mais de 60 homens em cada uma, sem ventilação. "Precisamos de fazer alguma coisa urgente, caso contrário, os presos vão começar a morrer", denuncia Zaccone.
Quando lá esteve de visita, o ano passado, o presidente da Rio de Paz, António Carlos Costa, ficou "chocado" com o que viu. "Um verdadeiro campo de concentração de negros e pardos", com uma casa de banho que é "um buraco no chão", e onde os presos "saciam a sede, tomam banho, urinam, defecam e se masturbam".
Depois disso, Costa resolveu organizar uma equipa de saúde para os atender. Em conversa com alguns reclusos, percebeu que muitos "já deviam ter saído". A apoiar a denúncia está o relatório anual da Human Rights Watch, que é contundente na óbvia violação de direitos humanos no sistema carcerário brasileiro. Estima-se que "45% de todos os presos do Brasil sejam provisórios" e que "um em cada três reclusos" esteja em "situação irregular"; pois deveriam estar "em estabelecimentos prisionais", mas estão em "esquadras e cadeias públicas". Depois, o problema clássico: "As condições desumanas em que vivem os detidos".
Denis Sampaio, coordenador criminal do Ministério Público brasileiro, garantiu que estão "atentos" ao que ali se passa, e que já pediram "várias acções civis públicas" para fechar a prisão, mas sem sucesso. Ou seja: a situação não é nova, arrasta-se há décadas e repete-se um pouco por todo o Brasil, que tem um dos dez maiores sistemas penais do mundo. Além do problema da superlotação carcerária brasileira, a situação da Base de Neves expõe, então, um crónico vício do sistema: que as pequenas prisões da Polícia Civil estão a acolher, continuamente, presos que já deveriam ter sido transferidos para estabelecimentos prisionais. O ano passado chegou a haver transferências para outras prisões, mas muitos outros continuam a chegar. A Polícia Civil não quer "acautelar" mais a guarda desses detidos pela "falta de condições". "Enquanto essa decisão política não é tomada", disse Zaccone, tenta-se "reduzir os danos", fazendo "pequenas obras" e usando paliativos, para que os homens ali consigam " sobreviver".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Brasil
Homens desesperados, a agonizar, com quebras de tensão e desmaios. Corpos suados colados uns aos outros em celas apinhadas. Pés suspensos, inchados, em grades enferrujadas e um calor assassino. A descrição é dantesca e acontece, diariamente, na Prisão Polinter da Base de Neves, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O estabelecimento mantém 700 presos num espaço para 200. Ali não há uma prisão. "É uma masmorra medieval", já admitiu o coordenador-geral da instituição, Orlando Zaccone, num vídeo da ONG carioca Rio de Paz.
Mas isso não importa nada!
O que importa, é dar uma imagem de luta externa contra pretensas violências psicológicas e outras, sobre o amiguinho Ahmadinejad e seu inocente projecto nuclear (só para fins benéficos, claro).
Quanto ao Brasil, os 57 graus encarregam-se de "limpar" uns quantos indesejáveis nas prisões (tortura equivalente à praticada nas prisões iranianas) e fica tudo em paz, pela similitude de pensamento e acção, que até parece conjunta.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Portugal à procura de boleia
Portugal à procura de boleia do 'boom' do Brasil
por HUGO FILIPE COELHO e SUSANA SALVADOR
Hoje
José Sócrates recebe Lula da Silva em Lisboa e a Galp assina acordo com a Petrobras.
Na primeira vez que se encontraram, em 2005, Lula da Silva pediu o empenho de José Sócrates na legalização dos imigrantes brasileiros. Cinco anos passados, os papéis invertem-se. O primeiro-ministro português recebe o Presidente brasileiro hoje em Lisboa e quer convencê-lo a levar Portugal à boleia do boom económico brasileiro.
A curta passagem de Lula por Portugal é a etapa final de uma viagem por cinco países que confirmou o peso e influência reforçada do Brasil no xadrez mundial.
O Presidente aterra em Lisboa ao final da tarde e parte de regresso ao Brasil à noite. Nessas poucas horas será recebido por Cavaco Silva e reúne-se com Sócrates, para assinar vários acordos cooperação na área da ciência, defesa, tecnologia e energias renováveis.
Porém, todas as atenções estão viradas para a economia. O Brasil é um dos países que recebeu melhor o impacto da crise e que, com China, Índia e Rússia, está a puxar pela economia mundial.
Sócrates quer aproveitar-se disso para arrancar Portugal do buraco da crise e quer a cooperação de Lula para aprofundar as trocas entre os países e chamar mais investimentos brasileiros a Portugal.
O porta-voz da presidência do Brasil, Marcelo Baumbach, até deu o mote ao dizer que a X Cimeira Luso-Brasileira "acontece num ambiente de novas oportunidades criadas pelo fluxo crescente de investimentos brasileiros em Portugal".
O marco da cimeira será a assinatura entre a Galp e a Petrobras de um acordo de pesquisa de petróleo em águas brasileiras. O Diário Económico adianta que esse é um prelúdio da entrada de capital brasileiro na petrolífera, num acordo que passa também pelos angolanos da Sonangol.
O sector da energia será ainda o pretexto para Sócrates e Lula debaterem as oportunidades do comércio triangular com África.
Depois de ouvir a PT recusar vender a sua participação na Vivo - a maior operadora móvel no Brasil - Lula deverá convidar os empresários portugueses a investirem do outro lado do Atlântico e a aproveitarem as oportunidades da organização do Mundial de 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016.
A aproximação entre Portugal e o Brasil também se faz na área da cultura. Sócrates e Lula vão concordar que 2011 será o ano de Portugal no Brasil e que 2012 será o ano do Brasil em Portugal.
Na ressaca do novo acordo ortográfico os dois líderes vão também falar sobre o plano de promoção da língua portuguesa. Os chefes de Estado e de Governo da CPLP vão reunir-se em Julho, em Luanda, e dali prometem recomendar que o português seja uma língua de documentação das Nações Unidas.
Lula regressa a um Brasil que está concentrado na corrida à sua sucessão, no final deste ano. Dilma Rousseff e José Serra, um dos dois terá a difícil missão de fazer esquecer o popular metalúrgico no Palácio do Planalto.
In DN
por HUGO FILIPE COELHO e SUSANA SALVADOR
Hoje
José Sócrates recebe Lula da Silva em Lisboa e a Galp assina acordo com a Petrobras.
Na primeira vez que se encontraram, em 2005, Lula da Silva pediu o empenho de José Sócrates na legalização dos imigrantes brasileiros. Cinco anos passados, os papéis invertem-se. O primeiro-ministro português recebe o Presidente brasileiro hoje em Lisboa e quer convencê-lo a levar Portugal à boleia do boom económico brasileiro.
A curta passagem de Lula por Portugal é a etapa final de uma viagem por cinco países que confirmou o peso e influência reforçada do Brasil no xadrez mundial.
O Presidente aterra em Lisboa ao final da tarde e parte de regresso ao Brasil à noite. Nessas poucas horas será recebido por Cavaco Silva e reúne-se com Sócrates, para assinar vários acordos cooperação na área da ciência, defesa, tecnologia e energias renováveis.
Porém, todas as atenções estão viradas para a economia. O Brasil é um dos países que recebeu melhor o impacto da crise e que, com China, Índia e Rússia, está a puxar pela economia mundial.
Sócrates quer aproveitar-se disso para arrancar Portugal do buraco da crise e quer a cooperação de Lula para aprofundar as trocas entre os países e chamar mais investimentos brasileiros a Portugal.
O porta-voz da presidência do Brasil, Marcelo Baumbach, até deu o mote ao dizer que a X Cimeira Luso-Brasileira "acontece num ambiente de novas oportunidades criadas pelo fluxo crescente de investimentos brasileiros em Portugal".
O marco da cimeira será a assinatura entre a Galp e a Petrobras de um acordo de pesquisa de petróleo em águas brasileiras. O Diário Económico adianta que esse é um prelúdio da entrada de capital brasileiro na petrolífera, num acordo que passa também pelos angolanos da Sonangol.
O sector da energia será ainda o pretexto para Sócrates e Lula debaterem as oportunidades do comércio triangular com África.
Depois de ouvir a PT recusar vender a sua participação na Vivo - a maior operadora móvel no Brasil - Lula deverá convidar os empresários portugueses a investirem do outro lado do Atlântico e a aproveitarem as oportunidades da organização do Mundial de 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016.
A aproximação entre Portugal e o Brasil também se faz na área da cultura. Sócrates e Lula vão concordar que 2011 será o ano de Portugal no Brasil e que 2012 será o ano do Brasil em Portugal.
Na ressaca do novo acordo ortográfico os dois líderes vão também falar sobre o plano de promoção da língua portuguesa. Os chefes de Estado e de Governo da CPLP vão reunir-se em Julho, em Luanda, e dali prometem recomendar que o português seja uma língua de documentação das Nações Unidas.
Lula regressa a um Brasil que está concentrado na corrida à sua sucessão, no final deste ano. Dilma Rousseff e José Serra, um dos dois terá a difícil missão de fazer esquecer o popular metalúrgico no Palácio do Planalto.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Brasileiros pedem morte para 'Fritzl do Maranhão'
Brasileiros pedem morte para 'Fritzl do Maranhão'
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro
Hoje
Agricultor que violou filha durante 16 anos diz não saber que estava a cometer crime.
Os brasileiros estão indignados com a descoberta dos crimes do agricultor José Agostinho Bispo Pereira, de 54 anos, que manteve a filha em cárcere privado desde os 12 anos - hoje tem 28. Nesse período, o 'Fritzl do Maranhão', como é chamado numa referência ao austríaco que também sequestrou a filha e a engravidou repetidas vezes (caixa) - teve sete filhos com a própria filha. O facto ocorreu junto da cidade de Pinheiro, interior do estado do Maranhão, Norte do Brasil. O local fica a 2000 km de Brasília e a 3000 do Rio de Janeiro, próximo da floresta amazónica.
E nem a declaração de Pereira, de que não tinha conhecimento do mal que estaria a cometer, está a reduzir a ira dos brasileiros. "Só Deus sabe porque agi assim", disse ele sobre os crimes, além de declarar que desconhecia ser o incesto um crime. Testemunhas garantem que terá incentivado um dos filhos a ter relações em família.
Na TV Band, o apresentador José Luiz Datena chamou o criminoso de "monstro" e recebeu mensagens de centenas de telespectadores a pedir a morte para o acusado - embora, no Brasil, a Constituição proíba a pena capital. Em cartas ao jornal O Estado de São Paulo, Nátaly Marques e Maria Silva pediram a morte do culpado, enquanto Nerrise Benther sugeriu castração química. Chega a tal ponto a indignação da população. Um membro do Conselho Tutelar, entidade que dá apoio a menores ou pessoas desprotegidas, disse que a casa do lavrador parecia um chiqueiro, de tão imunda. Os filhos do "casal" foram encontrados quase sem roupas e com fome. A mãe e as crianças não sabem ler. O pior caso é o de um dos filhos, de nove anos, surdo-mudo e deficiente mental.
Até agora, não se conseguiu ouvir a filha do criminoso e mãe dos filhos. As crianças mostram-se pouco receptivas a estranhos. Segundo populares, a família vivia afastada do centro da cidade e, além disso, não mantinha qualquer relação de amizade com os vizinhos. As crianças não frequentavam a escola.
Após o rebentar do escândalo, as autoridades deram atendimento médico à família e cortaram os cabelos de todos, pois as crianças estavam com piolhos.
A polícia revelou que o pai, além de abusar da filha durante 16 anos, impunha maus tratos a toda a família e não fornecia alimentação suficiente para mantê-los. Agora que o caso está nas manchetes dos jornais, foi destacada uma equipa de médicos, psicólogos e assistentes sociais para averiguar o caso.
Após ser preso, Pereira confessou o incesto - que declarou não saber constituir crime - e responderá por cárcere privado e estupro de vulnerável, além de abandono material, abandono intelectual e maus-tratos, pelas condições em que se encontravam a jovem e as crianças. Segundo a polícia, o agricultor tem filhos de 12, oito, seis, cinco, quatro e dois anos, além de um bebé com pouco mais de dois meses, todos com sua própria filha. Há indicações de que Pereira já teria molestado uma de suas netas - não se sabe qual.
O criminoso foi preso na terça-feira, após denúncia anónima, feita durante uma marcha contra a pedofilia. A polícia iniciou investigação e prendeu o acusado. Pereira estava separado da ex-mulher e mãe da filha que ele estuprava. Esta vive numa cidade distante.
Uma testemunha informou que os vizinhos estranhavam as constantes gravidezes da rapariga, uma vez que ela não saía de casa e não conhecia terceiros. A vítima tem outra irmã e dois irmãos, que não moravam junto do pai. Segundo depoimento de Pereira, "ninguém nunca soube o que acontecia na casa".
In DN
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro
Hoje
Agricultor que violou filha durante 16 anos diz não saber que estava a cometer crime.
Os brasileiros estão indignados com a descoberta dos crimes do agricultor José Agostinho Bispo Pereira, de 54 anos, que manteve a filha em cárcere privado desde os 12 anos - hoje tem 28. Nesse período, o 'Fritzl do Maranhão', como é chamado numa referência ao austríaco que também sequestrou a filha e a engravidou repetidas vezes (caixa) - teve sete filhos com a própria filha. O facto ocorreu junto da cidade de Pinheiro, interior do estado do Maranhão, Norte do Brasil. O local fica a 2000 km de Brasília e a 3000 do Rio de Janeiro, próximo da floresta amazónica.
E nem a declaração de Pereira, de que não tinha conhecimento do mal que estaria a cometer, está a reduzir a ira dos brasileiros. "Só Deus sabe porque agi assim", disse ele sobre os crimes, além de declarar que desconhecia ser o incesto um crime. Testemunhas garantem que terá incentivado um dos filhos a ter relações em família.
Na TV Band, o apresentador José Luiz Datena chamou o criminoso de "monstro" e recebeu mensagens de centenas de telespectadores a pedir a morte para o acusado - embora, no Brasil, a Constituição proíba a pena capital. Em cartas ao jornal O Estado de São Paulo, Nátaly Marques e Maria Silva pediram a morte do culpado, enquanto Nerrise Benther sugeriu castração química. Chega a tal ponto a indignação da população. Um membro do Conselho Tutelar, entidade que dá apoio a menores ou pessoas desprotegidas, disse que a casa do lavrador parecia um chiqueiro, de tão imunda. Os filhos do "casal" foram encontrados quase sem roupas e com fome. A mãe e as crianças não sabem ler. O pior caso é o de um dos filhos, de nove anos, surdo-mudo e deficiente mental.
Até agora, não se conseguiu ouvir a filha do criminoso e mãe dos filhos. As crianças mostram-se pouco receptivas a estranhos. Segundo populares, a família vivia afastada do centro da cidade e, além disso, não mantinha qualquer relação de amizade com os vizinhos. As crianças não frequentavam a escola.
Após o rebentar do escândalo, as autoridades deram atendimento médico à família e cortaram os cabelos de todos, pois as crianças estavam com piolhos.
A polícia revelou que o pai, além de abusar da filha durante 16 anos, impunha maus tratos a toda a família e não fornecia alimentação suficiente para mantê-los. Agora que o caso está nas manchetes dos jornais, foi destacada uma equipa de médicos, psicólogos e assistentes sociais para averiguar o caso.
Após ser preso, Pereira confessou o incesto - que declarou não saber constituir crime - e responderá por cárcere privado e estupro de vulnerável, além de abandono material, abandono intelectual e maus-tratos, pelas condições em que se encontravam a jovem e as crianças. Segundo a polícia, o agricultor tem filhos de 12, oito, seis, cinco, quatro e dois anos, além de um bebé com pouco mais de dois meses, todos com sua própria filha. Há indicações de que Pereira já teria molestado uma de suas netas - não se sabe qual.
O criminoso foi preso na terça-feira, após denúncia anónima, feita durante uma marcha contra a pedofilia. A polícia iniciou investigação e prendeu o acusado. Pereira estava separado da ex-mulher e mãe da filha que ele estuprava. Esta vive numa cidade distante.
Uma testemunha informou que os vizinhos estranhavam as constantes gravidezes da rapariga, uma vez que ela não saía de casa e não conhecia terceiros. A vítima tem outra irmã e dois irmãos, que não moravam junto do pai. Segundo depoimento de Pereira, "ninguém nunca soube o que acontecia na casa".
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Povo brasileiro afasta políticos corruptos
Povo brasileiro afasta políticos corruptos
por SÉRGIO BARRETO MOTTA,
Hoje
Nova lei impede candidaturas de quem tenha sido condenado em tribunal
O povo brasileiro acaba de conseguir uma grande vitória: foi aprovado o chamado projecto Ficha Limpa, pelo qual políticos condenados por um colégio de juízes - ou seja, mais do que um - não podem sequer disputar uma eleição, quanto mais serem eleitos. Até agora, só estaria impedido de se candidatar quem tivesse sentença final, o que, em alguns casos, demora décadas a acontecer.
Não foi fácil chegar a esse ponto, pois os políticos não queriam aprovar a nova lei e só o fizeram perante a pressão popular. Desde o início, a semente veio do povo: houve um manifesto a pedir o projecto, com 1,6 milhões de assinaturas, que se transformou em projecto de lei a partir de iniciativa popular. Quando a proposta estava para ser votada, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou que a ideia "era da sociedade, não do governo" e não haveria prioridade para a sua votação. Houve tantas críticas e pressões que o governo colocou o tema na agenda. Deputados e senadores votaram a favor, mais com medo da reacção popular do que por convicção.
Durante os debates, o relator, senador Francisco Dornelles, mudou o tempo do verbo. Em vez de punir políticos que "tenham sido condenados por um colégio de juízes", colocou " que forem condenados". Com isso, a nova redacção só atingiria pessoas condenadas após a promulgação da lei. Comentou--se que, dessa forma, o senador-relator Dornelles ajudaria o seu colega de partido, o deputado Paulo Maluf, que sofreu diversas condenações no passado recente.
Mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu 6 a 1 o que desejava a população: a lei já vale para as eleições de Outubro e serão afastados os candidatos punidos por um colégio de juízes tanto antes como após a promulgação. "A técnica gramatical não se resume à interpretação simples e literal, é preciso ter conexão com sentido da lei", afirmou a vice-procuradora eleitoral, Sandra Cureau. O ministro Arnaldo Versiani considerou irrelevante saber o tempo verbal usado. "O momento de aferição das causas de inelegibilidade é o registro, pouco importa o tempo verbal", afirmou.
Apesar desse julgamento e da euforia popular, alguns peritos advertem que políticos condenados ainda têm esperança. Podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal - órgão máximo da justiça brasileira - e obter direito a se candidatar. Afinal, uma característica básica do direito moderno é a de garantir os direitos individuais e, com base em preceitos de respeito humano e direito à vida e ao trabalho, muitos juristas acreditam que o Supremo possa garantir a pessoas condenadas o direito a se candidatar, o que jogaria por terra todo o esforço do povo para aprovar a lei Ficha Limpa.
In DN
por SÉRGIO BARRETO MOTTA,
Hoje
Nova lei impede candidaturas de quem tenha sido condenado em tribunal
O povo brasileiro acaba de conseguir uma grande vitória: foi aprovado o chamado projecto Ficha Limpa, pelo qual políticos condenados por um colégio de juízes - ou seja, mais do que um - não podem sequer disputar uma eleição, quanto mais serem eleitos. Até agora, só estaria impedido de se candidatar quem tivesse sentença final, o que, em alguns casos, demora décadas a acontecer.
Não foi fácil chegar a esse ponto, pois os políticos não queriam aprovar a nova lei e só o fizeram perante a pressão popular. Desde o início, a semente veio do povo: houve um manifesto a pedir o projecto, com 1,6 milhões de assinaturas, que se transformou em projecto de lei a partir de iniciativa popular. Quando a proposta estava para ser votada, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou que a ideia "era da sociedade, não do governo" e não haveria prioridade para a sua votação. Houve tantas críticas e pressões que o governo colocou o tema na agenda. Deputados e senadores votaram a favor, mais com medo da reacção popular do que por convicção.
Durante os debates, o relator, senador Francisco Dornelles, mudou o tempo do verbo. Em vez de punir políticos que "tenham sido condenados por um colégio de juízes", colocou " que forem condenados". Com isso, a nova redacção só atingiria pessoas condenadas após a promulgação da lei. Comentou--se que, dessa forma, o senador-relator Dornelles ajudaria o seu colega de partido, o deputado Paulo Maluf, que sofreu diversas condenações no passado recente.
Mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu 6 a 1 o que desejava a população: a lei já vale para as eleições de Outubro e serão afastados os candidatos punidos por um colégio de juízes tanto antes como após a promulgação. "A técnica gramatical não se resume à interpretação simples e literal, é preciso ter conexão com sentido da lei", afirmou a vice-procuradora eleitoral, Sandra Cureau. O ministro Arnaldo Versiani considerou irrelevante saber o tempo verbal usado. "O momento de aferição das causas de inelegibilidade é o registro, pouco importa o tempo verbal", afirmou.
Apesar desse julgamento e da euforia popular, alguns peritos advertem que políticos condenados ainda têm esperança. Podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal - órgão máximo da justiça brasileira - e obter direito a se candidatar. Afinal, uma característica básica do direito moderno é a de garantir os direitos individuais e, com base em preceitos de respeito humano e direito à vida e ao trabalho, muitos juristas acreditam que o Supremo possa garantir a pessoas condenadas o direito a se candidatar, o que jogaria por terra todo o esforço do povo para aprovar a lei Ficha Limpa.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Pelo menos 32 mortos em chuvas e inundações
Pelo menos 32 mortos em chuvas e inundações
por Lusa
Hoje
Pelo menos 32 pessoas perderam a vida e mais de 100 000 tiveram de abandonar as suas casas devido às fortes chuvas e inundações registadas nos últimos dias na região nordeste do Brasil, anunciou hoje a Protecção Civil.
No Estado de Pernambuco, onde foi declarado o Estado de Emergência em 53 municípios, 13 pessoas morreram e mais de 42 000 tiveram, de deixar as suas casas enquanto que 18 000 foram acolhidas em centros de acolhimento.
Na região de Alagoas, terão perecido 19 pessoas nos 22 municípios afectados pelas chuvas, enquanto que o número de desalojados ultrapassa os 58 000.
Segundo um comunicado, autoridades já distribuíram 20 000 cestos com alimentos, colchões e mantas pelas populações afectadas.
O presidente Lula da Silva anunciou entretanto a criação de fundos de apoio às vítimas das enxurradas e comprometeu-se a "actuar com a mesma rapidez" que no Estado do Rio de Janeiro, onde em Abril mais de 200 pessoas morreram também devido a fortes temporais.
In DN
por Lusa
Hoje
Pelo menos 32 pessoas perderam a vida e mais de 100 000 tiveram de abandonar as suas casas devido às fortes chuvas e inundações registadas nos últimos dias na região nordeste do Brasil, anunciou hoje a Protecção Civil.
No Estado de Pernambuco, onde foi declarado o Estado de Emergência em 53 municípios, 13 pessoas morreram e mais de 42 000 tiveram, de deixar as suas casas enquanto que 18 000 foram acolhidas em centros de acolhimento.
Na região de Alagoas, terão perecido 19 pessoas nos 22 municípios afectados pelas chuvas, enquanto que o número de desalojados ultrapassa os 58 000.
Segundo um comunicado, autoridades já distribuíram 20 000 cestos com alimentos, colchões e mantas pelas populações afectadas.
O presidente Lula da Silva anunciou entretanto a criação de fundos de apoio às vítimas das enxurradas e comprometeu-se a "actuar com a mesma rapidez" que no Estado do Rio de Janeiro, onde em Abril mais de 200 pessoas morreram também devido a fortes temporais.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Escolha de Índio para vice de Serra surpreende oposição
Escolha de Índio para vice de Serra surpreende oposição
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro
Hoje
Jovem deputado Índio da Costa, com quem José Serra só conversou uma vez até hoje, é candidato à vice-presidência pela oposição.
Após uma série de reuniões, que se prolongaram pela madrugada, o candidato à presidência do Brasil pela oposição a Lula da Silva, José Serra, surpreendeu muita gente no seu próprio campo político, e a grande maioria dos analistas, ao escolher um jovem deputado federal, chamado Índio da Costa, para seu braço-direito, como candidato à vice-presidência no escrutínio de Outubro.
A escolha resultou de pressões do Partido Democratas, que exigiu ter uma palavra decisiva na designação do candidato a vice-presidente, numa altura em que as perspectivas de sucesso eleitoral de José Serra parecem cada vez mais remotas, a avaliar pelas mais recentes sondagens tornadas públicas.
A surpresa não podia ter sido maior. Índio da Costa, que tem apenas 39 anos, está a cumprir o seu primeiro mandato como deputado federal, iniciado em 2007. Esta é a sua primeira experiência política no plano nacional. Anteriormente, desempenhou apenas funções no plano autárquico, como vereador no município do Rio de Janeiro. Advogado e empresário, este carioca representa "um sinal de renovação e esperança" para o país, nas palavras de Serra. O candidato à presidência já admitiu, no entanto, que até agora só falou uma vez com Índio. E o Presidente Lula da Silva já confessou nunca ter ouvido falar neste deputado federal, que aparenta ser ainda mais novo do que é.
Serra, que foi ministro da Saúde no Governo de Fernando Henrique Cardoso e governador de São Paulo, enfrenta uma tarefa difícil. A candidata de Lula, a ex-ministra Dilma Roussef, não só lidera as sondagens como tem ao seu lado o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, indicado pelo PMDB - o principal partido do país, que apoiou o antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso, durante os oito anos do seu mandato e fez o mesmo durante o mandato de Lula, nos oito anos seguintes. Lula e Cardoso são adversários, mas o PMDB - do ex-presidente José Sarney - apoiou um e outro sem problemas. Sem precisar de indicar o seu próprio candidato à presidência.
Enquanto Dilma está com 46% das preferências de voto e Serra com 38%, a candidata verde, senadora Marina Silva, está abaixo de 10%. O seu vice é o empresário Guilherme Leal, dono da Natura, uma indústria de cosméticos que sempre se notabilizou por preocupação ambiental.
Terminado o Mundial de futebol para o Brasil, a eleição ocupará as manchetes dos jornais até Outubro. A economia vai bem, Lula tem 80% de apoio popular, mas nos próximos três meses ainda muita coisa poderá acontecer. A política brasileira é fértil em surpresas.
In DN
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro
Hoje
Jovem deputado Índio da Costa, com quem José Serra só conversou uma vez até hoje, é candidato à vice-presidência pela oposição.
Após uma série de reuniões, que se prolongaram pela madrugada, o candidato à presidência do Brasil pela oposição a Lula da Silva, José Serra, surpreendeu muita gente no seu próprio campo político, e a grande maioria dos analistas, ao escolher um jovem deputado federal, chamado Índio da Costa, para seu braço-direito, como candidato à vice-presidência no escrutínio de Outubro.
A escolha resultou de pressões do Partido Democratas, que exigiu ter uma palavra decisiva na designação do candidato a vice-presidente, numa altura em que as perspectivas de sucesso eleitoral de José Serra parecem cada vez mais remotas, a avaliar pelas mais recentes sondagens tornadas públicas.
A surpresa não podia ter sido maior. Índio da Costa, que tem apenas 39 anos, está a cumprir o seu primeiro mandato como deputado federal, iniciado em 2007. Esta é a sua primeira experiência política no plano nacional. Anteriormente, desempenhou apenas funções no plano autárquico, como vereador no município do Rio de Janeiro. Advogado e empresário, este carioca representa "um sinal de renovação e esperança" para o país, nas palavras de Serra. O candidato à presidência já admitiu, no entanto, que até agora só falou uma vez com Índio. E o Presidente Lula da Silva já confessou nunca ter ouvido falar neste deputado federal, que aparenta ser ainda mais novo do que é.
Serra, que foi ministro da Saúde no Governo de Fernando Henrique Cardoso e governador de São Paulo, enfrenta uma tarefa difícil. A candidata de Lula, a ex-ministra Dilma Roussef, não só lidera as sondagens como tem ao seu lado o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, indicado pelo PMDB - o principal partido do país, que apoiou o antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso, durante os oito anos do seu mandato e fez o mesmo durante o mandato de Lula, nos oito anos seguintes. Lula e Cardoso são adversários, mas o PMDB - do ex-presidente José Sarney - apoiou um e outro sem problemas. Sem precisar de indicar o seu próprio candidato à presidência.
Enquanto Dilma está com 46% das preferências de voto e Serra com 38%, a candidata verde, senadora Marina Silva, está abaixo de 10%. O seu vice é o empresário Guilherme Leal, dono da Natura, uma indústria de cosméticos que sempre se notabilizou por preocupação ambiental.
Terminado o Mundial de futebol para o Brasil, a eleição ocupará as manchetes dos jornais até Outubro. A economia vai bem, Lula tem 80% de apoio popular, mas nos próximos três meses ainda muita coisa poderá acontecer. A política brasileira é fértil em surpresas.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Outra amante de Bruno investigada pela polícia
Outra amante de Bruno investigada pela polícia
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Testemunhos de dois primos de ex-guarda-redes do Flamengo podem ser chave para o acusar do rapto e homicídio de Eliza Samudio
A polícia de Contagem, em Minas Gerais, está a investigar outra alegada amante de Bruno, suspeita de estar presente na casa do guarda-redes do Flamengo quando Eliza Samudio terá sido sequestrada. Segundo o jornal O Dia, a presença de Fernanda foi revelada no testemunho de um primo menor do jogador, que se poderá tornar chave para acusá-lo da morte da jovem que dizia que Bruno era o pai do seu filho de quatro meses.
A mesma fonte indica que Fernanda, descrita como uma loira que usa aparelho nos dentes, terá seguido com o jogador para a sua quinta, em Minas Gerais, e que o seu carro - um Volkswagen Gol vermelho - terá sido usado na fuga. Desde que Bruno foi detido que a polícia estará atrás desta mulher, de forma a perceber qual poderá ter sido o seu papel na suposta morte de Eliza.
As autoridades estão a apoiar-se no testemunho de dois primos de Bruno para acusá-lo de homicídio. Um deles, menor de 17 anos, foi o primeiro a dizer que Eliza tinha sido morta e que partes do seu corpo tinham sido lançadas aos cães. Mas segundo o menor, que confessou ter ajudado a sequestrar Eliza, o jogador não estaria presente na altura do crime, que teria sido planeado pelo seu amigo, Macarrão. O tio revelou contudo à imprensa que este terá mentido para proteger o guarda-redes.
O testemunho de outro primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, vai também nesse sentido. "Eu falei o seguinte para o Bruno: 'Cara, não era melhor você ter resolvido isso na Justiça?' Aí o Bruno disse: 'Já tá feito cara'; então Bruno pareceu ter ficado comovido com os acontecimentos e até chorou", disse. Camelo, como também é conhecido, indicou contudo que não esteve presente na altura do crime, tendo ouvido os relatos de outros.
Detido numa prisão em Minas Gerais, o jogador não teve direito a receber visitas. Segundo a polícia, citada pelo site G1 (da Globo), estas acontecem aos sábados e domingos, das 8.00 às 14.00, mas têm de ser agendadas com dez dias de antecedência. Além disso, os detidos não podem receber visitas nos primeiros 30 dias, tempo durante o qual também não têm direito ao "banho de sol".
O advogado de Bruno (e de outros seis suspeitos), Ércio Quaresma, revelou entretanto que está a formar uma equipa multidisciplinar para investigar o caso e dar outros pareceres sobre as provas que venham a ser apresentadas. Lamentando ainda não ter tido acesso ao processo, o advogado diz que vai abrir um processo contra a polícia. Até amanhã, deverá ainda apresentar um pedido de habeas corpus em nome do jogador.
In DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Testemunhos de dois primos de ex-guarda-redes do Flamengo podem ser chave para o acusar do rapto e homicídio de Eliza Samudio
A polícia de Contagem, em Minas Gerais, está a investigar outra alegada amante de Bruno, suspeita de estar presente na casa do guarda-redes do Flamengo quando Eliza Samudio terá sido sequestrada. Segundo o jornal O Dia, a presença de Fernanda foi revelada no testemunho de um primo menor do jogador, que se poderá tornar chave para acusá-lo da morte da jovem que dizia que Bruno era o pai do seu filho de quatro meses.
A mesma fonte indica que Fernanda, descrita como uma loira que usa aparelho nos dentes, terá seguido com o jogador para a sua quinta, em Minas Gerais, e que o seu carro - um Volkswagen Gol vermelho - terá sido usado na fuga. Desde que Bruno foi detido que a polícia estará atrás desta mulher, de forma a perceber qual poderá ter sido o seu papel na suposta morte de Eliza.
As autoridades estão a apoiar-se no testemunho de dois primos de Bruno para acusá-lo de homicídio. Um deles, menor de 17 anos, foi o primeiro a dizer que Eliza tinha sido morta e que partes do seu corpo tinham sido lançadas aos cães. Mas segundo o menor, que confessou ter ajudado a sequestrar Eliza, o jogador não estaria presente na altura do crime, que teria sido planeado pelo seu amigo, Macarrão. O tio revelou contudo à imprensa que este terá mentido para proteger o guarda-redes.
O testemunho de outro primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, vai também nesse sentido. "Eu falei o seguinte para o Bruno: 'Cara, não era melhor você ter resolvido isso na Justiça?' Aí o Bruno disse: 'Já tá feito cara'; então Bruno pareceu ter ficado comovido com os acontecimentos e até chorou", disse. Camelo, como também é conhecido, indicou contudo que não esteve presente na altura do crime, tendo ouvido os relatos de outros.
Detido numa prisão em Minas Gerais, o jogador não teve direito a receber visitas. Segundo a polícia, citada pelo site G1 (da Globo), estas acontecem aos sábados e domingos, das 8.00 às 14.00, mas têm de ser agendadas com dez dias de antecedência. Além disso, os detidos não podem receber visitas nos primeiros 30 dias, tempo durante o qual também não têm direito ao "banho de sol".
O advogado de Bruno (e de outros seis suspeitos), Ércio Quaresma, revelou entretanto que está a formar uma equipa multidisciplinar para investigar o caso e dar outros pareceres sobre as provas que venham a ser apresentadas. Lamentando ainda não ter tido acesso ao processo, o advogado diz que vai abrir um processo contra a polícia. Até amanhã, deverá ainda apresentar um pedido de habeas corpus em nome do jogador.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Pedido de 'habeas corpus' para Bruno pode ser rejeitado
Pedido de 'habeas corpus' para Bruno pode ser rejeitado
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, no Rio de Janeiro
Hoje
País ficou profundamente chocado com a reconstituição do crime feita pela TV Globo.
A reconstituição do crime do guarda-redes Bruno, feita na noite de domingo e no programa Fantástico da TV Globo, abalou profundamente o Brasil. Especialistas em direito criminal afirmam que, face ao clima emocional e à indignação pública que se regista no país, o pedido de habeas corpus a ser apresentado pelo advogado do acusado dificilmente será aceite por qualquer juiz ou tribunal.
Milhões de pessoas ficaram atónitas perante as cenas de frieza mostradas pela Globo, como se fosse um filme de terror. A reconstituição foi feita com base no depoimento de um menor de 17 anos não identificado e por Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno.
Tudo começou num condomínio de luxo da Barra da Tijuca. No dia 4 de Junho, Eliza Samúdio esperava por um carro, dirigido por Luiz Henrique Romão - o "Macarrão", braço-direito de Bruno. Supostamente, Eliza e o filho de quatro meses iam ao médico, nas proximidades. Mas o menor de 17 anos, que estava escondido na parte de trás do carro, apareceu armado e disse "perdeu". O que significa, entre bandidos brasileiros, que a vítima está à mercê dos criminosos. O carro seguiu para Belo Horizonte, até ao sítio de Bruno; uma viagem de oito horas durante a qual Eliza foi agredida na cabeça com o revólver. À chegada, uma empregada ajudou a trancá- -la num quarto. E Sérgio junta-se ao grupo. No dia seguinte, Eliza foi obrigada a ligar para uma amiga para dizer que estava bem. Dois dias depois, Bruno chega ao sítio e irrita-se ao ver o grupo - Eliza e quem tomava conta dela - a ver televisão. Segundo o depoimento do menor, Bruno, que duas horas depois voltou para o Rio, terá dito que queria que "resolvessem o problema".
Neste ponto, há uma divergência, pois, na visão de Sérgio, Bruno não fica só duas horas, mas continua no local e em seguida participa em toda a trama. Pelo depoimento de Sérgio, Bruno acompanha o grupo quando ele se dirige ao local onde a vítima seria morta.
O grupo seguiu de carro por uma estrada, onde se encontrou com um homem de moto, o ex- -polícia Marcos Aparecido de Souza. Assim, na visão do menor, Bruno apenas teria querido "ver o caso resolvido", enquanto na visão do primo Sérgio teria acompanhado o grupo até a execução do crime.
Marcos foi o executor da morte. Levou o grupo a um local onde havia cães rottweiler, usados por Marcos para o treino de agentes da polícia. Perante o protesto de Eliza de que estava a apanhar demais, o ex-polícia ter-lhe-á respondido: " Você não vai apanhar mais, vai morrer."
Pela reconstituição feita pela TV Globo, o ex-polícia teria esquartejado Eliza e atirado os seus ossos e carne aos cães rottweiler. De acordo com o depoimento de Sérgio, Bruno teria dito "está feito" e teria mostrado algum arrependimento. Terá sido nesse momento que o guarda-redes do Flamengo decidiu que o filho não iria morrer e o salvou.
Psicólogos e psicanalistas estão a tentar desvendar o caso, a pedido dos media, e todos são unânimes em sublinhar a frieza revelada por Bruno Fernandes e os seus comparsas. Em vez de lamentar o bárbaro crime, ele - com quem o Flamengo suspendeu o contrato - teria dito apenas que agora perdeu a oportunidade de ir para o Milan da Itália e de actuar no Mundial de 2014.
In DN
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, no Rio de Janeiro
Hoje
País ficou profundamente chocado com a reconstituição do crime feita pela TV Globo.
A reconstituição do crime do guarda-redes Bruno, feita na noite de domingo e no programa Fantástico da TV Globo, abalou profundamente o Brasil. Especialistas em direito criminal afirmam que, face ao clima emocional e à indignação pública que se regista no país, o pedido de habeas corpus a ser apresentado pelo advogado do acusado dificilmente será aceite por qualquer juiz ou tribunal.
Milhões de pessoas ficaram atónitas perante as cenas de frieza mostradas pela Globo, como se fosse um filme de terror. A reconstituição foi feita com base no depoimento de um menor de 17 anos não identificado e por Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno.
Tudo começou num condomínio de luxo da Barra da Tijuca. No dia 4 de Junho, Eliza Samúdio esperava por um carro, dirigido por Luiz Henrique Romão - o "Macarrão", braço-direito de Bruno. Supostamente, Eliza e o filho de quatro meses iam ao médico, nas proximidades. Mas o menor de 17 anos, que estava escondido na parte de trás do carro, apareceu armado e disse "perdeu". O que significa, entre bandidos brasileiros, que a vítima está à mercê dos criminosos. O carro seguiu para Belo Horizonte, até ao sítio de Bruno; uma viagem de oito horas durante a qual Eliza foi agredida na cabeça com o revólver. À chegada, uma empregada ajudou a trancá- -la num quarto. E Sérgio junta-se ao grupo. No dia seguinte, Eliza foi obrigada a ligar para uma amiga para dizer que estava bem. Dois dias depois, Bruno chega ao sítio e irrita-se ao ver o grupo - Eliza e quem tomava conta dela - a ver televisão. Segundo o depoimento do menor, Bruno, que duas horas depois voltou para o Rio, terá dito que queria que "resolvessem o problema".
Neste ponto, há uma divergência, pois, na visão de Sérgio, Bruno não fica só duas horas, mas continua no local e em seguida participa em toda a trama. Pelo depoimento de Sérgio, Bruno acompanha o grupo quando ele se dirige ao local onde a vítima seria morta.
O grupo seguiu de carro por uma estrada, onde se encontrou com um homem de moto, o ex- -polícia Marcos Aparecido de Souza. Assim, na visão do menor, Bruno apenas teria querido "ver o caso resolvido", enquanto na visão do primo Sérgio teria acompanhado o grupo até a execução do crime.
Marcos foi o executor da morte. Levou o grupo a um local onde havia cães rottweiler, usados por Marcos para o treino de agentes da polícia. Perante o protesto de Eliza de que estava a apanhar demais, o ex-polícia ter-lhe-á respondido: " Você não vai apanhar mais, vai morrer."
Pela reconstituição feita pela TV Globo, o ex-polícia teria esquartejado Eliza e atirado os seus ossos e carne aos cães rottweiler. De acordo com o depoimento de Sérgio, Bruno teria dito "está feito" e teria mostrado algum arrependimento. Terá sido nesse momento que o guarda-redes do Flamengo decidiu que o filho não iria morrer e o salvou.
Psicólogos e psicanalistas estão a tentar desvendar o caso, a pedido dos media, e todos são unânimes em sublinhar a frieza revelada por Bruno Fernandes e os seus comparsas. Em vez de lamentar o bárbaro crime, ele - com quem o Flamengo suspendeu o contrato - teria dito apenas que agora perdeu a oportunidade de ir para o Milan da Itália e de actuar no Mundial de 2014.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Brasil
Não sou muito favorável a castigos crueis e bárbaros. Mas a estes senhores só desejava que passassem o resto da vida a apanhar bolas... de costas.
Viriato- Pontos : 16657
Polícia faz novas buscas na casa de Bruno
Polícia faz novas buscas na casa de Bruno
por Agências
Hoje
A ex-namorada do guarda-redes do Flamengo continua desaparecida. As autoridades fizeram uma reconstituição da última noite e vasculharam especialmente um quarto à procura de cabelo, unhas e vestígios de sangue
A polícia brasileira fez ontem à noite uma espécie de reconstituição da última noite em que Eliza Samudio, ex-amante do guarda-redes brasileiro Bruno que está desaparecida desde Junho, foi vista em casa do guardião, que se encontra detido por alegadamente estar envolvido na morte da rapariga.
As autoridades vasculharam a casa do ex-futebolista do Flamengo durante várias horas e contaram com a colaboração de Sérgio Rosa Sales, primo do guarda-redes que denunciou o alegado assassínio. 'Vamos aguardar o resultado dos exames para dizer qualquer coisa, declarou à saída a delegada Alessandra Wilke.
Cerca de 30 agentes da Delegacia de Homicídios mineira, além de vários peritos, participaram nas buscas e concentraram-se num dos quartos do primeiro andar da casa, à procura de cabelos, bocados de unhas e vestígios de sangue. O local, segundo os investigadores, teria servido como cativeiro para Eliza Samudio.
A polícia, entretanto, ainda investiga a participação de uma 11.ª pessoa no alegado crime, que teria ajudado a esconder o corpo de Eliza.
Mas as buscas não foram apenas na casa do guarda-redes. Com o auxílio dos bombeiros, a polícia vasculhou e fez escavações num terreno baldio próximo do condomínio Recanto Verde, em Ribeirão das Neves, em Belo Horizonte. Mas nada foi encontrado.
No dia 24 de Junho, a polícia recebeu denúncias anónimas que apontavam no sentido de Eliza ter sido espancada por Bruno e dois amigos até a morte na casa do jogador, em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram às autoridades terem Eliza, o filho e Bruno no local.
In DN
por Agências
Hoje
A ex-namorada do guarda-redes do Flamengo continua desaparecida. As autoridades fizeram uma reconstituição da última noite e vasculharam especialmente um quarto à procura de cabelo, unhas e vestígios de sangue
A polícia brasileira fez ontem à noite uma espécie de reconstituição da última noite em que Eliza Samudio, ex-amante do guarda-redes brasileiro Bruno que está desaparecida desde Junho, foi vista em casa do guardião, que se encontra detido por alegadamente estar envolvido na morte da rapariga.
As autoridades vasculharam a casa do ex-futebolista do Flamengo durante várias horas e contaram com a colaboração de Sérgio Rosa Sales, primo do guarda-redes que denunciou o alegado assassínio. 'Vamos aguardar o resultado dos exames para dizer qualquer coisa, declarou à saída a delegada Alessandra Wilke.
Cerca de 30 agentes da Delegacia de Homicídios mineira, além de vários peritos, participaram nas buscas e concentraram-se num dos quartos do primeiro andar da casa, à procura de cabelos, bocados de unhas e vestígios de sangue. O local, segundo os investigadores, teria servido como cativeiro para Eliza Samudio.
A polícia, entretanto, ainda investiga a participação de uma 11.ª pessoa no alegado crime, que teria ajudado a esconder o corpo de Eliza.
Mas as buscas não foram apenas na casa do guarda-redes. Com o auxílio dos bombeiros, a polícia vasculhou e fez escavações num terreno baldio próximo do condomínio Recanto Verde, em Ribeirão das Neves, em Belo Horizonte. Mas nada foi encontrado.
No dia 24 de Junho, a polícia recebeu denúncias anónimas que apontavam no sentido de Eliza ter sido espancada por Bruno e dois amigos até a morte na casa do jogador, em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram às autoridades terem Eliza, o filho e Bruno no local.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Bruno acusa amigo 'Macarrão'
Bruno acusa amigo 'Macarrão'
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro
Hoje
Guarda-redes do Flamengo afirma que nada fez a Eliza e que se assustou quando viu o filho nas mãos do amigo.
Bruno Fernandes, o guarda-redes do Flamengo suspeito de mandar matar Eliza Samúdio - a mãe do seu filho de quatro meses - ,afirmou-se inocente e implicou no crime o seu melhor amigo e braço direito. Em depoimento obtido pela TV Globo (um vídeo gravado no passado dia , Bruno afirmou que Luiz Henrique Ferreira Romão, o " Macarrão", foi o responsável pela morte de Eliza.
No vídeo obtido pela emissora, Bruno afirma ter ficado chocado com "as atitudes tomadas por Macarrão" e que não sabia o que havia acontecido a Eliza. O guarda-redes disse ter-se assustado ao ver o filho nas mãos de "Macarrão" e teria perguntado o que estava a acontecer. "Macarrão" terá respondido que tinha pago a Eliza para que lhe entregasse o filho - dela e de Bruno. E que Eliza se tinha ido embora.
"Não sei o que deu na cabeça do Macarrão. Hoje, com tudo o que aconteceu, é difícil acreditar nele", disse Bruno, o que revela a sua intenção de transferir a culpa para o amigo. Mas a opinião pública brasileira duvida. Afinal, quem tinha interesse em coagir Eliza era Bruno, que estava a ser pressionado por ela para assumir a paternidade e pagar a pensão de alimentos. É difícil acreditar que "Macarrão" tenha agido sem consultar Bruno ou sem uma ordem deste. Directamente, "Macarrão" nada tinha a ver com o caso, a não ser para proteger o amigo e chefe.
À medida que o tempo passa, o caso complica-se: vários envolvidos contrataram advogados e negam-se a responder à polícia. É o caso do ex-polícia Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado de ter matado Eliza, de a ter esquartejado e lançado os seus ossos e carne aos cães. Agora afirma que só falará em juízo, o que dificulta à polícia fazer interrogatórios e principalmente acareações.
No vídeo, Bruno procura passar boa imagem ao dizer que se o filho fosse seu o assumiria; admitiu que havia proposto a Eliza - através de "Macarrão" - pagar-lhe 2800 euros mensais, o suficiente para alugar um apartamento e manter a criança. Disse que, até então, tinha plena confiança em "Macarrão", que cuidava dos seus bens e negócios, para que pudesse dedicar-se só ao futebol.
In DN
por SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro
Hoje
Guarda-redes do Flamengo afirma que nada fez a Eliza e que se assustou quando viu o filho nas mãos do amigo.
Bruno Fernandes, o guarda-redes do Flamengo suspeito de mandar matar Eliza Samúdio - a mãe do seu filho de quatro meses - ,afirmou-se inocente e implicou no crime o seu melhor amigo e braço direito. Em depoimento obtido pela TV Globo (um vídeo gravado no passado dia , Bruno afirmou que Luiz Henrique Ferreira Romão, o " Macarrão", foi o responsável pela morte de Eliza.
No vídeo obtido pela emissora, Bruno afirma ter ficado chocado com "as atitudes tomadas por Macarrão" e que não sabia o que havia acontecido a Eliza. O guarda-redes disse ter-se assustado ao ver o filho nas mãos de "Macarrão" e teria perguntado o que estava a acontecer. "Macarrão" terá respondido que tinha pago a Eliza para que lhe entregasse o filho - dela e de Bruno. E que Eliza se tinha ido embora.
"Não sei o que deu na cabeça do Macarrão. Hoje, com tudo o que aconteceu, é difícil acreditar nele", disse Bruno, o que revela a sua intenção de transferir a culpa para o amigo. Mas a opinião pública brasileira duvida. Afinal, quem tinha interesse em coagir Eliza era Bruno, que estava a ser pressionado por ela para assumir a paternidade e pagar a pensão de alimentos. É difícil acreditar que "Macarrão" tenha agido sem consultar Bruno ou sem uma ordem deste. Directamente, "Macarrão" nada tinha a ver com o caso, a não ser para proteger o amigo e chefe.
À medida que o tempo passa, o caso complica-se: vários envolvidos contrataram advogados e negam-se a responder à polícia. É o caso do ex-polícia Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado de ter matado Eliza, de a ter esquartejado e lançado os seus ossos e carne aos cães. Agora afirma que só falará em juízo, o que dificulta à polícia fazer interrogatórios e principalmente acareações.
No vídeo, Bruno procura passar boa imagem ao dizer que se o filho fosse seu o assumiria; admitiu que havia proposto a Eliza - através de "Macarrão" - pagar-lhe 2800 euros mensais, o suficiente para alugar um apartamento e manter a criança. Disse que, até então, tinha plena confiança em "Macarrão", que cuidava dos seus bens e negócios, para que pudesse dedicar-se só ao futebol.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Polícia examina corpo carbonizado
Polícia examina corpo carbonizado
Hoje
Autoridades pediram teste de ADN para saber se é ou não Eliza Samudio, ex-amante do guarda-redes Bruno, do Flamengo
A polícia de Minas Gerais pediu um exame de ADN a um corpo carbonizado encontrado em finais de Junho em Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo. O objectivo é saber se é ou não o de Eliza Samudio, a ex-amante do guarda-redes do Flamengo, Bruno Fernandes, que desapareceu de Belo Horizonte no início de Junho. O jogador está detido, junto com seis amigos e familiares, suspeito de ter ordenado a sua morte.
Segundo a TV Globo, o corpo foi encontrado no dia 26 de Junho, totalmente carbonizado e sem a arcada superior dentária. Não foi possível determinar o sexo da vítima, mas as autoridades pensam que é uma mulher, por causa da sua estatura. "Ninguém está reclamando esse corpo, isso está chamando a atenção. Eu estou aqui há 13 anos e nunca encontrei um corpo nessa condição", disse o chefe da polícia de Cachoeira Paulista, Mário Celso Ribeiro Fenne.
As autoridades pediram o exame de ADN para ver se é ou não Eliza, a jovem de 25 anos que terá tido um filho com Bruno. Num depoimento na polícia, Fernanda Castro, outra alegada amante do jogador, admitiu ter cuidado do bebé nos dias que antecederam o desaparecimento de Eliza, mas negou ter estado em contacto com ela. O depoimento que contradiz a informação recolhida no Palace Hotel, em Contagem, onde deram entrada seis pessoas - entre as quais, segundo a polícia, Fernanda e Eliza.
Além de Bruno, há outras seis pessoas detidas, suspeitas da morte da jovem. Um deles, conhecido como "Macarrão", tinha acusado dois polícias de agressão durante um depoimento. "Ele apanhou. Tomou um tapa pelo peito afora e foi jogado ao chão", disse o advogado Ércio Quaresma, que defende também o guarda-redes. Mas, ontem, os primeiros resultados da perícia a Luiz Henrique Romão, o amigo de Bruno, revelaram não ter existido agressão.
In DN
Hoje
Autoridades pediram teste de ADN para saber se é ou não Eliza Samudio, ex-amante do guarda-redes Bruno, do Flamengo
A polícia de Minas Gerais pediu um exame de ADN a um corpo carbonizado encontrado em finais de Junho em Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo. O objectivo é saber se é ou não o de Eliza Samudio, a ex-amante do guarda-redes do Flamengo, Bruno Fernandes, que desapareceu de Belo Horizonte no início de Junho. O jogador está detido, junto com seis amigos e familiares, suspeito de ter ordenado a sua morte.
Segundo a TV Globo, o corpo foi encontrado no dia 26 de Junho, totalmente carbonizado e sem a arcada superior dentária. Não foi possível determinar o sexo da vítima, mas as autoridades pensam que é uma mulher, por causa da sua estatura. "Ninguém está reclamando esse corpo, isso está chamando a atenção. Eu estou aqui há 13 anos e nunca encontrei um corpo nessa condição", disse o chefe da polícia de Cachoeira Paulista, Mário Celso Ribeiro Fenne.
As autoridades pediram o exame de ADN para ver se é ou não Eliza, a jovem de 25 anos que terá tido um filho com Bruno. Num depoimento na polícia, Fernanda Castro, outra alegada amante do jogador, admitiu ter cuidado do bebé nos dias que antecederam o desaparecimento de Eliza, mas negou ter estado em contacto com ela. O depoimento que contradiz a informação recolhida no Palace Hotel, em Contagem, onde deram entrada seis pessoas - entre as quais, segundo a polícia, Fernanda e Eliza.
Além de Bruno, há outras seis pessoas detidas, suspeitas da morte da jovem. Um deles, conhecido como "Macarrão", tinha acusado dois polícias de agressão durante um depoimento. "Ele apanhou. Tomou um tapa pelo peito afora e foi jogado ao chão", disse o advogado Ércio Quaresma, que defende também o guarda-redes. Mas, ontem, os primeiros resultados da perícia a Luiz Henrique Romão, o amigo de Bruno, revelaram não ter existido agressão.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
'Deixo ao meu sucessor um Brasil mais sólido e justo'
'Deixo ao meu sucessor um Brasil mais sólido e justo'
por DN.pt
Hoje
Lula da Silva passou em revista os seus oito anos de mandato numa entrevista publicada na edição de hoje do Diário Económico. E garantiu que o Brasil cresceu muito durante a sua gerência, pelo que está convencido de que em 2011, quando terminar o mandato, o seu sucessor vai encontrar um país bem melhor.
'Deixo ao meu sucessor um país infinitamente mais sólido, justo e democrático', referiu, enumerando depois alguns aspectos: 'O salário dos trabalhadores está crescendo, a pobreza recuou muito. E, sobretudo, o Brasil ganhou respeitabilidade no mundo e auto-estima no plano interno. Deixo o país mais preparado para continuar dando um salto de qualidade. Se continuarmos crescendo nesse ritmo actual ao longo dos próximos anos, estaremos entre as cinco maiores economias do mundo em 2016, ano da Olimpíada do Rio'.
O presidente brasileiro confessou que só depois de deixar o cargo irá fazer uma análise detalhada do seu trabalho. 'Na reflexão que fizer depois do meu mandato, vou perceber o que deveria fazer e não fiz. O líder espanhol Felipe González costuma dizer que ex-presidente é como vaso chinês. Enquanto está no poder é posto no lugar mais nobre da sala. Depois, ninguém nunca sabe o que fazer com ele. Para mim, o melhor ex-presidente é o que não dá palpite. Eu quero ser o melhor ex-presidente', apontou, lamentando não ter conseguido fazer a reforma tributária que pretendia.
A cinco meses de deixar o cargo, Lula da Silva garantiu que vai lutar por um Brasil melhor: 'A partir de 1 de Janeiro de 2011, serei um militante do meu partido, o PT, e vou batalhar junto ao Congresso nacional pela reforma política todo o dia'.
A partir de Agosto, Lula da Silva vai assumir a presidência da Mercosul (Mercado Comum do Sul). E já tem planos. 'Vou buscar a consolidação do acordo comercial com a União Europeia. O grande obstáculo ao acordo é a França, com a velha questão do proteccionismo à agricultura. Vou conversar com Nicolas Sarkozy e chegar a um consenso'.
O presidente brasileiro abordou ainda a crise económica na Europa com algumas críticas. 'A Europa não aceitou que déssemos palpites na crise deles, embora eles sempre tenham dado nas nossas (...) demoraram muito a ajudar a Grécia, um país pequeno que não poderia ter causado o impacto que causou'.
Lula da Silva deixou depois um exemplo curioso quando questionado sobre a sua política dos gastos públicos. 'Trato a questão do gasto público com a maior seriedade, tendo por base a minha história pessoal. Sou casado há 36 anos e nunca fiz uma despesa que não pudesse pagar. Só comprei TV a cores quando podia. Assim faço com o Brasil. Digo que não governo o Brasil, mas cuido do Brasil, assim como cuido da família'.
O Brasil vai organizar o Campeonato do Mundo de futebol em 2014. E Lula garantiu que os brasileiros 'vão fazer uma bela Copa do Mundo'. 'Reservamos 176 milhões para cada Estado com cidades-sede. Outros 2,5 mil milhões estão garantidos para a reforma dos aeroportos', disse.
Lula falou também da sua política contra a violência. 'Nunca houve um governo federal que tenha repassado tanto dinheiro aos Estados para apoiar o combate da violência como o nosso (...) na minha avaliação, a segurança deve ser construída mais com inteligência do que com a força'.
In DN
por DN.pt
Hoje
Lula da Silva passou em revista os seus oito anos de mandato numa entrevista publicada na edição de hoje do Diário Económico. E garantiu que o Brasil cresceu muito durante a sua gerência, pelo que está convencido de que em 2011, quando terminar o mandato, o seu sucessor vai encontrar um país bem melhor.
'Deixo ao meu sucessor um país infinitamente mais sólido, justo e democrático', referiu, enumerando depois alguns aspectos: 'O salário dos trabalhadores está crescendo, a pobreza recuou muito. E, sobretudo, o Brasil ganhou respeitabilidade no mundo e auto-estima no plano interno. Deixo o país mais preparado para continuar dando um salto de qualidade. Se continuarmos crescendo nesse ritmo actual ao longo dos próximos anos, estaremos entre as cinco maiores economias do mundo em 2016, ano da Olimpíada do Rio'.
O presidente brasileiro confessou que só depois de deixar o cargo irá fazer uma análise detalhada do seu trabalho. 'Na reflexão que fizer depois do meu mandato, vou perceber o que deveria fazer e não fiz. O líder espanhol Felipe González costuma dizer que ex-presidente é como vaso chinês. Enquanto está no poder é posto no lugar mais nobre da sala. Depois, ninguém nunca sabe o que fazer com ele. Para mim, o melhor ex-presidente é o que não dá palpite. Eu quero ser o melhor ex-presidente', apontou, lamentando não ter conseguido fazer a reforma tributária que pretendia.
A cinco meses de deixar o cargo, Lula da Silva garantiu que vai lutar por um Brasil melhor: 'A partir de 1 de Janeiro de 2011, serei um militante do meu partido, o PT, e vou batalhar junto ao Congresso nacional pela reforma política todo o dia'.
A partir de Agosto, Lula da Silva vai assumir a presidência da Mercosul (Mercado Comum do Sul). E já tem planos. 'Vou buscar a consolidação do acordo comercial com a União Europeia. O grande obstáculo ao acordo é a França, com a velha questão do proteccionismo à agricultura. Vou conversar com Nicolas Sarkozy e chegar a um consenso'.
O presidente brasileiro abordou ainda a crise económica na Europa com algumas críticas. 'A Europa não aceitou que déssemos palpites na crise deles, embora eles sempre tenham dado nas nossas (...) demoraram muito a ajudar a Grécia, um país pequeno que não poderia ter causado o impacto que causou'.
Lula da Silva deixou depois um exemplo curioso quando questionado sobre a sua política dos gastos públicos. 'Trato a questão do gasto público com a maior seriedade, tendo por base a minha história pessoal. Sou casado há 36 anos e nunca fiz uma despesa que não pudesse pagar. Só comprei TV a cores quando podia. Assim faço com o Brasil. Digo que não governo o Brasil, mas cuido do Brasil, assim como cuido da família'.
O Brasil vai organizar o Campeonato do Mundo de futebol em 2014. E Lula garantiu que os brasileiros 'vão fazer uma bela Copa do Mundo'. 'Reservamos 176 milhões para cada Estado com cidades-sede. Outros 2,5 mil milhões estão garantidos para a reforma dos aeroportos', disse.
Lula falou também da sua política contra a violência. 'Nunca houve um governo federal que tenha repassado tanto dinheiro aos Estados para apoiar o combate da violência como o nosso (...) na minha avaliação, a segurança deve ser construída mais com inteligência do que com a força'.
In DN
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UNESCO classifica mais 21 bens
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UNESCO classifica mais 21 bens
por MARINA MARQUES
Hoje
A Praça de S. Francisco, no Nordeste do Brasil, é o 23.º bem de origem portuguesa classificado
A Praça de São Francisco, em São Cristóvão, no estado de Sergipe, no Nordeste brasileiro, foi um dos 21 bens aprovados como Património Mundial durante o encontro anual do Comité do Património Mundial da UNESCO, que na terça-feira terminou em Brasília.
O Brasil passa assim a contar com 18 bens Património Mundial e Portugal junta aos 13 locais em território nacional o 23.º bem de origem portuguesa no mundo com esta distinção da UNESCO.
Esta não foi a única boa notícia para Portugal. A aprovação da candidatura espanhola no sentido de ser criada a extensão da zona rupestre de Siega Verde, em Espanha, na contiguidade com o Parque Arqueológico do Vale do Côa, foi uma decisão muita aguarda pelos responsáveis do Parque e do Igespar. A par da inauguração do Museu do Côa, na sexta-feira, a aprovação desta extensão confere um carácter internacional ao Parque. Pelo caminho ficou a proposta conjunta de Portugal e Espanha para os vestígios da actividade de dinossauros na Península Ibérica (ver caixa em baixo).
De entre as 39 candidaturas apresentadas para análise na 34.ª sessão da organização, foram classificados 21 novos sítios - 15 culturais, 5 naturais e e um misto (ver caixa ao lado) -, passando a lista de Património Mundial da UNESCO a contemplar 911 bens.
"Uma vitória do povo de Sergipe e em particular do povo de São Cristóvão, por conservar a praça de forma positiva e a reconhecer como um bem da cidade e do Estado", afirmou o ministro da Cultura brasileira, Juca Ferreira, ao comentar a inclusão da Praça de São Francisco na lista de Património Mundial. Construída entre o final do século XVI e o início do século XVII, fica na quarta cidade mais antiga do Brasil e primeira capital do estado de Sergipe. Apesar de o Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios (Icomos) ter dado parecer negativo à candidatura, apresentada em Março de 2007, a praça acabou por conseguir a aprovação do comité, por unanimidade.
"Essa praça é a melhor representação, no Brasil, do período em que Portugal e Espanha se fundiram em uma só Coroa", salientou o ministro da Cultura brasileira.
Estas 21 novas classificações significam também a estreia de três países enquanto palco de bens incluídos na lista de Património Mundial. É o caso do arquipélago de Kitibati e das ilhas Marshall, ambas no Pacífico Sul, e do Tajiquistão (uma das ex-repúblicas da União Soviética).
O resultado deste encontro foi também favorável para as ilhas Galápagos. Desde 2007 incluídas na lista de bens em risco de conservação devido à introdução de espécies invasivas, desenvolvimento desregrado da actividade turística e piscatória, o comité reconheceu agora os esforços do Governo equatoriano no sentido de minimizar essas ameaças. O Parque Natural Ngorongoro, na Tanzânia, classificado como Património Natural desde 1979, foi reconhecido também como bem cultural.
Na conferência de imprensa realizada no final dos trabalhos, Francesco Bandarin, da direcção da UNESCO, considerou que o maior ganho da reunião de Brasília foi a ampliação dos sítios naturais. "Com a estreia do Tajiquistão, das ilhas Marshall e o arquipélago Kiribati duplicámos a superfície da área protegida do planeta. Só o sítio de Kiribati tem mais de 400 mil km2", afirmou.
In DN
UNESCO classifica mais 21 bens
por MARINA MARQUES
Hoje
A Praça de S. Francisco, no Nordeste do Brasil, é o 23.º bem de origem portuguesa classificado
A Praça de São Francisco, em São Cristóvão, no estado de Sergipe, no Nordeste brasileiro, foi um dos 21 bens aprovados como Património Mundial durante o encontro anual do Comité do Património Mundial da UNESCO, que na terça-feira terminou em Brasília.
O Brasil passa assim a contar com 18 bens Património Mundial e Portugal junta aos 13 locais em território nacional o 23.º bem de origem portuguesa no mundo com esta distinção da UNESCO.
Esta não foi a única boa notícia para Portugal. A aprovação da candidatura espanhola no sentido de ser criada a extensão da zona rupestre de Siega Verde, em Espanha, na contiguidade com o Parque Arqueológico do Vale do Côa, foi uma decisão muita aguarda pelos responsáveis do Parque e do Igespar. A par da inauguração do Museu do Côa, na sexta-feira, a aprovação desta extensão confere um carácter internacional ao Parque. Pelo caminho ficou a proposta conjunta de Portugal e Espanha para os vestígios da actividade de dinossauros na Península Ibérica (ver caixa em baixo).
De entre as 39 candidaturas apresentadas para análise na 34.ª sessão da organização, foram classificados 21 novos sítios - 15 culturais, 5 naturais e e um misto (ver caixa ao lado) -, passando a lista de Património Mundial da UNESCO a contemplar 911 bens.
"Uma vitória do povo de Sergipe e em particular do povo de São Cristóvão, por conservar a praça de forma positiva e a reconhecer como um bem da cidade e do Estado", afirmou o ministro da Cultura brasileira, Juca Ferreira, ao comentar a inclusão da Praça de São Francisco na lista de Património Mundial. Construída entre o final do século XVI e o início do século XVII, fica na quarta cidade mais antiga do Brasil e primeira capital do estado de Sergipe. Apesar de o Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios (Icomos) ter dado parecer negativo à candidatura, apresentada em Março de 2007, a praça acabou por conseguir a aprovação do comité, por unanimidade.
"Essa praça é a melhor representação, no Brasil, do período em que Portugal e Espanha se fundiram em uma só Coroa", salientou o ministro da Cultura brasileira.
Estas 21 novas classificações significam também a estreia de três países enquanto palco de bens incluídos na lista de Património Mundial. É o caso do arquipélago de Kitibati e das ilhas Marshall, ambas no Pacífico Sul, e do Tajiquistão (uma das ex-repúblicas da União Soviética).
O resultado deste encontro foi também favorável para as ilhas Galápagos. Desde 2007 incluídas na lista de bens em risco de conservação devido à introdução de espécies invasivas, desenvolvimento desregrado da actividade turística e piscatória, o comité reconheceu agora os esforços do Governo equatoriano no sentido de minimizar essas ameaças. O Parque Natural Ngorongoro, na Tanzânia, classificado como Património Natural desde 1979, foi reconhecido também como bem cultural.
Na conferência de imprensa realizada no final dos trabalhos, Francesco Bandarin, da direcção da UNESCO, considerou que o maior ganho da reunião de Brasília foi a ampliação dos sítios naturais. "Com a estreia do Tajiquistão, das ilhas Marshall e o arquipélago Kiribati duplicámos a superfície da área protegida do planeta. Só o sítio de Kiribati tem mais de 400 mil km2", afirmou.
In DN
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Amante de Bruno detida e acusados em prisão preventiva
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Amante de Bruno detida e acusados em prisão preventiva
por Lusa
Hoje
Fernanda Gomes de Castro era a única acusada que estava em liberdade no caso em que é protagonista o guarda-redes do Flamengo
A amante do guarda-redes do Flamengo Bruno Fernandes, suspeito do homicídio da ex-noiva Eliza Samudio, foi detida na quinta feira, revela hoje a imprensa brasileira.
Fernanda Gomes de Castro era a única acusada pelo desaparecimento de Eliza Samudio que estava em liberdade.
A amante do guarda-redes, entretanto suspenso pelo Flamengo, foi presa em Ribeirão das Neves, na casa do pai de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito do jogador, indica o jornal 'Estado de S. Paulo' na sua página online.
Entretanto, a juíza acatou quinta feira o pedido do Ministério Público Estadual contra Bruno e outros oito acusados pelo desaparecimento de Eliza Samudio e decretou a prisão preventiva de todos os suspeitos.
Os acusados, que passaram assim oficialmente à condição de réus, estavam em prisão temporária, que terminaria hoje se a juíza não tivesse decretado a prisão preventiva.
O corpo de Eliza ainda não foi encontrado, mas a polícia não tem dúvidas de que ela foi assassinada a mando de Bruno, afirma o jornal.
O MP acusou o guarda-redes e sete pessoas - incluindo Macarrão, Fernanda e Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher de Bruno - por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, uso de crueldade e sem possibilidade de defesa da vítima), ocultação de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado.
In DN
Amante de Bruno detida e acusados em prisão preventiva
por Lusa
Hoje
Fernanda Gomes de Castro era a única acusada que estava em liberdade no caso em que é protagonista o guarda-redes do Flamengo
A amante do guarda-redes do Flamengo Bruno Fernandes, suspeito do homicídio da ex-noiva Eliza Samudio, foi detida na quinta feira, revela hoje a imprensa brasileira.
Fernanda Gomes de Castro era a única acusada pelo desaparecimento de Eliza Samudio que estava em liberdade.
A amante do guarda-redes, entretanto suspenso pelo Flamengo, foi presa em Ribeirão das Neves, na casa do pai de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito do jogador, indica o jornal 'Estado de S. Paulo' na sua página online.
Entretanto, a juíza acatou quinta feira o pedido do Ministério Público Estadual contra Bruno e outros oito acusados pelo desaparecimento de Eliza Samudio e decretou a prisão preventiva de todos os suspeitos.
Os acusados, que passaram assim oficialmente à condição de réus, estavam em prisão temporária, que terminaria hoje se a juíza não tivesse decretado a prisão preventiva.
O corpo de Eliza ainda não foi encontrado, mas a polícia não tem dúvidas de que ela foi assassinada a mando de Bruno, afirma o jornal.
O MP acusou o guarda-redes e sete pessoas - incluindo Macarrão, Fernanda e Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, mulher de Bruno - por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, uso de crueldade e sem possibilidade de defesa da vítima), ocultação de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado.
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Debate eleitoral perdeu para um jogo de futebol
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Debate eleitoral perdeu para um jogo de futebol
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Dilma Rousseff esteve nervosa no início do confronto televisivo entre candidatos à presidência, mas recuperou face a José Serra.
Nem Dilma Rousseff nem José Serra. O primeiro debate entre os candidatos à presidência do Brasil, transmitido pela TV Bandeirantes na noite de quinta-feira (madrugada de ontem em Lisboa), evitou os temas polémicos e nenhum dos intervenientes se destacou. A haver um vencedor na noite foi o jogo de futebol da Taça dos Libertadores (entre São Paulo e Libertadores), cuja transmissão na TV Globo teve sete vezes mais telespectadores.
A ex-ministra da Casa Civil começou o frente-a-frente mais nervosa - não é de estranhar, já que era o seu primeiro debate, nunca tendo antes sido candidata a um cargo electivo. Mas, à medida que o tempo foi passando, Dilma Rousseff ganhou terreno face ao experiente ex-governador de São Paulo.
A candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) optou por atacar a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que Serra é sucessor no Partido da Social Democracia Brasileira. Este disse que não devia passar-se o tempo a "olhar pelo retrovisor", tendo Dilma respondido não achar "prudente esquecer o passado".
A ex-ministra só citou Lula - o mentor e principal impulsionador da sua candidatura - quando já tinha passado mais de uma hora do debate, tendo antes disso usado a palavra "nós" para se referir aos resultados positivos do actual Governo. Por seu lado, Serra não usou todos os seus trunfos, deixando de lado, por exemplo, as acusações que têm vindo a ser feitas de que o PT teria ligações à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Os dois principais candidatos não estavam sozinhos no palco. A aposta do Partido Verde, a ex-senadora Marina Silva, acabou por não se destacar, face à presença de Plínio de Arruda - que como ela pertenceu ao Partido dos Trabalhadores. Primeiro porque o candidato do Partido Socialismo e Liberdade, de 80 anos, usou do humor e ironia para criticar os rivais - chamou Serra, ex-ministro da Saúde, de "hipocondríaco" porque insistiu neste tema; depois por ser um candidato com propostas de extrema-esquerda, tirou espaço à ex-senadora e beneficiou, segundo os analistas, Dilma Rousseff.
In DN
Debate eleitoral perdeu para um jogo de futebol
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Dilma Rousseff esteve nervosa no início do confronto televisivo entre candidatos à presidência, mas recuperou face a José Serra.
Nem Dilma Rousseff nem José Serra. O primeiro debate entre os candidatos à presidência do Brasil, transmitido pela TV Bandeirantes na noite de quinta-feira (madrugada de ontem em Lisboa), evitou os temas polémicos e nenhum dos intervenientes se destacou. A haver um vencedor na noite foi o jogo de futebol da Taça dos Libertadores (entre São Paulo e Libertadores), cuja transmissão na TV Globo teve sete vezes mais telespectadores.
A ex-ministra da Casa Civil começou o frente-a-frente mais nervosa - não é de estranhar, já que era o seu primeiro debate, nunca tendo antes sido candidata a um cargo electivo. Mas, à medida que o tempo foi passando, Dilma Rousseff ganhou terreno face ao experiente ex-governador de São Paulo.
A candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) optou por atacar a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que Serra é sucessor no Partido da Social Democracia Brasileira. Este disse que não devia passar-se o tempo a "olhar pelo retrovisor", tendo Dilma respondido não achar "prudente esquecer o passado".
A ex-ministra só citou Lula - o mentor e principal impulsionador da sua candidatura - quando já tinha passado mais de uma hora do debate, tendo antes disso usado a palavra "nós" para se referir aos resultados positivos do actual Governo. Por seu lado, Serra não usou todos os seus trunfos, deixando de lado, por exemplo, as acusações que têm vindo a ser feitas de que o PT teria ligações à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Os dois principais candidatos não estavam sozinhos no palco. A aposta do Partido Verde, a ex-senadora Marina Silva, acabou por não se destacar, face à presença de Plínio de Arruda - que como ela pertenceu ao Partido dos Trabalhadores. Primeiro porque o candidato do Partido Socialismo e Liberdade, de 80 anos, usou do humor e ironia para criticar os rivais - chamou Serra, ex-ministro da Saúde, de "hipocondríaco" porque insistiu neste tema; depois por ser um candidato com propostas de extrema-esquerda, tirou espaço à ex-senadora e beneficiou, segundo os analistas, Dilma Rousseff.
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Duarte Lima não solicitou ser ouvido por carta rogatória
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Duarte Lima não solicitou ser ouvido por carta rogatória
por Lusa
Hoje
Domingos Duarte Lima, ex-líder do grupo parlamentar do PSD, está a ser investigado pela polícia no Brasil no âmbito do assassínio da portuguesa Rosalina Ribeiro
Domingos Duarte Lima declarou que não solicitou às autoridades policiais brasileiras para ser ouvido em carta rogatória no caso do assassínio em 2009, no Brasil, da sua cliente Rosalina Ribeiro, segundo nota divulgada pelo advogado português à comunicação social.
'Como é natural e tendo sido uma das últimas pessoas que se encontrou com a Sra. Dona Rosalina Ribeiro no dia do seu desaparecimento, as autoridades brasileiras quiseram ouvir o meu testemunho, testemunho este que prestei na devida altura. Não tem por isso fundamento qualquer referência, como aquela na aludida notícia, de que solicitei para ser ouvido em carta rogatória', lê-se no comunicado enviado à Agência Lusa.
A imprensa portuguesa divulgou que Domingos Duarte Lima, ex-líder do grupo parlamentar do PSD, está a ser investigado pela polícia no Brasil no âmbito do assassínio da portuguesa Rosalina Ribeiro e que o advogado teria se disponibilizado para responder as questões das autoridades brasileiras através de carta rogatória.
Na nota, o advogado confirma também que teve uma reunião de negócios com Rosalina Ribeiro, a pedido da própria, a 07 de Dezembro -- dia em que foi assassinada - e que só soube do desaparecimento da sua cliente dias depois, quando já estava em Portugal.
Rosalina Ribeiro, que morava no Rio de Janeiro, foi dada como desaparecida e, posteriormente, foi encontrada morta com dois tiros em Saquarema, na Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, e o seu corpo permaneceu no Instituto de Medicina Legal (IML) de Cabo Frio durante doze dias até ser reconhecido por amigos.
Rosalina Ribeiro estava a disputar na Justiça brasileira com a filha do seu companheiro, o português Lúcio Feteira (falecido em 2000), uma herança milionária e Duarte Lima era o seu advogado.
No comunicado, o advogado diz que, por iniciativa própria, enviou 'uma comunicação escrita às autoridades brasileiras, dando nota detalhada do encontro' que tivera com a sua cliente, no sentido de ajudar as autoridades reconstituírem o último dia em que sua cliente fora vista.
Domingos Duarte Lima diz ainda na nota que foi informado no dia 21 de Dezembro de que a sua cliente fora encontrada e 'havia sido vítima de uma morte violenta'.
In DN
Duarte Lima não solicitou ser ouvido por carta rogatória
por Lusa
Hoje
Domingos Duarte Lima, ex-líder do grupo parlamentar do PSD, está a ser investigado pela polícia no Brasil no âmbito do assassínio da portuguesa Rosalina Ribeiro
Domingos Duarte Lima declarou que não solicitou às autoridades policiais brasileiras para ser ouvido em carta rogatória no caso do assassínio em 2009, no Brasil, da sua cliente Rosalina Ribeiro, segundo nota divulgada pelo advogado português à comunicação social.
'Como é natural e tendo sido uma das últimas pessoas que se encontrou com a Sra. Dona Rosalina Ribeiro no dia do seu desaparecimento, as autoridades brasileiras quiseram ouvir o meu testemunho, testemunho este que prestei na devida altura. Não tem por isso fundamento qualquer referência, como aquela na aludida notícia, de que solicitei para ser ouvido em carta rogatória', lê-se no comunicado enviado à Agência Lusa.
A imprensa portuguesa divulgou que Domingos Duarte Lima, ex-líder do grupo parlamentar do PSD, está a ser investigado pela polícia no Brasil no âmbito do assassínio da portuguesa Rosalina Ribeiro e que o advogado teria se disponibilizado para responder as questões das autoridades brasileiras através de carta rogatória.
Na nota, o advogado confirma também que teve uma reunião de negócios com Rosalina Ribeiro, a pedido da própria, a 07 de Dezembro -- dia em que foi assassinada - e que só soube do desaparecimento da sua cliente dias depois, quando já estava em Portugal.
Rosalina Ribeiro, que morava no Rio de Janeiro, foi dada como desaparecida e, posteriormente, foi encontrada morta com dois tiros em Saquarema, na Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, e o seu corpo permaneceu no Instituto de Medicina Legal (IML) de Cabo Frio durante doze dias até ser reconhecido por amigos.
Rosalina Ribeiro estava a disputar na Justiça brasileira com a filha do seu companheiro, o português Lúcio Feteira (falecido em 2000), uma herança milionária e Duarte Lima era o seu advogado.
No comunicado, o advogado diz que, por iniciativa própria, enviou 'uma comunicação escrita às autoridades brasileiras, dando nota detalhada do encontro' que tivera com a sua cliente, no sentido de ajudar as autoridades reconstituírem o último dia em que sua cliente fora vista.
Domingos Duarte Lima diz ainda na nota que foi informado no dia 21 de Dezembro de que a sua cliente fora encontrada e 'havia sido vítima de uma morte violenta'.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"Isto foi tudo uma vigarice de Rosalina"
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"Isto foi tudo uma vigarice de Rosalina"
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
Parte da fortuna de Lúcio Tomé Feteira foi parar à conta de Duarte Lima, diz a filha do milionário, Olímpia Menezes, ao DN.
A filha do milionário Lúcio Tomé Feteira de Menezes acusa o advogado e ex-líder parlamentar do PSD, Duarte Lima, de ter ficado com mais de cinco milhões de euros da fortuna do pai dela. O valor alegadamente transferido é apenas uma fatia dos 25 milhões de euros que Rosalina Ribeiro terá desviado das contas do falecido, após a sua morte, através de um documento falso.
"Isto foi tudo uma vigarice que ela montou para ficar com o dinheiro do meu pai. Parte do dinheiro foi parar à conta de Duarte Lima", disse ao DN Olímpia de Menezes, que há dez anos trava uma luta para conseguir partilhar todos os bens que o pai deixou em testamento.
Segundo a engenheira, que desde cedo seguiu os negócios do pai, Rosalina foi sempre uma secretária, com quem o pai mantinha um relacionamento amoroso extraconjugal. "Eles não tiveram qualquer vida em comum, só nos últimos dois anos de vida é que ela aproveitou o facto de ele ter partido as pernas para estar mais próxima", conta.
Diz Olímpia que a vida do pai foi sempre ao lado da mulher, Adelaide, e que foi em jeito de "retribuição", que ele deixou 15% da quota disponível da sua herança (ver infografia) a Rosalina Ribeiro.
Meses após a morte de Lúcio Tomé Feteira, adianta ainda a única herdeira legítima viva, Rosalina terá "desfalcado" em 25 milhões de euros as contas de Lúcio em Portugal, Suíça, Brasil, Inglaterra e Estados Unidos. "Só na Suíça foram 9 milhões", explica. Olímpia apresentou queixa contra ela em Portugal.
As autoridades mandaram cartas rogatórias para a Suíça a fim de descobrir quem tinha movimentado o dinheiro. Conclusão: logo em Março de 2001, três meses após a morte do milionário, houve cinco transferências para as contas bancárias de Duarte Lima (ver caixa).
Os destinatários desses valores poderão ser uma chave para a resolução do crime que, em Dezembro, vitimou Rosalina - horas após uma conversa com Duarte Lima.
"Não sei quem a matou, mas foi alguém que a queria silenciar. Eu não fui!", responde ao DN Olímpia, que só quer ver todo o caso resolvido. A engenheira não acredita que os documentos que Rosalina trazia na noite do crime fossem um móbil. "Os documentos de que se fala referem-se a uma situação ainda passada no último ano de vida do meu pai", explica. Tratava-se de uma procuração falsa para a cedência de uns terrenos no Brasil. Olímpia terminou em 2004 uma guerra judicial com Rosalina no tribunal de Brasília. A ex-amante do pai tentou provar a "união estável" com Lúcio, após a sua morte, para herdar a parte que cabia à sua mulher legítima. Mas perdeu a causa.
O DN tentou várias vezes ao longo do dia contactar com Duarte Li-ma, sem sucesso. Na segunda-feira, Lima disse ao DN não poder adiantar nada sobre os processos de Rosalina por segredo profissional.
In DN
"Isto foi tudo uma vigarice de Rosalina"
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
Parte da fortuna de Lúcio Tomé Feteira foi parar à conta de Duarte Lima, diz a filha do milionário, Olímpia Menezes, ao DN.
A filha do milionário Lúcio Tomé Feteira de Menezes acusa o advogado e ex-líder parlamentar do PSD, Duarte Lima, de ter ficado com mais de cinco milhões de euros da fortuna do pai dela. O valor alegadamente transferido é apenas uma fatia dos 25 milhões de euros que Rosalina Ribeiro terá desviado das contas do falecido, após a sua morte, através de um documento falso.
"Isto foi tudo uma vigarice que ela montou para ficar com o dinheiro do meu pai. Parte do dinheiro foi parar à conta de Duarte Lima", disse ao DN Olímpia de Menezes, que há dez anos trava uma luta para conseguir partilhar todos os bens que o pai deixou em testamento.
Segundo a engenheira, que desde cedo seguiu os negócios do pai, Rosalina foi sempre uma secretária, com quem o pai mantinha um relacionamento amoroso extraconjugal. "Eles não tiveram qualquer vida em comum, só nos últimos dois anos de vida é que ela aproveitou o facto de ele ter partido as pernas para estar mais próxima", conta.
Diz Olímpia que a vida do pai foi sempre ao lado da mulher, Adelaide, e que foi em jeito de "retribuição", que ele deixou 15% da quota disponível da sua herança (ver infografia) a Rosalina Ribeiro.
Meses após a morte de Lúcio Tomé Feteira, adianta ainda a única herdeira legítima viva, Rosalina terá "desfalcado" em 25 milhões de euros as contas de Lúcio em Portugal, Suíça, Brasil, Inglaterra e Estados Unidos. "Só na Suíça foram 9 milhões", explica. Olímpia apresentou queixa contra ela em Portugal.
As autoridades mandaram cartas rogatórias para a Suíça a fim de descobrir quem tinha movimentado o dinheiro. Conclusão: logo em Março de 2001, três meses após a morte do milionário, houve cinco transferências para as contas bancárias de Duarte Lima (ver caixa).
Os destinatários desses valores poderão ser uma chave para a resolução do crime que, em Dezembro, vitimou Rosalina - horas após uma conversa com Duarte Lima.
"Não sei quem a matou, mas foi alguém que a queria silenciar. Eu não fui!", responde ao DN Olímpia, que só quer ver todo o caso resolvido. A engenheira não acredita que os documentos que Rosalina trazia na noite do crime fossem um móbil. "Os documentos de que se fala referem-se a uma situação ainda passada no último ano de vida do meu pai", explica. Tratava-se de uma procuração falsa para a cedência de uns terrenos no Brasil. Olímpia terminou em 2004 uma guerra judicial com Rosalina no tribunal de Brasília. A ex-amante do pai tentou provar a "união estável" com Lúcio, após a sua morte, para herdar a parte que cabia à sua mulher legítima. Mas perdeu a causa.
O DN tentou várias vezes ao longo do dia contactar com Duarte Li-ma, sem sucesso. Na segunda-feira, Lima disse ao DN não poder adiantar nada sobre os processos de Rosalina por segredo profissional.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Tribunal mantém Rosalina herdeira
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Tribunal mantém Rosalina herdeira
por LICÍNIO LIMA
Hoje
Filha do milionário Lúcio Tomé Feteira quis afastar da herança a mulher que foi amante do pai durante 30 anos.
A justiça portuguesa reconheceu a Rosalina Ribeiro, assassinada no Brasil a 7 de Dezembro, o seu direito à parte da herança deixada em testamento pelo milionário Lúcio Tomé Feteira. A acção no tribunal cível de Lisboa foi interposta pela filha do empresário de Vieira de Leira a contestar o direito aos 15% da quota disponível deixados à mulher que foi secretária e amante do seu pai durante mais de 30 anos. A decisão do tribunal foi proferida a 10 de Março deste ano, já a herdeira estava morta havia três meses, tinha então 74 anos.
O homicídio de que Rosalina Ribeiro foi vítima, em Saquarema, na região do Rio de Janeiro, terá por trás a disputa de uma avultada fortuna deixada pelo empresário Lúcio Tomé Feteira, falecido em 2000, em Lisboa, com 98 anos. A confrontarem-se estão Olímpia Feteira de Menezes, filha do milionário, e Rosalina Ribeiro, que o conheceu nos anos sessenta, tendo-se tornado sua secretária e amante durante mais de 30 anos.
Olímpia, hoje com 69 anos, tentou, através das vias judiciais portuguesas, afastar a amante do seu pai do testamento. A acção foi interposta em 2001 e teve o desfecho a 10 de Março último. O tribunal manteve Rosalina como testamenteira.
Mas os processos surgiram também no Brasil, onde a legislação reconhece as uniões de facto. Foi nesse contexto que Rosalina Ribeiro interpôs uma acção a declarar-se herdeira tão legítima quanto Olímpia, a filha do empresário, e a mulher deste, Adelaide Feteira, ainda viva quando o marido morreu. Rosalina alegou que durante cerca de 30 anos viveu em união de facto com Lúcio Feteira. Mas a 10.ª Vara do Tribunal de Família do Rio de Janeiro indeferiu. Os advogados de Olímpia demonstraram que Lúcio Tomé Feteira passava muito tempo junto de Adelaide.
Assim, Rosalina Ribeiro teria mesmo de se contentar com os 15%, da quota disponível, sendo que 5% foram deixados a uma sobrinha que cuidou de Adelaide, e 80% à junta de Freguesia de Vieira de Leiria para erigir uma Fundação com o nome do empresário.
Mas, segundo acusa Olímpia de Menezes, a antiga amante de seu pai, insatisfeita, logo após a morte deste, começou a levantar dinheiro das contas bancárias sediadas em vários países, tendo sacado, no total, cerca de 25 milhões, tendo transferido cerca de cinco milhões para o advogado Duarte Lima, alegadamente a título de honorários.
No seguimento, Olímpia apresentou vários processos contra Rosalina por burla, os quais ainda correm no Ministério Público de Lisboa. Duarte Lima, visto com Rosalina antes do homicídio, permanece em silêncio.
In DN
Tribunal mantém Rosalina herdeira
por LICÍNIO LIMA
Hoje
Filha do milionário Lúcio Tomé Feteira quis afastar da herança a mulher que foi amante do pai durante 30 anos.
A justiça portuguesa reconheceu a Rosalina Ribeiro, assassinada no Brasil a 7 de Dezembro, o seu direito à parte da herança deixada em testamento pelo milionário Lúcio Tomé Feteira. A acção no tribunal cível de Lisboa foi interposta pela filha do empresário de Vieira de Leira a contestar o direito aos 15% da quota disponível deixados à mulher que foi secretária e amante do seu pai durante mais de 30 anos. A decisão do tribunal foi proferida a 10 de Março deste ano, já a herdeira estava morta havia três meses, tinha então 74 anos.
O homicídio de que Rosalina Ribeiro foi vítima, em Saquarema, na região do Rio de Janeiro, terá por trás a disputa de uma avultada fortuna deixada pelo empresário Lúcio Tomé Feteira, falecido em 2000, em Lisboa, com 98 anos. A confrontarem-se estão Olímpia Feteira de Menezes, filha do milionário, e Rosalina Ribeiro, que o conheceu nos anos sessenta, tendo-se tornado sua secretária e amante durante mais de 30 anos.
Olímpia, hoje com 69 anos, tentou, através das vias judiciais portuguesas, afastar a amante do seu pai do testamento. A acção foi interposta em 2001 e teve o desfecho a 10 de Março último. O tribunal manteve Rosalina como testamenteira.
Mas os processos surgiram também no Brasil, onde a legislação reconhece as uniões de facto. Foi nesse contexto que Rosalina Ribeiro interpôs uma acção a declarar-se herdeira tão legítima quanto Olímpia, a filha do empresário, e a mulher deste, Adelaide Feteira, ainda viva quando o marido morreu. Rosalina alegou que durante cerca de 30 anos viveu em união de facto com Lúcio Feteira. Mas a 10.ª Vara do Tribunal de Família do Rio de Janeiro indeferiu. Os advogados de Olímpia demonstraram que Lúcio Tomé Feteira passava muito tempo junto de Adelaide.
Assim, Rosalina Ribeiro teria mesmo de se contentar com os 15%, da quota disponível, sendo que 5% foram deixados a uma sobrinha que cuidou de Adelaide, e 80% à junta de Freguesia de Vieira de Leiria para erigir uma Fundação com o nome do empresário.
Mas, segundo acusa Olímpia de Menezes, a antiga amante de seu pai, insatisfeita, logo após a morte deste, começou a levantar dinheiro das contas bancárias sediadas em vários países, tendo sacado, no total, cerca de 25 milhões, tendo transferido cerca de cinco milhões para o advogado Duarte Lima, alegadamente a título de honorários.
No seguimento, Olímpia apresentou vários processos contra Rosalina por burla, os quais ainda correm no Ministério Público de Lisboa. Duarte Lima, visto com Rosalina antes do homicídio, permanece em silêncio.
In DN
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"Morte encomendada" de Rosalina "prejudicou" herdeiros
.
"Morte encomendada" de Rosalina "prejudicou" herdeiros
por Lusa
Hoje
A filha do empresário Tomé Feteira não tem dúvidas de que a morte de Rosalina Ribeiro, secretária e companheira do pai, foi "encomendada" e que isso "prejudicou bastante" os herdeiros.
Em declarações à agência Lusa, Olímpia Feteira Menezes garantiu que a morte da companheira de Tomé Feteira "em nada a beneficiou" porque já havia provas concretas de que se tinha apoderado de parte do dinheiro do empresário, sendo sua intenção que ela justificasse na justiça porque o fez.
"Tem-me dado mais trabalho morta do que em vida", afirmou.
Olímpia Menezes, filha de uma relação extraconjugal do empresário, garantiu ainda que a morte de Rosalina Ribeiro "não interessou a nenhum dos muitos herdeiros, mais de 20, da parte da viúva" de Tomé Feteira.
"Ninguém tinha interesse na sua morte, pelo contrário, todos estavam contentes porque já tínhamos conseguido documentação que nos ajudava na batalha jurídica", adiantou.
Questionada sobre quem poderia ter interesse na morte de Rosalina Ribeiro, assassinada a 07 de Dezembro de 2009 no Rio de Janeiro, Olímpia Feteira limitou-se a reafirmar que o crime foi cometido por "alguém que a queria calar", restando agora à polícia brasileira descobrir "quem e porquê".
Aliás, a única filha de Tomé Feteira diz ter prestado declarações na polícia brasileira, por iniciativa própria, logo após o homicídio da também antiga secretária do pai.
Segundo a própria, Rosalina Ribeiro levantou muito dinheiro de várias contas do pai, após a morte de Tomé Feteira, em 2000, aos 98 anos de idade, "que de imediato transferiu" para outras, de outras pessoas.
Sobre a alegada transferência de mais de cinco milhões de euros para uma conta de Duarte Lima, advogado de Rosalina Ribeiro e uma das últimas pessoas a vê-la com vida, Olímpia Feteira não tem "qualquer justificação" para o procedimento.
Domingos Duarte Lima afirmou esta semana, numa nota enviada aos meios de comunicação, que já prestou declarações às autoridades brasileiras, o que considerou "natural", uma vez que foi "uma das últimas pessoas que se encontrou com a Sra. Dona Rosalina Ribeiro no dia do seu desaparecimento".
Rosalina Ribeiro estava a disputar na Justiça brasileira e portuguesa, com a filha do seu companheiro, uma herança milionária de Tomé Feteira. O empresário português tinha negócios em Portugal e também no Brasil.
In DN
"Morte encomendada" de Rosalina "prejudicou" herdeiros
por Lusa
Hoje
A filha do empresário Tomé Feteira não tem dúvidas de que a morte de Rosalina Ribeiro, secretária e companheira do pai, foi "encomendada" e que isso "prejudicou bastante" os herdeiros.
Em declarações à agência Lusa, Olímpia Feteira Menezes garantiu que a morte da companheira de Tomé Feteira "em nada a beneficiou" porque já havia provas concretas de que se tinha apoderado de parte do dinheiro do empresário, sendo sua intenção que ela justificasse na justiça porque o fez.
"Tem-me dado mais trabalho morta do que em vida", afirmou.
Olímpia Menezes, filha de uma relação extraconjugal do empresário, garantiu ainda que a morte de Rosalina Ribeiro "não interessou a nenhum dos muitos herdeiros, mais de 20, da parte da viúva" de Tomé Feteira.
"Ninguém tinha interesse na sua morte, pelo contrário, todos estavam contentes porque já tínhamos conseguido documentação que nos ajudava na batalha jurídica", adiantou.
Questionada sobre quem poderia ter interesse na morte de Rosalina Ribeiro, assassinada a 07 de Dezembro de 2009 no Rio de Janeiro, Olímpia Feteira limitou-se a reafirmar que o crime foi cometido por "alguém que a queria calar", restando agora à polícia brasileira descobrir "quem e porquê".
Aliás, a única filha de Tomé Feteira diz ter prestado declarações na polícia brasileira, por iniciativa própria, logo após o homicídio da também antiga secretária do pai.
Segundo a própria, Rosalina Ribeiro levantou muito dinheiro de várias contas do pai, após a morte de Tomé Feteira, em 2000, aos 98 anos de idade, "que de imediato transferiu" para outras, de outras pessoas.
Sobre a alegada transferência de mais de cinco milhões de euros para uma conta de Duarte Lima, advogado de Rosalina Ribeiro e uma das últimas pessoas a vê-la com vida, Olímpia Feteira não tem "qualquer justificação" para o procedimento.
Domingos Duarte Lima afirmou esta semana, numa nota enviada aos meios de comunicação, que já prestou declarações às autoridades brasileiras, o que considerou "natural", uma vez que foi "uma das últimas pessoas que se encontrou com a Sra. Dona Rosalina Ribeiro no dia do seu desaparecimento".
Rosalina Ribeiro estava a disputar na Justiça brasileira e portuguesa, com a filha do seu companheiro, uma herança milionária de Tomé Feteira. O empresário português tinha negócios em Portugal e também no Brasil.
In DN
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Polícia Judiciária poderá investigar morte de Rosalina
.
Polícia Judiciária poderá investigar morte de Rosalina
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
As autoridades pediram informações sobre o caso aos brasileiros. Se houver indícios contra Duarte Lima, pode haver inquérito.
A Polícia Judiciária pondera investigar a morte de Rosalina Ribeiro, a amante do milionário Lúcio Tomé Feteira, caso as informações das autoridades brasileiras indiciem o seu advogado e ex-deputado Duarte Lima como suspeito do homicídio.
"Foram solicitadas ao oficial de ligação brasileiro, em Portugal, informações sobre a investigação ao homicídio ocorrido em Dezembro no Brasil", disse ao DN uma fonte da Polícia Judiciária. A decisão foi tomada após a divulgação, por vários meios de comunicação social, de que a polícia brasileira teria levantado suspeitas sobre o ex--líder parlamentar do PSD Duarte Lima.
Ainda de acordo com a PJ, se as informações já recolhidas pela delegacia de homicídios do Rio de Janeiro "constituírem indícios suficientes" poderá ser aberto um inquérito ao caso. De acordo com o código penal, a lei portuguesa pode ser aplicada a crimes cometidos fora do território nacional, desde que os envolvidos sejam cidadãos portugueses e o suspeito esteja em território nacional.
Segundo a imprensa brasileira, a delegacia de homicídios enviou 14 perguntas ao advogado de Rosalina, Duarte Lima, mas permaneceram as dúvidas quanto ao objectivo da sua viagem. Rosalina Ribeiro, 72 anos, tinha já viagem de regresso a Portugal marcada para 12 de Dezembro e Duarte Lima deslocou-se ao Rio de Janeiro por três dias, partindo a dia 5.
O advogado já explicou, segunda-feira, que, cinco dias após o encontro com a cliente, avisou voluntariamente a polícia brasileira do seu desaparecimento através de e-mail. Na carta, que foi remetida à 9.ª Delegacia da Polícia do Rio de Janeiro, o ex-deputado afirmava que Rosalina Ribeiro lhe pediu para a deixar "junto do Hotel Jangada". Aí, Rosalina tinha à espera, "junto de uma viatura Honda de cor cinzenta", uma senhora que lhe foi apresentada como D. Gisele: "Era uma senhora de cabelos loiros, com óculos de aro escuro, com idade entre 45 e 50 anos e estatura mediana." Cerca de 45 minutos depois, a portuguesa era assassinada com dois tiros.
Segundo a revista Sábado, que falou com Cláudia, responsável pelo Hotel Jangada, a polícia brasileira analisou as imagens das câmaras de vigilância. "Viram tudo e ela [Rosalina Ribeiro] não esteve aqui nem nas redondezas." O advogado também não foi visto. "Nós temos várias câmaras lá fora e guardamos tudo. A polícia viu os vídeos e não encontrou nada. Nem lá fora nem esteve ninguém aqui hospedado", continua.
Esta terá sido uma das contradições encontradas pela polícia brasileira no depoimento enviado por Duarte Lima a 12 de Dezembro de 2009 e as investigações no local. Em Fevereiro, o advogado terá pedido o levantamento do sigilo profissional. Ao DN disse, segunda-feira, não ter sido mais contactado para nenhuma diligência e estar disposto a colaborar na descoberta da verdade.
Esta não é a primeira vez que o Ministério Público português abre um inquérito para investigar um crime cometido no estrangeiro. Em 2001, seis portugueses, entre os quais duas crianças, foram abatidos em Angola. Os corpos vieram para Portugal e as identidades chegaram a ser trocadas. Na altura suspeitava-se que os elementos da UNITA - os principais suspeitos do atentado que ficou conhecido como o Massacre de Ambriz - estariam em Portugal. Nada foi provado. Quatro anos depois, um antigo comandante da UNITA, José Pontes, confessou ser o responsável pelo massacre.
In DN
Polícia Judiciária poderá investigar morte de Rosalina
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
As autoridades pediram informações sobre o caso aos brasileiros. Se houver indícios contra Duarte Lima, pode haver inquérito.
A Polícia Judiciária pondera investigar a morte de Rosalina Ribeiro, a amante do milionário Lúcio Tomé Feteira, caso as informações das autoridades brasileiras indiciem o seu advogado e ex-deputado Duarte Lima como suspeito do homicídio.
"Foram solicitadas ao oficial de ligação brasileiro, em Portugal, informações sobre a investigação ao homicídio ocorrido em Dezembro no Brasil", disse ao DN uma fonte da Polícia Judiciária. A decisão foi tomada após a divulgação, por vários meios de comunicação social, de que a polícia brasileira teria levantado suspeitas sobre o ex--líder parlamentar do PSD Duarte Lima.
Ainda de acordo com a PJ, se as informações já recolhidas pela delegacia de homicídios do Rio de Janeiro "constituírem indícios suficientes" poderá ser aberto um inquérito ao caso. De acordo com o código penal, a lei portuguesa pode ser aplicada a crimes cometidos fora do território nacional, desde que os envolvidos sejam cidadãos portugueses e o suspeito esteja em território nacional.
Segundo a imprensa brasileira, a delegacia de homicídios enviou 14 perguntas ao advogado de Rosalina, Duarte Lima, mas permaneceram as dúvidas quanto ao objectivo da sua viagem. Rosalina Ribeiro, 72 anos, tinha já viagem de regresso a Portugal marcada para 12 de Dezembro e Duarte Lima deslocou-se ao Rio de Janeiro por três dias, partindo a dia 5.
O advogado já explicou, segunda-feira, que, cinco dias após o encontro com a cliente, avisou voluntariamente a polícia brasileira do seu desaparecimento através de e-mail. Na carta, que foi remetida à 9.ª Delegacia da Polícia do Rio de Janeiro, o ex-deputado afirmava que Rosalina Ribeiro lhe pediu para a deixar "junto do Hotel Jangada". Aí, Rosalina tinha à espera, "junto de uma viatura Honda de cor cinzenta", uma senhora que lhe foi apresentada como D. Gisele: "Era uma senhora de cabelos loiros, com óculos de aro escuro, com idade entre 45 e 50 anos e estatura mediana." Cerca de 45 minutos depois, a portuguesa era assassinada com dois tiros.
Segundo a revista Sábado, que falou com Cláudia, responsável pelo Hotel Jangada, a polícia brasileira analisou as imagens das câmaras de vigilância. "Viram tudo e ela [Rosalina Ribeiro] não esteve aqui nem nas redondezas." O advogado também não foi visto. "Nós temos várias câmaras lá fora e guardamos tudo. A polícia viu os vídeos e não encontrou nada. Nem lá fora nem esteve ninguém aqui hospedado", continua.
Esta terá sido uma das contradições encontradas pela polícia brasileira no depoimento enviado por Duarte Lima a 12 de Dezembro de 2009 e as investigações no local. Em Fevereiro, o advogado terá pedido o levantamento do sigilo profissional. Ao DN disse, segunda-feira, não ter sido mais contactado para nenhuma diligência e estar disposto a colaborar na descoberta da verdade.
Esta não é a primeira vez que o Ministério Público português abre um inquérito para investigar um crime cometido no estrangeiro. Em 2001, seis portugueses, entre os quais duas crianças, foram abatidos em Angola. Os corpos vieram para Portugal e as identidades chegaram a ser trocadas. Na altura suspeitava-se que os elementos da UNITA - os principais suspeitos do atentado que ficou conhecido como o Massacre de Ambriz - estariam em Portugal. Nada foi provado. Quatro anos depois, um antigo comandante da UNITA, José Pontes, confessou ser o responsável pelo massacre.
In DN
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Inês Pedrosa não conta com dinheiro do tio milionário
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Inês Pedrosa não conta com dinheiro do tio milionário
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
A escritora é sobrinha-bisneta da esposa de Lúcio Tomé Feteira, Adelaide Feteira. E é uma dos, pelo menos, 13 herdeiros que vão buscar a fortuna que o empresário milionário deixou à mulher
A escritora e directora da Casa Fernando Pessoa, Inês Pedrosa, é uma dos cerca de 13 herdeiros de mais de metade da fortuna do empresário Lúcio Tomé Feteira. Uma herança que está por partilhar há dez anos por causa de sucessivas batalhas judiciais.
"Nunca contei com isso, nem conto porque tem sido tudo muito complicado", disse ontem ao DN Inês Pedrosa no dia em que, por coincidência, comemorou o seu 48.º aniversário. Ela e o irmão Ricardo souberam que eram herdeiros da fortuna de Lúcio Tomé Feteira após a morte, em 2003, da tia Adelaide Guerra dos Santos, irmã da bisavó.
Eles e, pelo menos, outros 11 herdeiros vão buscar parte da herança de Adelaide Feteira, valor ao qual se somam os 33,35% a que ela teria direito por herança do marido. Lúcio e Adelaide eram casados em comunhão geral de bens, pelo que a fortuna dos dois tem de ser dividida a meio. Do valor dessa metade (duas partes iguais de 33,35% cada) destinavam-se a Adelaide e à única filha viva, Olímpia Feteira de Menezes. Os restantes 33,3 % foram deixados em testamento: 5% para uma sobrinha que sempre cuidou da mulher, Adelaide, 15% para a secretária e amante, Rosalina, que cuidou dele antes de morrer, e 80 % para a futura Fundação Família Tomé Feteira.
O número de herdeiros tem oscilado ao longo dos anos. Adelaide era fruto de um segundo casamento do pai, Dâmaso Luís Ribeiro, e tinha sobrinhos da sua idade. Ao longo dos últimos anos, alguns sucessores foram falecendo dando lugar a filhos e netos. Sem a quota parte da herança a que Adelaide iria receber do marido, a herança de Adelaide não pode ser contabilizada e partilhada.
"Ainda nem se conseguiu perceber a quantia, porque têm faltado documentos para fazer o inventário de todos os bens do meu tio", explica a escritora ao DN.
Quando Adelaide morreu, três anos após a morte do milionário, já corria no Brasil o processo instaurado por Rosalina Ribeiro, 74 anos - que queria ver reconhecida a "união estável" com Lúcio, a fim de ficar com a fortuna que cabia à sua mulher legítima, Adelaide.
"Fui chamada a uma reunião e foi-me comunicado que era herdeira, mas que corria um processo que estava a atrasar tudo", diz Inês. Foi neste encontro que conheceu Olímpia Feteira de Menezes, 69 anos, a filha do milionário nascida de uma relação extraconjugal. E que, em Portugal, pediu a anulação da deixa testamentária a favor de Rosalina.
"Eu soube da morte da senhora Rosalina em Dezembro, por causa do processo de herança, mas até pensava que tinha sido morta na sequência de um assalto", refere.
A escritora, cuja família está toda ligada ao fabrico de vidros de fábricas de Leiria, ainda se lembra das festas familiares onde encontrava a tia Adelaide. "Quando era pequena ainda via o meu tio Lúcio, mas depois a noção que eu tenho é que ele estava sempre fora."
"Os tempos eram outros, a minha tia sabia dos seus casos", refere a escritora.
In DN
Inês Pedrosa não conta com dinheiro do tio milionário
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
A escritora é sobrinha-bisneta da esposa de Lúcio Tomé Feteira, Adelaide Feteira. E é uma dos, pelo menos, 13 herdeiros que vão buscar a fortuna que o empresário milionário deixou à mulher
A escritora e directora da Casa Fernando Pessoa, Inês Pedrosa, é uma dos cerca de 13 herdeiros de mais de metade da fortuna do empresário Lúcio Tomé Feteira. Uma herança que está por partilhar há dez anos por causa de sucessivas batalhas judiciais.
"Nunca contei com isso, nem conto porque tem sido tudo muito complicado", disse ontem ao DN Inês Pedrosa no dia em que, por coincidência, comemorou o seu 48.º aniversário. Ela e o irmão Ricardo souberam que eram herdeiros da fortuna de Lúcio Tomé Feteira após a morte, em 2003, da tia Adelaide Guerra dos Santos, irmã da bisavó.
Eles e, pelo menos, outros 11 herdeiros vão buscar parte da herança de Adelaide Feteira, valor ao qual se somam os 33,35% a que ela teria direito por herança do marido. Lúcio e Adelaide eram casados em comunhão geral de bens, pelo que a fortuna dos dois tem de ser dividida a meio. Do valor dessa metade (duas partes iguais de 33,35% cada) destinavam-se a Adelaide e à única filha viva, Olímpia Feteira de Menezes. Os restantes 33,3 % foram deixados em testamento: 5% para uma sobrinha que sempre cuidou da mulher, Adelaide, 15% para a secretária e amante, Rosalina, que cuidou dele antes de morrer, e 80 % para a futura Fundação Família Tomé Feteira.
O número de herdeiros tem oscilado ao longo dos anos. Adelaide era fruto de um segundo casamento do pai, Dâmaso Luís Ribeiro, e tinha sobrinhos da sua idade. Ao longo dos últimos anos, alguns sucessores foram falecendo dando lugar a filhos e netos. Sem a quota parte da herança a que Adelaide iria receber do marido, a herança de Adelaide não pode ser contabilizada e partilhada.
"Ainda nem se conseguiu perceber a quantia, porque têm faltado documentos para fazer o inventário de todos os bens do meu tio", explica a escritora ao DN.
Quando Adelaide morreu, três anos após a morte do milionário, já corria no Brasil o processo instaurado por Rosalina Ribeiro, 74 anos - que queria ver reconhecida a "união estável" com Lúcio, a fim de ficar com a fortuna que cabia à sua mulher legítima, Adelaide.
"Fui chamada a uma reunião e foi-me comunicado que era herdeira, mas que corria um processo que estava a atrasar tudo", diz Inês. Foi neste encontro que conheceu Olímpia Feteira de Menezes, 69 anos, a filha do milionário nascida de uma relação extraconjugal. E que, em Portugal, pediu a anulação da deixa testamentária a favor de Rosalina.
"Eu soube da morte da senhora Rosalina em Dezembro, por causa do processo de herança, mas até pensava que tinha sido morta na sequência de um assalto", refere.
A escritora, cuja família está toda ligada ao fabrico de vidros de fábricas de Leiria, ainda se lembra das festas familiares onde encontrava a tia Adelaide. "Quando era pequena ainda via o meu tio Lúcio, mas depois a noção que eu tenho é que ele estava sempre fora."
"Os tempos eram outros, a minha tia sabia dos seus casos", refere a escritora.
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Milionário achava filha "terrível"
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Milionário achava filha "terrível"
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
Lúcio Tomé Feteira revelou aos médicos ter receio de que Olímpia se apoderasse de todos os seus bens
O empresário Lúcio Tomé Feteira, cuja herança milionária está a ser disputada há mais de dez anos, revelou temer que a filha Olímpia de Menezes se apoderasse dos seus bens quando morresse. Na avaliação psiquiátrica, que o DN consultou, Feteira disse ainda considerar a filha "terrível".
No documento, redigido a 26 de Novembro de Janeiro de 1999 - oito dias antes de fazer o testamento - Feteira queixa-se da filha, "que é terrível", "receando que esta não preste auxílio à sua esposa [Adelaide] e que aliene os seus bens patrimoniais", lê-se na avaliação psiquiátrica assinada pelos médicos Júlio Cartaxeiro Pêgo e Helena Silva Correia.
Já na carta que lhe enviou em 1991, e que o DN publicou sábado, se percebera a relação tortuosa entre pai e filha, muito por causa do dinheiro. Ao DN, Olímpia de Menezes explicou que esse mau relacionamento era provocado pelo "relacionamento que o pai mantinha com Rosalina", a secretária e amante assassinada em Dezembro no Rio de Janeiro, Brasil.
Foi o próprio Lúcio Feteira quem solicitou uma avaliação psiquiátrica antes de se deslocar a um cartório para registar o testamento. Temia que alguém impugnasse o documento e não fosse feita a sua vontade. Aos médicos, Lúcio resumiu em poucas palavras os seus 90 anos de vida, descrevendo-se como uma pessoa "amiga de fazer bem a todos". O relatório médico é um verdadeiro memorial.
Lembrou ter tido um irmão gémeo, que se suicidou aos 40 anos, e que antes de o pai o deixar trabalhar na fábrica de limas, em Vieira de Leiria, esteve em Angola ao serviço das Finanças e trabalhou com o general Norton de Matos. Foi com uma casa de café, em Luanda, que enriqueceu em apenas uma ano, contou. Regressou a Portugal aos 25 anos, casou cinco anos depois com Adelaide. E Olímpia foi fruto "de um pecadilho" que cometeu.
Revela ainda que as fábricas de vidro que fundou cresceram e desenvolveram-se desde Portugal e Brasil para outros países. Aos 60 anos, o milionário começou a liquidar empresas porque queria parar 70 anos.
"Manifesta gratidão por uma secretária", adiantam os médicos, sem nunca se referirem a Rosalina Ribeiro ou a uma amante. Lúcio revelou ainda um grande respeito pela legítima esposa, embora reconheça que passou cerca de 50 anos com a vida dividida entre Portugal e o Rio de Janeiro.
Terá sido por isso que, em testamento, deixou 5% da quota disponível a Emília, a sobrinha que ao longo de anos cuidou da sua esposa Adelaide .
No testamento, assinado a 3 de Fevereiro no n.º 21 da Rua Victor Cordon, em Lisboa, Lúcio fez-se acompanhar pelos médicos que assinaram a sua avaliação. No final do testamento, os peritos escreveram que "o testador não sofre de processo ou estado demencial ou outra área de saúde mental" que o impeça "de reger a sua pessoa e os seus bens". "Está em perfeito juízo", garantem os médicos. O testamento é ainda assinado pelo psiquiatra Ruy Albuquerque. Lúcio morre quase dois anos depois.
In DN
Milionário achava filha "terrível"
por SÓNIA SIMÕES
Hoje
Lúcio Tomé Feteira revelou aos médicos ter receio de que Olímpia se apoderasse de todos os seus bens
O empresário Lúcio Tomé Feteira, cuja herança milionária está a ser disputada há mais de dez anos, revelou temer que a filha Olímpia de Menezes se apoderasse dos seus bens quando morresse. Na avaliação psiquiátrica, que o DN consultou, Feteira disse ainda considerar a filha "terrível".
No documento, redigido a 26 de Novembro de Janeiro de 1999 - oito dias antes de fazer o testamento - Feteira queixa-se da filha, "que é terrível", "receando que esta não preste auxílio à sua esposa [Adelaide] e que aliene os seus bens patrimoniais", lê-se na avaliação psiquiátrica assinada pelos médicos Júlio Cartaxeiro Pêgo e Helena Silva Correia.
Já na carta que lhe enviou em 1991, e que o DN publicou sábado, se percebera a relação tortuosa entre pai e filha, muito por causa do dinheiro. Ao DN, Olímpia de Menezes explicou que esse mau relacionamento era provocado pelo "relacionamento que o pai mantinha com Rosalina", a secretária e amante assassinada em Dezembro no Rio de Janeiro, Brasil.
Foi o próprio Lúcio Feteira quem solicitou uma avaliação psiquiátrica antes de se deslocar a um cartório para registar o testamento. Temia que alguém impugnasse o documento e não fosse feita a sua vontade. Aos médicos, Lúcio resumiu em poucas palavras os seus 90 anos de vida, descrevendo-se como uma pessoa "amiga de fazer bem a todos". O relatório médico é um verdadeiro memorial.
Lembrou ter tido um irmão gémeo, que se suicidou aos 40 anos, e que antes de o pai o deixar trabalhar na fábrica de limas, em Vieira de Leiria, esteve em Angola ao serviço das Finanças e trabalhou com o general Norton de Matos. Foi com uma casa de café, em Luanda, que enriqueceu em apenas uma ano, contou. Regressou a Portugal aos 25 anos, casou cinco anos depois com Adelaide. E Olímpia foi fruto "de um pecadilho" que cometeu.
Revela ainda que as fábricas de vidro que fundou cresceram e desenvolveram-se desde Portugal e Brasil para outros países. Aos 60 anos, o milionário começou a liquidar empresas porque queria parar 70 anos.
"Manifesta gratidão por uma secretária", adiantam os médicos, sem nunca se referirem a Rosalina Ribeiro ou a uma amante. Lúcio revelou ainda um grande respeito pela legítima esposa, embora reconheça que passou cerca de 50 anos com a vida dividida entre Portugal e o Rio de Janeiro.
Terá sido por isso que, em testamento, deixou 5% da quota disponível a Emília, a sobrinha que ao longo de anos cuidou da sua esposa Adelaide .
No testamento, assinado a 3 de Fevereiro no n.º 21 da Rua Victor Cordon, em Lisboa, Lúcio fez-se acompanhar pelos médicos que assinaram a sua avaliação. No final do testamento, os peritos escreveram que "o testador não sofre de processo ou estado demencial ou outra área de saúde mental" que o impeça "de reger a sua pessoa e os seus bens". "Está em perfeito juízo", garantem os médicos. O testamento é ainda assinado pelo psiquiatra Ruy Albuquerque. Lúcio morre quase dois anos depois.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Duarte Lima quis ir ao funeral
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Duarte Lima quis ir ao funeral
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
Falta de voos de regresso a Portugal na altura do Natal terão impedido a presença do advogado português
"Duarte Lima quis vir ao funeral de D. Rosalina, mas, apesar de haver viagens para o Brasil, ele não conseguiu nenhuma de regresso a Portugal. Acabou por dizer que não vinha para poder passar o Natal com a sua família." Normando Ventura, o advogado brasileiro de Rosalina Ribeiro, diz recordar-se da preocupação com que o advogado português recebeu a notícia da morte, em Dezembro de 2009. Diz que Duarte Lima nem queria acreditar: "tem a certeza de que ela morreu, já viu o corpo?", perguntou o português.
O advogado brasileiro de Rosalina - a amante do milionário Lúcio Tomé Feteira, falecido em 2000 - não esquece o telefonema que fez ao seu colega português: "Lembro--me perfeitamente do momento em que lhe telefonei [a Duarte Lima] para lhe comunicar a morte da D. Rosalina. Ele perguntou-me se eu tinha a certeza e se já tinha visto o corpo, eu respondi-lhe que ainda não o tinha visto, mas que assim que estivesse no local lhe dizia qualquer coisa", disse o jurista brasileiro.
Normando Ventura disse ao DN que Duarte Lima mostrou interesse em estar presente nas cerimónias fúnebres - que se realizaram a 22 de Dezembro no Cemitério S. João Batista, em Botafogo. Tal não terá acontecido pela falta de voos de regresso a Portugal. "Falou-me sempre com grande pesar. Quando a informação foi confirmada e eu fui identificar o corpo, ele chegou mesmo a ponderar vir ao Brasil, mas se o fizesse não poderia passar o Natal com a família. Segundo o que ele me disse, não havia voos de volta para Portugal."
O DN tentou, sem sucesso, confirmar esta informação com o advogado português.
Rosalina da Silva Cardoso Ribeiro foi assassinada no dia 7 de Dezembro de 2009 com dois tiros, mas o seu corpo só viria a ser encontrado no dia 21, à beira de uma estrada em Saquarema, não muito longe de Maricá - o local onde, alegadamente, Duarte Lima a terá visto pela última vez.
Há anos que o processo da herança de Lúcio Feteira, empresário natural de Vieira de Leiria que fez fortuna no Brasil, se reveste de grandes dificuldades e contradições. Rosalina Ribeiro é considerada, por alguns, a amante do milionário e, por outros, uma espécie de esposa.
Recordando as conversas que sempre teve com Tomé Feteira, Normando Ventura explicou que o casamento deste com Adelaide nunca foi desfeito de forma legal, porque "nos anos 40, em Portugal, uma mulher divorciada não era vista com bons olhos e o senhor Tomé sempre quis proteger a sua ex-companheira dessa situação. Mas, a verdade, é que durante os anos subsequentes ele teve outros relacionamentos estáveis". Normando Ventura conta que o seu então cliente "chegou a viver com uma senhora de 30 anos, a dona Celeste". Rosalina foi a sua última mulher, e, apesar de já conhecer Tomé Feteira há alguns anos, "só se relacionaram após a morte de Celeste, nunca numa situação de amantes", revelou.
Em Portugal, Duarte Lima (que foi advogado de Lúcio Tomé Feteira) nunca representou Rosalina juridicamente, funcionando como um conselheiro. O poder da defesa oficial foi delegado num outro jurista, dado Duarte Lima ser na altura deputado.
Segundo Ventura, Rosalina nunca mostrou vontade em que o ex-líder do PSD saísse de cena. Bem pelo contrário. "Ele só não a representava legalmente porque era deputado e não podia acumular as duas funções, daí haver um outro advogado", disse, lembrando que "a dona Rosalina raramente fazia alguma coisa sem consultar o seu conselheiro português. Muitas vezes as minhas posições estavam certamente sujeitas à aprovação dele".
In DN
Duarte Lima quis ir ao funeral
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
Falta de voos de regresso a Portugal na altura do Natal terão impedido a presença do advogado português
"Duarte Lima quis vir ao funeral de D. Rosalina, mas, apesar de haver viagens para o Brasil, ele não conseguiu nenhuma de regresso a Portugal. Acabou por dizer que não vinha para poder passar o Natal com a sua família." Normando Ventura, o advogado brasileiro de Rosalina Ribeiro, diz recordar-se da preocupação com que o advogado português recebeu a notícia da morte, em Dezembro de 2009. Diz que Duarte Lima nem queria acreditar: "tem a certeza de que ela morreu, já viu o corpo?", perguntou o português.
O advogado brasileiro de Rosalina - a amante do milionário Lúcio Tomé Feteira, falecido em 2000 - não esquece o telefonema que fez ao seu colega português: "Lembro--me perfeitamente do momento em que lhe telefonei [a Duarte Lima] para lhe comunicar a morte da D. Rosalina. Ele perguntou-me se eu tinha a certeza e se já tinha visto o corpo, eu respondi-lhe que ainda não o tinha visto, mas que assim que estivesse no local lhe dizia qualquer coisa", disse o jurista brasileiro.
Normando Ventura disse ao DN que Duarte Lima mostrou interesse em estar presente nas cerimónias fúnebres - que se realizaram a 22 de Dezembro no Cemitério S. João Batista, em Botafogo. Tal não terá acontecido pela falta de voos de regresso a Portugal. "Falou-me sempre com grande pesar. Quando a informação foi confirmada e eu fui identificar o corpo, ele chegou mesmo a ponderar vir ao Brasil, mas se o fizesse não poderia passar o Natal com a família. Segundo o que ele me disse, não havia voos de volta para Portugal."
O DN tentou, sem sucesso, confirmar esta informação com o advogado português.
Rosalina da Silva Cardoso Ribeiro foi assassinada no dia 7 de Dezembro de 2009 com dois tiros, mas o seu corpo só viria a ser encontrado no dia 21, à beira de uma estrada em Saquarema, não muito longe de Maricá - o local onde, alegadamente, Duarte Lima a terá visto pela última vez.
Há anos que o processo da herança de Lúcio Feteira, empresário natural de Vieira de Leiria que fez fortuna no Brasil, se reveste de grandes dificuldades e contradições. Rosalina Ribeiro é considerada, por alguns, a amante do milionário e, por outros, uma espécie de esposa.
Recordando as conversas que sempre teve com Tomé Feteira, Normando Ventura explicou que o casamento deste com Adelaide nunca foi desfeito de forma legal, porque "nos anos 40, em Portugal, uma mulher divorciada não era vista com bons olhos e o senhor Tomé sempre quis proteger a sua ex-companheira dessa situação. Mas, a verdade, é que durante os anos subsequentes ele teve outros relacionamentos estáveis". Normando Ventura conta que o seu então cliente "chegou a viver com uma senhora de 30 anos, a dona Celeste". Rosalina foi a sua última mulher, e, apesar de já conhecer Tomé Feteira há alguns anos, "só se relacionaram após a morte de Celeste, nunca numa situação de amantes", revelou.
Em Portugal, Duarte Lima (que foi advogado de Lúcio Tomé Feteira) nunca representou Rosalina juridicamente, funcionando como um conselheiro. O poder da defesa oficial foi delegado num outro jurista, dado Duarte Lima ser na altura deputado.
Segundo Ventura, Rosalina nunca mostrou vontade em que o ex-líder do PSD saísse de cena. Bem pelo contrário. "Ele só não a representava legalmente porque era deputado e não podia acumular as duas funções, daí haver um outro advogado", disse, lembrando que "a dona Rosalina raramente fazia alguma coisa sem consultar o seu conselheiro português. Muitas vezes as minhas posições estavam certamente sujeitas à aprovação dele".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Autópsia vale pouco para a investigação
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Autópsia vale pouco para a investigação
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
Exame médico-legal é conclusivo sobre as causas da morte - dois tiros. Mas é insuficiente para determinar os contornos do crime
O relatório da autópsia de Rosalina Ribeiro, companheira de Lúcio Tomé Feteira assassinada no Brasil, não é "elucidativo, dada a sua superficialidade". O esclarecimento é dado pelo perito em Medicina Legal português, José Pinto da Costa. No documento a que o DN teve acesso - denominado pelas autoridades brasileiras como Laudo de Exame Cadavérico - conclui-se que as causas da morte são dois tiros, um no tórax e um na cabeça, mas não é possível determinar os contornos do crime. "Não se sabe se os disparos foram a curta distância e desconhece-se se nas mãos da vítima havia pólvora ou algo que indiciasse um suicídio", referiu o especialista.
Rosalina Ribeiro foi alegadamente assassinada no dia 7 de Dezembro, após ter estado com o seu advogado e conselheiro português Duarte Lima, mas, apesar de só ter sido identificada pelos amigos doze dias depois, o seu cadáver já tinha sido autopsiado no dia 9 (dois dias após a sua morte).
Segundo o perito José Pinto da Costa, o exame feito no Instituto de Medicina Legal de Cabo Frio, próximo do Rio de Janeiro, "não é suficientemente elucidativo para ajudar a perceber os contornos deste crime". Feita antes de se conhecer a identificação do cadáver, a análise apenas especifica que a vítima foi atingida com um tiro no lado direito da cabeça - cuja gravidade era suficiente para a matar - e um outro no tórax.
"O tiro na cabeça foi dado enquanto a vítima estava ainda viva, visto existir uma hemorragia", garantiu Pinto da Costa, explicando que este facto só por si, não é importante para determinar qual foi o primeiro disparo: "Isto pode querer dizer duas coisas: ou que a vítima foi atingida na cabeça primeiro, ou então que o disparo no tórax, a ter sido o primeiro, não foi suficiente para a matar."
Mas o documento deixa ainda outras questões por esclarecer. Ao não analisar se nas mãos da vítima havia vestígios de pólvora, ou outros quaisquer indícios de ter sido ela a autora dos disparos, não poderá funcionar como prova para a tese de homicídio. "Na prática, aquilo que é dito é que houve tiros", afirmou o especialista.
José Pinto da Costa diz ainda não compreender o que aconteceu com o tiro desferido no tórax. "Quanto ao que atingiu a cabeça, podemos ler que havia restos de projéctil lá dentro, mas quanto ao que foi disparado contra o tórax fica a dúvida de onde [o projéctil] foi parar", disse justificando que "se a bala entrou no corpo ou ficou lá dentro ou saiu: o problema é que o relatório não refere nenhum orifício de saída nem a detecção do projéctil no interior".
O médico legista disse, em entrevista ao DN, que, apesar de o rigor ser obrigatório neste tipo de exames, a verdade é que o facto de ter sido feito antes da identificação do corpo pode ter contribuído para a superficialidade da análise. "Se se soubesse a repercussão que o caso viria a ter talvez a análise fosse mais exaustiva e completa."
No relatório, pode ainda ler-se que, no dia em que foi encontrado, o cadáver de Rosalina Ribeiro tinha um vestido de cores branca e preta. Segundo Normando Ventura, o advogado brasileiro da companheira de Tomé Feteira, uma das muitas questões que a polícia do Rio de Janeiro poderá querer fazer a Duarte Lima é exactamente qual a indumentária da vítima, horas antes da sua morte - na altura em que o jurista português a terá deixado em Maricá, junto ao hotel Jangada. "Talvez, a polícia queira perceber como ia vestida D. Rosalina, na altura em que Duarte Lima se encontrou com ela. Essa será certamente uma questão importante para dar continuidade à investigação do caso."
In DN
Autópsia vale pouco para a investigação
por CARLOS DIOGO SANTOS
Hoje
Exame médico-legal é conclusivo sobre as causas da morte - dois tiros. Mas é insuficiente para determinar os contornos do crime
O relatório da autópsia de Rosalina Ribeiro, companheira de Lúcio Tomé Feteira assassinada no Brasil, não é "elucidativo, dada a sua superficialidade". O esclarecimento é dado pelo perito em Medicina Legal português, José Pinto da Costa. No documento a que o DN teve acesso - denominado pelas autoridades brasileiras como Laudo de Exame Cadavérico - conclui-se que as causas da morte são dois tiros, um no tórax e um na cabeça, mas não é possível determinar os contornos do crime. "Não se sabe se os disparos foram a curta distância e desconhece-se se nas mãos da vítima havia pólvora ou algo que indiciasse um suicídio", referiu o especialista.
Rosalina Ribeiro foi alegadamente assassinada no dia 7 de Dezembro, após ter estado com o seu advogado e conselheiro português Duarte Lima, mas, apesar de só ter sido identificada pelos amigos doze dias depois, o seu cadáver já tinha sido autopsiado no dia 9 (dois dias após a sua morte).
Segundo o perito José Pinto da Costa, o exame feito no Instituto de Medicina Legal de Cabo Frio, próximo do Rio de Janeiro, "não é suficientemente elucidativo para ajudar a perceber os contornos deste crime". Feita antes de se conhecer a identificação do cadáver, a análise apenas especifica que a vítima foi atingida com um tiro no lado direito da cabeça - cuja gravidade era suficiente para a matar - e um outro no tórax.
"O tiro na cabeça foi dado enquanto a vítima estava ainda viva, visto existir uma hemorragia", garantiu Pinto da Costa, explicando que este facto só por si, não é importante para determinar qual foi o primeiro disparo: "Isto pode querer dizer duas coisas: ou que a vítima foi atingida na cabeça primeiro, ou então que o disparo no tórax, a ter sido o primeiro, não foi suficiente para a matar."
Mas o documento deixa ainda outras questões por esclarecer. Ao não analisar se nas mãos da vítima havia vestígios de pólvora, ou outros quaisquer indícios de ter sido ela a autora dos disparos, não poderá funcionar como prova para a tese de homicídio. "Na prática, aquilo que é dito é que houve tiros", afirmou o especialista.
José Pinto da Costa diz ainda não compreender o que aconteceu com o tiro desferido no tórax. "Quanto ao que atingiu a cabeça, podemos ler que havia restos de projéctil lá dentro, mas quanto ao que foi disparado contra o tórax fica a dúvida de onde [o projéctil] foi parar", disse justificando que "se a bala entrou no corpo ou ficou lá dentro ou saiu: o problema é que o relatório não refere nenhum orifício de saída nem a detecção do projéctil no interior".
O médico legista disse, em entrevista ao DN, que, apesar de o rigor ser obrigatório neste tipo de exames, a verdade é que o facto de ter sido feito antes da identificação do corpo pode ter contribuído para a superficialidade da análise. "Se se soubesse a repercussão que o caso viria a ter talvez a análise fosse mais exaustiva e completa."
No relatório, pode ainda ler-se que, no dia em que foi encontrado, o cadáver de Rosalina Ribeiro tinha um vestido de cores branca e preta. Segundo Normando Ventura, o advogado brasileiro da companheira de Tomé Feteira, uma das muitas questões que a polícia do Rio de Janeiro poderá querer fazer a Duarte Lima é exactamente qual a indumentária da vítima, horas antes da sua morte - na altura em que o jurista português a terá deixado em Maricá, junto ao hotel Jangada. "Talvez, a polícia queira perceber como ia vestida D. Rosalina, na altura em que Duarte Lima se encontrou com ela. Essa será certamente uma questão importante para dar continuidade à investigação do caso."
In DN
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A dívida africana que Lula começou a pagar
.
A dívida africana que Lula começou a pagar
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Presidente brasileiro apostou forte no continente que durante 350 anos foi a fonte da mão-de-obra escrava usada no país
Nunca um presidente brasileiro tinha passado tanto tempo em África como Lula da Silva. Em oito anos de mandato, conheceu 24 países (alguns mais do que uma vez), levando na bagagem grandes (e pequenas) empresas e quadruplicando as trocas comerciais com o continente africano. Um continente com o qual diz que o Brasil tem uma "dívida que nunca poderá pagar em dinheiro".
"Temos uma dívida histórica enorme de 350 anos de escravidão e opressão", disse ao DN por telefone o director do Instituto Brasil no Centro Woodrow Wilson, em Washington. "Chegaram ao Brasil 3,75 milhões de africanos, sendo que os historiadores estimam que apenas metade dos que deixaram África conseguiam atravessar o oceano. É um dos grandes genocídios da história", acrescentou Paulo Sotero.
Mas não era só por causa desta pesada herança que o Brasil não podia ignorar África. "A aposta em África, o aspecto inovador da política externa de Lula, foi motivado também pelo interesse económico das empresas brasileiras", indicou Sotero, um antigo jornalista brasileiro que se orgulha de ter conhecido de perto o continente africano.
"África representa cerca de 6,6% das importações e 5,7% das exportações brasileiras", referiu o professor de Economia da Universidade Autónoma de Madrid, Julimar da Silva, ao El País. "É um mercado importante, sobretudo pelo seu grande potencial de crescimento". Angola, por exemplo, viu praticamente multiplicado por sete o valor das trocas comerciais com o Brasil (ver gráfico).
Ao mesmo tempo que ajudava a criar novos mercados para empresas como a gigante do petróleo Petrobras ou pequenas prestadoras de serviços, Lula procurava angariar o apoio dos países africanos para um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - quando e se houver uma reforma deste organismo. Mas as críticas também chegaram rapidamente, principalmente depois de o Presidente ter visitado países com história de violações dos direitos humanos: Lula apoiou no mês pas-sado os esforços de adesão da Guiné Equatorial à comunidade de países de língua portuguesa.
Mas não é só no sector económico ou da diplomacia que o Brasil tem actuado. Apesar de não poder pagar a dívida histórica com dinheiro "vai poder pagar em solidariedade, em ajuda humanitária, em ajuda ao desenvolvimento, em ajuda ao conhecimento científico e tecnológico", afirmou o Presidente. "O Brasil é um país que descobriu recentemene a sua vocação como doador internacional", lembrou Sotero, que destacou a presença em África de duas importante instituições: a Fundação Osvaldo Cruz, direccionada para a pesquisa médica, e a Embrapa, uma empresa de pesquisa em agricultura tropical.
Acima de tudo, indicou o director do Instituto do Brasil, África é um continente culturalmente muito próximo dos brasileiros. Basta mencionar, por exemplo, que vivem mais descendentes de africanos no Brasil do que africanos em qualquer país de África, à excepção da Nigéria.
A poucos meses das eleições que determinarão o nome do futuro presidente do Brasil, Sotero diz que é certa uma "reavaliação" das políticas brasileiras para o continente. Em relação à candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, que vai à frente nas sondagens, lembrou por exemplo o seu passado de militante, que sofreu na pele a tortura. "Ela sabe o que é a violação dos direitos humanos e já deixou claro que não acha muita graça à aproximação de países que os violam", indicou. Mas também sabe a importância do cargo de presidente e quais podem ser as consequências das suas acções.
O antigo sindicalista que chegou ao poder "escreveu um capítulo africano no seu testamento político", afirmou o El País, mas deixou também uma herança pe sada. "O próximo presidente do Brasil está política e moralmente obrigado a fazer muito mais", indicou Lula.
In DN
A dívida africana que Lula começou a pagar
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Presidente brasileiro apostou forte no continente que durante 350 anos foi a fonte da mão-de-obra escrava usada no país
Nunca um presidente brasileiro tinha passado tanto tempo em África como Lula da Silva. Em oito anos de mandato, conheceu 24 países (alguns mais do que uma vez), levando na bagagem grandes (e pequenas) empresas e quadruplicando as trocas comerciais com o continente africano. Um continente com o qual diz que o Brasil tem uma "dívida que nunca poderá pagar em dinheiro".
"Temos uma dívida histórica enorme de 350 anos de escravidão e opressão", disse ao DN por telefone o director do Instituto Brasil no Centro Woodrow Wilson, em Washington. "Chegaram ao Brasil 3,75 milhões de africanos, sendo que os historiadores estimam que apenas metade dos que deixaram África conseguiam atravessar o oceano. É um dos grandes genocídios da história", acrescentou Paulo Sotero.
Mas não era só por causa desta pesada herança que o Brasil não podia ignorar África. "A aposta em África, o aspecto inovador da política externa de Lula, foi motivado também pelo interesse económico das empresas brasileiras", indicou Sotero, um antigo jornalista brasileiro que se orgulha de ter conhecido de perto o continente africano.
"África representa cerca de 6,6% das importações e 5,7% das exportações brasileiras", referiu o professor de Economia da Universidade Autónoma de Madrid, Julimar da Silva, ao El País. "É um mercado importante, sobretudo pelo seu grande potencial de crescimento". Angola, por exemplo, viu praticamente multiplicado por sete o valor das trocas comerciais com o Brasil (ver gráfico).
Ao mesmo tempo que ajudava a criar novos mercados para empresas como a gigante do petróleo Petrobras ou pequenas prestadoras de serviços, Lula procurava angariar o apoio dos países africanos para um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - quando e se houver uma reforma deste organismo. Mas as críticas também chegaram rapidamente, principalmente depois de o Presidente ter visitado países com história de violações dos direitos humanos: Lula apoiou no mês pas-sado os esforços de adesão da Guiné Equatorial à comunidade de países de língua portuguesa.
Mas não é só no sector económico ou da diplomacia que o Brasil tem actuado. Apesar de não poder pagar a dívida histórica com dinheiro "vai poder pagar em solidariedade, em ajuda humanitária, em ajuda ao desenvolvimento, em ajuda ao conhecimento científico e tecnológico", afirmou o Presidente. "O Brasil é um país que descobriu recentemene a sua vocação como doador internacional", lembrou Sotero, que destacou a presença em África de duas importante instituições: a Fundação Osvaldo Cruz, direccionada para a pesquisa médica, e a Embrapa, uma empresa de pesquisa em agricultura tropical.
Acima de tudo, indicou o director do Instituto do Brasil, África é um continente culturalmente muito próximo dos brasileiros. Basta mencionar, por exemplo, que vivem mais descendentes de africanos no Brasil do que africanos em qualquer país de África, à excepção da Nigéria.
A poucos meses das eleições que determinarão o nome do futuro presidente do Brasil, Sotero diz que é certa uma "reavaliação" das políticas brasileiras para o continente. Em relação à candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, que vai à frente nas sondagens, lembrou por exemplo o seu passado de militante, que sofreu na pele a tortura. "Ela sabe o que é a violação dos direitos humanos e já deixou claro que não acha muita graça à aproximação de países que os violam", indicou. Mas também sabe a importância do cargo de presidente e quais podem ser as consequências das suas acções.
O antigo sindicalista que chegou ao poder "escreveu um capítulo africano no seu testamento político", afirmou o El País, mas deixou também uma herança pe sada. "O próximo presidente do Brasil está política e moralmente obrigado a fazer muito mais", indicou Lula.
In DN
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Directoria de Lisboa analisa caso de Rosalina
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Directoria de Lisboa analisa caso de Rosalina
por RUTE COELHO
Hoje
A polícia brasileira já enviou alguns elementos sobre o homicídio de Rosalina à PJ. Decisão de abrir inquérito cabe ao MP
A brigada de homicídios da Polícia Federal do Rio de Janeiro, que está a investigar o assassínio de Rosalina Ribeiro, já enviou alguns elementos para a Polícia Judiciária portuguesa, segundo apurou o DN junto de fonte policial. Não foi possível confirmar que dados chegaram em concreto, mas é certo que as autoridades brasileiras querem esclarecer o papel do advogado Duarte Lima no caso. Motivo: foi a última pessoa a ver Rosalina Ribeiro com vida.
A decisão de abrir um inquérito em Portugal, com o objectivo de interrogar Duarte Lima, terá de partir do Ministério Público depois de analisados os elementos enviados pela polícia brasileira à Polícia Judiciária. Fonte da PJ adiantou ao DN que "o caso está a ser tratado pela directoria de Lisboa".
A PJ pediu às autoridades brasileiras cópia do inquérito ao homicídio, onde se incluem os depoimentos de testemunhas como Olímpia Feteira de Menezes, fi- lha de Tomé Feteira, e Duarte Lima, advogado de Rosalina que prestou o seu testemunho por carta enviada às autoridades brasileiras (e já publicada pelo DN). A decisão de abrir ou não inquéri- to caberá a Maria José Morgado, coordenadora do Departamen- to de Investigação e Acção Pe- nal (DIAP) de Lisboa, que ontem não estava contactável.
Duarte Lima era advogado de Rosalina Ribeiro há dez anos, desde que o empresário Lúcio Tomé Feteira fez da sua secretária e amante herdeira de parte substancial da sua fortuna. No dia 7 de Dezembro de 2009, Rosalina Ribeiro saiu do prédio onde morava, na praia do Flamengo, Rio de Janeiro, ao princípio da noite, para ir ao encontro de Duarte Lima, alegadamente para discutir questões do seu património, avaliado em dezenas de milhões de euros, espalhados por Portugal e pelo Brasil. Cerca de duas horas depois do encontro, Rosalina era assassinada com dois tiros, na região dos Lagos, estado do Rio de Janeiro. Segundo declarou Duarte Lima em carta enviada à polícia brasileira, deixou Rosalina às 21.20 em Maricá. A amante de Tomé Feteira foi ao encontro de uma mulher chamada Gisele, loura e que usava óculos de aros escuros. As amigas de Rosalina já declararam não conhecer nenhuma Gisele. A polícia brasileira continua à procura da mulher-mistério.
Segundo contou ontem ao DN José Maria Gonçalves, uma das duas testemunhas do testamento feito por Rosalina Ribeiro em Setembro de 2009, a amante de Tomé Feteira deixou expresso "que, após a sua morte, gostaria de ser cremada e que lhe cortassem os pulsos". José Maria Gonçalves conheceu Rosalina "há muitos anos" quando ela frequentava o seu restaurante na zona de Lisboa, sempre na companhia de Lúcio Tomé Feteira.
O DN tentou também contactar a outra testemunha do testamento, um colega de José Maria Gonçalves, sem sucesso. O advogado brasileiro de Rosalina, Normando Ventura, também conhecia a "vontade expressa no testamento". "Também estranhei ao início. Depois concluí que só pode ter desejado a cremação e que lhe cortassem os pulsos por receio de ser enterrada viva."
In DN
Directoria de Lisboa analisa caso de Rosalina
por RUTE COELHO
Hoje
A polícia brasileira já enviou alguns elementos sobre o homicídio de Rosalina à PJ. Decisão de abrir inquérito cabe ao MP
A brigada de homicídios da Polícia Federal do Rio de Janeiro, que está a investigar o assassínio de Rosalina Ribeiro, já enviou alguns elementos para a Polícia Judiciária portuguesa, segundo apurou o DN junto de fonte policial. Não foi possível confirmar que dados chegaram em concreto, mas é certo que as autoridades brasileiras querem esclarecer o papel do advogado Duarte Lima no caso. Motivo: foi a última pessoa a ver Rosalina Ribeiro com vida.
A decisão de abrir um inquérito em Portugal, com o objectivo de interrogar Duarte Lima, terá de partir do Ministério Público depois de analisados os elementos enviados pela polícia brasileira à Polícia Judiciária. Fonte da PJ adiantou ao DN que "o caso está a ser tratado pela directoria de Lisboa".
A PJ pediu às autoridades brasileiras cópia do inquérito ao homicídio, onde se incluem os depoimentos de testemunhas como Olímpia Feteira de Menezes, fi- lha de Tomé Feteira, e Duarte Lima, advogado de Rosalina que prestou o seu testemunho por carta enviada às autoridades brasileiras (e já publicada pelo DN). A decisão de abrir ou não inquéri- to caberá a Maria José Morgado, coordenadora do Departamen- to de Investigação e Acção Pe- nal (DIAP) de Lisboa, que ontem não estava contactável.
Duarte Lima era advogado de Rosalina Ribeiro há dez anos, desde que o empresário Lúcio Tomé Feteira fez da sua secretária e amante herdeira de parte substancial da sua fortuna. No dia 7 de Dezembro de 2009, Rosalina Ribeiro saiu do prédio onde morava, na praia do Flamengo, Rio de Janeiro, ao princípio da noite, para ir ao encontro de Duarte Lima, alegadamente para discutir questões do seu património, avaliado em dezenas de milhões de euros, espalhados por Portugal e pelo Brasil. Cerca de duas horas depois do encontro, Rosalina era assassinada com dois tiros, na região dos Lagos, estado do Rio de Janeiro. Segundo declarou Duarte Lima em carta enviada à polícia brasileira, deixou Rosalina às 21.20 em Maricá. A amante de Tomé Feteira foi ao encontro de uma mulher chamada Gisele, loura e que usava óculos de aros escuros. As amigas de Rosalina já declararam não conhecer nenhuma Gisele. A polícia brasileira continua à procura da mulher-mistério.
Segundo contou ontem ao DN José Maria Gonçalves, uma das duas testemunhas do testamento feito por Rosalina Ribeiro em Setembro de 2009, a amante de Tomé Feteira deixou expresso "que, após a sua morte, gostaria de ser cremada e que lhe cortassem os pulsos". José Maria Gonçalves conheceu Rosalina "há muitos anos" quando ela frequentava o seu restaurante na zona de Lisboa, sempre na companhia de Lúcio Tomé Feteira.
O DN tentou também contactar a outra testemunha do testamento, um colega de José Maria Gonçalves, sem sucesso. O advogado brasileiro de Rosalina, Normando Ventura, também conhecia a "vontade expressa no testamento". "Também estranhei ao início. Depois concluí que só pode ter desejado a cremação e que lhe cortassem os pulsos por receio de ser enterrada viva."
In DN
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"Acordei no meio da acção a ouvir tiros e helicópteros"
.
"Acordei no meio da acção a ouvir tiros e helicópteros"
por RUTE COELHO
Hoje
Hotel onde estavam 50 portugueses foi invadido por traficantes da Rocinha
Numa fracção de segundos, ontem de manhã, o cenário sofisticado do hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro, foi transformado num palco de guerra: 40 traficantes da favela da Rocinha, armados até aos dentes, invadiram o espaço em fuga à polícia. O cerco da Polícia Militar ao hotel durou duas horas. Uma eternidade para 35 pessoas feitas reféns pelos traficantes na cozinha do hotel, na maioria funcionários, mas também uma assistente de bordo da TAP a quem foi "apontada uma arma à cabeça", segundo descreveu ao DN um dos hóspedes portugueses do hotel, Sebastião Pinto Pereira.
No total, estavam hospedados no hotel cerca de 50 portugueses, na maioria elementos de quatro tripulações da TAP. Sebastião Pinto Pereira está de férias no Rio e decidiu passar a noite de sexta para sábado no Intercontinental para fazer companhia à irmã, que é hospedeira da TAP e estava ali de passagem. "Acordei no meio da acção, a ouvir tiros na rua e o som dos helicópteros. Primeiro não percebi bem o que se passava. Fui à janela e vi o hotel rodeado de helicópteros das operações especiais da polícia." Um cenário de terror. Sebastião estava no quarto com a irmã hospedeira da TAP. "Ficámos trancados no quarto durante duas horas, o tempo que durou o cerco policial aos traficantes. Não conseguíamos comunicar com a recepção. A dada altura, na varanda do quarto do lado, uns funcionários do hotel que ali se encontravam refugiados disseram-nos para aguardarmos no quarto em silêncio que a polícia haveria de nos ir buscar", contou Sebastião. "Tentámos manter a calma e fomos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos pela televisão do quarto." Duas horas depois, elementos das Operações Especiais entraram no quarto, libertaram-nos e "revistaram tudo". Todos os quartos foram varridos, depois de a polícia ter dominado os traficantes.
Sebastião Pinto Pereira já falava ao DN com "alívio" pelo final feliz. "Nós até estivemos bem. Pior foi para os 35 reféns na cozinha, entre eles uma assistente de bordo da TAP. Essa tripulante ia tomar o pequeno-almoço quando foi agarrada por eles. Teve uma arma apontada à cabeça", descreve.
Sebastião falou com a portuguesa refém depois do pesadelo. "Ela disse-me que já estava com mais medo da Polícia Militar do que dos traficantes", descreve, entre risos. É que os polícias estavam armados com fuzis, verdadeiras armas de guerra.
"Um helicóptero das Forças Especiais aterrou no telhado do hotel e largou polícias. Era um cenário incrível, de filme", descreve o português. Segundo conta Sebastião, a assistente de bordo que passou pela experiência de ser refém viajava ontem ao final da tarde para Portugal. "Ia viajar no mesmo voo que a minha irmã." Sebastião Pinto Pereira não decidiu alterar as suas férias no Rio de Janeiro por causa desta experiência terrível. "Tudo acabou bem e nenhum dos portugueses ficou ferido."
Isabel Palma, do gabinete de comunicação da TAP, também adiantou ao DN que os 40 tripulantes estavam "todos bem". Só uma tripulação partiu ontem, as outras três viajam hoje.
In DN
"Acordei no meio da acção a ouvir tiros e helicópteros"
por RUTE COELHO
Hoje
Hotel onde estavam 50 portugueses foi invadido por traficantes da Rocinha
Numa fracção de segundos, ontem de manhã, o cenário sofisticado do hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro, foi transformado num palco de guerra: 40 traficantes da favela da Rocinha, armados até aos dentes, invadiram o espaço em fuga à polícia. O cerco da Polícia Militar ao hotel durou duas horas. Uma eternidade para 35 pessoas feitas reféns pelos traficantes na cozinha do hotel, na maioria funcionários, mas também uma assistente de bordo da TAP a quem foi "apontada uma arma à cabeça", segundo descreveu ao DN um dos hóspedes portugueses do hotel, Sebastião Pinto Pereira.
No total, estavam hospedados no hotel cerca de 50 portugueses, na maioria elementos de quatro tripulações da TAP. Sebastião Pinto Pereira está de férias no Rio e decidiu passar a noite de sexta para sábado no Intercontinental para fazer companhia à irmã, que é hospedeira da TAP e estava ali de passagem. "Acordei no meio da acção, a ouvir tiros na rua e o som dos helicópteros. Primeiro não percebi bem o que se passava. Fui à janela e vi o hotel rodeado de helicópteros das operações especiais da polícia." Um cenário de terror. Sebastião estava no quarto com a irmã hospedeira da TAP. "Ficámos trancados no quarto durante duas horas, o tempo que durou o cerco policial aos traficantes. Não conseguíamos comunicar com a recepção. A dada altura, na varanda do quarto do lado, uns funcionários do hotel que ali se encontravam refugiados disseram-nos para aguardarmos no quarto em silêncio que a polícia haveria de nos ir buscar", contou Sebastião. "Tentámos manter a calma e fomos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos pela televisão do quarto." Duas horas depois, elementos das Operações Especiais entraram no quarto, libertaram-nos e "revistaram tudo". Todos os quartos foram varridos, depois de a polícia ter dominado os traficantes.
Sebastião Pinto Pereira já falava ao DN com "alívio" pelo final feliz. "Nós até estivemos bem. Pior foi para os 35 reféns na cozinha, entre eles uma assistente de bordo da TAP. Essa tripulante ia tomar o pequeno-almoço quando foi agarrada por eles. Teve uma arma apontada à cabeça", descreve.
Sebastião falou com a portuguesa refém depois do pesadelo. "Ela disse-me que já estava com mais medo da Polícia Militar do que dos traficantes", descreve, entre risos. É que os polícias estavam armados com fuzis, verdadeiras armas de guerra.
"Um helicóptero das Forças Especiais aterrou no telhado do hotel e largou polícias. Era um cenário incrível, de filme", descreve o português. Segundo conta Sebastião, a assistente de bordo que passou pela experiência de ser refém viajava ontem ao final da tarde para Portugal. "Ia viajar no mesmo voo que a minha irmã." Sebastião Pinto Pereira não decidiu alterar as suas férias no Rio de Janeiro por causa desta experiência terrível. "Tudo acabou bem e nenhum dos portugueses ficou ferido."
Isabel Palma, do gabinete de comunicação da TAP, também adiantou ao DN que os 40 tripulantes estavam "todos bem". Só uma tripulação partiu ontem, as outras três viajam hoje.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Empresário português morto com três tiros
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Empresário português morto com três tiros
por ISALTINA PADRÃO
Hoje
Ramiro, de 53 anos, era bem-sucedido. Polícia não descarta morte por encomenda
Tentativa de roubo, vingança e até mesmo morte por encomenda. Nenhuma destas hipóteses é descartada no homicídio de um empresário português assassinado na quinta-feira no estado brasileiro de Paraíba. Isto mesmo garantiu ontem ao DN Isaías Gualberto, da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, a capital do estado onde este milionário foi morto.
"Há que considerar todas as hipóteses neste crime invulgar numa região rural e tão pacífica como João Pessoa. Até porque não podemos esquecer que estamos falar de um empresário muito conhecido na zona. O que posso dizer é que a investigação está bem encaminhada", assegurou.
O português Ramiro Antunes da Silva, de 53 anos, era de facto bastante conhecido por aquelas bandas, não só porque tinha uma imobiliária, a Marcland, em sociedade com a mulher Ana Maria, também ela portuguesa, como por viver numa fazenda vistosa na cidade de Conde, nas proximidades de João Pessoa.
Foi nessa casa que pelas 09.30 (13.30, hora de Lisboa) de quinta--feira, que o empresário foi assassinado com três tiros - um no ombro, outro nas costas e um terceiro na cabeça - por dois indivíduos que se faziam passar por compradores de propriedades.
O encontro com o empresário deu-se alguns dias depois dos dois sujeitos terem ligado para a Marcland a agendar uma data com Ramiro, via telefone, com a sua mulher e sócia para um futuro negócio. "Eles disseram estar interes- sados em adquirir terrenos numa zona calma como esta e marcaram encontro com o senhor Ramiro numa bomba de gasolina", explicou Isaías Gualberto.
Ramiro Antunes da Silva foi buscá-los e mostrou-lhes duas ou três quintas. "Numa delas, os moradores desconfiaram da atitude e foram amarrados para não falarem. Os 'compradores' amarraram também o senhor Ramiro e levaram-no para sua casa, onde o agrediram. Ele soltou os cerca de oito cães de grande porte (Fila Brasileira, Doberman e outros) para se defender, mas acabou por ser mortalmente baleado", disse o delegado. Ao que o DN apurou, os assassinos levaram o carro da vítima, um Mitsubishi Pajero cinzento, que abandonaram três quilómetros mais à frente. E fugiram
In DN
Empresário português morto com três tiros
por ISALTINA PADRÃO
Hoje
Ramiro, de 53 anos, era bem-sucedido. Polícia não descarta morte por encomenda
Tentativa de roubo, vingança e até mesmo morte por encomenda. Nenhuma destas hipóteses é descartada no homicídio de um empresário português assassinado na quinta-feira no estado brasileiro de Paraíba. Isto mesmo garantiu ontem ao DN Isaías Gualberto, da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, a capital do estado onde este milionário foi morto.
"Há que considerar todas as hipóteses neste crime invulgar numa região rural e tão pacífica como João Pessoa. Até porque não podemos esquecer que estamos falar de um empresário muito conhecido na zona. O que posso dizer é que a investigação está bem encaminhada", assegurou.
O português Ramiro Antunes da Silva, de 53 anos, era de facto bastante conhecido por aquelas bandas, não só porque tinha uma imobiliária, a Marcland, em sociedade com a mulher Ana Maria, também ela portuguesa, como por viver numa fazenda vistosa na cidade de Conde, nas proximidades de João Pessoa.
Foi nessa casa que pelas 09.30 (13.30, hora de Lisboa) de quinta--feira, que o empresário foi assassinado com três tiros - um no ombro, outro nas costas e um terceiro na cabeça - por dois indivíduos que se faziam passar por compradores de propriedades.
O encontro com o empresário deu-se alguns dias depois dos dois sujeitos terem ligado para a Marcland a agendar uma data com Ramiro, via telefone, com a sua mulher e sócia para um futuro negócio. "Eles disseram estar interes- sados em adquirir terrenos numa zona calma como esta e marcaram encontro com o senhor Ramiro numa bomba de gasolina", explicou Isaías Gualberto.
Ramiro Antunes da Silva foi buscá-los e mostrou-lhes duas ou três quintas. "Numa delas, os moradores desconfiaram da atitude e foram amarrados para não falarem. Os 'compradores' amarraram também o senhor Ramiro e levaram-no para sua casa, onde o agrediram. Ele soltou os cerca de oito cães de grande porte (Fila Brasileira, Doberman e outros) para se defender, mas acabou por ser mortalmente baleado", disse o delegado. Ao que o DN apurou, os assassinos levaram o carro da vítima, um Mitsubishi Pajero cinzento, que abandonaram três quilómetros mais à frente. E fugiram
In DN
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